O Brasil segue evoluindo a largos passos na vitivinicultura, cada vez mais estamos descobrindo novas regiões, plantando novas variedades, contando com tecnologia e bons profissionais.
É claro que ainda nos deparamos com alguns entraves como, por exemplo, a boa adaptação das uvas em solo brasileiro, porém a jornada só está começando.Segundo o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) o vinho nacional " Traz o frescor de uma indústria jovem formada por pequenos produtores, que fazem vinhos frutados, leves e com presença moderada de álcool."
Embora presente em vários estados a produção de vinhos em nosso país se concentra nessas áreas:
Estado do Rio Grande do Sul, a principal região produtora é a Serra Gaúcha e também a maior região produtora do país, chove muito na região cerca de 1700 mm distribuídos ao longo do ano, os solos tem drenagem difícil forçando o produtor, muitas vezes, a colher as uvas antes do tempo.
Dentre as variedades destacam-se a Moscato Branco, Riesling Itálico, Trebbiano e Chardonnay (Brancas); Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot e Tannat (Tintas).
No Vale dos Vinhedos as uvas como Merlot e Chardonnay amadurecem cedo o suficiente para serem colhidas antes das chuvas de março. Foi a primeira região a buscar e conseguir a Denominação de Origem (DO) de vinhos no país, pela norma as variedades autorizadas são: Chardonnay (como principal) e Riesling Itálico como variedade auxiliar para corte (Brancas) e Merlot (como emblemática), Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Tannat (Tintas).
É desta região que saem os melhores espumantes do país.
Os produtores tem se deslocado cada vez mais para o Sul, na direção de Campanha no limite com o Uruguai e na vizinha Serra do Sudeste, que tem clima mais seco, dias menos longos e solos menos férteis.
Os produtores tem dado atenção especial à combinação do tipo de uva e de solo. As principais variedades são: Chardonnay, Riesling, Sauvignon Blanc, Trebbiano, Chenin Blanc e Sémillon (Brancas) e Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Tempranillo e Touriga Nacional (Tintas),
Santa Catarina , o Planalto alto e frio catarinense ao norte do Rio Grande do Sul, fica em elevações que variam de 900 a 1400 m acima do nível do mar, já mostrou bons resultados para o cultivo de variedades como a Sauvignon Blanc e a Pinot Noir, outras variedades em destaque são: Chardonnay e Gewurztraminer (Brancas) e Syrah, Merlot e Cabernet Sauvignon (Tintas).
Devido ao clima muito frio, até conseguimos produzir Icewine brasileiro (vinho do gelo). . Elaborado com a variedade Cabernet Sauvignon pela vinícola Pericó.
Vale do São Francisco, localizado entre a fronteira dos estados da Bahia e Pernambuco, o seco e quente Vale do São Francisco, é uma das mais novas e promissoras regiões do país, a menos de 10º do Equador, com sol o ano inteiro, os vinhedos são irrigados por gotejamento com as águas do Velho Chico.
Com duas colheitas por ano de castas diferentes a região vem produzindo bons vinhos baseados no conceito de viticultura tropical. As principai variedades são: Moscato Canelli, Chardonnay e Chenin Blanc (Brancas) e Cabernet Sauvignon, Syrah e Alicante Bouschet (Tintas).
Com menos produção mas não menos importante entram nesse panorama vitivinícola os estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso e Goiás.
Atualmente os vinhos nacionais tem bons exemplares que não ficam devendo em nada para alguns bons estrangeiros, mas sem dúvida alguma o destaque vai para os espumantes que tem sido reconhecidos mundialmente e estão cada vez melhores.
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