A cortiça é impermeável ao ar, quase impermeável à água, difícil de queimar, resistente às mudanças de temperatura e às vibrações, não apodrece e têm a capacidade de se moldar ao contorno do recipiente no qual é inserida (como um gargalo de uma garrafa de vinho).
O sobreiro (árvore da cortiça) é descascado pela primeira vez aos 25 anos de idade, e daí em diante a cada nove anos.
Um sobreiro pode ser descascado quinze vezes durante a vida.
Uma vez extraída, a casca é deixada ao relento para curar e secar por um ano. Depois de seca, a casca é então cozida ou vaporizada para aumentar a elasticidade, e depois de aplainada é recolocada para secar. Finalmente é cortada em pranchas e separadas segundo a qualidade.
As rolhas para vinho são feitas à máquina, a partir das placas de cortiça, classificadas e lavadas em uma solução branda de água oxigenada para remover a poeira e higienizar.
O aumento dos vinhos bouchonnés ( corrompidos pelo TCA, o composto químico responsável pelo aroma mofado, de jornal molhado que o vinho pode adquirir das rolhas) produziu várias alternativas à rolha de cortiça. São elas:
Aglomerados: rolhas aglomeradas são feitas de pedaços minúsculos de rolha (de qualidade variada) unidos com cola e reunidos em forma de rolha. São menores que as rolhas comuns. Aglomerados também variam muito de qualidade e infelizmente, o fato de ainda serem produzidos a partir de rolhas, em geral de material de baixa qualidade, o bouchonné ainda pode ser um problema.
Rolhas sintéticas: geralmente são feitas de plástico, vêm se tornando muito populares, especialmente entre os produtores do Novo Mundo.
Permitem que os amantes do vinho, continuem com seu ritual de tirar a rolha da garrafa, mas não só são difíceis de tirar como mais difíceis ainda de recolocar em uma garrafa aberta. Outro grande problema é que as rolhas sintéticas não têm a elasticidade natural de uma rolha de cortiça, então se o interior da sua garrafa conter qualquer imperfeição, você corre o risco de oxidação acidental.
Elas também têm ligação com o "aroma de plástico" e não são apropriadas para vinhos que precisam ser envelhecidos em garrafa.
Tampa de vidro (Vino-Seal ou Vino-Lock): Vino- Seal é uma tampa de vidro com um anel de silicone, desenvolvida em 2003. Ela é tão eficaz quanto as tampas de rosca em prevenir o estrago por TCA e a oxidação acidental.
O único lado negativo da tampa de vidro, no momento, é o custo da produção, que é aproximadamente o dobro de uma tampa de rosca.
DIAM: é uma tampa de alta tecnologia feita a partir da cortiça, de grânulos de rolha tratados sob o processo DIAMANT, uma forma de saturação de CO2 que também vem sendo usada para descafeinar café.
Muitos dos maiores produtores de vinho no mundo tem experimentado este processo e os primeiros resultados das pesquisas são muito positivos.
Tampa de rosca: são tampas de lata ou alumínio revestidas com uma membrana de silicone que forma um selo hermético entre a tampa e a garrafa. Além de serem bastante eficazes no combate ao TCA e a oxidação, elas ajudam na preservação do frescor aromático do vinho. Os vinicultores, especialmente da Austrália e da Nova Zelândia, estão optando cada vez mais pelas tampas de rosca. No começo elas eram usadas para vinhos aromáticos, como o Riesling, e para tintos simples e frutados (vinhos para o dia a dia), porque não se considerava necessária a adição de oxigênio para envelhecimento, mas agora vem sendo amplamente usada.
A preocupação é que o vinho de longo tempo envelheça de maneira diferente e, muito possivelmente, de modo menos gracioso com rolhas artificiais do que com as naturais e que o selo fechado à vácuo da tampa de rosca ou de vidro possa criar sabores indesejáveis.
Porém, todas essas ressalvas estão sendo estudadas e avaliadas. Só o tempo dirá.
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