quinta-feira, 28 de março de 2019

Princípios básicos para combinar comida e vinho


Para facilitar na hora de combinar vinho e comida, concentre-se num princípio básico: equilibrar a intensidade e o sabor.

Intensidade
Os vinhos leves vão bem com os pratos leves; os vinhos robustos, com pratos consistentes. Um peixe delicado, como a truta, feito com simplicidade, é perfeito com um vinho branco leve e fresco como um Sauvignon Blanc, enquanto um peixe mais substancioso como o linguado, pede um branco rico e untuoso como um Chardonnay com passagem em carvalho.
Quanto mais substancioso for o prato, mais robusto terá de ser o vinho. Consideremos, por exemplo, um filé au poivre; o sabor do prato prevalecerá sobre um tinto leve. Portanto, prefira um tinto com bastante corpo, como um robusto e apimentado Shiraz australiano.

Sabor
Como demonstra este último exemplo, é possível ajustar a escolha do vinho, refletindo os sabores predominantes num prato. Algumas vezes, estes sabores decorrerão tanto do modo de cozinhá-lo quanto de seu ingrediente principal. Assim, por exemplo, o porco preparado com abacaxi harmoniza-se bem com um vinho branco frutado e de aroma marcante, como um Vouvray, um Sémillon ou um Verdejo. Mas o porco preparado com um molho consistente a base de tomate com ervas exigirá um tinto robusto e herbáceo; talvez um tinto do Sul da França, da Califórnia ou Chile.
Para aguçar a imaginação eis aqui outros exemplos de sabores. Com peixe ou marisco, vinhos brancos frescos e acidulados como o Soave ou o Riesling australiano, funcionam do mesmo modo que o suco de uma rodela de limão.
O Sauvignon Blanc da Nova Zelândia costuma ter um aroma semelhante ao dos aspargos, de modo que é fácil decidir que vinho servir com esta verdura. Os vinhos tintos maduros, especialmente os da Borgonha, os vinhos clássicos de La Rioja, na Espanha, e do Norte da Itália frequentemente apresentam maravilhosos aromas de cogumelos, fazendo com que, ao acompanhar este ingrediente, seu sabor seja refinado.
É bom adquirir o costume de cheirar e degustar cuidadosamente todos os vinhos, para assim apreciar seus sabores e pensar nos pratos para os que podem ser apropriados. Logo você será capaz de conceber suas próprias combinações corretas.

Indicações regionais
Frequentemente, os vinhos de uma determinada região são bons acompanhantes dos pratos desse mesmo lugar. Assim, por exemplo, o queijo de cabra fresco do Loire e o Sauvignon Blanc da mesma região foram feitos um para o outro. Os tintos leves italianos acompanham perfeitamente a maioria das pizzas e pratos de massas. Não há nada melhor que um rosé espanhol bem frio para beber enquanto se come uma paella.

Os opostos se atraem
Sirva um de seus melhores vinhos com um prato muito simples. Com uma preparação culinária sofisticada, faça o contrário.

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