sexta-feira, 2 de agosto de 2019
Os diferentes estilos de vinho - Tintos
Tintos leves, vibrantes e frutados
Muitas das uvas que entram na elaboração desses vinhos têm bagos grandes e cascas finas, dando o máximo de suco e o mínimo de tanino.
São vinhos maravilhosamente perfumados com um final sedoso, suave, fáceis de beber, com baixo teor de taninos, que não passam por madeira e devem ser bebidos jovens, enquanto são frescos. A exceção para essa regra é o bom Pinot Noir, que pode ser guardado por até trinta anos.
Em geral, todos os tintos leves, vibrantes e frutados (independentemente da casta) têm uma cor vermelho-rubi, os melhores apresentam um tom de vermelho mais escuro e um rico aroma.
Seus aromas são bastante intenso, dominados pelo frescor da fruta vermelha. Também pode haver notas de bananas e especiarias.
Exemplos: A uva Pinot Noir, produzindo vinhos complexos, vibrantes, frutados. Outras castas são Gamay (Beaujolais da Borgonha), Lambrusco, Barbera e Dolcetto ( Itália); a Grenache (Espanha e Austrália), Bonarda (Argentina).
Ficam melhores quando servidos ligeiramente resfriados.
São ótimos sozinhos, ou acompanhados de carnes leves, saladas, embutidos.
Tintos de corpo médio a alto
Nesta categoria se encontra boa parte dos vinhos tintos do mundo. No passado, muitos dos vinhos descritos aqui seriam considerados encorpados, mas o surgimento dos vinhos intensamente ricos e carregados do Novo Mundo, mudou a percepção geral, e muitos agora são considerados tintos "médios".
São vinhos carnudos, mas não ásperos, com uma dose razoável de taninos, redondos na textura, com aromas complexos e cheios de sabores, costumam ser envelhecidos em barril.
A cor vai de vermelho escuro a cereja escuro, embora a borda possa ser mais clara.
Ao envelhecer normalmente adquirem uma cor mais clara. Seus aromas variam de acordo com o país e a uva, mas em geral são intensos, com frutas escuras, ervas secas, especiarias doces e couro.
Exemplos: Bordeaux (França), Douro (Portugal), Malbec (Argentina), Barbaresco (itália), Tempranillo (Espanha).
Eles são bem gastronômicos e combinam muito bem com praticamente todos os tipos de comida.
Tintos encorpados
As uvas que entram na elaboração desses vinhos são de bagos pequenos e cascas grossas, embora essas uvas produzam menos suco, são ricas na cor e nos taninos, o que dá ao vinho estrutura e longevidade.
Os vinhos feitos com uvas cultivadas nos climas mais quente (Novo Mundo) tendem a ser mais frutados. Muitos vinhos do Novo Mundo são envelhecidos em barris de carvalho novo, dando-lhes sabores amanteigados, baunilha, os produtores podem liberá-los para o mercado em cinco anos, pois o vinho fica pronto para ser bebido mais depressa.
No Velho Mundo, especialmente nos vinhos de Bordeaux e do Rhône, na França, e os do Piemonte na Itália, possuem muito taninos que precisam amaciar com muito envelhecimento em madeira e garrafa e os sabores secos, complexos, profundos, normalmente levam anos para atingir o ápice. À medida que o vinho envelhece, os taninos suavizam, tornando-se mais integrados ao corpo do vinho, que atinge um equilíbrio de taninos maduros, acidez e fruta.
A cor deve ser cereja preta, profunda, com nuances de púrpura na juventude e de tijolo vermelho com a idade.
Os aromas devem ser intensos, alcaçuz, figos, ameixas, café, chocolate, tabaco, especiarias, couro e notas de baunilha.
Exemplos: Syrah (Rhône e Austrália), Cabernet Sauvignon ( Chile, África do Sul, Austrália e EUA e dominando os cortes dos grandes vinhos bordaleses do Médoc). Nebbiolo (Itália), Brunello (Itália), Zinfadel (Califórnia), Tannat (Uruguai) e Toro (Espanha).
Cuidado com a temperatura de serviço , eles parecerão alcoólicos se estiverem muito quentes, e tânicos demais se estiverem muito frios. Decante o vinho por um período mínimo de 30 minutos a duas horas antes de beber.
Acompanha, muito bem carnes de caça, carnes assadas e são perfeitos para harmonizar com pratos de inverno.
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