sábado, 10 de dezembro de 2016

Vinho Achaval Ferrer - Mendoza - Malbec harmonizado com Cordeiro e batatas rústicas




Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando carré de cordeiro com batatas rústicas.
O corte de hoje é um carré de cordeiro, também conhecido como French Rack, é proveniente da costela do animal, seus ossos são raspados e a carne, tenra de sabor doce e amanteigado, concentra-se na parte inferior como um pequeno medalhão.
O Marcelo tempera na hora, para não endurecê-lo, e serve ao ponto pra mal, com a carne ainda rosada por dentro para aproveitar toda a suculência que ela oferece.
O cordeiro é o ovino jovem, não o animal adulto denominado carneiro quando macho e ovelha quando fêmea.
Nos anos 90 começou a ser importado do Uruguai e da Nova Zelândia, antes disso grandes restaurantes serviam o cordeiro de mais idade, de raças voltadas a produção de lâ e não para cortes.
Os europeus têm dois tipos de cordeiro, um é o animal de leite, ainda não desmamado, abatido com 8 a 10 quilos; o outro chamam apenas de cordeiro e abatem com 8 a 10 semanas pesando 14 quilos.
Aqui no Brasil há o cordeiro de leite, também chamado de mamão ou borrego mamão, abatido com 10 a 12 quilos que resultam em 5 a 6 quilos de carcaça. O outro maior, pesa vivo de 25 a 30 quilos, fornecendo de 12 a 15 quilos de carcaça.
Aproveita-se quase tudo do cordeiro. Nenhuma parte é considerada de segunda linha.
Uma das suas principais características é o aroma da gordura. E é essa particularidade que divide, por vezes, as opiniões e a sua ampla aceitação. Na verdade o cordeiro mamão tem muito pouco desse aroma, pois a proporção de gordura em relação à carcaça é baixa, sua carne é rosada, bem clara, muito macia e delicada, qualquer corte desse jovem animal é tenro.
A raça também faz diferença no prato, Ille de France, Hampshire e Landrace são consideradas as campeãs de qualidade. Mas só isso não basta, a equação ideal conjuga raça, terroir, pastagem de qualidade, sistema produtivo e idade do abate.
No caso dos rebanhos Uruguaios, cuja carne domina 70% do mercado brasileiro, são resultado do cruzamento entre as duas primeiras e a raça espanhola Merino, de apetidão originalmente laneira.
Para harmonizar escolhi um vinho argentino com uma boa estrutura. Achaval Ferrer - Malbec ,  com aromas de frutas negras bem maduras, floral e baunilha, tem taninos macios, é potente a ponto de aguentar o cordeiro, além de um final longo e persistente.




A Achaval Ferrer é um dos produtores que mais gosto da Argentina, faz maravilhosos Malbecs.
Vale a pena conhecer sua linha, que conta com Malbecs diferenciados e muito bem feitos.
Com poucos rótulos a vinícola já coleciona vários prêmios.
A linha dos Malbecs conta com o rótulo que degustei hoje, que é o vinho de entrada deles, Achaval Ferrer - Mendoza - Malbec; três vinhos "Grand Cru" Finca Bella Vista, Finca Mirador e Finca Altamira; Temporis Malbec (vendido somente na vinícola, que é um blend dos 3 vinhos da casa Altamira- Mirador - Bella Vista); Achaval Ferrer Malbec Dolce (vendido somente na vinícola, elaborado com uvas passificadas).
A vinícola produz também o Quimera um assemblage bordalês; monovarietais com a Cabernet  Sauvignon, Merlot, Syrah e por fim um blend com predominância da Cabernet Franc.

Fonte:Sylvio Lazzarini

2 comentários:

  1. Carla, conheço bem está vinícola e seus vinhos. Para mim é a melhor vinícola de Mendoza, juntamente com Vina Cobos.

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    1. Oi Júlio! concordo com você, aprecio muito os vinhos argentinos
      acho que as melhores vinícolas conseguem aliar fruta e elegância com bastante maestria.

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