sexta-feira, 12 de maio de 2017
Os principais vinhos da Itália - Friuli
Friuli - Veneza Giulia
Chamada simplesmente de Friuli a região da extremidade nordeste da Itália é conhecida pelos seus vigorosos vinhos brancos, modernos e refrescantes. Atualmente, seus melhores exemplares são alguns dos vinhos mais refinados do mundo.
São vinhos tipicamente varietais, marcantes, perfumados, tensos, com acidez de um estilete, frutados e raramente são simplórios.
A maior parte dos vinhos brancos de Friuli não tem aquele sabor dominante tostado e de baunilha provocado pela fermentação e / ou pelo amadurecimento em madeira, e também porque os vinhos não passam pela fermentação malolática, que diminui a acidez. Para os produtores de Friui o sabor da fruta e a acidez natural são tudo.
Principais uvas brancas:
Chardonnay - uva cada vez mais presente. A qualidade e o estilo do vinho variam, podendo produzir vinhos unidimensionais ou vinhos altamente complexos, dependendo do produtor.
Pinot Bianco (Pinot Blanc) - Os vinhos produzidos são redondos e razoavelmente viçosos. Muitas vezes é usada em corte com a Chardonnay.
Pinot Grigio - variedade popular que produz vinho pouco ou mediamente encorpado, os melhores podem projetar sabores delicados de pêssegos, amêndoas e maças verdes (como, por exemplo, o Steverjan), ou serem tão voluptuosos e ricos que parecem derivar de sorvete (o Jermann).
Sauvignon Blanc - Transforma-se em vinhos vvos, saborosos e selvagens. Podendo ser magros e defumados, com todo o caráter de ervas dos Sancerre, ou cremosos e untuosos, com delicados sabores de mel e avelã.
Picolit - autóctone, utilizada para produzir interessantes e raros vinhos de sobremesa. Só se produz uma minúscula quantidade devido às anormalidades genéticas das parreiras.
Ribolla Gialla - autóctone produz vinhos muito atraentes com deliciosos sabores de frutas cítricas e pêssegos,
Tocai Friulano - autóctone, também chamada simplesmente de Tocai é a favorita do local. Os vinhos que produz são meio encorpados e cremosos, com toques de ervas .
Verduzzo - autóctone especial, utilizada para fazer o melhor vinho de sobremesa de Friuli, o Verduzzo di Ramandolo.
As duas DOCs de maior prestígio em Friuli são Colli Orientali del Friuli e Collio (Collio Goriziano), ambas situadas bem ao leste, perto da fronteira eslovena.
Os tintos de Friuli apesar da fama dos vinhos brancos da região, representam 40% da produção total. As uvas tintas de maior prestígio são Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, assim como as autóctones Schioppettino, Refosco e Tazzelenghe.
O Schioppettino pode ser surpreendente, seco, com sabores aguçados de pimenta, especiarias e cerejas pretas e com um corpo firme e anguloso.
O Refosco é um excelente vinho cotidiano, com densos sabores de mirtilos e amoras pretas e com viva acidez.
O Tazzelenghe é um vinho afiado como um punhal.
Merlot e Cabernet cada vez melhores, os produtores começaram a compreender melhor os matizes da produção de vinhos tintos em climas razoavelmente frios, e os Merlot e Cabernet de Friuli se tornaram mais saborosos e mais concentrados.
Como acontece com os vinhos brancos, os tintos de Friuli podem ser cortes imprevisíveis e instigantes.
Os vinhos doces de Friuli são o Verduzzo di Ramandolo , feito de uvas Verduzzo, e Picolit, feito de uvas Picolit. Ambas crescem nas encostas alpinas de Colli Orientali.
O Verduzzo di Ramandolo é produzido na aldeia de Ramandolo, é um dos vinhos de sobremesa menos encorpados e mais requintados que se produz. Muitas vezes tem um blo brilho de cobre e um toque de sabores de ervas.
A Picolit é uma casta que sofre mutação genética que faz com que aborte espontaneamente as flores nos cachos recém-formados (as flores se transformam nas uvas). Mesmo nos melhores anos, menos da metade das flores sobrevivem para se transformar em uvas. Como consequência, o vinho é muito caro. Os melhores são magros, com leve e delicado caráter de mel. Os principais produtores variam consideravelmente e safra para safra, dependendo de quem conseguiu sucesso com as uvas
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