Mais uma sequencia de posts se inicia, durante algumas semanas falaremos sobre Espumantes, elaboração e regiões produtoras.
Pode parecer que já conhecemos tudo sobre eles, mas existe uma abundância de informações fascinantes.
O vinho espumante é obtido transformando um vinho base de pouca graduação alcoólica, açúcar e leveduras em álcool e gás carbônico (processo conhecido como fermentação secundária). No método Tradicional caso do Champagne e dos demais vinhos espumantes de grande qualidade, este processo ocorre na garrafa, fazendo com que o dióxido de carbono criado durante o processo fique retido nas borbulhas. No método Charmat, esta segunda fermentação é realizada em tonéis de aço inoxidável, numa combinação de garrafas e tanques. Na carbonatação, não existe fermentação secundária. O gás é injetado no vinho com um cilindro, resultando em bolhas maiores, de vida mais curta e vinho de qualidade duvidosa.
Um bom vinho espumante apresenta um fenômeno conhecido como cheminée, uma chaminé de bolhas, subindo do fundo da taça até o centro da superfície do líquido, as bolhas então se movimentam para formar um círculo em torno do interior do copo.
Os métodos para preparar vinhos espumantes são sempre semelhantes, porém produzem vinhos bem distintos, por vários motivos:
Clima: a uva cultivada em clima quente, costuma dar vinhos de um sabor mais marcante (Austrália, Penédes), mas que não são tão perduráveis como aqueles produzidos com uvas de regiões frias, como Champagne.
Terreno: Em poucos lugares do mundo ocorrem os característicos terrenos de greda que existem na região de Champagne, algo que contribui enormemente para a delicadeza do vinho.
Variedade e qualidade das uvas: As uvas clássicas para o Champagne são a Chardonnay que lhe dá elegância e frescor; a Pinot Noir, que lhe dá corpo e profundidade; e a Pinot Meunier, que lhe dá sabor frutado e equilíbrio. Um vinho espumante terá um sabor diferente conforme a uva que predomine nele, ou conforme se utilizem outras uvas, como a Macabeu, a Xarel-lo, a Parellada, a Chenin Blanc, a Pinot Blanc ou a Riesling. Com a uva Muscat, por exemplo, utilizada para produzir o Asti, é obtido um vinho exoticamente frutado, muito diferente do Champagne.
O Shiraz espumante é também um vinho muito diferente dos outros espumantes. Mas mesmo quando são utilizadas as uvas clássicas, não será obtido um vinho excepcional, a não ser que sejam cultivadas
especialmente para produzir vinho espumante; se forem deixadas amadurecer excessivamente, o resultado será um vinho com grau de álcool excessivo nada refrescante.
A quantidade final de borbulhas: ou seja a quantidade de gás carbônico que foi dissolvida no vinho
A quantidade de açúcar acrescentada: Exceto em alguns poucos vinhos espumantes Brut Nature, à maior parte dos vinhos acrescenta-se um pouco de açúcar para que seu gosto não fique excessivamente agressivo devido à acidez. A quantidade de açúcar oscila entre a do Brut, de sabor quase seco, e a do semi-doce, doce, semi-seco.
O tempo de maturação sobre sedimento: Alguns vinhos, como o Moscato d'Asti, devem ser bebidos quando são jovens e frescos. Outros, como o Champagne envelhecido, necessitam de vários anos para desenvolver seu delicioso sabor.
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