sexta-feira, 28 de abril de 2017

Os principais vinhos da Itália (Piemonte)



Maior produtor de vinhos do mundo, a Itália produz vinho há quase 3 mil anos, por volta  do século 2 a.C, o território da atual Itália já possuía vinhedos plantados por gregos e por etruscos.
Produzir vinho na Itália é tão natural como respirar que parece quase instintivo, qualquer região, ou praticamente qualquer pedaço de terra produz vinho (900 mil vinhedos registados), sendo o país com a maior diversidade de tipos nativos de uvas (mais de mil variedades documentadas).
Não há como falar, portanto, de um único estilo de "vinho italiano", eles podem variar substancialmente em sabor, textura e corpo, mesmo quando se comparam vinhos do mesmo tipo. Isso se deve pelos minúsculos e diferentes microclimas que influenciam no caráter do vinho, e também parte desta variabilidade deve-se as diferenças na produção pois a Itália é um país que mantém suas tradições antigas e que ao mesmo tempo usa métodos modernos extremamente sofisticados.
Bem resumidamente falarei  de algumas regiões como Piemonte, Vêneto, Emilia-Romagna, Puglia, Sicília, Campania e Basilicata, Toscana mais precisamente de seus principais vinhos.
Para o post não ficar demasiadamente longo, uma regiões por vez.
Piemonte
"Piemonte significa aos pés das montanhas - nesse caso, dos Alpes. Os Alpes praticamente cercam essa região montanhosa."
A mais famosa região vinícola da Itália.
Barolo e Barbaresco são dois dos mais lendários vinhos tintos do país ,levam o nome da vila onde são produzidos, ambos feitos exclusivamente com a uva Nebbiolo. São vinhos com alta concentração de taninos e acidez pungente, que requerem longo envelhecimento. Até a década de 1990, os produtores do Piemonte costumavam aconselhar que se esperasse pelo menos dez anos, e às vezes até vinte, antes de beber esses vinhos. Hoje a maioria dos Barolos e Barbarescos é feita de modo que os torna mais macios quando um pouco mais jovens e, por tanto, capazes de serem apreciados mais cedo. Ainda assim, mesmo estas versões modernas são muitas vezes compactas e tânicas, e precisam de pelo menos vários anos de envelhecimento.
Outros importantes vinhos do Piemonte são: Barbera, feito de uva Barbera, vinho vibrante , frutado , fresco e às vezes rústico.
Dolcetto, feito de uva Dolcetto, vinho frutado e trivial, que muitas vezes apresenta um toque de chocolate amargo.
Além desses importantes vinhos tintos há inúmeros outros, que são feitos com a uva Nebbiolo com o Gattinara e o Ghemme produzidos bem ao norte de Alba. Embora o Gattinara em particular possa ocasionalmente ser um Barolo "mini", com sabores razoavelmente poderosos tanto o Gattinara quanto o Ghemme em geral são mais magros do que o Barolo e o Barbaresco, com sabores mais simples e com taninos às vezes agressivos. É frequente o uso de uma pequena porcentagem de uva Bonarda ou Vespolina ,  que ajudam a atenuar e suavizar a Nebbiolo do norte.
O Nebbiolo d'Alba é  produzido no Langhe, perto da cidade de Alba, porém as uvas com que são elaborados provém de áreas mais afastadas, que não tem o requinte e o poder da Nebbiolo usada no Barolo e no Barbaresco.
No norte do Piemonte a casta Nebbiolo é também conhecida como Spanna, se você se deparar com um vinho rotulado simplesmente com a palavra Spanna saiba que são vinhos básicos feitos com  uva Nebbiolo plantada no norte do Piemonte.
O Piemonte também produz vinhos brancos, os principais são: Os brancos secos Gavi e Arneis; o levemente doce e refinado Moscato d'asti; e o extremamente popular espumante Asti.
Gavi vinho produzido na aldeia de mesmo nome, feito com a autoctone Cortese, os melhores exemplares são secos, cítricos e minerais.
Arneis vinho produzido principalmente nas colinas de Roero, feito com uvas do mesmo nome, seco, vivo e razoavelmente encorpado, com leves sabores de damasco.
Moscato d'Asti  em geral ele é produzido em pequenos lotes, em quantidades limitadas, por pequenos produtores que usam uvas selecionadas. Delicado, ligeiramente doce, muito frutado e com teor alcoólico baixo não mais de 5,5%.
Asti espumante aromático, meio-doce produzido com uvas Moscato na parte sudeste do Piemonte (cidades de Asti e Alba) frutado (pêssegos damasscos), bastante leve 7% a 9% de álcool, o nível de doçura do Asti varia ligeiramente segundo as preferências dos produtores.



fonte . Atlas Mundial do Vinho
           A Bíblia do Vinho

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Produtores de Vinhos Portugal Parte 4



João Portugal Ramos
"Existe um Alentejo pré e pós João Portugal Ramos e, o posterior é infinitamente melhor, mais mundano, mais prestigiado, mais saudável e mais próspero. "
Nascido de uma longa linhagem de produtores, agrônomo de formação, iniciou em 1980 sua atividade como enólogo , sendo hoje considerado um dos mais influentes e maiores produtores de Portugal.
Sua influência estendeu-se até o Douro, Tejo, Beiras e Vinho Verde, participando no desenvolvimento de marcantes vinhos portugueses e revitalizando essas regiões.
Alentejo: João Portugal Ramos iniciou a plantação de vinhas próprias em Estremoz no ano de 1990, dando início ao seu projeto pessoal.
Para os tintos foram escolhidas as castas Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional, Castelão, Alicante Bouschet e, ainda, Cabernet Sauvignon, Syrah, Petit Verdot e Merlot, embora em menos quantidade.
Os brancos nasceram das castas Antão Vaz, Arinto, Roupeiro, Verdelho, Sauvignon Blanc, Alvarinho e Viognier.
A primeira vindima realizou-se em 1992.
Vila Santa - Alentejo
Vinhos: Loios Branco
Loios Tinto
Oliveira Ramos Premium
Pouca Roupa Tinto
Pouca Roupa Branco
Pouca Roupa Rosé
Marquês de Borba Branco
Marquês de Borba Tinto
Marquês de Borba Espumante
Vila Santa Trincadeira
Vila Santa Aragonez
Vila Santa Syrah
Vila Santa Reserva Branco
Vila Santa Reserva Tinto
Quinta da Viçosa
Marquês de Borba Reserva
Estremus

Tejo - Faula
Em 2004 nasce a Faula tendo como objetivo engrandecer os vinhos da região tornando-os  mais conhecidos no mundo.
Vinhos: Conde de Vimioso Tinto
Conde de Vimioso Branco
Conde de Vimioso Rosé
Conde de Vimioso Reserva
Conde de Vimioso Espumante

Douro - Projeto Duorum - Vinhos SA
Iniciado em 2007 é conduzido pelos enólogos João Portugal Ramos, José Maria Soares Franco e João P. Vidal.
Vinhos: Duorum O. Leucura
Duorum Reserva Vinhas Velhas
Duorum Colheita Tinto
Duorum Colheita Branco
Tons de Duorum Tinto
Tons de Duorum Branco
Duorum Vintage
Duorum Vintage Vinhas de Castelo Melhor
Duorum LBV

Beiras - Quinta de Foz
Vinhos: 
Quinta Foz de Arouce Branco
Quinta Foz de Arouce Tinto
Vinhas Velhas de Santa Maria

Vinhos Verde (projeto mais recente com seu primeiro Alvarinho lançado em 2015)

Leia também - Produtores de Vinhos Portugal Parte 3

terça-feira, 25 de abril de 2017

Malvásia



Antiga uva de origem grega, plantada na Grécia, Itália, França, Espanha, Madeira ,Portugal e Brasil.
Na Espanha é um componente do Rioja branco e, antigamente, também do tinto. Na Itália servia para preparar o famoso vinho de sobremesa siciliano Malvasia delle Lipari. Também é usada nos Frascati e no famoso vinho de sobremesa Vin Santo, da Toscana. Historicamente, acrescentam-se pequenas doses de malvasia para dar fragrância ao Chianti. Em Portugal, onde é conhecida como Malmsey, é usada para preparar um vinho doce ao estilo Madeira. Considera-se que a Malvasia seja a mesma, ou semelhante, à Vermentino da Itália e da ilha francesa Córsega.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Termos italianos que você talvez não conheça Parte 3



Secco: seco.
Semisecco: meio-seco, na verdade, meio-doce.
Spumante: espumante, borbulhante.
Stravècchio: em geral indica um vinho de qualidade superior, muitas vezes porque contém mais álcool do que o mínimo requerido e/ou porque envelheceu por mais tempo do que o estipulado. Por exemplo, o Valpolicella Superiôre é um Valpolicella com pelo menos um ano de envelhecimento, em contraste com o Valpolicella básico, que não obedece a um prazo mínimo de envelhecimento.
Tenuta: propriedade. As propriedades vinícolas em geral incorporam a palavra tenuta aos seus nomes, como Tenuta San Guido, na Toscana.
Ue: tipo de Grappa mais macio e mais leve, obtido da destilação das uvas, e não do bagaço.
Vècchio: velho; diz-se dos vinhos maduros.
Vendemmia: vindima ou safra; palavra que pode ser usada nos rótulos, em vez de annàta.
Vigna: vinhedo; também se diz vigneto.
Vignaiolo: plantador de uvas, também chamado de viticoltóre.
Villa: propriedade campestre, em geral onde se produz vinho.
Vino da arròsto: vinho próprio para acompanhar um assado, o que significa um vinho tinto muito encorpado e de cor profunda.
Vino da pasto: vinho do cotidiano.

Leia também: Termos italianos que talvez não conheça Parte 2

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Produtores de Vinhos Portugal Parte 3



Esporão
Uma das casas mais respeitadas de Portugal, liderada por João Roquette. Produz excelentes vinhos dos mais exclusivos aos vinhos do dia-a-dia (sendo capaz de aliar quantidade com qualidade).
Herdade do Esporão situada no coração do Alentejo e integrada na DOC Reguengos de Monsaraz (distrito de Évora), conta com mais de 194 castas, variedades como Touriga Nacional, Verdelho ou Semillon, acrescentam identidade e qualidade aos vinhos alentejanos.
Portfolio: Torre, Esporão Private Selection (tinto e branco), Vinha do Canto do Zé Cruz: Aragonez, Vinha das Palmeiras: Alicante Bouschet, Vinha do Telheiro: Syrah, Vinha do Bodego: Touriga Nacional, Vinha dos Andorinhos: Petit Verdot, Esporão Reserva (tinto e branco), Monte Velho (tinto e branco), Defesa do Esporão (tinto, branco e rosé), Espumante, Late Harvest.
Varietais: criados a partir de localização ou castas, são expressões precisas de terroir.
Verdelho Esporão, 4 Castas Esporão, 2 Castas Esporão, Tinto Trincadeira.
Talhas: castas selecionadas e vinificadas em ânforas antigas de barro (talhas).
Vinha Velhas, Moreto.
Ouros projetos e regiões: produtos variados com base no loteamento.
Alandra (tinto, branco e rosé), Magistra aguardente.

Quinta das Murças situada no centro da DOC Douro, adquirida pelo grupo Esporão em 2008, conta com dezenas de castas autóctones.
Portfolio: Murças Minas, Assobio, Porto Tawny 10 anos, Porto Vintage

Leia tambem - Produtores de Vinhos de Portugal Parte 2


terça-feira, 18 de abril de 2017

Carignan



A variedade Carignan (conhecida na Espanha como Cariñena) é originária da região de Cariñena, em Aragão, onde se continua preparando com ela um vinho tinto intenso e com corpo. Embora faça parte integral dos vinhos de Rioja, aos quais proporciona coloração, a região de cultivo principal na Espanha encontra-se na Catalunha, onde é utilizada principalmente para cortes. No Priorat e na Cariñena estão sendo recuperadas velhas cepas das quais são extraídos vinhos de grande elegância.
A Carignan, por ser uma variedade de amadurecimento tardio, prospera em climas quentes, e seu cultivo é preponderante no Languedoc-Roussillon, especialmente em Aude, Hérault, Gard e Pirineus Orientais.
A Carignan desempenha um papel importante nas misturas que compõem vinhos regionais franceses como os Corbières, Fitou, Minervois e os rosés provençais.Os vinhos com os quais se costuma combinar são o Cinsault, no Midi ocidental, e o Grenache, no oriental.
Também é encontrada na Argentina, Chile, Itália, Israel e Uruguai.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Termos italianos que você talvez não conheça Parte 2



Dolce: muito doce. A Itália produz inúmeros vinhos doces de muitas e diferentes variedades de uvas.
Enoteca: adega de vinhos; local onde são exibidas garrafas de vinhos de diferentes regiões. Muitas vezes esses vinhos também estão disponíveis para degustação. A enoteca mais famosa da Itália fica em Siena.
Etichêtta: rótulo
Fattoria: termo toscano para designar uma quinta ou vinícola. Muitos dos mais importantes produtores de Chianti usam este termo como parte do próprio nome - por exemplo, Fattoria di Felsina.
Fiàsco: literalmente, frasco; termo mais frequentemente usado para a garrafa de Chianti envolvia em palha,. Em geral os Chiantis vendidos em fiàschi (o plural) eram bem magros e muito baratos. Atualmente, poucos Chiantis são vendidos em garrafas envoltas em palha.
Frizzànte: ligeiramente efervescente, mas não tão quanto o espumante. O Prosecco da região do Vêneto é frizzànte. Normalmente, possui no máximo metade da pressão de um espumante convencional.
Gradaziône alcoólica: percentagem de álcool por volume
Grappa: aguardente (eau-de-vie, em francês) produzida pela destilação do bagaço que resta depois da prensagem do mosto ou do vinho.
Grappa di monovitígno é produzida de uma única variedade de uva, como moscato ou picolit. Como as aguardentes produzidas assim têm uma leve sugestão do aroma e do sabor das uvas originais, são consideradas superiore.
Imbottigliàto all"origine: engarrafado na origem; a expressão só pode ser usada por propriedades que produzem e engarrafam o vinho no local em que as uvas foram plantadas.
Imbottigliàto da: engarrafado por; expressão a qual se segue  nome do produtor; não indica que o vinho foi engarrafado na propriedade.
Imbottigliàto dal viticoltôre: engarrafado pelo viticultor
Liquoroso: vinho de alto teor alcoólico mas não necessariamente fortificado, que pode ser doce ou não.
Método Tradizionàle: método usado em Champagne para produzir espumantes
Nero: negro, ou tinto muito escuro; diz-se tanto das uvas quanto dos vinhos
Passito: vinho de intenso sabor, em geral doce feito com uvas parcialmente secas
Pastoso: meio-seco (não muito)
Podere: quinta que muitas vezes se transformou numa vinícola. Frequentemente emprega-se a palavra podere nos nomes dos vinhos, como Podere Il Palazzino, na Toscana
Produttorê: produtor
Riserva: vinho que amadureceu por determinado número de anos, de acordo com as regras da DOC
Rosàto: rosado
Rosso: tinto.

Leia também : Termos italianos que talvez não conheça 

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Produtores de Vinhos de Portugal Parte 2



Álvaro de Castro, um dos grandes nomes do Dão (Quinta da Pellada e Quinta Saes)
É lendário pelos seus vinhos, produzindo-os a sua maneira, por vezes de forma pouco convencional, sempre com variedades típicas da região como: Encruzado, Cercial, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jean, Alfrocheiro, Baga, e uma vinha velha de mais de 30 castas diferentes; que trabalhadas na adega se transformam em alguns dos maiores vinhos do Dão.
Quinta da Pellada - As primeiras referências históricas que se conhecem sobre a Quinta da Pellada data de 1570. Álvaro de Castro herdou a propriedade em 1980.
"A linha Premium dos vinhos da Quinta da Pellada são, desde longa data, um ícone dos vinhos do Dão.
Para Álvaro de Castro a viticultura e as características de cada ano é que moldam cada colheita, no entanto, a dedicação e estado de alerta são essenciais para que se possa amparar a natureza, afim de exercer o mínimo de intervenção humana na elaboração de cada um dos seus vinhos."
"Saes é a linha tradicional que mantém a imagem de tipicidade e característica elegante dos vinhos do Dão, onde se encontra em cada patamar o timbre fiel de Álvaro de Castro."
"Dão Álvaro de Castro é a linha moderna dos vinhos de Álvaro de Castro, uma imagem mais universal para vinhos que, mantendo todo o perfil da Quinta, fazem a ponte entre o vinho e o mundo. "

leia também - Produtores de Vinhos de Portugal

terça-feira, 11 de abril de 2017

Aligoté



Uva bastante rara da Borgonha com ela se elabora o Bourgogne Aligoté, vinho branco jovem, seco, leve e acre com aromas de maças, pêras e cítricos. Esse vinho é usado com creme de cassis no coquetel Kir.
Ela também é usada na composição dos Crèmant de Bourgogne (espumantes).
Fora da França a casta é encontrada na Califórnia, Austrália, Bulgária e Chile.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Termos italianos que talvez você não conheça



Eles podem te ajudar a entender um pouco mais à respeito do seu próximo vinho!
Durante três semanas veremos vinte termos, todas as segundas-feiras, para que aos poucos possamos nos familiarizar.
Abbadía: significa abadia, às vezes abreviado para badía. Construções que antes eram abadias foram transformadas em famosas propriedades vinícolas italianas, como a Badía de Coltibuono, na Toscana.
Abboccáto: ligeiramente doce.
Amàbile: um pouco mais doce que o abboccàto.
Amaro: amargo. Muitos vinhos italianos, tanto branco quanto tinto, têm um caráter ligeiramente amaro, considerados pelos italianos um atributo positivo.
Annàta: ano da safra.
Asciútto: totalmente seco.
Aziènda agricola: propriedade vinícola que às vezes aparece abreviada como Az. Ag. nos rótulos das garrafas, junto com o verdadeiro nome da propriedade vinícola, quando as uvas foram plantadas naquela propriedade e o vinho também produzido ali.
Aziènda vinícola: expressão que designa uma vinícola. Frequentemente aparece nos rótulos de vinho.
Azìenda vitivinícola: empresa que planta as uvas e produz o vinho.
Biànco: branco, como em vino biànco, vinho branco.
Botte: tonel ou barril.
Bottiglia: garrafa.
Cantina: adega; outro termo para vinícola.
Cantina sociàle: adega cooperativa. A Itália, assim como a França e a Espanha, tem centenas de cooperativas de vinho. Algumas produzem um bom vinho mas raramente um grande vinho. Em geral são mencionadas como cooperativas.
Casa Vinícola: empresa de vinhos que em geral produz vinhos a partir de uvas compradas (em oposição a uvas cultivadas na propriedade).
Cascina: termo do norte da Itália que designa uma quinta ou propriedade.
Castèllo: castelo. Vários vinhos italianos famosos são guardados em antigos castelos, por exemplo, no Castèllo dei Rampolla, na Toscana.
Chiarèto: vinho tinto muito leve, ou mesmo um vinho rosado.
Clàssico: designação oficial que se refere ao coração de uma zona DOC, e consequentemente a parte clássica, mais antiga, mais tradicional e melhor dessa zona. Em Chianti, a zona clássica é tão considerada que possui uma DOC  própria: Chianti Clàssico.
Consorzio:  consórcio de produtores que cuida da divulgação e da imagem de um vinho de determinada região, juntando forças para controlá-lo e promovê-lo.
Cooperativa: o mesmo de cantina sociàle.


sexta-feira, 7 de abril de 2017

Corpo (como é percebido)



O vinho é suave, médio ou consistente? Quando é movido na boca, dá a sensação de ser leve e aguado, ou ao contrário, dá a sensação de ser consistente?
Corpo é a sensação que o vinho provoca quando está em sua boca, além do paladar
O corpo de um vinho é definido por sua graduação alcoólica e por sua concentração de "extrato" frutal.
Um vinho bem encorpado contém no mínimo 13,5% de álcool. Alguns vinhos "leves" tem menos de 10% de álcool.
Termos associados ao corpo:
Magro: Vinho com alguma acidez e pouca substância.
Ligeiro: Vinho que provoca sensações pouco intensas.
Curto: Quando o sabor se dissipa rapidamente na boca.
Austero: Vinho difícil de beber.
Anguloso: O contrário de "redondo", vinho que parece ter arestas mal aparadas.
Elegante: Pouco encorpado, com acidez marcante.
Gordo: Vinho com muita fruta, mas sem acidez oi taninos perceptíveis.
Delicado: Vinho pouco encorpado.
Encorpado: Vinho que aparenta ter alta densidade e concentração de sabores.
Concentrado: Vinho com fruta intensa, acidez e taninos moderados.
Denso: Vinho com fruta intensa e taninos moderados.
Opulento: Vinho encorpado com taninos macios e acidez baixa.
Firme: Vinho com taninos intensos e agradáveis em geral, vai melhorar com a idade.
Corpo leve: A expressão se aplica a vinhos que causam a sensação de serem pouco densos, pouco concentrados.
Variedades de uva com bom corpo:
Chardonnay, Sémillon, Viognier e Gewurztraminer (para vinhos brancos). Cabernet Sauvignon, Shiraz, Grenache de videiras velhas, Zinfandel e Nebbiolo (para vinhos tintos).
Variedades de uva de corpo leve:
Riesling, Sauvignon Blanc, Chenin Blanc quando é jovem (para os brancos). Gamay, Dolcetto, Cabernet Franc, Pinot Noir, Barbera (para vinhos tintos).

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Produtores de Vinhos de Portugal





No decorrer das semanas falaremos de alguns produtores de Portugal, alguns já consagrados, outros que estão se renovando e despontando como grandes promessas.
Comecemos pela vinícola de maior peso histórico do Douro.
Casa Ferreirinha
Pertencente a Sogrape desde Dezembro de 1987, foi fundada por Bernardo Ferreira mas foi sua neta Dona Antonia Adelaide Ferreira "Ferreirinha" que viúva se viu a frente de uma grande empresa e com uma visão social e humana muito além do seu tempo, contribuiu muito com o desenvolvimento da região do Douro.
A Casa Ferreirinha produz um dos mais míticos vinhos portugueses o Barca Velha.
O vinho leva esse nome devido a uma barca (velha) que fazia a travessia do Douro, próximo das quintas onde era produzido.
Hoje, existe somente um exemplar da primeira colheita de 1952, cujo valor é, incalculável.
Nesses 65 anos de existência o Barca Velha teve somente 18 colheitas e três enólogos.
A Casa conta ainda com outro vinho mítico, o Reserva Especial que tem como base as castas das mais tradicionais do Douro Superior a Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Cão.
Que só é editado nos anos que a qualidade não chega ao patamar Barca Velha, cujo valor final é metade daquele pedido por um Barca Velha, aproximadamente 400 Euros.
Outros vinhos da Casa Ferreirinha:
Casa Ferreirinha Esteva Tinto
Casa Ferreirinha Planalto Branco Reserva
Casa Ferreirinha Quinta da Leda
Casa Ferreirinha Papa Figos Tinto
Casa Ferreirinha Papa Figos Branco
Casa Ferreirinha Vinha Grande Tinto
Casa Ferreirinha Vinha Grande Branco
Casa Ferreirinha Vinha Grande Rosé
Casa Ferreirinha Callabriga Douro Tinto
Casa Ferreirinha Colheita tardia
Antonia Adelaide Ferreira


terça-feira, 4 de abril de 2017

Agiorgitiko



Importante casta grega, originária do Nemea, também conhececida com São George.
Produz vinhos de cor profunda, sabor frutado que remete a frutas negras (ameixa), picante com taninos macios e acidez  baixa. Os melhores exemplares, que muitas vezes são combinados com Cabernet Sauvignon, podem envelhecer bem. 
Uma uva bem versátil normalmente elaborada como varietal, além de produzir vinhos tintos e rosés e vinhos doces, produz versões leves feitas por Macerção Carbônica (técnica dos Beaujolais).

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Entendendo os descritivos do vinho - Parte 10



Vinhos tranquilos: Todos os vinhos que não são espumantes

Vinicultura: Ciência da produção do vinho. O termo é empregado com menor frequência do que enologia.

Viscosidade: Caráter de alguns vinhos um pouco xaroposos e lentos de se moverem na boca. Por exemplo, uma colher cheia de mel é mais viscosa do que uma colher cheia de água, e o álcool, por natureza é viscosos. Assim, tanto os vinhos doces quanto os vinhos com alto teor de álcool são mais viscosos do que os vinhos secos e os vinhos de baixo teor de álcool.

Viticultura: Ciência do cultivo das uvas.
Vitis: Gênero do reino vegetal ao qual pertencem as videiras. No gênero Vitis existem cerca de sessenta espécies. A mais famosa - e a única que se originou na Europa- é a Vitis Vinéfera, que inclui todas as famosas uvas de vinho: Chardonnay, Pinot Noir, Cabernet Sauvignon etc, e é a virtual responsável por todos os vinhos produzidos hoje contudo, muitas espécie de videiras se originaram na América do Norte e incluem Vitis Lambrusca, Vitis Riparia, Vitis Rupestris, Vitis Rotundifolia e Vitis Berlandieri, entre outra.


Leia também - Entendendo os decritivos do vinho - Parte 9