segunda-feira, 5 de julho de 2021

Sukiyaki para aquecer os dias frios


Beber, Comer e Amar...
Especial Inverno!
Má na cozinha preparando Sukiyaki.
Segundo o Portal Nippo Brasil
"Os japoneses budistas tinham aversão ao consumo de carne de boi até o final da Era Edo (1603-1867). A notícia de que o imperador havia provado dessa carne foi o verdadeiro estopim para a popularização de seu consumo. Isso aconteceu no período em que se iniciou a introdução de elementos da cultura ocidental em território japonês - começo da Era Meiji (1868-1912).
O gynabe (carne bovina temperada com shoyu, e açúcar, cozida na panela de ferro, passou a ser o prato predileto do povo de Tóquio.
Foi depois do abalo sísmico conhecido como Kanto Daishinsai (grande terremoto da região de Kanto), ocorrido no ano 12 da Era Taisho (1923), que a denominação gynabe foi substituída por Sukiyaki, como era conhecido na região de Kansai (Osaka e Quioto).
Entretanto, o preparo dos Sukiyakis de Kansai e de Kanto são distintos. Em Kansai, a carne é colocada na panela, polvilhada com açúcar e, em seguida, acrescenta-se tofu (queijo de soja), ito Kon'nyaku (uma espécie de inhame ,em fios, negi (cebolinha verde) e, por fim shoyu. Na região de Kanto, deve-se untar a panela com gordura e colocar a carne junto com negi, acrescentando o tempero, que é um molho preparado com saquê, shoyu, açúcar, água e, mais tarde adicionar os outros ingredientes.
No nosso caso, o Marcelo acrescentou legumes, cogumelos e macarrão (próprio para udon)
Como o prato tem sabores bem característicos e o shoyu um alto teor de sal, precisamos de um vinho com boa acidez, leve em corpo e de taninos sedosos para contrapor o salgado do molho.
Escolhi um Pinot Noir da Domaine Drouhin  - Oregon - Dundee Hills - Willamette Valley


Um tinto com aromas de frutas vermelhas (amora e cerejas pretas) que repetem em boca, um vinho sutil, com taninos macios, textura aveludada, comprovando a boa fama dos Pinots de Oregon.
Que tal aproveitar que as temperaturas caíram e preparar essa delicia de prato?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
Ingredientes
Molho:
1/2 copo de shoyu
1/2 copo de saquê
4 colheres de sopa de vinagre de arroz
2 colheres de sopa de açúcar
um pouco de óleo de gergelim.
Carnes:
500 gramas de file mignon cortados em tiras de 1 cm
1 gengibre ralado
5 colheres de shoyu
Legumes ( estes podem ser a gosto de quem faz, pode ter tudo isto e até mais):
Acelga fatiadas em tiras a gosto
Cogumelo shitake ou champignon a gosto
Cenoura cortada em rodelas finas
Couve-flor a gosto
Alho poró em rodelas
Brócolis a gosto
Cebolinha verde
Massa
Macarrão de udon cozido q.b

Modo de preparo do molho
Misture todos os ingredientes

Modo de preparo sukiyaki
Tempere a carne com o gengibre ralado e shoyu, deixe pegar gosto por 15 a 30 minutos.
Em uma panela própria para sukiyaki ( usei um grill elétrico redondo - veja foto), coloque um pouco de óleo ( usei de girassol) deixe aquecer, coloque a carne e a cebolinha verde, disponha também os legumes e o macarrão, regue tudo com o molho na quantidade suficiente para a porção.
Esse prato é para ser apreciado aos poucos à medida que você for degustando vá repondo os ingredientes.

Você sabia...
Oregon é uma região americana conhecida pelos seus ótimos Pinot Noir, a região oferece as condições ideais para o cultivo da casta.
De origens humildes na década de 1970, a indústria cresceu para incluir 730 vinícolas e mais de 1.050 vinhedos com 30.434 acres sob cultivo. Os viticultores de Oregon produzem vinhos de 72 castas diferentes.
Cerca de dois terços do vinho produzido, no entanto, é Pinot Noir. essa variedade tem representado em grande parte a industria de vinhos de Oregon, especialmente o Willamette Valley, que é a base de sua reputação mundial.
O cultivo de uva começou nesta área do Oregon em 1966 e em 1983 o Willamette Valley AVA foi oficialmente estabelecido.
O Willamette Valley é dividido em 6 sub-AVAs (American Viticulture Areas).
Essas AVAs são distinguíveis por características geográficas, dentro dos limites definidos pelas autoridades federais. São elas:
Chehalem Moutains AVA
McMinnville AVA
Dundee Hills AVA
Eola-Amity Hills AVA
Ribbon Ridge AVA
Yamhill-Carlton District AVA
A indústria do vinho de Oregon também se uniu em torno da criação de uma lei estadual de rotulagem para salvaguardar a qualidade. A lei estabelece que a origem e o tipo de vinho devem ser devidamente rotulados. A lei estabeleceu um teor mínimo de varietais de 90% o que significa que, para chamá-lo de Pinot Noir, ele deve ser feito de pelo menos 90% de uvas Pinot Noir, em vez do padrão nacional atual de 75%. O mesmo vale para a nomenclatura regional; Se o vinho for reivindicado ser do Vale de Willamette, pelo menos 95% de suas uvas devem vir do vale de Willamette.
O Willamette Valley como já mencionado é mais conhecido por seus Pinot Noir mas também produz grandes quantidades de Pinot Gris, Riesling e Chardonnay. As uvas Cabernet Sauvignon, Gewürztraminer, Müuller-Thurgau, Semillon e Zinfadel também aparecem em quantidades menores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário