segunda-feira, 25 de março de 2019

Uvas-símbolo dos principais países produtores



Comecei a apreciar vinhos de uma maneira muito inusitada. Há quinze anos eu e Marcelo paramos em um mercado para comprar um vinho que acompanharia um fondue.
Era um sábado à noite chuvoso e lá estávamos diante das prateleiras repletas de rótulos, mais perdidos do que cegos em tiroteio. Eis que surge um senhor bem apessoado, falante e que se apresenta como Durval, dizendo ser um apreciador de vinhos e frequentador assíduo daquele mercado.
Em pleno corredor, por uma hora e meia batemos um papo descontraído, bem-humorado e despretensioso a respeito de vinhos, das uvas, sua origem e estilos. Aquilo me encantou, fiquei fascinada ao ver o jeito que Sr. Durval  dissertava a respeito do vinho.
Ao voltar para casa, com o vinho indicado nas mãos, nos pegamos às gargalhadas lembrando o quão inusitado foi aquele encontro, e até hoje lembro das dicas que Sr. Durval fazia questão de frisar: Riesling alemão, Malbec argentino, Tempranillo espanhol , assim vocês não eram!
Sr. Durval, nunca mais vimos! E olha que voltamos naquele mercado, sábado após sábado, na esperança de rever aquele homem e compartilhar do seu entusiasmo quando falava de vinhos.
Mas ficou a lição.
E hoje quando me perguntam que uva escolher de determinado país, passo pra frente os ensinamentos  que sabiamente aprendi.
 Uvas ícones dos países do Velho Mundo

Alemanha - Riesling
A uva mais cultivada na Alemanha, a queridinha dos críticos  e enólogos mas que está longe de ser uma preferência mundial, é a cepa mais elegante do mundo. Geralmente os Riesling alemão têm baixa graduação  alcoólica e envelhecem bem.
Os mais secos vão bem com as culinárias condimentadas, e os mais doces acompanham com perfeição as sobremesas.



Espanha - Tempanillo
Nativa de Rioja é cultivada em toda a Espanha e, apesar de às vezes ser elaborada como vinho varietal, é normalmente combinada com outras variedades.
Seu charme é produzir vinhos de grande diversidade de aromas, que costumam ter uma boa capacidade de envelhecimento.
O Tempranillo acompanha bem guisados de carne, pato e cordeiro


França - Pinot Noir
Há séculos a Pinot Noir é cultivada na França, especialmente na Borgonha, com ela são preparados os varietais tintos da região, famosos no mundo inteiro como o Romanèe-Conti. Em nenhum outro país ela atinge a mesma excelência, pois é sua característica transparecer o terroir
Os tintos de Borgonha combinam bem com o Coq au vin e o Boeuf Bourguignon.


Italia - Sangiovese
A uva mais cultivada na Itália é sinonimo dos tintos da Toscana. Ali se produz o Chianti, no qual a Sangiovese proporciona até 90% do corte, o Vino Nobile di Montepulciano com 80% e compôe 100% dos vinhos da célebre sub-região de Brunello di Moltalcino e é ainda misturada a cepa estrangeiras na composição dos Supertoscanos.
Um Chianti, por exemplo, acompanha bem os pratos simples de frango e como ninguém as massas e as pizzas.


Portugal - Touriga Nacional
A estrela do Douro e Dão, cepa nativa do país que também é usada na produção do vinho do Porto.
São excelentes acompanhantes para pratos agridoces de carne com frutas.


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