quarta-feira, 16 de outubro de 2024


 Se você acha que os vinhos de Sauternes são muito difíceis de combinar com comida, ou que só servem para sobremesa, queijo azul e foie gras. 
Não! Os vinhos Sauternes também permitem muitas combinações de comida e vinho muito bem sucedidas e às vezes surpreendentes, como o prato de hoje. 
Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Magret de pato ao molho de laranja e purê de vegetais. 
Para harmonizar com sucesso a comida e o vinho Sauternes, a ideia é respeitar o equilíbrio dos sabores e acima de tudo garantir que se contrabalance a doçura do vinho. 
Você pode brincar com a harmonia, com pratos de  sabores próximos ao do vinho ( frutos secos, mel,  frutas amarelas e cítricas) ou, pelo contrário, brincar com contrastes com sabores marcados (azedo e picante).
Mas lembre-se muito açúcar pode tornar seu prato enjoativo,  para que isso não aconteça seja sutil, não abuse dos ingredientes que você quer combinar.
No Magret ao molho de laranja, a idéia foi incorporar ao prato dois dos sabores dominantes no vinho (laranja e mel) porém o Marcelo não pesou a mão no molho que permaneceu leve e contrabalançado por uma boa acidez. 
Vamos ao vinho. 


Baron Philippe Rothschild Mouton Cadet Sauternes AOC. 2017
Sémillon 11% - Sauvignon Blanc 87% Muscadelle 2%.
Sua cor dourada apresenta reflexos âmbar, sinal de sua concentração de açúcar. No nariz percebemos notas de frutas cristalizadas (damasco, ameixa amarela) e cítricas, mel, flores e especiarias doces.  Na boca é amplo e aveludado, com uma bela acidez que equilibra a riqueza do vinho. 
O sabor caramelizado do Sauternes combinou lindamente com o peito de pato crocante.  A complexidade do vinho também combinou com a textura gordurosa da pato que foi preparando com excelência pelo Má baseado nas combinações que citei anteriormente. 
Os purês (cenoura, beterraba e batata) complementaram a doçura sem sobrecarregar o prato pois foram cozidos em caldo de carne.
Provando assim que Sauternes tem uma vida fora do foie gras e do queijo azul. 


Ingredientes: ( 2 pessoas)
2 peitos de pato
2 laranjas Bahia 
2 colheres (sopa) mel
2 colheres (sopa) vinagre balsâmico ou vinagre de Jerez 
Sal e pimenta a gosto 
Preparo do magret
Coloque o peito de pato numa superfície de trabalho. Usando uma faca pequena, faça cortes cruzados por toda a pele.
Leve uma frigideira antiaderente ao fogo  e deixe esquentar, coloque o peito com a pele voltada para baixo, tempere com sal e pimenta e deixe fritar por 3 minutos,  repita a operação do outro lado do peito.
Coloque o Magret em um prato e envolva-o com papel alumínio, deixe descansar por 3 minutos. 
Enquanto isso, faça o molho.
Esprema as laranjas e coloque o suco numa panela pequena, adicione o mel, o vinagre, sal e pimenta. Reduza até virar uma calda.
Retire o magret do alumínio, coloque-o numa tábua e corte-o em rodelas. 
Disponha num prato e cubra-o com molho. 
Sirva quente.
Se você optar por fazer os purês para guarnição. 
Cozinhe cada vegetal separadamente em caldo caseiro (cenoura, batata e beterraba)
Escorra, mas não despreze o caldo do cozimento. 
Em etapas diferentes passe cada legume no processador para obter um purê, se ficar muito grosso, coloque um pouquinho do caldo do cozimento para ajudar o processamento.
Proceda da mesma forma com os demais vegetais.
Em uma panela coloque o  (ex:. Purê cenoura)
1 colher (sopa) manteiga com meia cebola ralada, refogue e acrescente o purê de cenora. Mexa até obter a consistência desejada. 
Proceda do mesmo modo com os demais.
Estamos também no Instagram. 
Passa lá e deixa um joinha pra gente.
Beijos no coração de vocês. 

Você sabia...
"Sauternes é um vinho doce produzido na região vinícola de Bordeaux, na França.  É elaborado com as uvas Sémillon, Sauvignon Blanc e Muscadelle, cultivadas nos vinhedos de Sauternes e Barsac. O vinho é conhecido por seu sabor adocicado e textura rica, resultado da podridão nobre denominada " botrytis cinerea".
A podridão nobre é um fenômeno natural que ocorre quando as uvas são expostas a condições úmidas e quentes. Isso faz com que o mofo entre nas uvas e as torne mais doces e com sabor mais concentrado. 
Esse fenômeno só acontece em determinadas regiões do mundo.
Existem várias classificações para os Vinhos Sauternes, mas a mais famosa é a Classificação de 1855.
Reúne os cinco primeiros vinhos, que são os mais prestigiados e os mais raros. 
Château d'Yquem 
Château Guiraud
Château  Coulet
Château de Rayne Vigneau 
Château Climens
Um bom Sauternes envelhece por mais de 100 anos. 


quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Macarrão Cacio e Pepe

 

Os chefes italianos costumam dizer que as receitas aparentemente mais simples na verdade são aquelas mais difíceis de executar, essa máxima vale para esse prato. 
Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Pasta Cacio e Pepe, símbolo da cozinha romanesca, uma massa simples preparada com apenas dois ingredientes, Queijo Pecorino Romano DOP e pimenta preta moída na hora. 
O segredo do prato está na emulsão entre a pimenta, o queijo e a água do cozimento, o molho resultante não pode ficar nem grosso e nem muito líquido e sim cremoso. 
Lá no Instagram do BCA, bebercomereamar, você encontra um vídeo explicando todo o processo. 
Para harmonizar ousamos na escolha de um Syrah brasileiro - Casa Soncini Syrah 2021
A nota de pimenta preta, os taninos maduros e a boa acidez desse belo Syrah casou perfeitamente com o prato nos surpreendendo tanto em boca quanto em aroma. 


Para preparar o Cacio e Pepe.
O Marcelo cozinha o espaguete em água com sal, escorre e reserva a água do cozimento. 
Feito isso, ele pega uma panela grande, leva ao fogo mínimo,  coloca em torno de 8 conchas da água do cozimento, adiciona 250g de pecorino com uma boa quantidade de pimenta preta moida na hora (fica ao seu critério a quantidade).
Pega um batedor de arame e em fogo baixo, vai emulsionando tudo até obter um molho ainda líquido, porém, cremoso.
Desliga o fogo, joga a massa ainda quente e mexe até toda a massa ser envolvida pelo molho.
Mas como eu disse:
Lá no Instagram tem o vídeo e o passo a passo certinho.
Uma otima semana para vocês. 
Beijos no coração. 

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Dia do Pudim - Melhor pudim do mundo



Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Pudim de Leite Condensado.
A receita e o nome pudim são originários da Inglaterra. Na sua forma original, a consistência era cremosa, semelhante à um bolo com massa solada.
Saindo da Inglaterra, o pudim ganha o mundo e inúmeras variações. Coube aos franceses a criação do popular pudim de leite. Os portugueses também possuem uma receita semelhante, o creme caramelo. Aqui no Brasil, no começo da República, o pudim era um dos grandes sucessos e abrilhantava as festas e reuniões fazendo as honras da casa. O Pudim Republicano mesclava o marcante sabor das amêndoas importadas e a cremosa maciez dos ovos e açúcar bem batidos, lenta e carinhosamente acrescentados ao leite. Só então assado em prolongado banho-maria.
Em 22 de janeiro de 1890 o leite condensado chega ao Brasil. O Jornal Estado de São Paulo, nos seus classificados, anunciava a chegada de um ótimo alimento para as crianças, que era comercializado na Drogaria São Paulo, à Rua São Bento, vendido em latas para ser diluído em água antes de ser bebido. A Nestlé industrializava o fabrico e trazia na legenda: Milkmaid brand. O mais interessante é que a lata apresentava a estampa de uma singela mocinha em trajes suíços, conhecida como La Laitière ou vendedora de leite, carregando uma lata de leite na cabeça. Esta imagem ganhou o mundo e adquiriu tamanha popularidade que no Brasil, o leite condensado passou a ser conhecido como "Leite Moça".
Na época, o emprego do leite condensado no Pudim de Leite, enquanto para alguns provocava frenesi, devido à grande procura da "Lata da Mocinha", para outros sugeria-se comprometimento da delicadeza da sobremesa, acusando-o de padronizar o sabor de antigos doces brasileiros.
Mas e na hora de harmonizar o nosso tão amado Pudim de Leite Condensado?
Quem acompanha o BCA sabe que o peso e a doçura do vinho de sobremesa escolhido, precisam harmonizar com o peso e a doçura do pudim.
Pode parecer impossível, se tratando de uma sobremesa tão doce, mas se você escolher um vinho de sobremesa realmente rico e doce como um Tokaj Aszú, você perceberá que o pudim de leite pode sim, ser realçado.
Portanto, sobremesas com este nível de doçura dificilmente irão harmonizar com um vinho leve e perfumado, é fácil imaginar que os sabores de um iriam destruir os sabores do outro.
Escolhi um o Tokaj Aszú Oremus


Que tal preparar essa delícia para seu fim de semana?
Eu como sempre, contribuo com a receita.
Pudim de Leite Condensado
Ingredientes:
1 lata de leite condensado
A mesma medida de leite
3 ovos
1 xícara de açúcar (180g)
Modo de preparo:
1. Preaqueça o forno (180 graus)
2. Bata por 5 minutos no liquidificador o leite condensado, o leite e os ovos,
Reserve.
3. Coloque o açúcar em uma forma com furo no meio (capacidade para 2 1/2 litros). Leve ao fogo até o açúcar derreter e formar um caramelo. Retire do fogo, espalhe o caramelo por toda a forma e despeje a mistura batida.
Cubra com papel alumínio.
4. Leve ao forno em banho-maria por 1 hora e 40 minutos ou até o pudim ficar firme. Depois de 1 hora, elimine o papel alumínio.
Retire do forno, espere amonar e leve o pudim à geladeira por 3 horas antes de servir.

Você sabia...
Novas regras em Tokaj
Sempre ouvimos falar do Tokaj Aszú com seu número de puttonyos (3,4,5 e 6). Quanto mais puttonyos, maior é o teor de açúcar. Desde 2013, Tokaj simplificou a classificação de seus vinhos e, sem mais delongas removeu a indicação puttonyos.
Agora, o Aszú é medido pelo seu açúcar residual (que deve ter no mínimo 120 gramas por litro); portanto, somente os vinhos que anteriormente teriam 5 e 6 puttonyos são permitidos nessa categoria. As bagas são trituradas em uma pasta que eles chamam de "massa de Aszú", e um mosto de fermentação ou um vinho base é adicionado para que possa macerar por até dois dias. A mistura é então colocada em barris especiais de 136 litros - feitos de carvalho húngaro da floresta Zemplén - para terminar a fermentação e envelhecer por um período mínimo de dois anos ( pelo menos 18 meses em barris de carvalho).
Portanto:
O vinho mais doce dos Tokaj é o Eszencia. È mais doce do que a maioria no mundo do vinho, com pelo menos 450 gramas de açúcar residual por litro. O teor alcoólico é de no mínimo 1,2% e no máximo 8%. Nem seria considerado vinho sob regras normais, mas sem dúvida uma derrogação;
Segundo as novas regras, o segundo vinho mais doce é o Aszú, com pelo menos 120 gramas de açúcar residual e pelo menos 9% álcool.
Os Tokaj Szamorodni, Fórditás e Máslas permanecem nas versões seca e doce. O seco possui mais de 9 gramas de açúcar residual e o doce, pelo menos 45 gramas. Em Tokaj também se faz vinhos de colheita tardia e brancos secos.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Sobrou chocolate? Molho chocolate para carnes



Sobrou chocolate ai?
Má na cozinha preparando Medalhões de filé mignon com molho de chocolate acompanhado de farofa de bacon.
O chocolate acrescido em pratos salgados vem conquistando cada vez mais os paladares, e está presente nos cardápios de grandes chefs  que o utilizam principalmente em molhos que acompanham carnes tanto bovinas como suínas.
Nessa receita o chocolate utilizado foi o amargo, além de outros ingredientes para preparar o molho, que foi servido com um corte de carne vermelha. Nesse aspecto a harmonização já começa a tomar forma.
O molho em si ficou forte e marcante, logo pensei em um vinho tinto com características semelhantes e que também pudesse combinar com a carne vermelha e a farofa de bacon.
Escolhi então um Cabernet Sauvignon, mais estruturado com passagem por carvalho.




Gran Báculo Cabernet Sauvignon 2012
Vinícola Salvattore
Serra Gaúcha - Brasil 
Cor rubi profunda com pequeno alo de evolução, no nariz frutas negras maduras ,cassis, especiarias doces, couro e ervas secas.
Em boca frutas vermelhas agora frescas, taninos redondos que se beneficiam da boa acidez, final persistente e delicioso.
Uma harmonização desafiadora e prazerosa.
Que tal experimentar? Eu como sempre, contribuo com a receita:


Ingredientes:
4 medalhões de filé mignon
1 colher (sopa) de manteiga
meia cebola
2 xícaras de vinho tinto seco
2 xícaras de caldo de carne
1 xícara (cafezinho) de molho de soja
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1 tablete de chocolate amargo (125 gramas)
2 colheres (sopa) de creme de leite fresco
Preparo:
Em uma panela, derreta a manteiga com um fio de azeite. Frite a cebola previamente picada.
Adicione a farinha de trigo e misture.
Coloque o vinho tinto, o caldo de carne e o molho de soja. Misture o chocolate e o creme de leite fresco.
Mexa bem. Deixe o molho cozinhar.
Enquanto o molho cozinha. Em uma frigideira, coloque um pouco de azeite e frite cada um dos medalhões. Para que a carne fique mal passada, frite 2 minutos de cada lado. Se preferir no ponto, frite 4 minutos de cada lado. Tempere com sal e pimenta á gosto e sirva-os cobertos pelo molho de chocolate.

Farofa de bacon
Ingredientes:
250 gramas de farinha de mandioca
100 gramas de manteiga sem sal
1 cebola média
Bacon a gosto
Sal e pimenta a gosto
Preparo:
Pique o bacon e cubos pequenos, frite sem nada, coloque num papel toalha para tirar o excesso de gordura e reserve. Escorra a maior parte da gordura da frigideira e crescente a manteiga com a cebola picadinha. Deixe dourar e acrescente a farinha. Misture bem até a farinha incorporar com a manteiga, apenas até dourar. Junte o bacon e acerte o sal e a pimenta.

Você sabia...
Chocolate
Séculos antes de os espanhóis chegarem à América, os astecas já conheciam as favas de cacau. Com elas, faziam um líquido escuro que chamavam de tchocolatl.
Em 1502, a ilha de Guanaja, habitada pelos astecas povo místico e religioso, recebeu a esquadra de Colombo. O navegador foi um dos primeiros europeus a provar o sabor do chocolate.
O cacau começou a ganhar o mundo a partir de 1520, quando remessas da amêndoa foram levadas da América para a Europa.
Os espanhóis abriram as primeiras chocolaterias do mundo no fim do século 16, a expansão do chocolate pelo continente teve início com o casamento do rei francês Luís XIII e a infanta Ana, da Áustria, em 1615, porque a futura rainha não queria deixar a Espanha sem levar as sementes de cacau para Paris.
Em 1659, Luís XIV, concedeu a David Chaliou, oficial da realeza, o privilégio de "fabricar e vender, por 19 anos, uma composição que se chamava chocolate". Nascia, assim, a primeira fábrica francesa de chocolate, que utilizava métodos artesanais de produção.
O chocolate só passou a ser produzido por meio de processos mecânicos em 1765, com a fundação da fábrica de chocolate Cia Baker, nos Estados Unidos, considerada a primeira industria de chocolate.
Na Suíça, a industria de leite condensado deu novo impulso ao chocolate. Em 1870, em Vevey, o laboratório de Henri Nestlé ganhou um vizinho, Daniel Peter, que ali se instalara com uma pequena fábrica de chocolate. A recente descoberta de Henri Nestlé que associara leite à farinha, deu a Peter a ideia de juntar leite ao chocolate, que então, compunha-se unicamente de cacau e açúcar.
Em 1903, Milton Snavely Hershey, depois de vender sua empresa de caramelo, dedicou-se a produzir barras de chocolate ao leite. Nascia, no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, a Hershey's uma das marcas mais consumidas na época.
O chocolate branco surgiu em 1913, também nos Estados Unidos, os chamados "tabletes de baunilha" que era composto por manteiga de cacau, açúcar, leite e baunilha.
O chocolate tornou-se alimento de primeira necessidade, fazendo parte da ração de emergência dos soldados na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e na Segunda (1939-1945). Denominado Ração D.
Também durante a Segunda Guerra, os norte-americanos lançaram, com base em alimentos utilizados por soldados na Guerra Civil espanhola, as pastihas de chocolate MSM's, cobertas por açúcar colorido.
Aqui no Brasil o cacau chegou em 1746 pelas mãos do francês Frederic Warneaux. Antonio Dias Ribeiro recebeu sementes do colonizador francês e começou a cultivar a amêndoa em Ilhéus e Itabuna. Na metade do século 19 já eramos o maior exportador de cacau do mundo.
No fim do século 19 e início do século 20 a indústria de chocolate começou a surgir.
Neugebauer foi a primeira, fundada em Porto Alegre no ano de 1891. Seguidas por Lacta (1912 - SP);
Kopenhagem (1928); Garoto (1929- Vila Velha- Espírito Santo).

Fonte: Marcelo Duarte - Guia dos Curiosos
ABICAB

sexta-feira, 22 de março de 2024

Bacalhau como você nunca viu


Um prato para fugir da rotina na forma de preparo do bacalhau da Sexta santa e também na harmonização pois escolhemos um espumante nature da casa Valsuga para acompanhá-lo.
Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Folhado de bacalhau à Lyon.
Nosso prato de hoje tem uma alta acidez por conta do molho finalizado com vinagre, o que não é problema pois a acidez do molho aumentou a maciez do prato, mesmo assim, precisamos da acidez do vinho para acompanhá-lo, pois um vinho mais brando, mais suave perderia sua intensidade em contato com um prato tão elevado.



 


Morue à la Lyonnaise
Ingredientes
3 postas de bacalhau
800 gramas de batatas
300 gramas de cebolas
azeite, sal, pimenta, vinagre e manteiga a gosto.

Preparo
1. Coloque as postas de bacalhau em água fervendo, durante alguns segundos. Retire-as e desfie-as em lascas grandes.
2. Descasque as batatas, corte em rodelas finas,  corte as cebolas em juliene,  disponha harmoniosamente as batatas e as cebolas numa assadeira e leve para assar regando com azeite até ficarem douradas.
3. Montagem: Disponha uma camada de cebola, uma de batatas assadas, uma de bacalhau e outra de batatas, e assim por mais duas ou três vezes. Termine com uma camada de cebolas. Tempere cada camada com sal e pimenta.
4. Na forma onde assou as batatas e as cebolas, coloque um pouco de vinagre. Incorpore um pouco de manteiga e agite de modo a formar um molho.
Regue o preparado com este molho e sirva.

"Os meus romances, no fundo, são franceses, como eu sou, em quase tudo, um francês - exceto num certo fundo sincero de tristeza lírica que é uma característica portuguesa, num gosto depravado pelo fadinho, e no justo amor do bacalhau de cebolada"!
Citação de Eça de Queiroz em carta ao historiador Oliveira Martins.
Saúde Sempre!
Um beijo no coração de vocês.
Estamos também no instagram passa lá.
@bebercomeramar





segunda-feira, 18 de março de 2024

Páscoa com Salada Niçoise



Este ano , o Domingo de Páscoa acontece no dia 31 de março de 2024.
Na religião cristã, a Páscoa é celebrada logo após o período da Quaresma.
Se você está sem idéia para o menu o BCA te ajuda.
Da entrada mais festiva como a receita de hoje, que deixará sua Sexta-feira Santa mais saborosa, até chegar no tradicional cordeiro de domingo. Uma série de idéias de receitas e vinhos esperam por você. Receitas clássicas para uns, originais para outros, tudo sob a chancela do convívio e da partilha!
Má na cozinha preparando Salada Niçoise.
Não aceite imitações das chamadas "Saladas Niçoise".
A cozinha de Nice tem raízes provençais. Também foi influenciada pela Itália por causa de sua proximidade mistura pratos do Mediterrâneo e dos Alpes.
Como a maioria dos pratos emblemáticos de todos os países, a Salada Niçoise é, originalmente, um prato de "pobres". Conta a lenda que no século XVII, depois de uma pesca ruim, o pescador de Nice, que pode trazer apenas anchovas, corta tomates e rega tudo com azeite, assim surgiu a Salada Niçoise.
Ao longo do tempo, muitos ingredientes foram adicionados para trazer sabores e cores.
Os moradores locais sempre fizeram a Salada Niçoise com o que tinham na mão. E antes de ser servida em restaurantes, era um prato fácil e barato. O fato é que Nice é vasta e existe tantas receitas como famílias estabelecidas na região.
Assim como há em Marselha uma "carta de Bouillabaisse", o Le Cercle de la Capelina d'Or é um comitê de pessoas de Nice criado para defender a autenticidade da culinária de Nice, pois vemos Saladas Niçoise baseadas em produtos que nada têm a ver com a herança culinária da cidade.
Segundo o comitê os ingredientes aprovados incluem:
Tomates, ovos cozidos, anchovas salgadas, cebola, atum, manjericão, azeitonas de Nice, alho rosa de Nice, sal e azeite. Na temporada coração de alcachofra, mas jamais inclui batatas ou vagens.
Portanto, para uma quase autêntica Salada Niçoise o Marcelo procedeu assim:
Tradicionalmente, a Salada Niçoise é plana, de modo que todos os ingredientes fiquem visíveis e bem distribuídos. Por isso, ao invés de uma saladeira o Marcelo montou-a num prato grande e raso.
O alho (brasileiro mesmo) serviu para esfregar o prato e perfumá-lo.
Primeiro ele colocou os tomates cortados em quatro sem sementes, depois adicionou todos os outros ingredientes, regou com azeite, um pouco de sal, uma volta de pimenta (opcional), algumas folhas de manjericão picadas, e pronto.
Fresca e perfumada combina com vinhos aromáticos e animados.
Para harmonizar escolhi marco Luigi Tributo Rosé Malbec - Vale dos Vinhedos - RS



Descontraído, gastronômico e intenso nos aromas.
Macio e refrescante em boca.
Saúde sempre!
um beijo no coração de voces.
Estamos também no Instagram passa 


sábado, 20 de janeiro de 2024

Charcutaria francesa - Rillettes

 
 
Deixe-se seduzir por esta especialidade da charcutaria francesa.
Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Rillettes de porco.
Perfeio para coquetéis, piquiniques e reuniões com amigos...
Coloque um belo pedaço de Rillette em um pequeno pedaço de pão tostado, não espalhe!Coloque delicadamente na boca e sinta-o derreter suavemente.
É de comer de joelhos.

 
 
Um verdadeiro mimo para o paladar que é comercializado em potes, com uma fina camada de gordura na superfície.
Sua origem remonta ao século XV, permaneceu por muito tempo como uma preparação doméstica, destinada desde o início a conservar a carne de porco.
Hoje em dia também encontramos rillettes de ganso e pato.
Como toda culinária tradicional, estas preparações deram origem a receitas locais muito variadas.
Os rillettes mais famosos são, os de Le Mans e Sarthe e os rillettes de Tours.
Pastoso, untuoso e saboroso, os Rillettes desfrutam da companhia de vinhos secos brancos que continua a ser referência para a charcutaria cozida, como Rillettes, Morcela, Paté ou Terrine, pois sua gordura tende a colidir com os taninos dos vinhos tintos. Para quem gosta de sabores mais frutados, o vinho Rosé dá um toque de frescor a esse tipo de charcutaria.
Que tal preparar essa iguaria para seu fim de semana, abrir um branco vivo e ser feliz?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
Rillettes de Porco
Paleta de porco 2/3
Toucinho de porco (só gordura) 1/3
1 cebola
1 dente de alho
tomilho
manjerona
alecrim
louro
pimenta-do-reino moía grossa
sal a gosto
Preparo:
Em uma panela de ferro ou caçarola de fundo grosso derreta o toucinho, acrescente a cebola, o alho e as ervas, refogue.
Em seguida adicione a paleta refogue mais um pouco tomando cuidado para a carne não corar, tempere com sal e pimenta e adicione 1 xícara de água, deixe ferver, abaixe o fogo (mínimo) tampe a panela e cozinhe por 2 horas. Mexa de vez enquando, se preciso coloque mais água um pouquinho por vez pois a carne não pode grudar no fundo da panela e nem dourar.
Após cozida retire  a carne e reserve o líquido que sobrou.
Bata a carne no almofariz ou na batedeira para virar uma pasta.
Em seguida misture o líquido reservado.
Coloque em potes de vidro esterelizados e cubra com filme plástico.
Deve descansar por pelo menos 24 horas antes de consumir.