sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Principais vinhos da Espanha - Montilla



Montilla
A região vinícola Montilla - Moriles fica ao sul de Córdoba, seu nome incorpora duas de suas cidades.
Uma região de sol escaldante no verão, onde as uvas Pedro Ximénez adquirem um amadurecimento carregado de açúcar, resultando em vinhos com 15,5% de álcool natural. O Montilla assim como o Jerez também desenvolve a flor, amadurece em soleras e têm estilos semelhântes. Mas, diferentemente do Jerez, a uva de Montilla não é a Palomino, mas sim Pedro Ximénez, que ainda é regularmente enviada a Jerez para a produção de vinho doce. Seu elevado teor de álcool natural faz com que os vinhos Montilla não precisem ser fortificados com aguardente de uva. Como consequência são ligeiramente mais leves e às vezes mais delicados do que os Jerez. Os Montilla são fermentados em recipientes altos de argila, denominados tinajas.
A versão seca é semelhante ao Jerez Fino, tendo envelhecido sob a flor.

Leia também: Principais vinhos da Espanha - Jerez continuação

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Produtores de vinho da Argentina - Bodega El Porvenir de Cafayate



El Polvenir de Cafayate se define como uma Bodega Familiar.
A família Romero Marcuzzi, começou no mundo do vinho quando Roberto Romero ancorou há quatro décadas sua primeira adega em Tolombón, a poucos quilômetros de Cafayate.
No final dos anos noventa, foi decidido enfrentar um novo projeto, adquiriram uma fazenda de 100 anos localizada no centro de Cafayate, que atualizaram em infraestrutura e tecnologia, restaurando com êxito velhas vinhas de 65 anos de Torrontés, Malbec e Tannat.
Durante esse período também plantaram uma nova vinha de Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah e Petit Verdot, entre outras variedades.
Hoje, a adega de Cafayate é liderada por Lúcia Romero Marcuzzi, neta de Roberto, ela trabalha em conjunto com uma excelente equipe seguindo o legado de seus antepassados com um dinâmico impulso inovador.
Os vinhedos são cultivados a uma altitude de 1750 metros acima do níve do mar em uma região única e privilegiada. Na província de Salta, Argentina, a 180 quilômetros ao sul da capital, uma região de clima extremo e desértico, que oferece dias quentes e noites frias, baixas chuvas e alto sol para as vinhas.
Cafayate é um pequeno Vale isolado de características muito especiais, onde seu clima desértico e solos pobres favorecem a produção de uva de alta qualidade enológica, facilitando a realização de viticultura integrada, sustentável e orgânica.
O principal fator que influencia a videira é a amplitude térmica, devido à altura, que permite que as uvas sejam muito concentradas e, ao mesmo tempo, maduras, resultando em vinhos com taninos macios e redondos.
As vinhas são divididas em quatro fazendas:
Finca El Retiro: São os vinhedos mais antigos com plantas de mais de 65 anos.
Variedades: Torrontés, Tannat e Malbec
Finca Rio Seco: Vinhedo plantado no início do projeto, vinhas com cerca de 13 anos, apenas variedades tintas foram plantadas.
Finca Alto Los Cardones: Vinhas localizadas no sopé da colina, num solo pedregoso e pobre, o que permite que o terroir seja expresso no vinhos.
Variedade: Malbec
Finca Alto Los Cuises: O maior vinhedo, a plantação foi feita em terraços, imitando o modelo de cultivo Inca, uma vez que a inclinação do terreno é muito pronunciada e é a única maneira de guiar a água para cada uma das vinhas.
Variedades: Malbec e Chardonnay

Portfolio:
El Porvenir
Laborum
Amauta

Leia também: Produtores de vinhos da Argentina - Bodega Chacra

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Queijos e vinhos pelo mundo - Ardalena



Ardalena
Queijo produzido a partir de leite de búfala da água, originário da Transilvânia - Romênia.
Queijo firme, mas não seco, textura granulada lembrando um Parmigiano.
Massa de cor amarela pálida, com vários pequenos orifícios. É envelhecido por 12 meses ou mais, o tempo de cura lhe confere qualidade refinada, um sabor puro e forte que permanece no palato com uma leve picância.
Quando o assunto é vinho, o queijo se mostra bem versátil, vai bem com um Chardonnay com mais corpo, se preferir tintos um Barbaresco ou um Chianti Clássico e na linha dos vinhos doces um Jerez Pedro Ximenes.

Leia também: Queijos e vinhos pelo mundo - Appenzeller

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Delaware


Uva tinta de casca mais rosada do que verdadeiramente vermelha, este cruzamento americano é cultivado basicamente na região do lago Eriê, no estado de Nova York, onde é usada para fazer vinhos borbulhantes. Também é cultivada no Japão.

domingo, 24 de setembro de 2017

Vinhos Espumantes e regiões produtoras - Espanha



O Cava  produzido sobretudo ao sul de Barcelona, utiliza o método tradicional (champenoise) para sua elaboração. Suas origens remontam a 1872, quando Josep Reventós Fatjó, proprietário de Codorniu, produziu as primeiras garrafas em Sant Sadurní d'Anóia depois da praga da filoxera. As uvas com as quais o espumante é produzido são Parellada, Macabeu e Xarel-lo; embora muitos produtores cada vez mais introduzam a Chardonnay e a Pinot Noir em seus cortes.
A produção do Cava circunscreve-se em quase  98% à região do Penedés, embora também seja autorizada em alguns municípios de La Rioja, Aragão, Valência e Badajoz. Seu clima mais quente faz dos Cavas vinhos espumantes mais suaves,que procuram uma boa integração das borbulhas e um bom equilíbrio na boca.
Os Cavas mais jovens são os Reserva,com pouco tempo de maturação na garrafa. Os Cavas Gran Reserva são os que conseguem a melhor complexidade na boca.
Os Cavas de maior qualidade têm uma maturação dentre dois e três anos ou mais.
Os aromas de juventude nos Cavas lembram os do vinho branco inicial com o qual foram elaborados. Nos Cavas mais velhos, aparecem aromas de confeitaria, frutas secas e levedura. Os melhores Cavas são os Brut Nature (sem adição de açúcar) porque os melhores vinhos de cada adega são destinados a sua elaboração.
Os dois gigantes do Cava são Codorníu e Freixenet; mas também há elaboradores menores que também conseguem grandes produtos: Agusti Torelló i Mata, Llopart, Recaredo, Gramona, Bertha, Privat, Huget, basicamente produzidos na região do Penedés.

sábado, 23 de setembro de 2017



O Beber, Comer e Amar esteve presente na última quarta-feira no evento Vinhos do Alentejo, organizado pela CVRA (Comissão Vitivinícola Regional Alentejana), realizado na Unibes Cultural.
Lá pudemos conferir as colheitas alentejanas mais recentes e rótulos célebres apresentados por vinte produtores da região. Marcaram presença:
Adega de Borba, Adega de Redondo, Cartuxa-Fundação Eugênio de Almeida, Companhia das Quintas-Herdade da Farizoa, Cortes de Cima, Dona Maria - Júlio Bastos, Encostas de Alqueva, Esporão, Herdade da Malhadinha Nova, Herdade do Mouchão, Herdade do Rocim, Herdade Grande Wines, Herdade São Miguel, Casa Agrícola HMR, J.Portugal Ramos Vinhos, Lusovini Vinhos de Portugal, Medeiros, Monte da Capela, Monte do Pintor, Monte dos Cabaços, Monte Novo e Fiqueirinha, Sogrape-Herdade do Peso, Susana Esteban, Tapada do Fidalgo e Tiago Cabaço Winery.
O evento foi aberto primeiramente aos profissionais do ramo, onde tínhamos como habitual, acesso livre a degustação, e depois teve seu horário estendido aos Wine Lovers, que puderam participar de um evento gastronômico, com vinho para venda a copo ou garrafas a preços especiais, petiscos de botecos entre outros.
O que nos chamou a atenção, foi a preocupação dos produtores em trazer rótulos frescos, cada stand tinha pelo menos dois rótulos brancos e um rosé.Nos foram apresentados vinhos aromáticos, frutados, ligeiramente acídulos e na maioria dos casos bem equilibrados.
Nosso país é extremamente quente em boa parte do ano, nada melhor para refrescar do que vinhos brancos e rosés, sem contar que quando se trata de harmonização, eles combinam praticamente com a maioria dos pratos da nossa culinária.
O Brasil é o segundo principal mercado importador dos vinhos alentejanos com cerca de 3,7 milhões de garrafas por ano.
Confira alguns rótulos que em breve certamente farão engrossar essa estatística.






















sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Principais Vinhos da Espanha - Jerez - continuação


Continuação...
Cada garrafa de Jerez que você encontrar pertence a uma das duas categorias básicas: Fino ou Oloroso. A linha divisória entre as duas é uma levedura chamada flor, que se desenvolve na superfície do vinho protegendo-o da oxidação.
Quando termina a fermentação, o vinho é fortificado. A aguardente de uva é acrescida para elevar o nível de álcool para cerca de 15% para um Fino, nível em que a flor irá florescer durante a maturação, ou para 18% para o Oloroso, nível que evita que a flor se forme durante a maturação. Seguindo assim o amadurecimento na solera.
Como vimos no artigo anterior nessas duas categorias situam-se sete estilos específicos que são:
Manzanilla
Jerez altamente reverenciado, leve e de estilo elegante, feito exclusivamente na minúscula cidade marítima de Sanlúcar de Barrameda, onde o ar úmido do oceano dá ao Manzanilla um gosto salgado, bem como um aroma de brisa do mar, parecido com o aroma de ostra que acabou de sair da casca. O Manzanilla é leve, vivo e delicado. Depende totalmente da flor, uma curiosa película amarela de levedo que se forma na superfície desse vinho quando em desenvolvimento. Devem ser bebidos gelados e novos.
Fino
O ápice do refinamento e da complexidade do Jerez. O Fino é de cor pálida e de baixo teor de álcool. O sabor e o aroma seco desse vinho são inesquecíveis, tornando-o um dos melhores vinhos do mundo para acompanhar frutos do mar. Assim como os Manzanillas, os Finos também dependem da flor.
Embora não tão delicados quanto os Manzanillas, os Finos também são frágéis e devem ser servidos gelados e novos.
Amontillado
É um Fino mais velho. Depois que esse vinho se movimentou através da solera, é então fortificado para que o teor de álcool aumente um pouco mais do que no Manzanilla ou no Fino; em seguida coloca-se o vinho em outra série de barris, onde não mais será protegido pelo flor. Como consequência, oxidará um pouco mais, adquirindo cor mais profunda, além de ricos sabores de nozes. Poucos produtores fazem Amontillados secos; a maioria mistura uma pequena porcentagem de Pedro Ximénez doce para preparar um vinho meio-seco. O rótulo pode indicar ou não o nível de doçura.
Palo Cortado
Um tipo de Amontillado seco, raro e excêntrico.Às vezes é um Amontillado amadurecido por muito tempo e cujo o corpo começa a adquirir a exuberância e a concentração de um Oloroso. Chama-se Palo Cortado a esse vinho que possui a curiosa duplicidade de ter a fragrância e o requinte de um Amontillado seco e a voluptuosidade de corpo e concentração de um Oloroso seco. O engraçado é que o Amontillado, no processo de se transformar em Palo Cortado, muitas vezes escapa à percepção do mestre de adega, que, no cotidiano, verifica os vinhos em desenvolvimento pelo cheiro e não pelo sabor.
Oloroso
Um fantástico Jerez aromático, bastante velho, e que tradicionalmente não foi protegido nem influenciado pela flor. Mais do que qualquer outro tipo de Jerez seco, o Oloroso é exposto ao oxigênio, o que escurece o vinho e lhe confere um profundo sabor de nozes. A matéria-prima inicial do Oloroso é o sumo prensado, ligeiramente mais grosseiro do que o mosto-flor utilizado para fazer o Fino. Esse vinho também é mais fortificado com aguardente de uva (18% a 20%) antes de entrar no processo de solera para os Olorosos. Como resultado, os Olorosos secos são um deleite raro e notável. Atualmente, muitos produtores os adoçam misturando várias doses de Pedro Ximénez.
Cream Sherry
Originmente criado para ser exportado para o mercado britânico, com o nome de Cream Sherry, o Jerez é feito adoçando-se os Olorosos com doses substânciais de Pedro Ximénez.
Entretanto não existe um grau de doçura especificado por lei. Algumas Bodegas fazem um Cream Sherry prudentemente doce; outras acrescentam excessos de açúcar. Esse Jerez também variam de qualidade, desde o mais barato, com gosto de sacarina, até o elegante, quase aromático de tanto chocolate, figos e nozes torradas.
Pedro Ximénez
Um Jerez doce, muitas vezes escuro e denso como um melado. O Pedro Ximénez é feito com uvas de mesmo nome, diferente da vasta maioria dos outros Jerez, feitos de uvas Palomino.

Leia também - Principais Vinhos da Espanha - Jerez











quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Produtores de vinhos da Argentina - Bodega Chacra



Bodega Chacra
Localizada no Vale do Rio Negro, no norte da Patagônia, foi fundada por Piero Incisa della Roccheta (neto de Marchese Mario Incisa della Roccheta o criador do Sassicaia - Tenuta San Guido).
Em uma degustação de vinhos em Nova York, Piero descobriu um Pinot Noir que trouxe sua atenção para a região do Rio Negro - Argentina. Após sua primeira visita, soube que esse seria o lar de sua nova paixão. A busca de um terroir único acabou: com vinhas não enxertadas que datavam de 1932, plantadas por seleção de massais, com uvas de imensa qualidade, luminosidade, água pura e ventos fortes, a Maníqué teve o potencial de fazer vinhos do qual ele sempre sonhou. Assim nasceu a Bodega Chacra, seguindo princípios biodinâmicos e orgânicos Piero produz vinhos transparentes, puros, delicados e florais com uma forte mineralidade, considerados pela crítica aos melhores Pinots do continente.
Chacra é composto por 24 hectares plantados: três plantados em 1932, 7 plantados em 1955, e o restante plantados em média há 20 anos.
A composição varietal dos vinhedos Chacra consiste basicamente de Pinot Noir.
As colheitas geralmente começam no final de fevereiro até o início de março. A antiga vinha produz um desempenho natural muito baixo em relação a carga de fruta. Consequentemente quanto menor o rendimento, maior a concentração natural das bagas.
Apenas os melhores cachos são colhidos, na conclusão da seleção, a maceração e o início da fermentação são realizados em tanques pequenos e redondos de pouca profundidade e grande largura para maximizar o contato com a pele, garantindo equilíbrio e homogeneidade.
A maceração é delicada sem extração excessiva, para obter um expressão equilibrada e elegante.
A fermentação é feita com leveduras indígenas em pequenas cubas de cimento. A purificação dos vinhos é feita por decantação natural, sem filtros ou outras técnicas, com a intensão de preservar os aromas naturais.
Os vinhos são envelhecidos em carvalho francês, barris de grão extra fino (para o trinta e dois e o cinquenta e cinco) e o Sin Azufre é envelhecido em barris de segundo uso.
Na Patagônia, um "chacra" é um pedaço de terra especial destinado à pomologia. Ao mesmo tempo chacras são centros de energia vitais que nos proporcionam a capacidade de se conectar com todo o Universo, com tudo o que é viver e vibrar.
Portfolio:
Chacra 32
Chacra 55
Sin Azufre
Barda
Maínqué Pinot Noir Rosé
Chacra Amor seco merlot

Fonte: Bodega Chacra

Leia também: Produtores de vinhos da Argentina: Humberto Canale





quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Queijos e Vinhos pelo mundo - Appenzeller



Appenzeller
Queijo suíço produzido com leite de vaca cru e coalho natural.
Sua produção é altamente regulada e está limitada a apenas quatro cantões: Appenzell Innerrhoden e Appenzell Ausserrhoden, além das partes de St. Gallen e Thurgau.
O queijo Appenzeller foi mencionado a primeira vez em documentos datados de 1282, quando moradores de Appenzell usaram o queijo que produziram como pagamento do dízimo à igreja, dando-o assim aos monges da Abadia de St. Gallen.
O que difere o queijo Appenzeller dos outros queijos suíços é a salmoura com que ele é esfregado durante o processo de cura.
Os supostos ingredientes para a salmoura incluem cravo, estragão, zimbro, alecrim, sálvia e vinho branco. Mas a lista completa deles e suas medidas é um segredo guardado à sete chaves.
Suspeita-se que esses ingredientes sejam semelhantes aos usados no Appenzeller Alpenbitter, um licor feito pela primeira em 1902, cuja receita familiar composta por 42 ervas e especiarias locais (na época recomendado para curar doenças do estômago) até hoje é mantida em segredo, com direito a cópia impressa guardada dentro de um cofre conhecida por apenas dois homens vivos.
Outra razão pela qual o queijo Appenzeller é tão especial é a qualidade do leite produzido pelas lendárias vacas Brown Swiss da região.A dieta alpina delas consiste em grama, ervas e flores, o que cria sabores atraentes e altamente temperados no leite que produzem, passando assim o sabor ao queijo.
De casca amarela dourada, semi-dura e seca, com massa firme de cor palha com pequenos orifícios, sua  textura é bastante densa, com um sabor rico de noz, um pouco frutado, que varia de picância dependendo do tempo de maturação.
Clássico: 3 a 4 meses de maturação (rótulo prata).
Surchoix: 4 a 6 meses de maturação (etiqueta de ouro).
Extra: 6 meses ou mais (rótulo preto).
Durante o processo de maturação, a salmoura é aplicada regularmente.
O Appenzeller é um dos três queijos, juntamente com o Gruyere e Emmental, que é tradicionalmente usado no autêntico Fondue Suíço.
Quando o assunto é vinho, para harmonizar prefira vinhos brancos como Sauvignon Blanc, Chardonnay,  Gruner Veltliner ou um Muscadet.

Leia também Queijos e Vinhos pelo mundo Alcains

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Cape Riesling

Uva branca amplamente plantada na África do Sul, onde é usada principalmente em misturas baratas. Não é a mesma que a verdadeira Riesling. Considera-se que a Cape Riesling seja relacionada à obscura francesa Crouchen Blanc.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Vinhos Espumantes e Regiões produtoras - Itália



Os melhores vinhos espumantes da Itália são tão notáveis quanto seus vinhos tranquilos. O mais popular é o Prosecco, a base para os Bellinis e a bebida habitual dos venezianos.
Geralmente, os vinhos são simples e suaves, e os melhores são preparados na região de Valdobbiádene.
Os de alta qualidade como o de Bisol e Col Vetoraz, são produzidos com uvas cultivadas nos espetaculares vinhedos de montanha de Cartizze.
Mais a oeste, no Piemonte, são encontrados os vinhedos de Asti (antes asti spumante) e do mais confiável Moscato d'Asti,um delicioso vinho leve, frutado com sabor de uva e deliciosa doçura, feito com a uva Moscatel.
Com apenas 5% de álcool, é um espumante perfeito para o verão.
Finalmente, está o Lambrusco. Os melhores da Emilia-Romagna, tintos entre doce e amargo com sabor de cereja que harmoniza fantasticamente com carne de porco. Os produtores mais conhecidos são Bellei, Chiarli e Corte Manzini.
Na região de Franciacorta, a leste de Milão, são produzidos vinhos espumantes a partir das uvas clássicas para Champagne.

Leia também - Vinhos Espumantes e Regiões Produtoras - Alemanha

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Principais Vinhos da Espanha - Jerez



Jerez - Sudoeste da Espanha - província de Andaluzia.
Os vinhedos espalham-se de forma triangular, a partir de um ponto interior ao norte da cidade de Jerez de la Frontera, em direção às pequenas cidades de Puerto de Santa María, na baía de Cádiz, e Sanlúcar de Barrameda, às margens do Atlântico, na foz do rio Guadalquivir.
Os melhores vinhedos ficam no centro do triangulo , numa região designada como Jerez Superior.
A região apresenta três tipos de solo: albariza, barro e arena. Dos três, o mais apreciado é o albariza,
que é encontrada principalmente no topo das colinas. A albariza é um tipo de marga extremamente branca e leve, constituída de uma mistura de argila, cálcio, carbonato de magnésio e fósseis marinhos pré-históricos.
Há uma boa quantidade de chuvas entre o final do Outono e o início da Primavera, esse solo acumula água para os meses mais secos e auxiliam no amadurecimento das uvas.
A uva mais plantada em Jerez é a Palomino, 95% do Jerez são elaborados com essa uva.
Essa uva em termos de aroma, sabor e caráter não chama muito atenção. Com uma uva relativamente neutra, a individualidade do Jerez provém do solo de albariza e do processo de produção chamado solera.
As outras duas castas encontradas em Jerez são a branca Moscatel que participa de cortes de um vinho doce, e ocasionalmente de um vinho de sobremesa que leva seu nome. E a Pedro Ximenez ou PX, que é utilizada para preparar um Jerez de estilo doce de mesmo nome.
O Jerez é feito em múltiplos estilos, que variam do extremamente seco ao extremamente doce. E tem uma maneira única de ser produzido.
Até o ponto de total transformação do açúcar em álcool, o Jerez segue o processo normal de vinificação dos demais vinhos, depois ele é fortificado com adição de aguardente vínica, a partir dai é progressivamente cortado e amadurecido numa complexa rede de barris denominada solera. Dependendo da maneira que o vinho se move através da solera se produz diferentes estilos de Jerez, esses estilos são divididos em duas categorias:
Os do tipos fino, que são leves, frescos e vivos.
Os do tipos olorosos, mais encorpados, de cor mais escura, e sabores de nozes.
E nessas duas categorias situam-se sete estilos específicos.
Semana que vem veremos quais são eles.
Espero vocês.

Leia também: Principais Vinhos da Espanha - Priorato

Fonte Bíblia do Vinho, Atlas Mundial, Guia de Vinhos Manoel Beato, O Livro do Vinho





quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Produtores de Vinhos da Argentina - Humberto Canale



Damos início hoje, a sequência de Produtores de Vinho da Argentina, com  objetivo de conhecer um pouco mais a viticultura hermana, com cunho informativo e isento de opinião pessoal, vamos nos inteirar das principais Bodegas da Argentina.

Humberto Canale
Localizada no Vale Alto do Rio Negro - Patagônia, a adega originou-se em 1909 logo após a Conquista do Deserto (entre 1878 e 1885), quando seu fundador, o engenheiro Humberto Canale, visitou a área para implementar sistemas de irrigação na região juntamente com outros diretores de Obras Públicas do Governo General Roca.
A visão afiada de Humberto Canale levou-o a adquirir 200 hectares em um território inóspito e a importar as ferramentas necessárias para desenvolver uma viticultura na região. Em 1912, as vinhas foram implantadas e, no meio do século XX, a imagem da adega consolidada.
Com um clima especial onde as noites são muito frias e os dias de sol intenso e com grande amplitude térmica, principalmente nos 20 dias anteriores à colheita, e solos bem drenados, a propriedade explora uma área de 500 hectares, dos quais 145 são ocupados por cepas de qualidade superior.
As variedade com que os vinhos são produzidos são: Cabernet Sauvigon, Pniot Noir, Merlot, Malbec, Cabernet Franc, Sauvignon Blanc, Semillon, Torrontés, Viognier e Riesling.
A Merlot e a Pinot Noir, desenvolveram características únicas do Vale Alto, que diferenciam, nomeadamente, os vinhos desta área dos do resto o país.
A adega possui uma capacidade de armazenamento de 3.200.000 litros, mais da metade são armazenados em barris, de carvalho francês e americano.
Na quarta geração sob o comando do engenheiro Guillermo Barzi Canale, a vinícola combina a sabedoria artesanal do fundador com as técnicas mais modernas, para obter o melhor da vinificação das áreas frias.

Portfolio:
Humberto Canale Centerium
Marcus Gran Reserva
Vinha Velha
Humberto Canale EstateçIntimate
Denario
Humberto Canale Blush
Marcus
Vinhos Espumantes.



quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Queijos e Vinhos pelo mundo Alcains



Alcains e um queijo produzido na região de Beira Baixa, na vila de Alcains - Portugal.
Nesta vila, ainda se mantem a tradição de produzir o queijo a partir de leite de ovelha e cabra cru, coalhada a cardo e sal. São esses produtos naturais, usados ao longo de décadas, que identificam a Região Demarcada dos Queijos da Beira Baixa, região onde se produzem alguns dos mais apreciados e tradicionais queijos do país.
As ovelhas e cabras que pastam livremente pelos campos, encontram condições favoráveis para produzir um leite rico e saboroso.
É um queijo de aroma e sabor intenso, picante, onde a cura se dá em pequenas casas de granito, com chão de terra batida e sem janelas, onde se criam as condições ideais de maturação. Durante o processo os queijos são periodicamente lavados, salgados e empalhados.
A pasta semi dura ou semi mole, se caracteriza em função da cura ser mais ou menos prolongada, podendo durar até dez meses.
Quando o assunto é vinho, para harmonizar opte pelos tintos jovens portugueses (Dão, Douro, Alentejo).

Veja também : Queijos e Vinhos pelo mundo - Affidelice au Chablis

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Baco Noir


Uva tinta, uma das mais famosas híbridas franco-americanas, criada em 1894 pelo cultivador francês François Baco. Antes cultivada na Borgonha no Vale do Loire, a Baco Noir é agora encontrada principalmente no estado de Nova York e no Canadá.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Vinhos Espumantes e regiões produtoras - Alemanha



Sekt com é chamado o espumante alemão, é muito apreciado por lá, onde a produção dos dois maiores viticultores supera a de toda a região de Champagne.
O Sekt é mais frutado, mais doce e tem menos álcool que o Champagne e muitos outros vinhos espumantes. Foi relativamente desconhecido até pouco tempo atrás e uma parte considerável de sua composição provinha de vinhos importados da França e da Itália, onde o corte ganhava efervescência na Alemanha, resultando em espumantes baratos.
No entanto, assim como em outras partes do mundo, a qualidade melhorou consideravelmente. Embora a maior parte dos consumidores continue comprando as marcas conhecidas, como Deinhard, Faber e Sohnlein, os vinhos mais interessantes provêm de pequenos produtores, especialmente daqueles que utilizam a variedade de uva mais ilustre da Alemanha, a Riesling. Também produzem alguns excelentes vinhos espumantes rosés com a uva Pinot Noir, que na Alemanha denominam Spätburgunder.
Procure na hora da compra a denominação Deutscher Sekt , que significa um vinho feito na Alemanha com o uso de uvas alemãs. Os Sekst feitos com uma única variedade como o Riesling Sekt, são os melhores exemplares deste estilo.


Fonte: Fiona Beckett
O Livro do Vinho

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Produtores de vinhos de Portugal - Parte 22



Quinta do Mouro

Situada dentro da cidade de Estremoz, a Quinta é comandada por Miguel Louro, dentista de formação comprou a propriedade em 1979, após uns primeiros anos difíceis, decidiu produzir o seu própro vinho.
A estréia da marca ocorreu com uma colheita de 1994, o Quinta do Mouro, vinho regional do Alentejo, produzido e engarrafado por Miguel de Orduna Viegas Louro, Estremoz. Um vinho sério, austero e longevo.
Em 1998, é produzido o Casa dos Zagalos, um vinho com a mesma característica do Quinta do Mouro, no entanto projetado para um público mais abrangente. Em 2004, produz-se o Vinha do Mouro, uma entrada de gama que é lançada para corresponder às exigências do mercado.
"Seus vinhos são serenos mais intensos, por vezes finos e sensíveis, por vezes turbulentos e desassossegados, por vezes irrequietos e frenéticos, por vezes sensatos e ponderados.. O que é assegurado é a enorme finura e elegância, a certeza da frescura, a garantia da sobriedade, a segurança de se lhes reconhecer uma notável capacidade de envelhecimento."
Portfolio:

Quinta do Mouro Rótulo Dourado
Quinta do Mouro Vinha do Malhó
Quinta do Mouro Touriga Nacional
Quinta do Mouro Cabernet Sauvigno
Quinta do Mouro
Zagalos
Vinha do Mouro Tinto
Vinha do Mouro Branco.

Leia também: Produtores de vinhos de Portugal - Parte 21

Fontes: Quinta do Mouro
Vinhos de Portugal

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Queijos e vinhos pelo mundo - Affídelice au Chablis



Affídelice au Chablis é um queijo francês produzido na Borgonha e elaborado com leite de vaca pasteurizado. Semelhante ao Époisses , o que distingue este queijo dos outros é a lavagem com vinho branco Chablis que  recebe uma vez por semana durante o processo de maturação, que dura de três a quatro semanas. Isso ajuda o queijo a desenvolver sua característica casca laranja, sua massa cor marfim, aroma pungente e textura cremosa que derrete na boca. À medida que o queijo envelhece, o aroma se torna mais pronunciado e a textura mais macia. Embora o aroma seja bastante forte, os sabores deste queijo são adoráveis com notas de manteiga.
Geralmente é apresentado em caixa de madeira.
Quando o assunto é vinho a harmonização não poderia ser diferente, claro que vinhos brancos da Borgonha são a combinação perfeita, exemplares como Montrachet, Mesrsault, e claro, Chablis fazem um par perfeito.

Leia também: Queijos e vinhos pelo mundo - Aisy Cendré

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Airén



Airén
É a uva branca mais amplamente plantada na Espanha; cresce principalmente nas planíces centrais de La Mancha. É usada em misturas e sozinha, quando dá origem a vinhos brancos simples, rústicos e de alta alcoolicidade.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Vinho Espumante e regiões produtoras - O resto da França



O resto da França
Em muitas regiões produtoras de vinho na França também são produzidos vinhos espumantes.
O termo crémant está substituindo cada vez mais a confusa série de nomes com os quais esses vinhos eram conhecidos, como mousseux e pétillant. Indica um vinho de qualidade superior à média, preparado seguindo o método tradicional e que às vezes inclui uma considerável proporção de Chardonnay, embora também sejam utilizadas muitas outras uvas.
A região do Loire é uma das mais importantes regiões produtoras de vinhos espumantes da França. Seus vinhos frescos e secos são feitos principalmente com Chenin Blanc; as denominações mais conhecidas são Saumur, Vouvray e Crémant do Loire. Na Alsácia e na Borgonha também se produz uma considerável quantidade de vinho espumante (Crémant da Alsácia e da Borgonha).
Mais ao sul, os vinhos espumantes mais interessante provêm de Limoux, no Languedoc, que tem a pretensão de haver produzido o primeiro vinho espumante da França. O frutal (com gosto de maça) Blanquete de Limoux, elaborado com a uva local Mauzac, compete agora com o moderno Crémant de Limoux, que incllui uma maior proporção de Chardonnay. Em Galliac, Jura e Savoie também se prepara vinho espumante mas raramente é exportado.

Leia também: Vinhos Espumantes e regiões produtoras - Champagne curiosidades

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Principais vinhos da Espanha - Priorato


Priorato é uma região vinícola, isolada e pequena, bem a oeste de Tarragona, na Catalunha.
No final dos anos 1980, um pequeno grupo de pioneiros produtores de vinhos aplicou técnicas modernas aos frutos de videiras antigas, para elaborar vinhos tintos concentrados e de alta qualidade. Uma região que até o início da década de 90 era então desconhecida, emergiu na cena internacional com vinhos excitantes e muito procurados, alguns dos quais derrubaram até os Riojas de maior prestígio, custando quatro vezes mais.
A região recebeu sua DOC em 2003.
Os vinhos mais famosos da região, todos tintos, são intensos, escuros e poderosos, de estrutura maciça, alto teor de álcool e de taninos, carregados de sabores de amoras e chocolate. A concentração desses vinhos resulta de parreiras velhas  e com rendimento muito baixo, que se projetam de um solo pobre, rochoso e cheio de argila. Com dias quentes e as noites frias poucos cultivos sobrevivem além de parreiras e oliveiras.
Os vinhos do Priorato se baseiam essencialmente em duas uvas nativas a Grenache e a Carignan, além desas duas, alguns vinhos também contém pequenas doses de Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah e Tempranillo.
Diferente dos vinhos de Rioja ou de Ribera del Duero, esses vinhos não são categorizados com crianza, reserva ou gran reserva. E muitos amadurecem em barris novos de carvalho francês, e não em barris já usados de carvalho americano.
Na região também são produzidos vinhos tintos doces e fortificados, chamados de Vis dolces.
Entre as primeiras bodegas independentes que foram fundadas no Priorato, encontra-se Costers del Siurana e Alvaro Palacios (que colocou o Priorato no mapa), que continuam sendo duas das melhores.

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Fonte: Karen MacNell
Carolyn Hammond
Atlas Mundial do Vinho