sexta-feira, 30 de junho de 2017

Os principais vinhos da Itália - Abruzzi



Abruzzi está localizada na parte centro-oriental da Itália. É a quinta maior produtora de vinhos italianos mas infelizmente, quase toda a produção de vinhos da região é de vinhos comuns, tintos e brancos, baseados em uvas plantadas com rendimento excessivamente elevados baseados na quantidade e não na qualidade.
Porém Abruzzi também e capaz de produzir vinhos de qualidade mais elevada pois na região existem todas s exigências físicas de clima e solo para isso.
Um dos vinhos de Abruzzi que pode ser delicioso é o Montepulciano d'Abruzzo que é feito de uma variedade de uva também chamada Montepulciano.
Diferente de um Chianti superbarato, que tende a ser magro e super vazio, ou de um Nebbiolo, barato que tende a ser magro e tânico, o Montepulciano d'Abruzzo tem constituição sólida, textura macia e densos sabores de frutas. Trata-se de um vinho rústico, com preço adequado que vale a pena experimentar.
O mais famoso vinho branco de Abruzzi é o Trebbiano d'Abruzzo, um vinho seco, macio, fácil de beber. Apesar do nome, o Trebbiano d'Abruzzo não é feito com a uva Trebbiano, mas sim com uma variedade de uva de gosto neutro chamada Bombino.

Leia tambem : Os principais vinhos da Itália - Úmbria

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Produtores de vinho de Portugal Parte 13



Quinta do Meão

Em 1877 D. Adelaide Ferreira, já proprietária do maior patrimônio agrícola do Douro comprou em hasta pública  300 hectares de terra virgem à câmara de VN de Foz Côa. O seu sonho era de construir a partir do nada uma exploração modelo, concretizando nela toda a vasta experiência acumulada ao longo  da sua vida de empresária duriense.
Este projeto ambicioso foi totalmente levado a cabo entre 1887 e 1895. Foi a última e mais significativa realização daquela Senhora, que no entanto pouco dela gozou, pois morreu em 1896.
Desde então a quinta manteve-se sempre na posse dos seus descendentes.
Foi nesta quinta que nasceu o lendário Barca Velha e foi por aqui que sua produção se manteve até a separação final de águas. A partir dos anos 70 o seu trineto Francisco Javier de Olazabal assumiu a gestão da quinta e iniciou um longo processo de aquisição de partes indivisas dos seus familiares e comproprietários, e em 1994 tornou-se juntamente com seus filhos, único proprietário da Quinta. Até então as uvas da Quinta eram vendidas à empresa AA Ferreira S.A, fundada pelos descendentes de D. Antonia, e estavam na base de alguns dos seus melhores vinhos.
Essa ligação continuou até 1998, ano em que Francisco Javier  de Olazabal decidiu renunciar ao cargo de presidente da A.A Ferreira S.A, para se dedicar juntamente com seu filho enólogo Fracisco de Olazabal y Nicolau de Almeida, à produção, envelhecimento e comercialização dos vinhos da quinta, através da criação da sociedade F. Olazabal & Filhos Lda.
Raramente uma quinta e um vinho foram tão falados quanto o Quinta do Vale Meão 1999, o primeiro da linhagem, transformado em mito no imaginário nacional desde a primeira colheita. Ao longo de um pouco mais de uma década de vida, as colheitas do Quinta do Vale Meão têm sido aclamadas de forma entusiástica pela imprensa portuguesa e internacional que lhe tem concedido honras de vinho excepcional.

Portifolio:

Meandro Branco
Meandro Tinto
Monte Meao - Vinha da Cantina Tinto
Monte Meão - Vinha do Cabeço Tinto
Monte Meão Vinha dos Novos Tinto
Olazabal Finest Reserve - Ruby Port
Quinta do Vale Meão Tinto
Quinta do Vale Meão Porto Vintage

Leia também - Produtores de vinho de Portugal Parte 12
Fonte: Quinta do Vale Meão
Vinhos de Portugal

terça-feira, 27 de junho de 2017

Vermentino



Casta branca famosa na Riviera italiana, onde dá origem a vinhos brancos secos e florais, considerados companheiros indispensáveis das sopas de peixe da Ligúria.
Também cresce nas ilhas da Córsega e da Sardenha e no sul da França, onde é conhecida como rolle.
É caracterizada por sua acidez refrescante, bom corpo e deliciosos aroma.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Termos alemães que você talvez não conheça





Amtliche Prufungsnummer: número e comprovação de controle de qualidade, significando que o vinho passou por testes oficiais analíticos e de sabor. Aparece em todas as garrafas de vinhos alemães de qualidade, na categoria de Qualitatswein Bestimmter Anbaugebiete ou Qualitatswein Mit Pradikat.

Anbaugebiet: uma das treze regiões produtoras de vinho da Alemanha. O plural é Anbaugebiete.

Ausbruch: vinho de categoria feito em Burgenland, na Áustria. Os Ausbruche são ligeiramente mais opulentos do que os Beerenauslesen e devem ser produzidos com uvas bastante maduras e botritizadas.

Auslese: plural Auslesen (colheita selecinada) vinho feito com uvas muito maduras, de cachos selecionados, um degrau acima em riqueza e intensidade. Em geral, esses vinhos só podem ser produzidos nos melhores anos, suficientemente quentes.
Muitos auslesen possuem exuberante doçura.

Beerenauslese (BA): plural Beerenauslesen (colheita de bagos selecionados): os beerenauslesen são vinhos de sobremesa raros e caros, feitos com uvas individualmente selecionadas à mão. Em geral abreviados para (BA), esses vinhos são produzidos com uvas afetadas pela podridão nobre (Botrytis Cinerea), o que lhes dá a profunda riqueza de mel.

Bereich: um dos quarenta distritos oficiais. As treze regiões vinícolas (Anbaugebiete) da Alemanha são oficialmente divididas em quarenta Bereiche, que por sua vez se dividem em Grosslagen, que por sua vez se dividem em Einzellagen.

Berg: colina ou montanha

Blau: azul; quando se refere a uvas, significando tinto.

Bocksbeutel:  garrafa em forma de jarra, usadas nos vinhos da região alemã de Franken

Burg: fortaleza

Classic: termo usado às vezes nos restaurantes de vinhos regionais da Alemanha, indicando que o vinho é seco (exemplo, Rheinhessen riesling). Para ser considerado clássic o vinho precisa ter menos de 1,5% de açúcar residual. Esse termo, que pode ser usado, ou não à critério do produtor, apareceu pela primeira vez nos rótulos de vinhos alemães na safra de 2000.

Edelfaule: o mesmo que Botrytis Cinera, os saborosos vinhos de sobremesa Beerenauslesen e trockenbeerenauslesen (da Alemanha e da Áustria) são produzidos com a ajuda d Edelfaule.

Leia também - Termos portugueses que você talvez não conheça 

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Os Principais Vinhos da Itália - Úmbria


O mais famoso vinho da Úmbria é o Orvieto, um vinho branco elegante, fresco, com leve sabor de pêssego, produzido em torno da cidade medieval de mesmo nome, situada na parte sul da região. As melhores versões do Orvieto, que têm um verdadeiro caráter, são feitas de Trebbiano (ali chamada de Procanico) , e mais  Verdello, Grechetto, Drupeggio e às vezes Malvasia. Um degrau acima do Orvieto básico, em qualidade, situa-se o Orvieto Classico proveniente da zona primitiva e menor de Orvieto. Embora a maioria dos Orvieto encontrados hoje seja de vinhos secos, na origem esse vinho era ligeiramente doce. Apesar de a produção  atual ser limitada, alguns dos mais fascinantes Orvieto  são de uma versão doce chamada amabile, ou de uma ainda mais doce, a dolce. Várias empresas importantes da Toscana, como Antinori, Ruffino e Barone Ricasoli, produzem Orvieto seco, e na Umbria há um certo número de pequenos produtores muito bons, entre os quais Barberani, Conti Vaselli e Decugnano Dei Barbi.
Os mais conhecidos vinhos tintos da Umbria em geral são produzidos nas colinas que cercam Perugia. Dois tipos , em particular, são considerados os melhores da região : Torgiano Rosso Riserva e Sagrantino di
Montefalco, ambos com a denominação DOCG. Torgiano é uma aldeias minúscula que produz o vinho Torgiano a partir de três das mesmas uvas permitidas para o Chianti: Sangiovese, Canaiolo e Trebbiano. A aldeia e a área em torno são denominadas pela vinícola dirigida pela família Lungarotti, cujo museu do vinho abriga uma das mais impressionantes coleções particulares de artefatos de vinhos existentes na Itália.
O Dr. Lungarotti, em suas propriedades em Torgiano, foi o primeiro contemporâneo a provar  no fim dos anos 70, que a Umbria poderia fazer tintos com base em Sangiovese tão bem quanto a Toscana, e até mesmo explorar o que poderia ser chamado de Superumbrios. Suas filhas, Teresa e Chiara, continuam a manter Torgiano, cujo Riserva é agora DOCG.
Foi no sudoeste, na propriedade Castelo Della Salla, de Antinori que a história do vinho umbrio avançou novamente por meio de uma série revolucionária de vinhos não tradicionais. Talvez se esperasse apenas um Chardonnay fermentado em barril, mas Cervaro Della Salla teve, quase desde o início a pureza e a singularidade para se estabelecer como um dos maiores vinhos brancos da Itália. O Muffato Botrytizado, feito de uma série de uvas internacionais, mais a Grechetto, apontou outras possibilidades.
Os vinhos Sagrantino di Montefalco são praticamente o oposto dos Torgianos. Enquanto a maioria dos Torgiano tintos tem peso médio e uma delicadeza relativa, comparada a do Chianti Classico, os vinhos Sagrantino di Montefalco são verdadeiras usinas força, fortes, atrevidos, absorventes e têm sido comparados a Amarones. Esses vinhos são feitos de uvas Sagrantino e embora hoje a maioria seja de vinho secos, as versões doces, produzidas de uvas secas, eram muito comuns no passado. Não existem muitos produtores de Sagrantino di Montefalco e o mais importante é Adanti.

Leia também - Os Principais Vinhos da Itáila - Lombardia

Fonte - Bíblia do Vinho, Atlas Mundial do Vinho

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Produtores de Vinho de Portugal Parte 12






Soalheiro

Sempre que o assunto se centra nos vinhos brancos portugueses é certo que a região do Vinho Verde, onde o vinho é rei, será prontamente invocada, associando a casta Alvarinho à conversa num simples piscar de olhos. E falando de Alvarinho é certo e sabido que o nome Soalheiro irá surgir na mesa, naquele que é um dos vinhos brancos portugueses mais genuínos, elegantes e minerais. Ao longo dos últimos 20 anos, Luis Cerdeira e os seus vinhos Soalheiro foram-se transformando em sinônimos da casta Alvarinho, naquele que é um dos produtores mais antigos da sub-região de Monção- Melgaço. Partindo apenas com uma variedade em carteira, o Alvarinho, Luis Cerdeira consegue produzir cinco vinhos completamente diferentes, de vinhas situadas em locais distintos, uns mais tropicais e exóticos, outros mais contidos e austéros, outros mais sérios e encorpados, outros doces e um espumante. E ainda sobra espaço para uma Bagaçeira Velha de qualidade notável. Uma forma de demonstrar que Portugal vai além dos magníficos vinhos tintos, é , também um país de vinhos brancos frescos e tensos, com uma capacidade de guarda notável.

Portfolio

Alvarinho Soalheiro
Um clássico. frscura aromática da casta Alvarinho, intensidade gustativa e invulgar longevidade em garrafa.

Allo (alô ) - Alvarinho e Loureiro a fruta da região do Minho com as castas Alvarinho e Loureiro.

Alvarinho Soalheiro 9% Dócil
Um Alvarinho com 9% de álcool pleno de acidez e com açúcar residual.

Alvarinho Soalheiro Granit
O Soalheiro Granit revela o lado mais mineral da casta Alvarinho

Alvarinho Soalheiro Primeiras Vinhas
Alvarinho produzido a partir das primeiras vinhas (vinhas velhas) da Quinta de Soalheiro

Alvarinho Soalheiro Reserva
Alvarinho fermentado em casco de carvalho

Oppaco - Vinhão e Alvarinho
O primeiro Soalheiro tinto um perfil único, delicado e elegante, baseado nas castas Vinhão e Alvarinho.

Alvarinho Soalheiro TerraMatter
Um Soalheiro integralmente diferente

Soalheiro Nature
Um Soalheiro "fora da caixa" sem adição de sulfitos

Soalheiro Espumante Bruto Alvarinho
Um Espumante elaborado pelo método clássico, revelando a juventude da casta Alvarinho

Soalheiro Espumante Bruto Rosé
Elegante e delicado com cor rosa salmão

Leia também - Produtores de Vinho de Portugal Parte 11

terça-feira, 20 de junho de 2017

Zinfandel



Durante anos, a Zinfandel foi a mais amplamente plantada na Califórnia, até ser substituída pela Cabernet Sauvignon em 1998. Hoje ocupa a segunda posição em número de acres plantados, a Zinfandel parece um camaleão pode ser transformada em vinho branco até em vinho doce estilo Porto.
Seus melhores exemplares  são vinhos de encher a boca, pleno de sabor de geléia de frutas como groselha preta e ameixa. Preparado no estilo tradicional, pode ser espesso e mastigável.
Até 1972, o zinfandel era sempre vinificado em tinto. Porém naquele ano a grande vinícola Sutter Home, da Califórnia, preparou o primeiro "zinfandel branco" - na verdade, ligeiramente rosado, ao remover rapidamente as cascas das Zinfandel tintas antes que conferissem muita cor ao vinho. Hoje nos Estados Unidos, o zinfandel branco excede em vendas o verdadeiro zinfandel tinto. No entanto, como muitas vezes ele é ligeiramente doce e quase sempre produzido em massa, a partir de uvas que ficam abaixo da melhor qualidade, o zinfandel branco é considerado um vinho para iniciantes.
A uva Zinfandel tem uma longa história na Califórnia se originou na Croácia e é idêntica à uva italiana Primitivo.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Termos portugueses que talvez você não conheça

Colheita: ou safra. Contudo, colheita também é o nome de um Porto de cor fulva, envelhecido, feito de uma única safra. Os Portos Colheita são raros.

Estufagem: etapa do processo de produção do Madeira que envolve aquecimento do vinho Dependendo da qualidade do Madeira a ser produzido, há vários métodos de estufagem. O mais básico envolve a colocação de vinhos básicos, fortificados em recipientes que depois são aquecidos a uma temperatura média de 40,5 graus Celsius, por um período de três a seis meses. Contudo, para produzir os melhores Madeira os recipientes devem ser colocados no sótão de um depósito que sofre um tremendo calor graças à intensidade do sol na ilha da Madeira. Ali o futuro madeira ficará 20 anos ou mais.

Garrafeira: usada em referência a vinhos não espumantes, a palavra indica um vinho de qualidade elevada. Mas também significa adega. Além disso, garrafeira é um tipo de vinho do Porto bastante raro rico e maleável, em geral o Porto garrafeira provém de um ano único e destacado, e é amadurecido brevemente em madeira e depois envelhecido por um longo tempo entre 20 e 40 anos - em garrafões de vidro. Depois do envelhecimento o garrafeira é decantado e transferido para garrafas  - padrão de 750 ml, nas quais é vendido.

Lagar: tanque raso de pedra ou cimento onde as uvas são amassadas com os pés (em geral por várias horas). Faz-se isso para misturar as cascas com o mosto. A prática antiga de amassar as uvas com os pés ainda é muito usada em Portugal e, portanto, muitas vinícolas possuem lagares.

Quinta: literalmente ,chácara. Em Portugal, a palavra é usada para se referir tanto a um vinhedo específico quanto a uma vinícola. Por exemplo, Quinta do Noval é um nome de uma vinicola altamente considerada na região do Douro. Os Portos conhecidos como Porto Quinta de uma única vindima provém de uvas plantadas numa única propriedade, num único ano.

Leia também - Termos espanhóis que talvez você não conheça 

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Vinhos Italianos - Emilia-Romagna


Emilia-Romana está localizada no centro-norte da Itália,
Emlilia-Romagna, como o próprio nome sugere é constituída de duas regiões, Emilia, a oeste de Bolonha (o berço do Lambrusco) e Romagna, a leste (com tintos secos, tranquilos e baseados em Sangiovese).
O Lambrusco é feito com a uva de mesmo nome, e pode vir na versão seca, amabie (meio-doce) ou doce e pode ser branco, rosado ou tinto.
É um vinho frisante, levemente efervescente, mas não o bastante para ser considerado um espumante. Sua efervescência é obtida em tanques pressurizados.
Em geral, os Lambruscos disponíveis no mercado são de baixa qualidade, feitos em escala industrial. Há produtores menores que investem em qualidade, mas esses rótulos quase nunca chegam ao Brasil. Em ambos os casos deve-se beber o Lambrusco ainda jovem.
Em Romagna, o Albana di Romagna é o principal vinho branco, um vinho sem muito caráter, muitas versões são secas, podendo encontrar também versões ligeiramente doces e espumantes feitos com a uva Albana.
O principal vinho tinto de Romagna é o Sangiovese di Romagna, feito com um clone da Sangiovese da Toscana.
Também é vendido nas versões:
Novello que deve ser consumido jovem.
Superiore que por lei passa por envelhecimento de no mínimo seis meses antes de ser comercializado.
Riserva que por lei passa por envelhecimento de no mínimo dois anos ante de ser vendido.

Leia também Vinhos Italianos Lombardia

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Produtores de Vinhos de Portugal Parte 11



Ramos Pinto

Fundada por Adriano Ramos Pinto em 1880, a Casa Ramos Pinto depressa se fez notar pelo seu pioneirismo. Associada a vinhos de qualidade, implantou-se no mercado brasileiro no início do século XX e rapidamente se tornou responsável por metade do vinho exportado para a America do Sul, enquanto ia conquistando gerações de fiéis apreciadores em Portugal e na Europa.
Foi igualmente pioneira no estudo das castas portuguesas, na viticultura das terras durienses, na vinificação e na junção de uvas de diferentes quintas situadas em sub-regiões distintas e a altitude diferentes.
Ficaram célebres os cartazes promocionais, encomendados a artistas internacionais da época, associando pela primeira vez o vinho com a arte como forma de promoção.
Ramos Pinto desenvolveu mercado onde ninguém julgava que existisse, sobretudo no Brasil, engarrafando vinhos especiais para as forças armadas locais, com o rótulo " Exército & Marinha" para o clero, com o "Vinho do Porto para os Prelados" ou para o público feminino, o "Porto Fonte" e o "Porto Brasil", inspirados na delicadeza da Arte Nova, numa altura em que ninguém segmentava mercados, avalizando um trajeto brilhante de antecipação daquilo a que hoje chamamos nichos do Mercado.
Criou uma nova categoria, a dos vinhos medicinais que anunciava ter virtudes fortificantes, como o célebre "Vinho do Porto Febrifugo" e o "Porto Quinado" dos anos 20 que proclamavam as virtudes do quinino.
Seus vinhos do Porto são elaborados no centro de vinificação da Quinta do Bom Retiro. No caso dos vinhos de categorias especiais (LBV e Vintage) pisam-se ainda a uvas em lagares tradicionais.
O LBV mais antigo de que há registro no Instituto do Vinho do Douro e Porto (IVDP) pertence a Casa Ramos Pinto e data de 1927.

Portfolio
Porto Lágrima Branco
Porto Lágrima Tinto
Porto White Tinto (Gama Discovery)
Porto Tawny (Gama Discovery)
Porto Ruby (Gama Discovery)
Porto Adriano Branco Reserve (Gama Style)
Porto Collection Reserva (Gama Style)
Porto Ariano Reserva (Gama Style)
Tawny 10 anos (Gama Terroir Gold)
Tawny 20 anos (Gama Terroir Gold)
Tawny 30 anos (Gama Terroir Gold)
Late Bottled Vintage (Gama Terroir Platinum)
Single Quinta Vintage (gama Terroir Platinum)
Vintage (Gama Terroir Platinum)

A integração da Casa Ramos Pinto no Grupo Roederer, em 1990, lançou os vinhos de mesa tintos e brancos Ramos Pinto que oferece hoje aos apreciadores alguns dos mais conceituados Vinhos da Região do Douro

Bons Ares Branco
Bons Ares Tinto
Collection
Duas Quintas Clássico Branco
Duas Quintas Clássico Tinto
Reserva Branco
Reserva Tinto
Reserva Especial

Fontes: Vinhos de Portugal e Casa Ramos Pinto

Leia também - Produtores de Vinhos de Portugal Parte 10

terça-feira, 13 de junho de 2017

Furmit



Principal uva do famoso vinho doce húngaro Tokay Aszú, a Furmit também é usada para vinhos secos.
Uva de sabor intenso, elevado teor de acidez, amadurecimento tardio, casca fina, é é facilmente suscetível à Botrytis.
Também cresce na Áustria, Eslovênia e República Theca.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Termos espanhóis que você talvez não conheça




Cava: palavra espanhola para Espumante feito pelo método Tradicional. É uma especialidade da região de Penedés, na parte centro-norte da Espanha, perto de Barcelona. Os dois maiores produtores de Cava, Freixenet e Codormiù produzem mais espumantes pelo método Tradicional do que qualquer produtor da região de Champagne.

Consejo Regulador: departamento governamental local que determina a política de vinho para determinada área, inclusive os limites da área, as variedades de uva permitidas, o rendimento máximo, etc. Toda região vinícola da Espanha com um DO (Denominacíon de Origen) tem um consejo regulador.

Cosecha: ano de colheita ou vindima

Criadera: literalmente, criadeira. Refere-se a uma pilha de barris de Jerez contendo vinho aproximadamente da mesma idade e mistura.
Várias criaderas, às vezes mais de uma dezena, formam um solera.

Crianza: vinho básico produzido por um Bodega. Crianzas são considerados vinhos do cotidiano, com menos prestígio, mais baratos e envelhecidos por períodos mais curtos do que os Reservas, ou Gran Reservas. Embora a legislação espanhola estipule que os vinhos de criação devam envelhecer em barris de carvalho por um período mínimo de seis meses, cada Denominacíon de Origen ou Denominación de Origen Calificada pode estabelecer padrões mais elevados. Em Rioja, por exemplo, um vinho de crianza deve envelhecer pelo menos dois anos, um dos quais em barril de carvalho.

Dulce: doce. A Espanha tem menos reputação de preparar vinhos doces de alta qualidade do que a França, a Itália ou a Alemanha, embora vários estilos de Jerez, o extraordinário vinho fortificado da Espanha, sejam doces.

Flor: literalmente, camada de células de levedura que se formam naturalmente no topo dos Manzanilla e dos Jerez Finos quando envelhecem em barris. A flor age dificultando a Oxidação e também contribui para dar um sabor único ao vinho.

Gran Reserva: o melhor vinho de um bodega, produzidos apenas em anos excelentes e depois submetido a amadurecimento mais longo. Embora a legislação espanhola estipule que os gran reserva tintos devam amadurecer dois anos em barris de carvalho, cada DO e DOC pode estabelecer padrões mais elaborados. Por exemplo, em Rioja os gran reserva tintos devem amadurecer dois anos em barris, seguidos de um envelhecimento de três anos em garrafas, e na prática muitos produtores de Rioja ultrapassam este prazo.

Lágrima: vinho feito do mosto que escorre espontaneamente sem qualquer pressão mecânica.

Pasado: termo usado para descrever um Jerez bastante envelhecido.

Reserva: vinho produzido apenas em anos excelentes. Embora a legislação espanhola estipule que os reserva tintos devam amadurecer por um ano em barris de carvalho, cada Do ou DOC podem estabelecer padrões mais elevados. Por exemplo, em Rioja os reserva tintos devem amadurecer no mínimo por três anos, um dos quais em barris. Contudo, muitos produtores de Rioja excedem essas exigências.

Roble: carvalho. Apesar da proximidade da Espanha em relação a França, muitos produtores espanhóis amadurecem seus vinhos em carvalho americano.

Rosado: um segredo muito bem guardado o fato de a Espanha produzir alguns dos melhores vinhos rosados da Europa. Os de Navarra são especialmente considerados..

Solera: processo de envelhecimento progressivo do Jerez em barris, misturando-se vinhos mais novos aos mais velhos. Como os barris não são completamente cheios, o vinho pode ser submetido a uma oxidação suave durante o processo. Diz-se que um vinho mantido numa solera sofre o processo solera.

Vendimia: vindima

Viejo: velho

Viña: literalmente, significa vinhedo, mas a palavra muitas vezes é usada como parte da marca do vinho como, por exemplo, Viña Arana.

Vino generoso: vinho fortificado que se desenvolveu sob a flor.

Leia também - Termos franceses que você talvez não conheça Parte 6



sábado, 10 de junho de 2017

Degustação Top Ten Expovinis 2017


O Beber, Comer e Amar teve o privilégio de participar da Degustação de apresentação do Top Ten Expovinis 2017.
O Top Ten conduzido pelo especialista Jorge Lucki, único membro brasileiro da tradicional Académie Internacionale du Vin, elege os melhores vinhos da feira em diferentes categorias. Os vinhos são enviados pelos produtores/expositores, ensacados, numerados e avaliados por um júri especializado que, esse ano contou com os seguintes representantes:
Mário Telles Jr - Diretor ABS-SP; José Maria Santana - Diretor Site Brasil Vinhos; Jorge Carrara Colunista da Revista Prazeres da Mesa; José Luiz Pagliari - Diretor técnico da SBAV-SP; Ricardo Farias - Presidente da ABS-RJ, Márcio Oliveira - SBAV-MG e Diretor Vinotícias; Celito Guerra - Embrapa; Thiago Locatelli - Sommelier Varanda Grill; Marcelo Copelo - Curador do Rio Wine And Food Festival; Marcelo Miwa - Editor de vinhos da Revista Prazeres de Mesa.
Em relação ao ano passado o Top Ten recebeu um número menor de amostras , porém nada relevante a ponto de tirar o mérito dos ganhadores deste ano.




Na noite do dia 07 (segundo dia de feira) em uma degustação fechada, pudemos degustar e conhecer os vencedores.
A degustação foi orientada pelo próprio Jorge Lucki junto a alguns membros do júri que estavam presentes e se revezavam para descrever e fazer uma breve analise dos vinhos vencedores.
As Categorias e os vencedores foram:


Espumante Brasileiro: Pertelongo Elegance Nature  - Vinícola Pertelongo - Garibaldi - Serra Gaúcha
Desde 2015 a vinícola estava buscando um reposicionamento no mercado com grandes investimentos, um deles foi a parceria com o experiente enólogo francês Pascal Marty (responsável Opus One e Alma Viva).
O Espumante é elaborado com as uvas Chardonnay e Pinot Noir, pelo método tradicional, maturação de 24 meses antes de ser vendido.
Cor amarelo-palha com reflexos dourados, perlage consistente, aromas de brioche e manteiga, em boca tem boa cremosidade, acidez e álcool bem equilibrados e um retrogosto amplo e intenso.
Preço para consumidor final: R$150,00


Espumante Importado: Gramona La Cuvee Reserva Brut - Espanha - Importadora Casa Flora
Cava elaborado com 70% Xarel-lo e 30% Macabeo
Cor amarelo palha, aromas cítricos de limão, abacaxi e notas herbáceas, na boca é leve, seco, as notas cítricas confirmam no paladar, refrescante.
Preço para consumidor final: R$194,00


Branco Brasileiro: Sinais Sauvignon Blanc - Don Guerino
Eleito pelo segundo ano consecutivo como o melhor branco nacional.
Elaborado com 100% Sauvignon Blanc, as uvas vieram de vinhedos de Campo de Cima da Serra (altitude 1000 metros)
Cor amarelo-palha quase branco com reflexos esverdeados, aromas de maracujá e notas herbais, na boca é refrescante e tem boa persistência.
Preço para consumidor final: R$45,00


Branco Importado: Clearview Chardonnay Reserve 2014 - Nova Zelândia - Importadora Premium
Elaborado com 100% Chardonnay, de corpo médio, é frutado e vibrante, a madeira está muito bem integrada,o vinho enche a boca, bem equilibrado.
Preço final para consumidor: R$512,00


Rosados: Chiaretto - Itália - DOP Garda - Importadora Galeria dos vinhos
Elaborado com Groppelo (autóctone), Marzemino (autóctone), Sangiovese e Barbera
Cor salmão, aromas de frutas vermelhas, refrescante, boa acidez e bem gastrnômico.
Preço para consumidor final: 117,00


Tintos Brasileiros: Syrah Speciale 2015 - Serra da Mantiqueira - SP - Casa Verrone
Dupla poda ou poda invertida (colheita de inverno) vinhedos Localizados a 840 m de altitude, estagiou um ano em carvalho francês .
Cor rubi com tons violáceos, aromas de frutas negras em compota, mentol, especiarias , bacon e caramelo, bom corpo, bem equilibrado, taninos aveludados, a fruta permanece até o final.
Preço para o consumidor final: R$94,00


Tintos do Novo Mundo: KM 0 - Chile - Importadora Carvalho Vino
Elaborado com blend de três uvas Carménère, Syrah e Cabernet Sauvignon que são provenientes de terroir diferentes com uma mescla de 3 safras 2012. 2013 e 2014.
Um blend que potencializou as características individuais de cada casta.
Preço para o consumidor final: R$239,00


Tintos do Velho Mundo - Península Ibérica: Pomar do Espírito Santo Reserva 2013 - Lisboa - Portugal - Importadora ManzWine
Elaborado com Aragonez (50%), Touriga Nacional (30%) e Castelão (20%), amadureceu 12 meses em carvalho francês.
Cor rubi com aromas de frutas negras e vermelhas, toques de especiarias, baunilha e foral, bom corpo, frutado, taninos elegantes e final de boca persistente.
Preço para o consumidor final: R$170,00


Tintos do Velho Mundo II: Château Fleur Cardinale Grand Cru Classé - 2009 - Saint - Emilion - Importadora Casa Flora.
Predominância de Merlot (75%), Cabernet Franc (15%) e Cabernet Sauvignon (10%), estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês.
Cor rubi com toques violáceos, aroma de frutas vermelhas maduras, toque tostado, bom corpo, taninos finos, frutas vermelhas bem presentes, final longo e persistente.
Preço final para o consumidor: R$500,00


Fortificados e Doces: Porto Messias 10 Anos - Portugal - Importadora Casa Flora
Vinho de aromas complexos, frutas secas, bolo de nozes, bolo inglês, sutil na boca, bem equilibrado com excelente acidez, final persistente.
Preço final para o consumidor: R$159,00

Foi bonito de ver o engajamento dos profissionais envolvidos, disseminando a cultura do vinho e trabalhando para que o Brasil tenha notoriedade.



sexta-feira, 9 de junho de 2017

Beber, Comer e Amar na Expovinis 2017



O Beber, Comer e Amar marcou presença na 21 Expovinis, a maior feira do setor da América Latina, onde pudemos conferir os últimos lançamentos da indústria brasileira e mundial de vinhos.
Participaram do evento:
Vinícolas do Brasil reunidas pelo Ibravin (Casa Venturini, Pertelongo, RAR, Don Guerino, Vinícola Batalha, Vinícola Aracuri, Capoani, Zanella, Don Candido, Cavalleri, Sanjo, Lucano, Don Pedrito).
Pericó e Laurentina em estandes próprios.
Produtores de Portugal (AEP), Chile (Wine Of Chile), Itália (Câmara do Comércio Ìtalo-Brasileira), Eslovênia, Reino Unido, Argentina e Espanha.
Importadoras (Premium, Casa Flora, Adega Alentejana, Bodegas Selecionadas de Vinhos, Vino Itália, Vinissimo e Galeria dos Vinhos).
Com uma programação bem interessante a feira contou com espaços distintos como o Terroir do conhecimento, um "Wine Lounge" onde foram ministradas palestras com renomados profissionais do setor como Ari Gorenstein (Ceo Evino), Thiago Locatelli (Sommelier Varanda Grill), Celito Guerra (Embrapa), Arthur Azevedo (Presidente da ABS-SP) entre outros.
O espaço contava com cadeiras compostas com fones de ouvido, nos moldes das feiras internacionais. Foram três dias de feira com treze palestras de conteúdo relevante e de interesse público.


No espaço Degustação Premium (todas gratuitas) a programação comandada pela ABS-SP e parceiros do evento, trouxe temas como enogastronomia, noções básicas de degustação, Chile e inovação dentre outros.


As novidades ficaram por conta da Loja Expovinis onde podíamos comprar os vinhos na saída do evento (com até 5 rótulos diferentes de cada expositor)
E o Wine Bar Expovinis, um espaço com Enomatic para adquirir vinhos em taças e fazer uma degustação mais completa.


Também teve o Wine Blog Hunter um concurso onde blogueiros votaram para eleger o melhor vinho Branco e o melhor Tinto da feira, com preço até R$ 70,00.
Na categoria Vinho Branco ganhou o vinho Amaral, produzido com uvas Sauvignon Blanc, no Vale do Leyda - Chile da safra 2006

Na categoria Tinto o vencedor foi o português Torre de Estremoz, da região de Alentejo, feito com uvas Alicante Bouchet, Touriga Nacional e Aragonez.


Degustamos o primeiro Torrontés brasileiro produzido pela vinícola Don Guerino.
No estande da RAR a novidade foi o lançamento do Clube RAR Queijos e Vinhos, onde os assinantes terão um rótulo harmonizado com um queijo.
Provamos também o Abrigitte um Rosé refrescante produzido na região de Montpellier, no sul da França, elaborado com Grenache e aromas naturais de lichia e grapefruit (75% vinho rosado e 25% aromas naturais).
Um vinho branco chileno feito com Semillon também nos chamou a atenção pelo fato de ser produzido sem nenhuma irrigação externa  e proveniente de solo granito.
Semillon Granito 2015 da Bouchon Family Wines.
Nos estandes Vinhos do Brasil , espumantes foram nossos alvos, todos muito bem feitos.

Um estande que nos chamou bastante atenção foi da Puklavec Family Heritage (Eslovênia) com vinhos extremamente bem feitos, aromáticos e refrescantes.


Para fechar a noite tivemos o privilégio de participar da degustação que apresentou os ganhadores do Top Ten 2017 mas isso, conto amanhã.
Enfim, foram oito horas intensas de aprendizado, troca de conhecimento e principalmente de muito prazer.
Não percam o post de amanhã com os Top Ten 2017.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Produtores de Vinhos de Portugal - Parte 10



Quinta das Bágeiras

A Quinta das Bágeiras é um produtor "boutique" da Bairrada, um classicista assumido onde tudo é feito à moda antiga.
Os tintos elaborados quase exclusivamente com a casta Baga continuam a ser feitos em lagares de cimento e envelhecidos em tonéis de madeira avinhada, sem o recurso costumeiro às barricas bordalesas de madeira nova, sem inox, sem nada do que é hoje corriqueiro nas adegas de todo o mundo. Até os brancos são feitos de forma rara e misteriosa para as práticas contemporâneas, decantados numa série pequenos lagares, desenhados de forma alternativa e afastada das recomendações da enologia moderna.
Seus vinhos encontram-se entre os melhores da Bairrada e de Portugal, sólidos e carregados de personalidade, vinhos de terroir com uma identidade notável e com uma capacidade de envelhecimento quase sem paralelo.
Portfolio:
garrafeira Tinto
Reserva Tinto
Colheita Tinto
Garrafeira Branco
Colheita Branco
Espumante Grande Reserva
Espumante Super Reserva
Espumante Reserva Tinto
Espumante Bruto Branco
Espumante Rosé
Aguardente Vínica Velha
Aguardente Bagaceira
Abafado
Vinagre Gourmet
Pai Abel Tinto
Pai Abel Branco
Avô Fausto Tinto
Avô Fausto Branco

Leia também - Produtores de Vinhos de Portugal - Parte 9

terça-feira, 6 de junho de 2017

Grenache Blanc



Grenache Blanc
Forma branca da uva tinta Grenache, originária do norte da Espanha onde é conhecida como Garnacha Branca, procedente de uma mutação da Garnacha Tinta.
A Grenache Blanc é a uva mais importante da mistura dos vinhos brancos do sul da França, inclusive nos brancos da Provença, do Languedoc-Roussillon e do sul do Ródano principalmente no Châteauneuf-du-Pape.
Os vinhos elaborados com a casta são muito aromáticos com aromas frutados (maça verde e melão) e florais (jasmim), apresentam cor amarelo-ouro, são encorpados, com acidez moderada e alto teor alcoólico.
Regiões chave: Sul da França, Espanha (Terra Alta e Priorat) e Califórnia (Costa central).

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Termos franceses que talvez você não conheça Parte 6



Terroir: termo muito abrangente que se refere ao conjunto de características e efeitos de um vinhedo, como solo, inclinação, orientação em relação ao sol, elevação, e ainda todos os matizes de clima, incidência de chuvas, velocidade do vento, frequência de nevoeiros, horas acumuladas de sol. média de altas temperaturas, média de baixas temperaturas, etc. Diz-se que cada vinhedo tem seu próprio terroir.

Vendange tardive: na Alsácia, expressão usada para vinhos produzidos a partir de uvas colhidas tardiamente e muito maduras.

Vin de garde: vinho digno de ser preservado ou, em outras palavras, vinho que pode e deve passar pelo envelhecimento.

Vin de pays: vinho local, trivial em determinada região, com um controle menos rigoroso do que a AOC.

Vin de table: expressão em geral usada para indicar um vinho simples, sem a condição de AOC.

Vin Gris: vinho rosado muito pálido, às vezes de cor ligeiramente cinza.

Vin liquoreux: vinho branco muito doce, xaroposo, em geral feito com uvas infectadas pela Botrytis Cinerea.

Vin mousseux: espumante produzido pela segunda fermentação em garrafa ou cubas, no caso de vinhos baratos, pela adição de dióxido de carbono.

Vin ordinaire: literalmente, vinho comum, sem características regionais nem varietais. Vinho do cotidiano, o oposto de Vin de garde, que é um vinho digno de ser preservado para um potencial envelhecimento.

Com isso, acabo a séria Termos franceses dando início a semana que vem aos Termos Espanhóis e Portugueses, pois como digo:
Eles podem te ajudar a entender um pouco mais à respeito do seu próximo vinho.
Não percam!
Leia também - Termos franceses que talvez você não conheça Parte 5

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Os principais vinhos da Itália - Lombardia



Lombardia
Região norte central da Itália, polo industrial mais populoso do país, sendo Milão uma de suas cidades mais importantes.
O vinho é produzido em três áreas principais, localizadas longe do centro da região e perto de suas fronteiras; Valtellina, Oltrepò Pavese e Franciacorta.
Lombardia é famosa por produzir espumantes secos sofisticados através do método tradicional.
Tanto o espumante Franciacorta quanto o vinho Valtellina Superiore são classificados como DOCG.
Franciacorta é hoje o ponto de referência dos espumantes italianos, consequência de um bom terroir, altos investimentos e muita dedicação de seus produtores com safras de baixo rendimento.
Seus espumantes podem ser austeros, elegantes e cremosos.
Assim como em Champagne, os espumantes de Franciacorta são feitos com Chardonnay e Pinot Noir, embora ali também se admitam as castas Pinot Grigio e Pinot Blanc, são elaborados através do método tradicional.
Por lei os espumantes Franciacorta não-safrado, devem envelhecer pelo menos 18 meses em garrafa antes de serem comercializados.
Satèn não safrado devem envelhecer 24 meses em garrafa antes de serem comercializados, sem adição de açúcar no final do processo.
Franciacorta safrado devem envelhecer pelo menos 30 meses em garrafa antes de serem comercializados.
Franciacorta Rosé não safrado devem envelhecer 24 meses em garrafa antes de serem comercializados, com uso obrigatório da uva Pinot Noir.
Franciacorta Riserva devem envelhecer pelo menos 60 meses em garrafa antes de serem comercializados.
Na mesma área geral de Franciacorta, porém mais a leste, produz-se o Lugana, vinho branco seco baseado em uva Trebbiano di Lugana, considerada uma das Trebbiano mais saborosas e aromáticas.
Oltrepò Pavese área mais próxima de Milão, nesta região muitos vinhos tintos rústicos são feitos com Barbera ou Croatina e os brancos de Riesling Itálico ou  Malvásia. Também se produz uma boa quantidade de espumantes, que na maioria não alcança a qualidade dos Franciacorta.
Valtellina  no extremo norte, nos contrafortes dos Alpes. Ali os vinhedos são tão íngremes que em alguns casos, como na região de Mosela (Alemanha), as uvas colhidas são transportadas montanha a baixo em cestos presos a cabos de arame. Seus vinhos são:
O Valtellina Rosso um vinho tinto simples feito principalmente de Nebbiolo e envelhecido por um ano.
O Valtellina Superiore feito exclusivamente de Nebbiolo e envelhecido no mínimo dois anos.

Leia tambem - Os principais vinhos da Itália - Toscana

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Produtores de Vinhos de Portugal - Parte 9



Luis Duarte
É um dos enólogos mais conceituados e premiados de Portugal com títulos de enólogo do ano pela Revista Wine nos anos de 1997 - 2007 - 2014.
Foi um dos primeiros a receber o diploma da licenciatura de enologia da UTAD, curso criado em 1989. Recém-formado, aos 21 anos, fez parte da equipe que começou com o projeto Esporão, também ajudou a conceber os vinhos da Quinta do Mouro e da Herdade da Malhadinha Nova e desde 2002 acumula a função de diretor geral da Herdade dos Grous.
Para além das colaborações e cargos que matém,  Luis Duarte também investiu em um projeto próprio, o Rapariga da Quinta, uma proposta lançada por seu importador no Brasil.
O primeiro Rapariga da Quinta Colheita 2004, em pouco tempo se consagrou como um excelente "best buy". O portfolio ainda conta com:
Rapariga da Quinta Reserva safra inaugural 2008, que recebeu 94 pontos da revista Wine Enthusiast, ficando em 11 entre os 100 melhores vinhos de 2010.
Rapariga da Quinta Select Tinto 
Rapariga da Quinta Branco
Rapariga da Quinta Rosé
Tinto e Branco Rubrica são os mais recentes do portfolio ambos classificados como "altamente recomendados" em todas as safras avaliadas pela Wine Enthusiast.

leia também  Produtores de Vinhos de Portugal Parte 8

Fonte: Épice
           Vinhos de Portugal