quarta-feira, 28 de junho de 2023

Pesto Branco! Já provou?


Beber, Comer e Amar...
Chegamos ao fim da série de postagens sobre pesto, vimos que pesto não precisa ser feito só com manjericão, alho e pinholes. Existem receitas alternativas deliciosas.
Com um pouco de imaginação você pode variar o seu pesto, a preparação é sempre a mesma, misturar os ingredientes com azeite, queijo e um pouco de frutos secos (reveja as receitas de Pesto da Calábria, Pesto alla Trapanese e Pesto de Pistache) aqui no blog ou lá no instagram.
Hoje, vamos nos aventurar no Sopé dos Alpes da Ligúria, mais precisamente em Pentema uma aldeia pertencente ao município de Torriglia, na província de Gênova.
A título de curiosidade Pentema desde 1994 é famosa por seu presépio, as ruas, as casas
 e o comércio povoam-se de figuras de tamanho real para dar "vida" a costumes, ambientes e ofícios antigos.
Voltando a culinária, diferente da Ligúria "verde" do clássico Pesto Genovese com o uso imprescindível do manjericão, lá você encontrará uma culinária cohecida como "La Cucina Bianca".
É exatamente a proposta do prato de hoje o Pesto Bianco de Pentema! Muito antigo e pouco difundido ele simplesmente pega a receita original do Pesto Genovese e tira-lhe a típica cor verde, nesta receita,  o manjericão é substituído por um creme feito de pão ralado e leite.
Quando o assunto é vinho...
Que tal abrir um branco fresco, aromático e elegante para acompanhar essa untuosidade toda e a pungência do alho cru?
Coloque em prática sua "litragem" e escolha um que lhe agrade com essas características, garanto que será um par perfeito para seu pesto branco.
Depois você nos conta que vinho escolheu, vamos adorar saber.
Vamos a receita.
Pesto Bianco de Pantema
1 dentes de alho
100 gramas de pinholes
100 gramas de Parmigiano Reggiano
8 colheres (sopa) do creme feito de pão ralado (ou farinha de rosca) e leite
1 xícara de azeite
sal grosso a gosto
Preparo
No almoforiz primeiro junte o sal grosso com o alhk e pile formando uma pasta, adicione os pinholes e pile novamente.
Em seguida, adicione o creme feito de pão ralado e leite e o queijo, pile mais um pouco até homogeneizar. 
Finalize o preparo com azeite e misture tudo.
Fica divino com farfalle.
Bom apetite!
Saúde sempre.











quarta-feira, 14 de junho de 2023

Queijo vivo à mesa


Beber, Comer e Amar...
Vamos de queijo e vinho?
Se acreditarmos nos arqueólogos, a invenção do queijo remonta ao período Neolítico, uma história que remonta a mais de 10.000 anos. Os pastores nômades transportavam o leite em bolsas de peles feitas de estômagos de animais naturalmente contendo coalho, uma enzima que permite que o leite coagule rapidamente, assim nasceu a coalhada: Foi mais tarde, e sem dúvida por acaso, que o homem compreendeu que o leite coalhado e o soro, depois de escorridos e secos, transformavam-se em alimento (queijo), fácil de manusear e conservar.
Mas é sobretudo na Idade Média que se dá a "revolução do queijo" e que seu fabrico se desenvolve graças aos monges.
A história do queijo dá uma guinada com a descoberta da pasteurização, que obviamente devemos a Pasteur. Este descobre que os microrganismos têm propriedade de causar a fermentação de certos alimentos, como o leite.
Desde o Neolítico até aos nossos dias, a evolução do queijo é uma viagem fascinante onde se unem inovação e tradição, artesanato e progresso científico e técnico, gastronomia, cultura e prazer.
Partindo para a enogastronomia, o queijo e o vinho transmitem a imagem de convívio. Quem nunca participou de uma noite de queijos e vinhos?
Queijo e vinho, confortam, aquecem...
Quando pensamos em harmonização de queijos, o vinho é a primeira bebida que nos vem à mente, mas não se deixe levar! Juntar queijo e vinho não é tarefa fácil, o queijo contém características complexas como: sabor intenso, untuosidade, sal, aromas fortes, um verdadeiro desafio para qualquer vinho.
Em geral, aqui no Brasil o queijo toma o lugar de uma refeição seja em reuniões com amigos, um jantar romântico etc.
Aqui em casa,  preferimos comê-lo após a refeição antes da sobremesa, para realçar todos os aromas, servimos numa tábua à temperatura ambiente e acompanhado pelo seu fiel amigo, o vinho.
O escolhido da vez foi o Marmoratto da Queijaria Martina Artesanal  @qjomartina


   
Martina Sgarbi há alguns anos, aprendeu a produzir queijos para consumo próprio, se aperfeiçoou fazendo cursos dentro e fora do país (França e Itália) e nunca mais parou.
Em seu catálogo, há 9 variedades dentre eles o Marmoratto ( medalha de bronze no Mundial de Queijos no Brasil 2022).
O queijo é lavado delicadamente em cachaça artesanal com urucum natural.
Em sua casca existem mofos vivos e leveduras do bem.



Quando o assunto é vinho...
O queijo de casca lavada é untuoso, com aroma forte, salgado e com notas de nozes. Textura macia, lisa e que derrete na boca.
Escolhemos para harmonizar um vinho brasileiro da @vinicolafinoficial
Vinho Licoroso Rosado Doce Porto Das Missões.



O vinho traz doçura, um pouco de fruta, acidez e caráter amaciador. 
"Vinho semelhante a este foi elaborado em 1626 pelo Padre Jesuíta Roque Gonzales, para utilização em celebrações, na primeira redução dos 7 povos missioneiros. São Nicolau. Sendo o primeiro vinho elaborado no Rio Grande do Sul".
Vamos valorizar não somente o produto regional brasileiro como também os produtores e seus modos de vida, conhecimento e práticas associadas.
Estamos também no instagram passa lá!
Saúde sempre!
Beijos no coração.