quarta-feira, 29 de maio de 2019

Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Kasseri


Kasseri é um tradicional queijo grego, um produto DOP, sendo um dos vinte queijos gregos certificados pela União Européia.
É produzido nas regiões da Macedônia, Tessália e nas ilhas de Mitilini e Xanthi.
Feito de leite de ovelha não pasteurizado com não mais de 20% de leite de cabra misturado.
Após a coagulação, a massa aquecida é trabalhada à mão, esticada, amassada e colocada em moldes.
As rodas são envelhecidas em salas especiais por 6 meses. O sabor continua a se desenvolver e melhorar mesmo depois de ter sido embalado.
Apresenta consistência semidura, cor marfim, sabor salgado e aroma pungente. Mas, curiosamente logo deixa um sabor doce. Isto é devido ao alto uso de leite de ovelha.
Quando o assunto é vinho, opte por um Branco de Santorini, estes vinhos brancos secos devem conter um mínimo de 75% de Assyrtiko, e o restante de Athiri e Aidani.
Na ilha de Santorini a Assyrtiko tem sua maior expressão de caráter, devido em grande parte à influencia do solo vulcânico da ilha. Assyrtiko compõe 70% dos vinhedos de Santorini, e tem a qualidade incomum de manter altos níveis de álcool e acidez ao mesmo tempo, tornando-se uma das poucas uvas brancas do mediterrâneo que também possuem um longo potencial de envelhecimento. Produz vinhos brancos secos e encorpados com aromas cítricos combinados com um caráter mineral.
Se você prefere Tinto, opte por um Xinomavro (pronuncia-se quissinomávro) do norte da Grécia. A uva Xinomavro é cultivada principalmente nas regiões superiores do país e geralmente produz um vinho com sabores de frutas profundas e escuras, potentes taninos e grande acidez.
Xinomavro da denominação de Amynteo são os que você deve ficar de olho, a região tem verões secos e dois lagos próximos que contribuem para o clima ameno.

Leia também: Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Kashkaval

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Harmonização - Língua bovina acompanhada de purê de cebolas





Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Língua bovina acompanhada de purê de cebolas.
A carne ficou marinando em uma combinação de vinho tinto, cravo, zimbro, louro, alecrim, pimenta-do-reino e sal, sabores e aromas que se concentraram ainda mais na redução do molho depois do preparo da mesma. Por essa razão, escolhi para harmonizar um tinto francês de Syrah e Grenache, pois os aromas picantes e de especiarias do prato vão se assemelhar com os aromas da Syrah, já o purê de cebola com seu aroma bem fiel pede um vinho frutado, é ai que a Grenache entra.




Le Hauts de Janeil Syrah - Grenache produzido por François Lurton - Languedoc Roussillon - elaborado com 80% Syrah e 20% Grenache.
De cor vermelho rubi, apresenta aromas de frutas negras, pimenta branca, notas adocicadas e especiadas.
Em boca é elegante com taninos sedosos, bom equilíbrio, de sabor frutado e com uma leve picância, um vinho bem gastronômico e gostoso de beber.
Se você ainda não experimentou essa iguaria que é a língua bovina, faça e depois me conte o que achou, de antemão posso dizer que ficou divina, e não deixe de fazer o purê, outra grata surpresa.
Eu, contribuo com a receita.
Ingredientes para a língua:
1 língua limpa e inteira
1 cebola picada
3 dentes de alho picados
1 xícara de vinho tinto seco
1 ramo de alecrim
1 folha de louro
3 cravos
6 zimbros
2 colheres de sopa de manteiga
Sal e pimenta a gosto
Preparo:
Junte todos os ingredientes numa travessa para marinar por uma hora.
Na panela de pressão sele a língua de todos os lados.
Selada adicione toda a marinada e acrescente água até cobrir a língua, deixe cozinhar por 30 minutos depois que pegar pressão.
Ingredientes para o purê de cebolas
2 cebolas
2 batatas doces grandes
2 colheres (sopa) cheias de manteiga
Sal e pimenta a gosto
Preparo:
Sem tirar a casca corte a cebola em cima e em baixo, retirando a tampa e o fundo das cebolas. Numa assadeira coloque as cebolas e tempere com sal, pimenta e um pouco de manteiga na parte de cima da cebola.
Asse por 40 minutos a 180 graus.
Retire a casca e bata no liquidificador. Reserve
Descasque e corte as batatas doces em pedaços, coloque para cozinhar até ficarem moles. Amasse bem para não deixar grumos.
Numa panela coloque as batatas amassadas, a manteiga e a cebola liquidificada e faça o purê. Tempere com sal e pimenta.
Molho:
Depois de cozida retire a língua da panela, coe o líquido, volte ao fogo e deixe reduzir pela metade.
Montagem:
Disponha o purê no prato com um risco grosso, coloque as fatias de língua sobre o purê, coloque o molho em um recipiente à parte.


Você sabia...
A língua bovina é um prato muito apreciado no Nordeste brasileiro, ela é consumida na brasa, assada, frita ou cozida.
Também figura nas mesas de vários países, aparecendo na culinária judaica nas festas de fim de ano servida com um molho doce.
Na Itália, principalmente no Piemonte, é muito apreciada braseada ou cozida com tomate.
Na Bulgária um dos pratos tradicionais do país é o Ezik v maslo (língua na manteiga).
No México ela serve de recheio para os Takos onde é cozida, picadinha, regada com salsa e um molho feito com chili serrano, coentro e tomatillos verdes, por lá a iguaria também é comum em um prato chamado língua à la veracruzana, onde é grelhada com molho de alcaparras, azeitonas, ameixas e pimenta güero.



Taças de vinho



Texto original retirado do livro A Bíblia do Vinho (Karen MacNell)
Desde o início dos tempos, os recipientes para beber foram inspirados em formas naturais: mão em concha, o chifre cônico de um animal, uma abóbora dividida em duas tigelas, uma flor e seu caule. Essas imagens simples deram origem a um incrível número de objetos usados ao longo da história para beber vinhos. Variam desde peles de animais do mundo antigo até os copos plásticos atuais.
Mas se houve uma substância apropriada para o vinho, foi o vidro. Copos para vinho não são uma invenção moderna. No século I a.C, já se faziam cálices, canecas e garrafas de vidro soprado, no Mediterrâneo e no Oriente Próximo. Esses primitivos vasilhames são extremamente valiosos e raros.
É notável que os copos modernos sejam feitos essencialmente do mesmo modo que os antigos. Basicamente, combina-se areia comum - que contém sílica - com cinza de árvores - potassa. A mistura é então aquecida a um calor intenso - até cerca de 1.370 C - , temperatura que derrete e funde as substâncias. Depois do aquecimento, a bolha derretida é soprada e moldada.
A produção do vidro alcançou o apogeu nos séculos XVI e XVII, na ilha de Murano, perto de Veneza, na Itália. Alí,  os vidreiros tornaram-se  virtuais cativos da sua própria corporação.
Qualquer soprador de vidro que fosse apanhado tentando escapar da ilha ou revelasse o segredo da produção veneziana de vidros era punido com a morte. (O vidro de Murano ainda é considerado entre os mais belos da Europa).
Enquanto isso, na Inglaterra, talvez por acaso, surgiu a maior inovação na produção de vidro. Em 1674, um soprador de vidro chamado George Havenscroft descobriu que o vidro derretido ficava mais maleável quando se acrescentava uma pequena quantidade de óxido de chumbo. A partir daí foi possível esboçar e entalhar desenhos elaborados no cristal com chumbo. Além disso, depois de formado, o cristal com chumbo era mais brilhante e durável do que o vidro simples.
Num efeito yin-yang, os copos mais belos tornaram-se um incentivo para se criarem melhores vinhos e bebidas.
Estes, por sua vez, inspiraram copos mais bonitos. Um dos melhores exemplos é o Champagne, produzido pela primeira vez no final de 1600, o Champagne era turvo, com sedimentos, viscoso e doce. Quando os avanços na produção do vidro  resultaram em copos de brilho, elegância e transparência que até então jamais se imaginou  fosse possível conseguir, esses copos novos e graciosos inspiraram melhorias na produção do Champagne. Por sua vez, a melhoria na clareza do Champagne inspirou copos ainda mais encantadores nos quais se pudesse  servir o belo Champagne.
Desde a invenção até o início do século XIX, os copos eram usados principalmente pela realeza e sobretudo em ocasiões especiais. A compra de um copo para vinho era considerada um investimento sério, e nos banquetes de maior prestígio um copo podia ser compartilhado por vários convivas. Se o anfitrião fosse especialmente rico, os copos do banquete poderiam incluir alguns desenhados especialmente para a ocasião, de fundo arredondado e sem pé. Esses copos tornavam a festa mais animada porque só se poderia pousá-los sobre a mesa depois de esvaziá-los, caso contrário o líquido entornaria. Esses recipientes de vidro foram os percursores dos atuais copos baixos.
No século XIX, a produção de vidro progrediu quando melhoraram as técnicas de sopro. Começaram a surgir vidrarias capazes de manufaturar em grande escala. Inventou-se o processo de fazer copos a partir de moldes. Rapidamente a feitura de copos alcançou uma escala de produção que permitiu tornar acessíveis os conjuntos de copos, que se transformaram em símbolos de prestígio social. Em todos os melhores banquetes, diante de cada convidado estariam dispostos vários copos de pé: um para Champagne, um para vinho tinto, um para vinho branco, um para Jerez, etc.
Técnicas e moldes modernos também permitiram maior variação nas formas e cores das garrafas, Por toda a Europa, as vidrarias passaram a produzir garrafas em modelos apropriados para serem identificados com certos vinhos.
Garrafas de ressalto inclinados eram usadas para vinhos Borgonha; garrafas extremamente delgadas destinavam-se a vinhos alemães. Garrafas de ressaltos altos, úteis para bloquear os sedimentos durante a decantação, eram utilizadas para vinhos Bordeaux.
No fim do século XX, um renovado senso de criatividade atingiu o mundo da produção de vidro. O desenho dos copos para vinho variou desde os mais estranhos  até os quase exageradamente clássicos. E pela primeira vez em décadas as garrafas de vinho voltaram a ser um veículo para desenhos de vanguarda.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Kashkaval



Kashkaval é um queijo amarelo semi-duro, cujo o nome deriva do queijo italiano "caciocavallo". É particularmente popular na Europa Oriental e região do Mediterrâneo.
Kashkaval produzido com leite de vaca é conhecido como Kashkaval Vitosha, enquanto uma variação feita a partir de leite de ovelha é chamada Balcãs Kashkaval  e Preslau é o nome dado ao queijo feito a partir de uma mistura de ambos os leites. Na Romênia, Bulgária e Macedônia, é usado como termo genérico para todos os tipos de queijos amarelos.
Este queijo também é encontrado na Hungria, Croácia e Turquia. Os romenos chamam-o de queijo Cascaval, os gregos Kasseri e os turcos Ksara.
Este queijo semi-duro amadurece durante 6 meses durante os quais desenvolve um sabor picante, salgado , com um ligeiro sabor de azeite.
Devido à sua similaridade com o Cheddar do Reino Unido, é famoso por ser também chamado de "Queijo Cheddar dos Bálcãs".
Kashkaval pertence á família dos queijos de pasta filata, que são feitos dando á coalhada um banho quente durante o processo de produção , sendo depois pressionada em moldes.
Quando o assunto é vinho opte por um tinto jovem da uva Merlot.

Leia também: Queijos- Queijos e vinhos pelo mundo - Idiazabal

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Breve cronologia do vinho



O vinho ao longo do tempo se espalhou pelo mundo e hoje é elemento essencial da história das mais variadas culturas. Veremos aqui, uma breve e simplificada cronologia.

7000 a.C
Os chineses já produziam o seu "vinho" de arroz, uma bebida feita com a fermentação de frutas, arroz e mel. Um resíduo químico encontrado num jarro dessa época é a prova mais antiga de uma bebida intencionalmente fermentada.

4100 a.C
É dessa época a mais antiga vinícola conhecida, ela fica em uma caverna na Armênia, no Oriente médio. No sítio arqueológico, foram encontrados um tonel para moer uvas, potes de fermentação e um cálice.

3000 a.C
Pinturas tumulares egípcias retratam o processo de vinificação desde o cultivo. 
Os chamados Pictogramas são as primeiras representações da bebida.

1500 - 300 a.C
Fenícios introduzem o cultivo da uva na região mediterrânea.
Os Fenícios e os Gregos atuaram ativamente , estabelecendo em sua colônia prósperos empórios comerciais, onde o comércio do vinho era protagonista.

500 - 1
Romanos espalham videiras pelo interior da Europa. O vinho atuava quase como instrumento para demarcação de território.

70
Plínio, o Velho, escreve sua famosa frase In vino veritas ("No vinho , há verdade").

1000 
Erguida uma das mais antigas vinícolas ativas. O Château de Goulaine, na França (Loire).
O Château, que hoje é parte do patrimônio histórico da França, produz vinhos sob as denominações Sancerre e Vouvray, e possui vinhedos próprios onde estão plantadas uvas para seu Muscadet, e também produzem tintos como Chinon e Crémant do Loire.

1200
Primeira menção à uva Pinot Noir, com o nome de Morillon.

1400
Muitos consideravam mais seguro beber vinho do que água, quase sempre contaminada.

1492
Cristóvão Colombo leva videiras à América. No século seguinte começa a produção de vinho na região do Chile e da Argentina.

1500
Muscat Blanc, Pinot Noir, Tempranillo e Riesling são algumas das uvas mais usadas na época.

1532
Vindo de Portugal com o objetivo de disseminar a agricultura na nova colônia, Martim Afonso de Souza planta as primeiras videiras no Brasil, as mudas de Vitis Vinífera são plantadas na Capitania de São Vicente, litoral de São Paulo, mas as condições desfavoráveis de clima e solo impedem que a experiência siga adiante.

1650
Na França, nasce a Cabernet Sauvignon, cruzamento entre a Sauvignon Blanc e a Cabernet Franc.

1659
Holandeses dão início à produção de vinhos na África do Sul na região de Table Bay.

1769
Missionários espanhóis inauguram a vinicultura na Califórnia, nos Estados Unidos.

1788
As primeiras videiras são levadas à Austrália pelos britânicos, plantadas nas terras que hoje equivalem ao centro de Sydney.

1836
Começa a produção de vinhos na Nova Zelândia.

1855
Bordeaux inaugura à denominação Cru para classificar os vinhos produzidos na região, listando sessenta importantes Châteaux do Médoc e mais um, o Château Haut-Brion, situado em Graves.

1875
Chegada dos imigrantes italianos amplia e aprimora a produção de vinhos no Brasil.

1976
Premiação de vinhos californianos no célebre Julgamento de Paris é marco no reconhecimento do Novo Mundo. 

2008
Robert Parker, o crítico de vinhos mais influente do mundo, faz seguro do seu nariz no valor de 1 milhão de dólares.

2019 Robert Parker aposenta-se do Robert Parker Wine Advocate

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Como abrir seu espumante com o sabre



Napoleão Bonaparte, apreciador de Champagne, celebrava suas vitórias sobre outros exércitos de um jeito muito especial. Após uma batalha ainda montados em seus cavalos, o imperador e seu batalhão abriam as garrafas de Champagne cortando as pontas com seus sabres .
Essa prática deu origem ao sabrage, a técnica consiste em expulsar a rolha que sela a garrafa juntamente com o vidro da ponta do gargalo, em um único golpe com o sabre.
Pode não parecer mas é um procedimento muito simples, só que deve ser feito com cuidado.
Se você quiser tentar, atualmente existem no mercado sabres especiais destinados somente para esse ritual.
Dizem que sequer é preciso de um sabre genuíno para isso, um pedaço de metal plano (uma faca mais pesada ) seria suficiente. Basta conhecer o procedimento.
A seguir o passo a passo para realizar um sabrage:

1. O lugar para realizar o sabrage deve ser amplo e livre de objetos que podem ser quebrados.
É preciso tomar cuidado também com as pessoas que irão assistir à abertura da garrafa. Elas devem estar sempre atrás de quem for realizar o procedimento.

2. O cuidado se estende à garrafa que será degolada. Ela deve estar bem fria (6 graus é o ideal) e não pode ser chacoalhada para não aumentar a pressão interna. Deixe a garrafa descansando em um balde com gelo e água por no mínimo duas horas antes de abrir.



3. Com a garrafa devidamente resfriada, deve-se retirar a gaiola de metal que envolve o gargalo e também o lacre. Aproveite e seque o vidro da garrafa para que não haja a possibilidade de a mão de apoio escorregar durante o processo.






4. O ideal é envolver a garrafa com um guardanapo de pano e deixá-la inclinada para que o sabre deslize por toda a extensão até atingir a boca do gargalo.

5. A batida nessa junção da boca da garrafa deve ser seca e firme. A pressão interna do líquido é que faz o trabalho, ajudando a expulsar o pedaço de vidro com a rolha. Ou seja, o segredo não está na força empregada, mas no jeito. Apenas deixe o sabre deslizar em um movimento contínuo e rápido para a frente, sempre encostado no vidro, o trabalho estará feito. Se realizado com sucesso, o golpe deixa uma superfície lisa na garrafa e não se perde nada do líquido.


 A  título de curiosidade
O Brasil tem sua marca no Guiness com o recorde de maior sabrage coletivo do mundo.
Segundo a Fenachamp,  o sabrage coletivo foi criado pela mesma em 2009 como uma forma de valorização do ato que tanto valoriza o espumante.
" Mais que um simples ato de decapitar a garrafa, o sabrage coletivo concebe para Garibaldi e para a Fenachamp, por meio de um espetáculo de destreza, cultura e sincronia, a oportunidade sublime de fazer a Fenachamp  entrar para história.
O primeiro Sabrage Coletivo foi criado com o objetivo de se tornar o maior do mundo, Com o feito alcançado, o evento de 2011 inscreveu a façanha no Guiness Book . para receber o reconhecimento mundial até então dado a outro país com 154 participante. Neste ano, a festa alcançou o número de 196 pessoas que fizeram o sabrage ao mesmo tempo, entrando para o livro dos recordes impresso em 2013.
Grandes vinícolas, enólogos, sommeliers e amantes do espumante participam do evento que exige o cumprimento de muitas orientações específicas solicitadas pelo Guinness Book.
Em 2013 o Sabrage Coletico superou sua própria marca com 277 garrafas degoladas em 10 segundos e obteve um novo recorde mundial reconhecido pelo Guinness Book.
Já em 2015 a atração  mais tradicional da Fenachamp aconteceu em duas categorias, feminino e masculino com um total de 349 garrafas nas quais a rolha foi totalmente removida com um só golpe."


Fonte: Fenachamp e Almanaque do vinho

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Idiazabal



Idiazabal é um queijo DOP produzido no País Basco e em Navarra, com exceção dos Municípios que compõem o Vale do Roncal.
Tem sua origem em Euskal Herria, onde pastores bascos criaram as ovelhas Latxa e Carranzana, raças autóctones de características peculiares.
O queijo Idiazabal é elaborado com leite cru de ovelhas Latxa e Carranzara, por coagulação enzimática (coalho), passa por pelo menos dois meses de cura, seu tamanho varia de um a três quilos, sua pasta é dura e prensada, pode ser defumado ou não de acordo com a tradição culinária dos diferentes Vales.
Possui forma cilíndrica, crosta dura e lisa de cor bege amarelada (se foi escovado fortemente com água) ou cinza esbranquiçada (escovagem suave sem água). Nos queijos defumados a cor lembra ocre marrom. O processo de defumação exige que a casca seja previamente lavada.
De acordo com sua idade, o Idiazabal apresenta pasta de cor marfim a amarela palha.
Seu aroma é intenso e lembra o leite de ovelha, conforme zona de produção, tempo de processamento e tempo de maturação pode-se detectar diferentes intensidades de aromas picantes, ácidos e doces. Nos queijos defumados, o aroma de fumaça não é muito intenso.
Sua textura é compacta, com uma elasticidade não muito pronunciada, á medida que envelhece perde umidade  e sua pasta fica menos elástica, mais frágil e dura.
O sabor do Idiazabal é intenso "enche a boca" com caráter marcado do leite de ovelha e de coalho natural.
Quando o assunto é vinho, os que melhor enfatizam o sabor de um queijo Idiazabal seriam os vinho de Riojas ou Ribeira del Duero. Outra boa opção é o Txakolin branco, um dos vinhos mais conhecidos do País Basco.
Vale lembrar como já vimos aqui no Beber, Comer e Amar que o Txakoli é produzido dentro de 3 regiões distintas (DOs) que formam, geograficamente, trâs vértices de um triângulo retângulo. Em torno de Bilbao para oeste é produzido o vinho conhecido como Bizkaiko Txakoli, um vinho salgado, fresco e ácido. Mais perto de San Sebastian, a leste é produzido o Getariako Txakoi, com sua característica efervescente carbonatação suave. Finalmente, o Arabako Txakoli que é produzido em torno de Amurrio, localizado no interior de Bilbao.
Para a elaboração do Txakoi branco a variedade Hondarrabi é usada em maior parte, outras uvas misturadas ás vezes incluem Riesling, Sauvignon Blanc e Petit Manseng.

Leia também: Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Halloumi

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Pronúncia correta das principais castas


Existem mais 1300 variedades de uvas usadas para fazer vinho em todo mundo.
As variedades mais conhecidas e consumidas certamente são as francesas. Ma existem muitas outras autóctones (originárias de determinadas regiões) que são menos conhecidas e também magníficas. Então se aventure, experimente castas diferentes pois a melhor maneira de determinar o sabor de um vinho é conhecer a varietal utilizada em sua produção.
As castas recebem nomes às vezes um tanto impronunciáveis como, por exemplo, as autóctones croatas. Se você é como eu, já deve ter se atrapalhado em alguma pronuncia ao se referir a uma destas variedades.
Pensando nisso, aqui vai uma tabelinha das castas mais populares e suas pronúncias.

Albariño = Albarinho
Aligoté = Aligôtê
Arneis = Arnê
Chardonnay = Chardoné
Chenin Blanc = Chenan Blan
Furmint = Furmim
Garganega = Gargânega
Gewürztraminer = Gevustramíner
Glera = Gléra
Malvasia = Malvasía
Pinot Blanc = Pinô Blam
Pinot Grigio = Pinô Grídio
Riesling = Ríslin
Sauvignon Blanc = Sõvinhon Blam
Sémillon = Semion
Torrontés = Torrontês
Verdejo = Verderro
Verdicchio = Verdíquio
Viognier = Vionhiê
Viura = Viúra
Xarel-lo = xarêlo

Alicante Bouschet = Alicante Buchê
Ancellotta = Antielóta
Cabernet Fran = Cabernê Fran
Cabernet Sauvignon = Cabernê Sôvinhom
Carignan = Carrinhâ ou Carrinham
Carménère = Carmenér
Cinsault = Sanssul
Dolcetto = Doltiêto
Gamay = Gamé
Garnacha = Garnátia
Malbec = Malbéc
Mencia = Mência
Merlot = Merlô
Monastrell = Monastrell
Montepulciano = Montepultiano
Mourvèdre = Murvédre
Nebbiolo = Nebiolo
Nero d"Avola = Néro dávola
Petit Verdot = Peti Verdô
Pinot Meunier = Pinô Meniê
Pinot Noir = Pinô Nuá
Pinotage = Pinotage
Sangiovese = Sandiôveze
Syrah = Sirrá
Tannat = Taná
Tempranillo = Tempranío
Teroldego = Teróldego
Touriga Nacional = Tôriga Nacional

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Dicas de harmonizações que valem a pena experimentar



Sabe quando a comida complementa o vinho e vice-versa?
Isso acontece com as combinações abaixo, vale a pena experimentá-las pelo menos uma vez.

Azeitonas com Jerez Fino
Presunto Cru com Jerez Oloroso
Guacamole com Sauvignon Blanc
Ostras com Champagne
Caviar com Champagne Brut
Espaguete à bolonhesa com Chianti
Batatas fritas com Champagne
Risoto com trufas com Barolo
Queijo de cabra com Sauvignon Blanc
Cordeiro assado com Bordeaux Tinto
Foie Gras com Sauternes
Pato com Pinot Noir
Sorvete com Pedro Ximénez
Sobremesa com chocolate amargo com Banyuls

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Halloumi


Halloumi é um queijo elaborado originalmente na ilha grega de Chipre.
Era conhecido em Chipre antes da invasão dos turcos em 1571.
O nome Halloumi é derivado da palavra grega "almi", que significa salgado.
É um queijo tradicional cipriota que também é popular no resto do Oriente Médio., que agora é feito em todo o mundo, a partir de uma mistura de leite de ovelha e cabra, embora possa ser comprado algum Halloumi que também contenha leite de vaca ( o Halloumi industrializado).
O Halloumi tem um  alto ponto de fusão, e assim pode ser frito ou grelhado,
De cor branca, com uma textura distinta em camadas, semelhante à mussarela, e sabor salgado.
Muitas vezes é decorado com folhas de hortelã em sua superfície.
O tradicional Halloumi artesanal é feito de leite de ovelha e cabra não pasteurizado.Também se encontra o Halloumi que foi envelhecido, é muito mais seco, mais forte e mais salgado, é mantido em sua própria salmoura,
Quando o assunto é vinho opte por um Rosé seco pois queijos gregos tendem a ter um perfil salgado e o par perfeito para o sal é o ácido, assim, um Rosé vivo tem a quantidade certa de acidez para combater o componente salgado.
Que tal um Rosé francês? Confira abaixo as denominações autorizadas para a produção de Rosé.

AOC  no Loire: Touraine, Anjou, Coteaux d'Ancenis, Coteaux du Loir, Chinon, Sancerre, Menetou-Salon, Reuilly.

AOC em Champagne: Rosé des Riceys

AOC na Borgonha: Marsannay

AOC em Beaujolais: Beaujolais e Beaujolais Superior.

AOC no Valle du Rhône: Côtes du Rhône, Tricastin Coteaux, Cotes du Luberon. Cotes du Ventoux, Vacqueyras, Gigondas, Tavel.

AOC em Provence: Côtes de Provence, Coteaux d'Aix en Provence, Les Baux de Provence, Coteaux Varois, Bandol, Cassis, Bellet, Palette, Pierrevert Coteaux.

AOC na Córsega: Ajaccio, Patrimonio, Corsica Wine Coteaux du Cap Corse, Vin de Córsega Calvi, Vin de Corse Porto Vecchio, Córsega Wine Figari, Vin de Córsega Sartène.

AOC em Languedos-Roussillon: Collioure, Faugères, St Chinian, Corbières, Minervois, Côtes de Roussillon, Costières de Nimes, Coteaux du Languedoc.

AOC no sudeste: Béarn, Aquitaine Bellocq, Irouléguy, Bergerac, Cotes de Duras, Buzet, Cotes du Marmande, Gaillac.

AOC em Bordeaux: Bordeaux Rosé já o AOC Bordeaux Clairet não é considerado um vinho Rosé e nem um vinho tinto. Ele é um intermediário entre essas duas cores.
Clairet Bordeaux é um tinto obtido por um curto prazo, durante o qual a maior parte dos taninos não tem tempo para se desenvolver no mosto. Não sendo propício para o envelhecimento deve ser bebido jovem.
Em teoria, o Clairet se distingue do Rosé por uma cor mais assertiva, aromas mais próximos aos dos tintos, uma escala maior na boca e uma estrutura tânica mais forte. Na prática, essas diferenças nem sempre são óbvias.

AOC em Jura:Arbois, Arbois Pupillin, Côtes du Jura.

AOC na Alsácia: Alsásia ou vinho da Alsácia.

AOC na Savóia: Vinho AOC da Savóia


Leia também: Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Havarti