sábado, 31 de agosto de 2019

Justino's Madeira Doce harmonizado com Croquembouche



Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Croquembouche.
Croquembouche é uma das sobremesas clássicas da pâtisseire francesa. É um 'bolo" composto de profiteroles (conhecido como carolina aqui no Brasil) cheios de creme que são montados formando um cone e cobertos com fios de caramelo, muito comum em casamentos, batismos e outras celebrações. Dizem que o Croquembouche foi popularizado pelo Chef francês Antoine Carême (o arquiteto da confeitaria) que ao oferecer o doce em um casamento estabeleceu assim a tradição.
O nosso "mini" croquembouche foi recheado com creme de confeiteiro e o caramelo de tonalidade escura que o cobriu, fez toda a diferença na escolha do vinho para a harmonização.
Escolhi um Vinho Madeira Doce, que com seus aromas oxidativos de baunilha, caramelo, frutos secos e um leve tostado, casou perfeitamente com a sobremesa.


Justino's Madeira Doce - Ilha da Madeira - Portugal.
Um blend com predominância da Tinta Negra Mole, que amadureceu 3 anos em carvalho e, é elaborado por uma das vinícolas mais antigas da região.
De cor âmbar brilhante, paladar agradável ,uma ótima acidez e um final longo que te convida a outro gole e outra garfada na sobremesa.
Mas é importante lembrar que para você aproveitar bem um Madeira Doce, precisa servi-lo a uma temperatura em torno dos 16 graus, ligeiramente refrescado, assim você vai diminuir a sensação de doçura e torná-lo menos enjoativo.Que tal preparar esses profiteroles e montar o seu  croquembouche?
Eu como sempre, contribuo com a receita:

Massa
1/2 xícara de manteiga sem sal
1 xícara de água
1/4 de colher de chá de sal
1 xícara de farinha de trigo
4 ovos
Preparo:
1. Unte duas assadeiras grandes.
Prepare a massa: leve ao fogo médio uma panela com a manteiga, a água e o sal, até que ferva e a gordura derreta.
2. Adicione a farinha de trigo, toda de uma vez, e mexa rapidamente e com força, usando uma colher de pau, até que a mistura solte das paredes da panela.
Ligue o forno 180 graus.
3. Tire do fogo e deixe amornar: adicione os ovos à mistura de farinha, um de cada vez, batendo bem após cada adição, até ficar liso e homogêneo.
4. Com uma colher grande e uma espátula de borracha, faça 12 montinhos pontudos sobre a assadeira, 7,5 cm entre um e outro. Asse por 50 minutos.
5. Retire do forno e faça um corte em cada profiterole ; leve ao forno por 10 minutos. Desligue e deixe-os por mais 10 minutos. Prepare o recheio, cubra-o e leve à geladeira.
6 Quando os profiteroles estiverem frios, recheie com o creme de baunilha bem frio.
Creme de baunilha
Em uma panela, coloque 3/4 de xícara de açúcar e 1/4 de xícara de farinha de trigo, mexa bem e dissolva com 1 1/2 xícara de leite. Leve a mistura ao fogo e deixe ferver por 1 minuto.numa tigela pequena, bata 6 gemas, e coloque na panela com o creme, mexendo rapidamente. Continue cozinhando em fogo baixo, mexendo sempre, por cerca de 8 minutos ou até que esteja consistente. Retire do fogo e acrescente 1 1/2 colher de chá de essência de baunilha; Cubra a superfície com uma folha de plástico e leve à geladeira.Numa tigela pequena.

Você sabia ...
O Madeira é o único vinho que pode ser guardado indefinidamente depois de aberto sem perder seu caráter ou finesse. O processo de vinificação, marcadamente oxidativo, o seu grau alcoólico elevado e a característica acidez  natural, combinam para essa grande longevidade.
Os produtores aquecem esse vinho fortificado de maneira continua, num processo denominado Estufagem, em barricas abertas. Esse processo carameliza os açucares e oxida o vinho de maneira intencional, criando sabor característico de caramelo. Os vinhos são frequentemente maturados em barricas depois desse processo, resultando em aromas e sabores tostados e com complexidade considerável.
Os vinhos Madeira não submetidos a Estufagem, designados de Canteiro, são após clarificação, correção e constituição de lotes envelhecidos em casco de carvalho.
Este sistema é aplicado em todos os vinhos provenientes de castas brancas, nomeadamente a Malvasia, Boal, Verdelho, Sercial.
Para saber quanto tempo uma garrafa de vinho Madeira permaneceu em barrica durante o processo de maturação, basta dar uma olhada no rotulo.
Reserva significa mais de 5 anos.
Reserva Especial  mais de 10 anos.
Reserva extra mais de 15 anos.
Madeira Vintage pelo meno 20 anos
Apesar de sua longevidade o Vinho Madeira não evolui em garrafa, sendo desnecessária a sua guarda.



sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Guia de pontuação, você usa?


Os guias de pontuação causam muita polêmica, tem gente que ama, tem gente que odeia.
Porém, não dá para negar que eles são incrivelmente influentes e geralmente afetam até o preço final do vinho.
Inicialmente foram criados para a avaliação técnica; geralmente utiliza-se uma ficha de degustação, na qual o crítico avalia e pontua as diversas características da bebida, catalogando, padronizando e classificando o vinho.
Cada guia tem seu método de avaliação uns atribuem números, outros taças ou estrelas.
As pontuações mais conhecidas são:
Robert Parker's Wine Advocate: Revista criada por Parker e um grupo de sommeliers que degustam e pontuam seus vinhos de 50 a 100 pontos.
Wine Spectator: Revista criada em 1996 contém mais de 250 mil vinhos avaliados, seu sistema de pontuação é de 50 a 100.
Wine Enthusiast: Um portal que vende vinhos e acessórios, além de publicar resenhas com anotações de enólogos renomados. Também atribui notas de 50 a 100 pontos.
Jancis Robinson: A conceituada crítica inglesa, pontua os vinhos de 0 a 20.
Dentre outros existem também os guias de pontuação específicos de cada país.
João Paulo Martins (Portugal) que edita anualmente seu guia de vinhos de Portugal, com pontuação de 0 a 20
Gambero Rosso (Itália) o guia comenta e pontua quase todos os vinhos do país, com pontuação de 0 a 3 Bicchieri (que significa taça).
Revue des Vins de France uma das revistas mais importantes da França,com pontuação de 0 a 10.
Descorchados, guia voltado a pontuar vinhos argentinos, chilenos , uruguaios e, mais recentemente brasileiros (até 2016 somente para espumantes)  com pontuação até 100.
O importante aqui é notar que altas notas concebidas por um crítico nada significam se você não aprecia o estilo do vinho que ele está avaliando.
Um guia de pontuação pode oferecer orientação mas confie em seu próprio paladar para decidir se vale a pena comprar determinado vinho.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Dicas de como entender o rótulo do vinho



Um rótulo de vinho normalmente informa o nome da vinícola ou do produtor, o país e a região de origem, o estilo do vinho, seu teor alcoólico e detalhes do engarrafamento. Pode incluir o nome do vinhedo, a variedade da uva (ou variedades) e detalhes da safra. Algumas informações vão ajudá-lo a avaliar melhor o conteúdo da garrafa são elas:

Produtor
Esta é a informação mais importante de qualquer rótulo, independentemente do país de origem do vinho. A reputação do produtor conta para tudo. Entender quem são os melhores produtores é a diferença entre vinho bom e vinho ótimo.

Variedade
Depende da origem do vinho. Se ele procede do Novo Mundo ( Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Estados Unidos) as chances são de que seja categorizado pela variedade.
Mas se o vinho vier do Velho Mundo ou seja, da Europa, é muito provável que seja rotulado por região. Esse sistema presume que você sabe quais as uvas são permitidas por lei para serem cultivadas em uma região específica, uma presunção ousada demais, considerando o que a maioria de nós realmente sabe sobre vinho.

Região e Vinhedo
Algumas variedades de uvas se adaptam melhor a lugares específicos e, dentro dessas áreas, vê-se que existem alguns vinhedos que dão origem aos melhores exemplares. Pode ser o clima, pode ser o solo, pode ser a altitude, pode ser a mistura dos três, mas, conforme você se familiariza com o vinho, entender como as regiões e os vinhedos influenciam nas uvas vai mudar a maneira pela qual você compra e escolhe o vinho.

Safra
O ano que aprece no rótulo se refere ao ano em que as uvas foram colhidas. é importante lembrar que dois anos, mesmo que em local idêntico jamais serão iguais, consequentemente, algumas safras são melhores que as outras.

Teor alcoólico
O volume de álcool é medido em forma de porcentagem e encontra-se na parte inferior tanto do rótulo posterior quanto no da frente. Essa é uma informação obrigatória e é importante saber  que a quantidade de álcool não tem influência alguma sobre a qualidade.

Aditivos
Apenas alguns países exigem que eles sejam informados no rótulo. Os aditivos mais comuns em vinhos são conservantes como dióxido de enxofre- um antioxidante geralmente listado como 221 ou 225. Outros aditivos, como agentes clarificadores (para extrair qualquer impureza do vinho antes do engarrafamento), produzidos com base de soluções de ovo ou peixe, são simplesmente marcados com uma mensagem, geralmente no rótulo posterior, determinando que este vinho não é recomendável para vegetarianos/vegans.

Uma outra dica importante, é muito fácil se deixar levar pela estética. Um rótulo bonito é uma ótima maneira de vender uma garrafa de vinho comum. Um rótulo estiloso não é, necessariamente, o disfarce de um vinho ruim, mas também não é um indicador automático de qualidade.
Um rótulo é simplesmente um rótulo.
A aplicação de medalhas em rótulos também é uma ótima maneira de fazer um vinho normal se destacar. Enquanto algumas medalhas são justificadas, dada  a reputação da competição em que os vinhos foram julgados, outras não são, e é importante lembrar que nem todas as exposições de vinho são organizadas com o mesmo respeito.
Por isso, certifique-se de pesquisar quais exposições valem a pena ser consideradas.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo- Queijo Montasio

Queijo Montasio
O queijo Montasio leva o nome do maciço Montasio localizado nos Alpes Giule em Friulli
Venezia Giulia- Itália.
Sua produção, que começou por volta do ano 1200, ao longo do tempo, permanece fiel às estritas regras de sua antiga tradição.
Tem Denominação de origem protegida e atualmente, é produzido nas províncias de Friuli de Pordenone, Udine, Gorizia mas também nas províncias de Veneto de Bellune, Treviso, e em algumas áreas das províncias de Padua e Veneza.
O Montasio é elaborado com leite de vaca, classificado como semi-duro ou duro dependendo do tempo de cura que também o classifica em quatro versões:
Fresco (envelhecido de 60 a 120 dias) pasta branca e compacta, aveludada, com olhos homogêneos, a crosta é lisa e o sabor muito delicado de leite.
Mezzano (idade 5 a 10 meses) confere ao queijo uma consistência  mais firme, um sabor mais definido, olhos médios.
Stagianato (mais de 10 meses)
Stravecchio ( mais de 18 meses)
Do Stagianato ao Stravecchio, à medida que o tempo passa, a massa fica cada vez mais granulosa e quebradiça, mais seca e mais escura e o sabores mais fortes e picantes.
Quando o assunto é vinho, para harmonizar, opte por vinhos de Friuli Venezia Giulia
Para Montasio fresco: opte por vinhos brancos, um Tocai Friulano, um Colli Orientali del Friuli ou um Grave del Friuli.
Para Montasio curado: opte por tintos, um Refosco ou Shioppettino.

Você sabia...
Friuli Venezia Giulia sempre foi a terra dos grandes vinhos Brancos, mas produz Tintos e Rosés, sendo o Rosé pouco difundindo na região.
Em Friuli Venezia Giulia existem atualmente quatro DOCG, dez DOC e três IGT.
Collio ou Collio Friulano
Localizada no leste da região, na província de Gorizia, é particularmente famosa pela produção de vinhos brancos - Tocai Friulano e Ribolla Giallo são as videiras mais importantes desta área., ladeadas por vinhas internacionais como Chardonnay e Sauvignon Blanc.
Em Collio também são produzidos vinhos tintos, em especial com a uva Merlot, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon.
Colli Orientali del Friuli 
Segunda área mais famosa e importante de Friuli Venezia Giulia, está localizada mais a noroeste, na província de Udine. Ali se produz o mais procurado e famoso Vinho de Sobremesa da Itália o Picolit. Outro vinho doce é produzido a partir de uvas Verduzzo Friulano, tanto Passito como Colheita tardia. A produção de Colli Orientali del Friuli também é mais de vinhos brancos, particularmente das uvas Tocai Friulano, Sauvignon Blanc e Chardonnay. Os tintos provém da Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir, enquanto entre as uvas autóctones com bagas pretas destacam-se a Schioppettino, Refosco dal Peduncolo Rosso, Tazzelenghe e a Pignolo.
Friuli Grave 
É a maior denominação da região e se estende da província de Udine para o oeste até a de Pordenome. Seu nome deriva do solo, rico em seixos e cascalho, adequado para a produção de excelentes vinhos. Os vinhos de Grave geralmente têm menos complexidade dos que o de Colli ou de Colli Orientali del Friuli, no entanto, o nível médio de qualidade das DOs é um dos mais altos da Itália, Em Grave, os brancos são produzidos a partir de Chardonnay, Sauvignon Blanc e Tocai Friulano, os tintos baseiam-se principalmente em Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e nas autóctones Refosco dal Peduncolo Rosso.
Ramandolo
A área Ramandolo antes de 2001 era uma sub-zona da denominação Colli Orientali del Friuli DOC, foi a primeira DOCG na região, que hoje tem quatro. Produz o vinho doce homônimo das uvas Verduzzo Friulano, a partir de uvas maduras e secas.
As outras áreas:
Igualmente importante é a denominação Friuli Isonzo DOC, seus vinhos principalmente brancos, são provenientes das uvas Tocai Friulano Sauvignon Blanc. Os tinto são de Merlot, Cabernet Sauvignon.Na parte sul da região, plana, estão as DOCs Annia e Latisana, que produzem principalmente brancos que são diretamente influenciados pelo clima marítimo.

Vale lembrar que a variedade de uva Tocai Friulano é difundida em Friuli Veneza Giulia e no leste do Veneto, onde é cultivada há séculos e seus vinhos sempre foram conhecidos como "Tocai". Em 1993, a Hungria entrou com uma queija junto à UE, solicitando ao Poder legislativo que bloqueasse a Itália de rotular vinhos como Tocai.
Uma prolongada batalha legal terminou com a decisão de 2005 da UE que os italianos poderiam usar a designação "Tocai" apenas em garrafas vendidas na Itália. (e não no exterior).
A decisão entrou em vigor em março de 2007.
A partir de 2008 o vinho "Tocai" ou "Tocai Bianco" ou "Tocai Friulano" desaparece do mercado, para dar lugar ao vinho "Friulano" em Friuli Veneza Giulia e ao vinho "Tai" no Veneto.

Leia também: Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Mascarpone


segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Dicas de como comprar seu vinho



Alterações de temperatura, luminosidade excessiva, vibração e rolha ressecada são os vilões do vinho. Quando for comprá-lo observe se na loja o vinho está protegido desses fatores.
Se a compra for efetuada num supermercado onde a rotatividade é maior, sempre opte pelas garrafas que estão no fundo da prateleira um pouco mais protegidas da luz.
Em qualquer situação verifique o nível de líquido na garrafa, pois caso a rolha esteja com problema de vedação o líquido da garrafa começará a evaporar ou vazar.
Verifique a própria rolha, rolhas protuberantes significam que o vinho provavelmente refermentou na garrafa.
E por fim verifique as safras, na falta de uma tabela de safras ou na dúvida, lembre-se que atualmente tintos mais simples e brancos sem carvalho são feitos para serem bebidos jovens, compre sempre a safra mais recente.
Assim você fará uma compra segura.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Mascarpone



Mascarpone é um queijo italiano originário da Lombardia, em particular de Lodi. Atualmente é produzido também em várias áreas da Itália.
A produção do Mascarpone segue métodos diferentes daqueles usados para produzir queijos, nenhum coalho é empegado não havendo o processo de coagulação.
Ao contrário dos outros queijos, o Mascarpone não é obtido a partir do leite, mas do creme de leite. O creme de leite é colocado em recipientes de aço inoxidável; depois é levado a uma temperatura de 90 -95 graus e acidificado pela adição de ácido cítrico (ou tartárico). O pH vai de 6,7-acidez também característica do leite - a cerca de 5,9-6,0; desta forma as proteínas agregam e o Mascarpone se separa do soro. Quando o processo de espessamento em caroços homogêneos e muito finos é corretamente ativado, o queijo obtido é homogenizado e enviado para as linhas de embalagem. O Mascarpone ainda quente e colocado em salas à frio, onde com arrefecimento progressivo adquire a sua característica consistência cremosa.
Devido a este método de processamento específico, ele seja excluído por muitos da categoria queijo, mas de acordo com a lei italiana, O Mascarpone deve ser considerado como tal.
Mascarpone tem aparência de um creme macio e firme, de cor amarela clara, com sabor doce.
Tem lugar de destaque na cozinha, onde é utilizado de muitas formas, principalmente na confecção de sobremesas, sendo o tiramisu a mais conhecida.
Partindo desta premissa, para acompanhar sobremesas feitas com Mascarpone opte por vinhos doces como por exemplo um Passito de Pantalleria.

Você sabia...
O Passito di Pantalleria é um vinho passificado doce produzido exclusivamente na ilha de Pantalleria, na província de Trapani.
É elaborado exclusivamente com uvas Zibibbo (também conhecida como Moscato de Alexandria).
Antes de tudo a colheita é feita com boa maturidade, então para enriquecer a uva de uma alta concentração de açúcar os cachos são postos para secar ao sol. Uma vez que as uvas estejam devidamente secas, a fermentação começa, e é lenta, em média de 12 a 24 meses.
Por lei, o Passito di Pantalleria não pode ser comercializado antes de primeiro de julho do ano seguinte à colheita da uva.
A colheita é manual, muito trabalhosa e cansativa pois os terraços são íngremes.
O rendimento é baixo, quatro quilos de uvas colhidas na vinha produzem menos de um litro de vinho.
Esses fatores justificam o alto preço da garrafa.
A produção do vinho Passito di Pantelleria na ilha data de quase dois mil anos, quando , em 200 aC, o general cartaginês Magone descreveu a produção do que era uma versão primitiva do Ouro amarelo de Pantelleria.
Características organolépticas
Cor: amarelo dourada, tendendo ao âmbar.
Sabor: doce, aromático, agradável.
Cheiro: perfumado, característico de Muscat

Leia também: Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Manchego


terça-feira, 20 de agosto de 2019

Vinho e cinema - Ratatouille



Se você assistiu a animação da Pixar, Ratatouille e é fã de enogastronomia, certamente notou a cena onde o temido crítico culinário, Anton Ego vai ao restaurante e pede para acompanhar seu jantar uma garrafa do Chateau Cheval Blanc de 47, uma vindima histórica, considerado um dos melhores tintos do século.
O Cheval Blanc 1947 tornou-se uma lenda do século 20 e hoje é um dos três mais raros Bordeaux, juntamente com Chateau Mouton Rothschild 1945 e Chateau Margaux 1900.
Cheval Blanc 1947 é frequentemente mencionado como um vinho de referência. Mas o próprio Castelo descreve a safra de 47 como um "feliz acidente da natureza".
1947 foi a segunda de três grandes safras pós-guerra em Bordeaux. Foi uma safra que favoreceu fortemente a margem direita, e o clima naquele verão foi decisivo, julho e agosto foram meses muito quentes e secos, e as condições se tornaram ainda mais quentes em setembro.
Uvas murchando nas vinhas, a ponto  de anteciparem em duas semanas a colheita.Todos achavam que a safra seria um desastre completo.
O alto teor de açúcar no mosto, combinado com altas temperaturas durante a colheita da uva, causou dificuldades na fermentação.
Naquela época, nem uma única vinícola de Bordeaux, tinha tanques de aço para a fermentação com controle térmico. É sabido, que durante a fermentação, é importante que a temperatura do mosto não suba acima de 28-30 graus, caso contrário, o vinho ficará desequilibrado.
Então, em  anos quentes, os proprietários das melhores vinícolas  resfriavam as cubas com meios improvisados. Por exemplo, blocos de gelo para regular a temperatura na adega.
Em noventa e nove casos de cem "com esta abordagem" o vinho teria sido terrível.
Mas no Chateal Cheval Blanc algo fora do comum aconteceu, de um ponto de vista técnico absolutamente imperfeito, supostamente o vinho provou ser brilhante.
Um vinho resultante com 3 g/l de açúcar residual e uma acidez volátil bastante elevada, estes dois elementos desempenharam o papel de suporte da estrutura e potenciador aromático.
Poucos degustadores até hoje puderam resistir à sua textura luxuosa e ao excitante buquê.
A analogia como Porto Vintage aparece em muitas notas de provas devido a sua concentração e doçura.

Chateau Cheval Blanc
St- Emilion, Bordeaux - França
Composição: 50% cabernet Franc , 50% merlot
Teor alcoólico 14,4 %
Números de garrafas produzidas 110.000

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Manchego



Queijo DOP produzido em Castilla La Mancha. A área abrangida pela DOP cobre partes das províncias de Albacete, Ciudade Real, Cuenca e Toledo que constituem a região de La Mancha.
O queijo Manchego aparece em algumas citações de documentos históricos e literários, assim, em El Quijote, Cervantes liga claramente o queijo com La Mancha.
O queijo Manchego é um queijo prensado elaborado exclusivamente a partir de leite de ovelha da raça manchega, com maturação mínima de 30 dias para queijos feitos com leite pasteurizado com peso igual ou inferior a 1,5 kg e de 60 dias para o resto dos formatos.
Com maturação máxima de 2 anos.
Portanto, de acordo com sua maturação, o queijo Manchego pode ser:
Semi-curado: 3 meses de maturação ou mais.
Curado:  6 meses de maturação ou mais.
Viejo :12 meses de maturação ou mais.
De forma cilíndrica, sua casca é dura e amarela. Os lados são impressos com marcas de entrançamento dos moldes. A cor da massa pode variar de branco a amarelo-marfim e pode ser pontilhada com pequenos olhos.
Seu aroma é lácteo com uma acidificação perceptível no mais jovem, que evolui para nozes, avelãs e nuances picantes nos mais envelhecidos.
O sabor ligeiramente ácido que o leite de ovelha manchega dá é presente em boca, sal ajustado, ás vezes algo doce nos envelhecidos.
A consistência não é muito elástica, com uma sensação amanteigada que pode ser granular em queijos de grande maturação.
Para distinguir um queijo manchego original DOP, verifique o rótulo do Conselho regulador, que deve conter
seu logotipo, numerado e serializado, outro indicativo é a placa de caseína que aparecerá na parte de trás do queijo, onde você pode ler : DOP Queso Manchego.
Quando o assunto é vinho, particularmente acho o Fino uma maravilhosa combinação, mas você pode optar também por um Cava.

Você sabia...
Jerez Fino
O Fino é um vinho branco seco, feito de uvas Palomino. Fino é envelhecido sob a camada de leveduras que compõem o véu da flor. O envelhecimento, em botas de carvalho americano, através do sistema tradicional de criaderas e soleras, é realizado em vinícolas que devem atender rigorosas condições microclimáticas de umidade e temperatura, para que a flor possa ser mantida durante todo o envelhecimento.

Leia também: Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Majorero

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Champagne- curiosidades



Como era o gosto do Champagne
Embora seja difícil de acreditar, no princípio, o Champagne era um vinho sem borbulhas,e no século XIX e início do século XX, era muito mais doce que agora; mais parecido com o que é hoje o semi-seco. Frequentemente lhe acrescentavam conhaque, o que devia torná-lo semelhante ao clássico coquetel de Champagne.

Como identificar um Champagne em uma degustação à cegas
O Champagne é identificado em uma degustação à cegas, pelo aroma de torradas, maças assadas e massa folhada, um refinado e elegante paladar com uma acidez vibrante. Sua versão verdadeira é inimitável.

Champagne Rosé
As duas maneiras de se obter o Champagne Rosé são por meio do método tradicional chamado saignée, ou pela mistura de vinhos tintos e brancos.
O método saignée, consiste em se obter um vinho rosé, permitindo um rápido contato entre o suco das uvas prensadas e suas cascas tintas.

Champagne Blanc de Blancs 
É elaborado com 100% de uvas brancas (Chardonnay)

Champagne Blanc de Noir
É elaborado exclusivamente com uvas tintas (Pinot Noir e Pinot Meunier). As uvas tintas são chamadas comumente de uvas pretas no comércio de vinhos - dai o nome Blanc de Noir, designação em francês para o vinho branco extraído de uvas pretas.

Coteaux Champenois
O Champagne sem bolhas é também produzido na região de Champagne com o nome de Coteaux Champenois.
Esse nome se aplica a todos os vinhos tintos, brancos e rosés dessa área. Esses vinhos são relativamente raros, com tendência a serem ácidos e leves.

Rolhas de Champagne
Por lei, a palavra Champagne deve ser escrita naquela parte da rolha que permanecerá no pecoço da garrafa.
As rolhas do Champagne têm aparência de cogumelos gigantes quando extraídas das garrafas, mas na realidade, elas têm a forma cilíndrica quando colocadas na garrafa, voltando à sua forma original quando colocadas na água.

Champagne Top
A maioria das casas que ocupam o topo da lista em Champagne é controlada pelos conglomerados de mercadorias de luxo Louis Vuitton Moët Hennessy, incluindo Moët & Chandon, Dom Pérignon, Krug, Ruinart, Mercier e Veuve Clicquot. Esses vinhos são consistentemente de boa qualidade , mas caros.

Não com uma pancada, mas sim com um sussurro
Antes de abrir e servir um Champagne, o primeiro passo importante, naturalmente, é gelá-lo. Como as garrafas de Champagne são feitas de um vidro mais espesso do que as garrafas de vinho comum, o tempo necessário para esfriá-las é bem maior. O modo mais rápido é mergulhar em um balde de gelo e água, entre 20 e 40 minutos.
Para abri-la:
1. Quebre o alumínio que envolve a rolha e remova-o, menos a grade de arame.
2. Apoie firmemente o polegar sobre a rolha para que a mesma não voe.
3. Com a outra mão, destorça o arame (em geral tem seis voltas) e afrouxe a grade. Na verdade não é preciso removê-la por inteiro.
4. Segurando a rolha com firmeza, comece a girá-la em uma direção, enquanto gira a garrafa na direção oposta.
Contrariando a opinião popular, uma rolha de Champagne não deve fazer um barulhento ploc! Você deve afrouxar a rolha de modo a que ela solte apenas um leve assovio.

Punt
Servir Champagne segurando a garrafa com os polegares inseridos no punt, a endentação existente no fundo da garrafa, por mais chique que isso possa parecer não é correto. Além de você correr o risco da garrafa escorregar de suas mãos, o punt não foi feito pra isso. Originalmente , foi uma forma de impedir que a emenda denteada e pontiaguda - a sobra de vidro restante depois que a garrafa foi soprada e moldada - arranhasse a superfície da mesa. Ao se empurrar a emenda para dentro da garrafa formava-se o punt e a mesa ficava a salvo. Quando foram introduzidas as garrafas de vinho feitas por molde, o punt permaneceu, pois dá estabilidade á garrafa quando em pé. No entanto, com as garrafas de Champagne esse punt tem um propósito bastante diferente. Durante a segunda fermentação, que efetivamente dá as borbulhas ao Champagne, forma-se considerável pressão no interior da frágil parede de vidro da garrafa. O punt protuberante para o interior da garrafa permitia uma distribuição mais equilibrada da pressão interna, impedindo explosões desastrosas, que constituíam um problema frequente e sério para os primeiro fabricantes de Champagne.








sábado, 10 de agosto de 2019

Vinho Oremos Mandolás Tokaji Dry 2011 harmonizado com Eisbein



Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Eisbein com batatas.
Um prato bem substancioso, tipicamente alemão. O Eisbein é o pedaço entre o joelho e o tornozelo do porco.
Usa-se o nome Eisbein para a preparação independente do processo de preparo, podendo ser curado, defumado ou levado ao forno.
A maneira que o Marcelo optou por fazer foi curando o joelho em salmoura antes de assá-lo.
As batatas como acompanhamento, segundo os alemães, servem para aliviar a sensação de estufamento.
Para harmonizar escolhi um Tokaji seco, elaborado com 100% Furmint .
Oremos Mandolás Furmint Dry ( Grupo Vega Sicilia).




Quando falamos em Tokaj logo vem em mente os vinhos doces Aszú. A diferença entre esse Tokaji e o Tokaji Aszú, é que ,o exemplar de hoje é um vinho seco elaborado com uvas que não foram afetadas pela Botrytis Cinerea (podridão nobre) sendo assim, o vinho expressa todo o seu caráter e reflete o terroir da região de Tokaj.
Escolhi este em especial pois a elevada acidez da Furmint combinada aos sabores frutados (maça, pêra) e cítricos,  juntamente a uma mineralidade quase salgada, fizeram um bom contraponto com a gordura do joelho.
Um vinho ultra seco, fresco, agradavelmente ácido e muito saboroso.
Que tal preparar essa iguaria para seu fim de semana?
Eu com sempre, contribuo com a receita.

Eisbein - Joelho de porco
Primeira parte da receita (cura do joelho na salmoura)
1 joelho de porco fresco
1 litro de água
3 colheres de sopa de sal
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de sopa de mel
3 sementes de zimbro
3 cravos
3 grãos de pimenta preta
1 folha de louro
1 cebola ralada
Modo de preparo:
Lave e limpe o joelho (reserve)
Em uma panela, junte os outros ingredientes (menos o joelho) e ferva por 2 minutos.
Resfrie em geladeira, depois de frio coloque o joelho.
Deixar descansar (tampado) na geladeira por 2 dias (eu coloquei em um recipiente plástico com tampa)

Segunda parte da receita
Ingredientes:
1 joelho de porco já curado
1 cebola picada
1 folha de louro
1 dente de alho amassado
300 gramas de batatas
Modo de preparo:
Lave o joelho curado (após ter passado os 2 dias) e coloque em uma panela.
Cubra com água fria e leve ao fogo até ferver.
Troque a água cobrindo totalmente o joelho.
Coloque a cebola, o louro e o alho.
Cozinhe até ficar macio (mas não muito) e acrescente batatas descascadas.
Cozinhe mais um pouco até que as batatas fiquem cozidas mas firmes.
Retire o joelho e as batatas, coloque em um pirex e leve ao forno.
Asse até dourar.

Você sabia...
Furmint
É uma variedade de uva branca, originária da região de Tokaj, na Hungria. A cultivar tornou-se a uva predominante na região, com mais de 70% de todas as plantações atuais. Furmint cresce vigorosamente, amadurece tarde e produz vinhos com acidez poderosa, mas refinada, Também é conhecida por captar a mineralidade característica do solo de Tokaj expressando todo seu terroir.
A Furmint tornou-se verdadeiramente dominante quando os vinhedos foram replantados após a devastadora praga da filoxera na década de 1880.
Hoje, é cultivada em mais de 10.000 acres, dos quais aproximadamente 90% são de vinhos Tokaj. Se espalhou de Tokaj para outras partes da Hungria, bem como alguns países vizinhos, onde é conhecida por sinônimos locais. Mosler (Áustria), Sipon (Eslovênia e norte da Croácia), Moslavac Bijeli (Croácia), Som in (Transilvaniana) e Zaptner (Alemanha).
Furmint continua ganhando popularidade com produtores e consumidores. cada vez mais grandes áreas de vinhas são plantadas com a casta, em Tokaj e além. Enquanto Furmint continua a ser um componente essencial da mistura nos doces Vinhos Aszú, os vinhos Brancos de referência mais prestigiados na Hungria hoje são geralmente varietais secos de Furmint.
Nos círculos internacionais, a Furmint é considerada comparável às maiores variedades do mundo porque "tem o peso e a estrututa da Chardonnay, o frutado da Chenin Blanc e a acidez e mineralidade da Pinot Grigio e Weisser Riesling)".

Fonte Furmint USA

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Dica de como identificar defeitos do vinho


Os defeitos que alguns vinhos possam ter em alguns casos são mais evidentes e, em outros, mais sutis.
Então como saber se seu vinho está defeituoso.
Infelizmente nem toda garrafa de vinho é perfeita. Existem dois defeitos principais que devemos procurar ao abrir uma garrafa.
Oxidação: o defeito mais fácil de identificar e também o mais frequente.
A oxidação é causada pelo excesso de oxigênio no vinho. Pode surgir de uma falha na vedação ou se o vinho for deixado tempo demais na garrafa.
Como consequência a coloração de um vinho oxidado muda, o vinho branco ganha uma cor dourada/cobre escuro, enquanto o tinto geralmente começa a ficar marrom.
Mas a forma mais óbvia de saber se o vinho está oxidado é pelo cheiro, ele perde todos os seus aromas característicos e você só sente um cheiro semelhante ao vinagre.
O outro defeito. é o Bouchonné (doença da rolha - TCA), um pouco mais difícil de detectar, pois não dá para saber se o vinho ficou Bouchonné só de olhar, o "mofo" da rolha não aparece na sua superfície, para detectá-lo você precisa cheirar.
Quando está muito óbvio um vinho Bouchonné terá um aroma inconfundível de papelão molhado e mofo.
Mas nem sempre um vinho Bouchonné é tão óbvio e mesmo para degustadores experientes é difícil dizer se ele está ou não contaminado, normalmente o  Bouchonné vai excluir do vinho suas características de fruta tornando-o insípido.
A contaminação por TCA é mais evidente em vinhos espumantes, porque o gás carbônico, que dá as bolhas ao vinho, também provoca a evaporação desse composto, tornando-o mais evidente ao olfato.
Existem outros defeitos menos comuns, Sulfito de hidrogênio aparece em vinhos que foram fermentados em ambiente com limitação de nitrogênio e exalam um cheiro de ovo podre; ácido acético e acetato etílico podem produzir cheiros de vinagre e acetona, enquanto o Brettanomyces  fazem seu vinho cheirar a gesso ou crina de cavalo.
Já sedimentos, borras e cristais no vinho não são considerados defeitos, estão ligados à estabilização,  à filtração e ao amadurecimento do vinho.
Bom, defeito é defeito nisso todos nós concordamos, porém alguns enólogos e enófilos consideram uma pequena oxidação, uma pequena redução ou mesmo uma pequena contaminação por Brett uma peculiaridade, caso sejam encontrados na medida certa.



quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Dicas para apreciar melhor o seu vinho


O BCA vem com dicas para você aproveitar melhor o seu vinho.
1. Se você abriu a garrafa e não sentiu nenhum aroma, provavelmente seu vinho está "fechado", verta-o com bastante vigor para dentro de um decanter, isso vai ajudar a "abrir" a bebida e liberar seus aromas.
2. Com muita frequência servimos vinho branco muito gelado e tinto sem resfriar o suficiente, sempre falo aqui no BCA , que prestar atenção na temperatura de serviço é muito importante.
3. Para vinhos velhos, acender uma vela sob o gargalo da garrafa de vinho antes de vertê-la dentro do decanter é uma maneira de visualizar a borra.
Se houver borra, é hora da decantação, o ideal é deixar a garrafa em pé horas antes de verter seu conteúdo lentamente no decanter, até que reste 1/5 da bebida.
4. Sirva os vinhos de safras bem antigas imediatamente após a decantação para que não percam seus frágeis aromas e sabores.
5.Ao servir o espumante lembre-se  que as borbulhas são seu destaque, use taças que as preserve por mais tempo. A mousse (espuma) é muito sensível a traços de detergente, ao lavar sua taça, enxague muito bem.
6. Quando o assunto é harmonização, é sempre bom ter em mente que:
Pratos salgados precisam de vinhos com acidez naturalmente alta.
Comida oleosa requer acidez ou tanino.
Pratos defumados se chocam com vinhos envelhecidos em carvalho.
Pratos picantes precisam de vinhos refrescantes.
Sabores ricos, densos harmonizam com vinhos desse mesmo tipo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Majorero


Queijo Majorero é um queijo espanhol elaborado exclusivamente na ilha de Fuerteventura (uma das ilhas do arquipélago da Canárias).
È um queijo prensado elaborado com leite cru de cabra da raça Majorera, com eventual adição, quando utilizado para amadurecer, de até 15% de leite de ovelha das ilhas Canárias.
Recebeu sua DOP em 1996, de forma cilíndrica, peso entre 1 a 6 quilos, de sabor um pouco ácido e um pouco picante. Tem textura cremosa, dependendo do grau de maturação do queijo.
Os queijos jovens  de 8 a 20 dias, os semi-curados 20 a 24 dias e os curados por mais de 45 dias.
A crosta dos queijos jovens é branca, dos semi-curados e curados geralmente é amarelada.
Às vezes os queijos semi-curados e curados são cobertos com gofio, óleo ou páprica para mantê-los por mais tempo.
Quando o assunto é vinho opte por um  Rías Baixas Albariño, feito com 100% Albariño.

Você sabia...
Existe uma teoria que os monges de Cluny levaram as uvas Albariño do Vale do Reno para o Mosteiro de Armenteira no século XII. Como a uva se aclimata perfeitamente em locais úmidos, o cultivo espalhou-se pela Galícia e pelo norte de Portugal.
Atualmente está hipótese é considerada uma mera lenda, pois é sabido que a Albariño é uma variedade nativa típica do sul da Galícia.
O maior reconhecimento da Albariño vem a partir dos anos 1980 quando é criada a DO Rías Baixas.
Em 1988, a DO Rías Baixas consistia em 3 sub-zonas na província de Pontevedra (Galícia): Val do Salnés,
Condado do Chá e Rosal. Em 1996 é incorporada Soutomaior, e finalmente, em 2000, uma quinta sub-zona é expandida , Ribeira do Ulla.
Mais de 99% de todo o vinho produzido em Rìas Baixas é branco. Diferenças em microclimas, terroir e variedades de uvas nas cinco sub-zonas, bem como diferentes técnicas de vinificação, proporcionam uma grande variedade de vinhos.
Os estilos vão desde o fresco e aromático em Val do Salnés, até um estilo mais suave de pêssego em Rosal, e um estilo mais frutado e terroso no Condado do Chá.
Porém, todos os vinhos compartilham uma série de características: Limão dourado pálido, são todos crocantes, elegantes e frescos. São secos e aromáticos, embalados com sabores de pêssego branco, damasco, melão, abacaxi, manga e madressilva. Eles compartilham boa acidez natural, têm tons minerais e são de corpo médio com álcool moderado (12%);
DO Rías Baixas permite 8 tipos de vinhos:
Rías Baixas
Rías Baixas Albariño - 100% Albariño, as uvas podem ser provenientes de qualquer sub-zona.
Rías Biaxas Salnés
Rías Baixas Condado
Rías Baixas Rosal
Rías Baixas Barrica - vinhos envelhecido em carvalho podem ser tintos ou brancos
Rías Baixas Tinto - menos de 1% de toda produção
Rías Baixas Espumoso - vinho espumante.
São 12 as variedades de uvas permitidas na DO Rías Baixas, porém a variedade Albariño representa 96% de todos os plantios. Outras são: Treixadura, Loureiro, Caiño Blanco, Torrontés e Godello, plantadas em menor escala em toda a região.

Leia também: Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Mahõn

Não confunda!
Albariño é uma variedade de uva branca nativa da Galícia (Espanha), encontrada também no norte de Portugal. Embora seja a uva principal com a qual se produz a maioria dos vinhos DO Rías Baixas, também é possível encontrar vinhos Albariños com DO Ribeiro, ou com DO Valdeorras, com DO Ribeira Sacra, com DO Monterrei, ou com DOC Vinho Verde.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Os diferentes estilos de vinho - Vinho de sobremesa e espumantes



Vinhos de sobremesa
Feitos a partir de uvas com altíssima concentração de açúcar que é alcançada de dois modos:
Amadurecimento prolongado (Colheita tardia): As uvas são deixadas na parreira depois de seu grau ideal de maturação.
Quanto mais prolongado mais açúcar, a ponto de ás vezes serem colhidas já no inverno, em lugares onde há neve, ai então, dessas uvas que congelam, se faz o vinho do gelo (Ice Wine).
Botrytis cinerea:  fungo benéfico que ataca certos tipos de uvas quando há umidade. A uva murcha e "apodrece", concentrando o sabor e os açúcares.
Portanto, os Ice Wines, assim como os Botritizados, fazem parte do mesmo método "Colheita tardia"
Passificação: Uvas colhidas com a maturação ideal mas que depois são deixadas para secar em esteiras dentro de galpões cobertos e arejados.
Todos os vinhos de sobremesa, em sua melhor forma, são ricos, com acidez subjacente à doçura, e um final limpo, fresco e persistente.
Se for botritizado são complexos com aromas intensos como damasco seco, mel, abacaxi, marmelada e especiarias.
Seguindo o mesmo serviço dos fortificados, sirva os vinhos de sobremesa gelados, realça a acidez que é o segredo do seu frescor, assim ele não vai ficar enjoativo.
E lembre-se de não limita-los à hora da sobremesa. Eles são ótimos com queijos azuis, com Foie Gras no caso dos Sauternes (uma harmonização clássica) e porque não tentar uma harmonização diferente com pratos picantes ou uma elaborada por você.

Espumantes:
São feitos geralmente a partir da segunda fermentação de um vinho. A esse vinho base que deve ter graduação alcoólica baixa e alta acidez, adicionam-se açúcar e mais leveduras, gerando mais álcool e bolhas de gás carbônico dentro de uma garrafa arrolhada (método Champenoise ou tradicional) ou de um tanque pressurizado a autoclave (método Charmat).
O termo "Champagne" é reservado aos vinhos espumantes feitos em uma determinada região do norte da França .
Em outras partes do mundo e outras regiões da França os espumantes recebem nomes como:
Crémant (França fora da região de Champagne)
Cava (Espanha)
Asti (Itália)
Prosecco (Itália)
Franciacorta (Itália)
Sekt (Alemanha)
Cap Classique  (Africa do Sul)
A Austrália, a Nova Zelândia, Califórnia e principalmente o Brasil estão produzindo ótimos espumantes.
A variedade de uva mais importante na elaboração do Espumante é a Chardonnay,  mas esses vinhos costumam ser feitos de cortes. O corte do Champagne clássico tem Pinot Noir e Pinot Meunier e Chardonnay. Já a Cava usa uvas locais como Macabeo, Xarel-lo e Parellada, porém são também autorizadas a Garnacha, Monastrell e cada vez mais a Chardonnay.
As variedades de uvas locais também costumam ser usadas na Itália e na Alemanha, enquanto no Novo Mundo predominam a Chardonnay e a Pinot Noir.
Classificação:
Extra-brut
Brut
Seco ou sec
Meio-doce ou demi-sec
Doce



segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Os diferentes estilos de vinho - Rosés e Vinhos Fortificados



Rosés
Alegres, frescos e frutados.
Antes com má fama, pois nas últimas décadas eram produzidos em grande escala, hoje o Rosé vem encontrando novamente mercado, com aumento da demanda melhorou consideravelmente a qualidade.
São feitos em sua maioria com uvas tintas, como Grenache, Syrah, Pinot Noir, Nebbiolo e até mesmo com Cabernet Sauvignon; que são espremidas e têm as cascas removidas antes que elas transmitam ao suco todos os pigmentos e taninos.
Quanto mais tempo as cascas ficarem no suco, mais escura será a cor do vinho.
A cor varia de salmão claro ao vermelho vivo translúcido.
Não são maturados em carvalho, por isso são sempre refrescantes, frutados com um sabor bem definido de frutas vermelhas maduras (morango e framboesa), com aromas picantes e sutis.
Nem todos os Rosés são leves no corpo, em geral devem ser tomados ainda jovens.
Exempllos: Se você gosta de estilos mais leves, procure os Rosés do Vale do Loire (França) como os de Sancerre ou D'Anjou.
Se gosta de Rosés mais encorpados, procure os Garnachas de Navarra (Espanha), os feitos com Cabernet Sauvignon do Chile, ou os de Grenache da Austrália (Barossa Valley).
Não esqueça de servir o Rosé bem resfriado e se for harmonizá-lo com comida mantenha-o resfriado durante a refeição, são ótimos com massas, saladas e pizzas.

Vinhos Fortificados
Intensos, aromáticos e sedosos.
Tintos ou brancos  têm a fermentação interrompida pela adição de aguardente que eleva o teor alcoólico e, em boa parte dos casos, preserva parte do açúcar da uva.
Possuem alta viscosidade , com pernas extremamente longas na taça.
Exemplos: vinho do Porto (Douro - Portugal) é o exemplo mais conhecido, possuem vários estilos:  o Ruby é o estilo mais básico, frutado sem safra para tomar no dia-a-dia.
Os Tawny são suaves, complexos, com sabores de nozes, que passam por um longo envelhecimento em barrica, procure pela indicação de idade contida no rótulo, 10, 20, 30, 40 anos.
O LBV é o vinho produzido a partir de uma só colheita, envelhecido em barrica por quatro a seis anos antes de ser engarrafado.
O Vintage produzido de uma única colheita, porém esta colheita tem que ser excepcionalmente boa, passa dois anos envelhecendo em barrica, é engarrafado e deve amadurecer por pelo menos quinze anos, antes de ser tomado.
O Colheita também produzidos de uma única safra são envelhecidos nas barricas por no mínimo sete anos, alguns envelhecem até trinta anos.
Madeira (Portugal) são vinhos que após a fermentação passam pelo menos três meses expostos  ao calor, este processo, chamado de estufagem, carameliza os açúcares e oxida o vinho, permitindo que envelheçam até 200 anos! Apresentam aromas de nozes, chocolate e damascos e um delicioso caráter "queimado".
Há quatro tipos de vinho madeira, do muito seco ao mais doce: Sercial, Verdelho, Boal e malvasia
Setúbal (Portugal) produzido com a variedade Moscatel, depois de fortificado (aguardente vinífera) é deixado em contato com as cascas por vários meses, antes de ser envelhecido em barricas por por 5 a 25 ou mesmo 50 anos.
Jerez (Andaluzia- Espanha) Quando termina a fermentação o vinho é fortificado (aguardente de uva) para elevar seu nível de álcool  para 15,5% para um Jerez Fino (permitindo que a flor (levedura) floresça durante a maturação, protegendo-o da oxidação), ou para 18% para um Jerez Oloroso (evitando que a flor se forme durante a maturação). A maturação se faz pelo sistema de soleira.
Existem vários estilos de Jerez dentro da categoria Fino e Oloroso.
Málaga (Andaluzia - Espanha) vinho fortificado (aguardente vinífera) feito com a variedade Pedro Ximénez ou Moscatel, que o tornam muito doce. A fruta colhida é seca ao sol antes de ser pressionada.
VDN (Vinho Doce Natural)  apesar do nome são vinhos fortificados (com álcool neutro) são eles: Muscat De Beaumes-De-Venise ( Rhône-França); Rivesaltes (Sul da França); Banylus (Collioure- França); Maury (Roussillon-França); Rasteau (Rhone-França).
Sirva os fortificados gelados, realça a acidez que é o segredo do seu frescor, assim ele não vai ficar enjoativo.


 

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Os diferentes estilos de vinho - Tintos



Tintos leves, vibrantes e frutados
Muitas das uvas que entram na elaboração desses vinhos  têm bagos grandes e cascas finas, dando o máximo de suco e o mínimo de tanino.
São vinhos maravilhosamente perfumados com um final sedoso, suave, fáceis de beber, com baixo teor de taninos, que não passam por madeira e devem ser bebidos jovens, enquanto são frescos. A exceção para essa regra é o bom Pinot Noir, que pode ser guardado por até trinta anos.
Em geral, todos os tintos leves, vibrantes e frutados (independentemente da casta) têm uma cor vermelho-rubi, os melhores apresentam um tom de vermelho mais escuro e um rico aroma.
Seus aromas são bastante intenso, dominados pelo frescor da fruta vermelha. Também pode haver notas de bananas e especiarias.
Exemplos: A uva Pinot Noir, produzindo vinhos complexos, vibrantes, frutados. Outras castas são Gamay (Beaujolais da Borgonha), Lambrusco, Barbera e Dolcetto ( Itália); a Grenache (Espanha e Austrália), Bonarda (Argentina).
Ficam melhores quando servidos ligeiramente resfriados.
São ótimos sozinhos, ou acompanhados de carnes leves, saladas, embutidos.

Tintos de corpo médio a alto
Nesta categoria se encontra boa parte dos vinhos tintos do mundo. No passado, muitos dos vinhos descritos aqui seriam considerados encorpados, mas o surgimento dos vinhos intensamente ricos e carregados do Novo Mundo, mudou a percepção geral, e muitos agora são considerados tintos "médios".
São vinhos carnudos, mas não ásperos, com uma dose razoável de taninos, redondos na textura, com aromas complexos e cheios de sabores, costumam ser envelhecidos em barril.
A cor vai de vermelho escuro a cereja escuro, embora a borda possa ser mais clara.
Ao envelhecer normalmente adquirem uma cor mais clara. Seus aromas variam de acordo com o país e a uva, mas em geral são intensos, com frutas escuras, ervas secas, especiarias doces e couro.
Exemplos: Bordeaux (França), Douro (Portugal), Malbec (Argentina), Barbaresco (itália), Tempranillo (Espanha).
Eles são bem gastronômicos e combinam muito bem com praticamente todos os tipos de comida.

Tintos encorpados
As uvas que entram na elaboração desses vinhos são de bagos pequenos e cascas grossas, embora essas uvas produzam menos suco, são ricas na cor e nos taninos, o que dá ao vinho estrutura e longevidade.
Os vinhos feitos com uvas cultivadas nos climas mais quente (Novo Mundo) tendem a ser mais frutados. Muitos vinhos do Novo Mundo são envelhecidos em barris de carvalho novo, dando-lhes sabores amanteigados, baunilha, os produtores podem liberá-los para o mercado em cinco anos, pois o vinho fica pronto para ser bebido mais depressa.
No Velho Mundo, especialmente nos vinhos de Bordeaux e do Rhône, na França, e os do Piemonte na Itália, possuem muito taninos que precisam amaciar com muito envelhecimento em madeira e garrafa e os sabores secos, complexos, profundos, normalmente levam anos para atingir o ápice. À medida que o vinho envelhece, os taninos suavizam, tornando-se mais integrados ao corpo do vinho, que atinge um equilíbrio de taninos maduros, acidez e fruta.
A cor deve ser cereja preta, profunda, com nuances de púrpura na juventude e de tijolo vermelho com a idade.
Os aromas devem ser intensos, alcaçuz, figos, ameixas, café, chocolate, tabaco, especiarias, couro e notas de baunilha.
Exemplos: Syrah (Rhône e Austrália), Cabernet Sauvignon ( Chile, África do Sul, Austrália e EUA e dominando os cortes dos grandes vinhos bordaleses do Médoc). Nebbiolo (Itália), Brunello (Itália), Zinfadel (Califórnia), Tannat (Uruguai) e Toro (Espanha).
Cuidado com a temperatura de serviço , eles parecerão alcoólicos se estiverem muito quentes, e tânicos demais se estiverem muito frios. Decante o vinho por um período mínimo de 30 minutos a duas horas antes de beber.
Acompanha, muito bem carnes de caça, carnes assadas e são perfeitos para harmonizar com pratos de inverno.




quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Os diferentes estilos de vinho - Brancos



Temos como costume agrupar os vinhos apenas pela variedade da uva, mas conforme vamos degustando constatamos que, por exemplo, um Chardonnay pode ter diferentes estilos (sabor, textura, corpo).
Não é porque você degustou uma determinada variedade e não gostou, que vai aboli-la da sua lista.
Este post vai ajudar a entender que uma variedade de uva pode produzir diferentes estilos de vinho, dependendo de onde as uvas foram cultivadas e de como o vinho foi elaborado.
Identificando o estilo de vinho que mais aprecia, você verá que o mundo do vinho se abrirá num leque de opções, cada qual com suas características e seu momento certo para apreciação.
Comecemos pelos Brancos:
Brancos secos leves e refrescantes
O segredo de um vinho branco leve e refrescante está na sua acidez, que precisa ter presença suficiente para deixar o vinho refrescante.
São frescos e picantes, secos e revigorantes, delicadamente perfumados, têm aromas de maças, frutas cítricas, ervas e minerais.
Claros, com tons que variam do limão ao dourado leve; se forem de uma safra nova, podem ser esverdeados.
A medida de qualidade de um branco leve e refrescante está em seu final, que deve ser puro              
Para experimentar:  Vinho Verde (Portugal), Muscadet (França - Vale do Loire), Albariño (Rías Baixas - Espanha), Aligoté (França - Borgonha), Pinot Grigio (Itália), Frascati (Itália), Chenin Blanc (Àfrica do Sul), Chablis (França) .
Ótimos para beber puros, no calor, ou harmonizados com frutos do mar de sabor suave, como ostras cruas ou lulas grelhadas.
Sirva-os sempre resfriados.
Brancos suculentos e aromáticos
O segredo desses vinhos é sua exuberância , fruta vibrante combinada com delicada acidez e uma maravilhosa persistência.
Apresentam fortes aromas de frutos ou de flores, o que os torna mais complexos e menos fáceis de beber em grandes volumes. Podem exalar maracujá (como a Sauvignon Blanc do Chile), lichia e rosas (como a Gewurztraminer) ou pêssego (Viognier).
Quanto à cor, vão do limão ao ouro claro, dependendo principalmente da técnica de vinificação e das variedades utilizadas.
Para experimentar: Sauvignon Blanc (França - Loire) e depois os Sauvignon Blancs da Austrália, África do Sul e Nova Zelândia, especialmente os da região de Marlborough; Riesling da Alsácia, Alemanha, Austrália e Nova Zelândia; Gruner Veltliner (Áustria).
Frutos do mar ficam perfeitos com todos esses vinhos. os mais secos, como os Sauvignon Blancs da França ou da Nova Zelândia, são ótimos com peixes, os mais ricos como os Rieslings da Austrália ou Alsácia, harmonizam muito bem com a comida asiática.
Sirva-os sempre resfriados.
Brancos encorpados
Com estrutura firme, que quase podem ser "comidos".
Na maioria das vezes, trata-se de um branco que foi fermentado ou envelhecido em barril de carvalho.
Ele adquire aromas e sabores provenientes da madeira e da tosta da barrica: coco, baunilha, mel. desenvolve também notas de frutas tropicais como abacaxi e manga.
Quanto à cor vão do ouro claro ao amarelo-palha.
Os bons exemplares apresentam um final fresco, limpo e, uma vez ingeridos, não deixam você com a boca amanteigada.
 Para experimentar: Chardonnay (Califórnia, Chile e Austrália), Sémillon (Austrália), Rioja branco (Espanha), Rhône branco (França).
Ótimos para acompanhar comidas como peixes , lagosta, carnes leves como frango, ou simplesmente tomados sozinhos.
Sirva-os não muito frio, entre 10 e 12 graus.