segunda-feira, 31 de julho de 2017

Vinhos espumantes e regiões produtoras

Mais uma sequencia de posts se inicia, durante algumas semanas falaremos sobre Espumantes, elaboração e regiões produtoras.
Pode parecer que já conhecemos tudo sobre eles, mas existe uma abundância de informações fascinantes.
O vinho espumante é obtido transformando um vinho base de pouca graduação alcoólica, açúcar e leveduras em álcool e gás carbônico (processo conhecido como fermentação secundária). No método Tradicional caso do Champagne e dos demais vinhos espumantes de grande qualidade, este processo ocorre na garrafa, fazendo com que o dióxido de carbono criado durante o processo fique retido nas borbulhas. No método Charmat, esta segunda fermentação é realizada em tonéis de aço inoxidável, numa combinação de garrafas e tanques. Na carbonatação, não existe fermentação secundária. O gás é injetado no vinho com um cilindro, resultando em bolhas maiores, de vida mais curta e vinho de qualidade duvidosa.
Um bom vinho espumante apresenta um fenômeno conhecido como cheminée, uma chaminé de bolhas, subindo do fundo da taça até o centro da superfície do líquido, as bolhas então se movimentam para formar um círculo em torno do interior do copo.
Os métodos para preparar vinhos espumantes são sempre semelhantes, porém produzem vinhos bem distintos, por vários motivos:
Clima: a uva cultivada em clima quente, costuma dar vinhos de um sabor mais marcante (Austrália, Penédes), mas que não são tão perduráveis como aqueles produzidos com uvas de regiões frias, como Champagne.
Terreno: Em poucos lugares do mundo ocorrem os característicos terrenos de greda que existem na região de Champagne, algo que contribui enormemente para a delicadeza do vinho.
Variedade e qualidade das uvas: As uvas clássicas para o Champagne são a Chardonnay que lhe dá elegância e frescor; a Pinot Noir, que lhe dá corpo e profundidade; e a Pinot Meunier, que lhe dá sabor frutado e equilíbrio. Um vinho espumante terá um sabor diferente conforme a uva que predomine nele, ou conforme se utilizem outras uvas, como a Macabeu, a Xarel-lo, a Parellada, a Chenin Blanc, a Pinot Blanc ou a Riesling. Com a uva Muscat, por exemplo, utilizada para produzir o Asti, é obtido um vinho exoticamente frutado, muito diferente do Champagne.
O Shiraz espumante é também um vinho muito diferente dos outros espumantes. Mas mesmo quando são utilizadas as uvas clássicas, não será obtido um vinho excepcional, a não ser que sejam cultivadas
especialmente para produzir vinho espumante; se forem deixadas amadurecer excessivamente, o resultado será um vinho com grau de álcool excessivo nada refrescante.
A quantidade final de borbulhas: ou seja a quantidade de gás carbônico que foi dissolvida no vinho
A quantidade de açúcar acrescentada: Exceto em alguns poucos vinhos espumantes Brut Nature, à maior parte dos vinhos acrescenta-se um pouco de açúcar para que seu gosto não fique excessivamente agressivo devido à acidez. A quantidade de açúcar oscila entre a do Brut, de sabor quase seco, e a do semi-doce, doce, semi-seco.
O tempo de maturação sobre sedimento: Alguns vinhos, como o Moscato d'Asti, devem ser bebidos quando são jovens e frescos. Outros, como o Champagne envelhecido, necessitam de vários anos para desenvolver seu delicioso sabor.





sexta-feira, 28 de julho de 2017

Principais vinhos da Espanha





No decorrer das semanas falaremos das regiões e principais vinhos da Espanha.
Depois que a Guerra Civil (1936-39) quase aniquilou a indústria do vinho no país, a Espanha começou a se recuperar a partir dos anos 1950, com o desenvolvimento da produção de Cava, e depois com a entrada do país na União Europeia; a modernização chegou tanto às regiões tradicionais como Rioja quanto às menos conhecidas como Valência, Navarra e La Mancha.
Apesar de toda a modernização que o país experimentou, os produtores espanhóis continuam respeitando a sabedoria dos velhos tempos. Um dos maiores sabores da tradição dos vinhos espanhóis é o sabor conferido pelo longo amadurecimento em carvalho (no passado tintos e brancos amadureciam em barris por até 25 anos). Hoje os vinhos espanhóis não são mais mantidos em barril  por mais de duas décadas, embora muitos ainda continuam amadurecendo por longos períodos.
O gosto moderno mudou, e mesmo na Espanha onde muda lentamente, existe uma nova apreciação por vinhos mais jovens, frescos e frutados.
Hoje é possível comprar por preço justo, vinhos espanhóis dos mais variados estilos, dos brancos frescos da Galícia aos tintos densos do Toro.
O país é o terceiro produtor de vinhos do mundo, totalizando 36 milhões e 158 mil hectolitros por ano.
Suas uvas autóctones têm dado origem a vinhos muito peculiares e ainda pouco conhecidos, mesmo dentro do país.
As Denominações de Origem (DO) somam atualmente 67. Além disso Rioja e Priorat são as únicas Denominación de Origen Calificada (DOC).
Se no rótulo de um vinho espanhol conter:
Jovem: indica vinho vendido um ano após a colheita, tendo visto pouco ou nenhum carvalho.
Crianza: indica que o vinho tinto envelheceu pelo menos dois anos antes do lançamento (destes, pelo menos seis meses em barrica). Nos brancos e rosados, o tempo total cai para 18 meses.
Reseva: indica que o vinho tinto envelheceu pelo menos três anos antes de ser lançado (destes, pelo menos um ano em barrica)
Gran Reserva: indica que o vinho tinto envelheceu cinco anos ou mais antes do lançamento (destes, pelo menos 18 meses em barrica). Para brancos e rosados, são quatro anos no total e seis  meses no barril.
Semana que vem te espero!

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Produtores de Vinhos de Portugal - Parte 16





Quinta de Foz de Arouce


A Quinta de Foz do Arouce situa-se no Conselho da Lousã na região das Beiras.
A produção vitivinícola na quinta mistura-se com a própria história e demarcação da propriedade, sendo hoje, tal como adega, a única que se conhece na região.
Nos anos 70, João Filipe Osório de Meneses Pitta, ao herdar esta propriedade, descobre o potencial das vinhas, que tendo mais de 40 anos produziam vinhos de indiscutível qualidade.
Na década de 80 João Portugal Ramos entra para a família pelo casamento com sua filha Teresa, passando a consultor e Enólogo da casa.
Introduz maior rigor na condução e tratamento vitícola e maior controle na vinificação. Inicia a fermentação de brancos em barricas e estágio também em barricas, dos vinhos tintos.
Em 1987 engarrafa e comercializa o primeiro Quinta de Foz de Arouce.
Em 2014 a Quinta foi nomeada Adega do ano pela revista Wine & Spirits.
Os vinhos da Quinta de Foz do Arouce são incomparáveis e únicos, vinhos fidalgos e elegantes, vinhos de celebração para momentos especiais.
Portfolio:
Quinta Foz de Arouce Branco - Casta Cerceal
Quinta Foz de Arouce Tinto - Casta Baga e Touriga Nacional
Vinhas Velhas de Santa Mmaria - Casta Baga




Leia também: Produtores de vinhos de Portugal - Parte 15



terça-feira, 25 de julho de 2017

Airén






Variedade branca, é a uva mais amplamente plantada na Espanha; cresce principalmente nas planícies centrais de La Mancha, imortalizadas por Dom Quixote. É usada em misturas e sozinha, quando dá origem a vinhos simples, rústicos e de alto teor alcoólico.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Termos gregos que você talvez não conheça

Amphora: recipiente de cerâmica usado pelos antigos gregos e romanos para armazenar e transportar vinho. Uma ânfora era de forma oval, com duas grandes alças no topo para o transporte e um fundo pontudo, para que o vasilhame  pudesse ser enterrado em terreno macio onde permaneceria de pé. As ânforas variam de tamanho, desde uma lata de leite até uma geladeira.


Archondiko: palavra que aparece nos rótulos dos vinhos, Topikos Oenos; pode ser aproximadamente traduzida como Château.


Epitrapezios Oenos (E.O.): categoria mais simples dos vinhos gregos, equivalente a vinho de mesa ou vin de table, na França.


Kater: tigela rasa, de bronze ou cerâmica, usada para guardar vinho na Antiguidade, para ser servido, o vinho era despejado de uma ânfora em um kater.


Ktima: propriedade; pode aparecer nos rótulos dos vinhos Topikos Oenos.


Kylix: taça rasa com duas alças, muitas vezes com bela decoração, de onde se bebia vinho na antiguidade.


Monastiri: mosteiro; várias vinícolas gregas estão localizadas em antigos mosteiros e vários mosteiros gregos ainda produzem vinho. A palavra monastiri às vezes aparece nos rótulos dos vinhos Topikos Oenos.


Stefáni: modo de prender as videiras, muito comum nas ilhas Gregas, varridas pelo vento. As videiras são presas em círculos, bem perto do chão (stefáni significa coroa), para que as uvas se desenvolvam no centro, protegidas do vento.


Topykos Oenos (T.O.): uma das categorias mais simples de vinhos gregos, equivale ao vin de pays na França.


Leia também: Termos húngaros que você talvez não conheça

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Principais vinhos da Itália - Sardenha





A Sardenha foi governada por sucessivos povos mediterrâneos, sofrendo maior influência dos espanhóis, como consequência, várias uvas ali plantadas são de origem espanhola, inclusive a Cannonau (aparentada da Garnacha da Espanha), a Carignano (Cariñena, ou Carignan) e a antiga variedade Giró.
Plantada em toda a ilha, a variedade Cannonau é a uva tinta mais importante da Sardenha, produz um vinho seco e básico.
A Giró, plantada em Cagliari (maior cidade da Sardenha) produz um vinho interessante, parecido com o Vinho do Porto, embora em pequena quantidade.
A Carignano plantada na extremidade sul da ilha (Sulcis) produz um vinho tinto vinoso e honesto.
Dos Brancos dois se destacam:
Vernaccia di Oristano é um vinho extremamente seco, amargo elaborado de um modo que permite sua oxidação parcial para assim adquirir sabor semelhante ao Jerez.
A uva Vernaccia da Sardenha não é a mesma Vernaccia da Toscana, ou Vernaccia di Sangimignano.
O outro vinho branco que merece destaque é o Vermentino di Gallura, forte e seco, produzido no extremo norte da ilha, perto da ilha vizinha de Córsega, onde a Vermentino também é a principal variedade de uva branca.




Leia também: Principais vinhos da Itália - Sicília


Fonte: A Bíblia do Vinho

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Produtores de vinho de Portugal parte 15


Domingos Alves de Souza
A produção de vinhos é um tradição familiar para Domingos Alves de Souza, seu pai e seu avó eram vitivinicultores do Douro. Domingos Alves de Souza depois de uma vida ligada a outras atividades profissionais, em 1987 decidiu se dedicar em exclusivo à exploração das quintas que lhe couberam em herança e outras que posteriormente adquiriu.
Tal como muitos outros viticultores durienses, afetados pela recessão do fim dos anos 80 em que a Região Demarcada se debatia, voltou-se para a valorização das "sobras" do Vinho do Porto, ou seja, o vinho de pasto do Douro, até então tradicionalmente subalternizado em relação ao vinho generoso.
Frequentou cursos de viticultura e enologia e lançou mãos a obra na restruturação de suas vinhas e, decidido a trilhar o seu próprio caminho de produtor-engarrafador, construiu na sua Quinta Da Gaivosa a adega onde daí em diante vinificaria a produção das restantes quintas.
Efetuadas algumas experiências com diversas castas, selecionou as que se revelaram mais aptas a produzir os melhores vinhos da Denominação de Origem Douro, e com elas produziu e lançou no meracado, em meados de 1992, o Quinta Vale da Raposa Branco 1991.
Hoje os vinhos de Domingos Alves de Souza possuem notoriedade nacional e internacional, ao ponto de um dos maiores sommeliers do mundo, o francês Olivier Poussier, chegar a escrever na Revue de Vin de France que o Quinta Da Gaivosa Tinto está para o Douro como o Cheval Blanc está para Bordeaux.

Portifolio
Abandonado
Alves de Souza Berço
Alves de Souza Pessoal Branco
Alves de Souza Reserva Pessoal
Branco Da Gaivosa
Branco Da Gaivosa Grande Reserva
Caldas Branco
Gaivosa Primeiros Anos
Quinta Da Gaivosa
Memórias Tinto
Quinta Da Gaivosa Vinha Lordelo
Tapadinha Grande Reserva
Tapadinha Reserva
Caldas Resera Touriga Nacional
Caldas Rosé
Caldas Tinto
Cume do Pereira Branco
Cume do Pereira Tinto
D'Oliva Branco
D'Oliva Grande Reserva Tinto
D'Oliva Reserva Tinto
Estação Branco
Estação Tinto
Tapadinha TTT
Vale da Raposa Branco
Vale da Raposa Grande Escolha
Vale da Raposa Reserva
Vale da Raposa Rosé
Vale da Rapousa Sousão
Vale da Raposa
Vale da Raposa Toriga Nacional
Alves de Souza Porto Vintage
Caldas Porto Ruby Special Reserve
Caldas Porto Tawny Special Reserve
Calda Porto White
Quinta Da Gaivosa Porto Vintage
Quinta Da Gaivosa Porto LBV
Quinta Da Gaivosa Porto White 10 Anos
Quinta Da Gaivosa Porto 20 Anos Tawny
Quinta Da Gaivosa Porto 10 Anos Tawny



terça-feira, 18 de julho de 2017

Blauer Portugieser



Blauer Portugiese
Videira prolífica que nada tem a ver com Portugal, amplamente plantada na Áustria e em outros locais do leste da Europa, Também serve para preparar muitos vinhos tintos da Alemanha.
Os vinhos elaborados com Baluer Portugieser sejam eles tintos ou rosés, quase sempre são vinhos para serem bebidos jovens, são leves, frescos e com baixa acidez.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Termos húngaros que você talvez não conheça



Aszú: literalmente, termo que designa uvas enrugadas, que foram atacadas pelo bolor benéfico Botrytis Cinerea. No entanto, é comum encontrar a palavra aszú como parte do nome do mais famoso vinho da Hungria: Tokay Aszú. Saboroso e com gosto de mel, o Tokay Aszú é para a Hungria o mesmo que o Sauternes é para a França - um vinho doce famoso, de preparo difícil e caro.

Edes: literalmente doce; termo em geral aplicado ao Szamorodni tipo de vinho feito em Tokay, de vinhedos onde as uvas não tinham sido suficientemente infectadas pelo Botrytis Cinera para a produzir o Tokay Aszú. O Szamorodni pode ser ligeiramente doce ou seco (Szàraz)

Gonci: tradicionais barris que armazenam 140 litros de vinho, usados para preparar o Tokay (recebem esse nome a partir da aldeia de Gonc, conhecida pelos seus produtores de barris)

Primae Classic: literalmente, primeira classe. Designação latina usada pelos húngaros desde 1700 para indicar um vinhedo Tokay de primeira classe. Por extensão, os vinhos Tokay Aszú produzidos a partir de uvas plantadas em tal vinhedo são considerados melhores.

Pro Mensa Caesaris Primus: por volta de 1700, dois vinhedos de Tokay receberam essa designação, que significa terem sido escolhidos pela mesa real. Esses dois vinhedos, Csarfas e Mézes Mály, são classificados acima dos designados como Primae Classis.

Puttony: cesta tradicional onde as uvas Aszú são recolhidas. A palavra deu origem a puttonyos, maneira pela qual se mede a doçura do Tokay Aszú. Os vinhos de Tokay Aszú são rotulados entre 2 a 6 puttonyos, quanto maior o número de puttonyos, mais doce os vinhos.

Secundo Classis: segunda classe, em latim; expressão na Hungria desde cerca de 1700 para designar vinhedos Tokay considerados o segundo melhor. Um vinho Tokay Aszú de qualidade inferior,em comparação com os vinhos produzidos de uvas plantadas nos vinhedos Primae Classis, mais ainda assim bem superior à maioria dos outros vinhedos.

Száraz: seco. Em geral esse termo é aplicado ao Szamorodni.

Leia também: Termos alemães que você talvez não conheça

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Principais vinhos da Italia Sicília

Sicília

Durante boa parte do século XX a Sicília ainda mantinha a mentalidade que a quantidade importava mais do que a qualidade. Hoje o cenário é diferente, se produz bons vinhos na Sicília.
Seu mais famoso vinho é o Marsala, vinho doce e fortificado, feito com uvas Grillo e Catarrato Bianco. Quando se fala em Marsala logo se associa ao vinho relegado mais à cozinha do que às adegas, mas desde 1980 tem-se visto uma pequena  reviravolta neste quadro, com uma crescente produção, embora ainda em pequenas quantidades, de Marsala de alta qualidade. 
O Marsala vai do seco ao doce e aparece em três cores (ouro, ambar e rubi) é fortificado entre 17% ou 18% álcool, para cada categoria existe um tempo de amadurecimento. O Marsala fine é amadurecido por um ano, o superiore, por dois anos; o superiore riserva, quatro anos; o vergine, cinco anos; e o mais velho de todos, o vergine stravecchio, 10 anos.
Outros dois vinhos de sobremesa são produzidos na Sicília.
O Moscato di Pantelleria feito com a variedade Zibibbo (também conhecida como Muscat d' Alexandria), que são espalhadas em tapetes para secarem ao sol e concentrarem seus açúcares antes da fermentação.
E o Malvasia delle Lipari, outro fantástico vinhos de sobremesa feito com a variedade Malvasia.
A Sicília também produz bons vinhos tintos, os feitos com a uva Nero D'Avola (também conhecida como Calabrese) é o produto mais popular da Ilha, costumam ser frutados, concentrados, baratos e de boa qualidade.

Leia também  Principais vinhos da  Italia Campânia, Apúlia, Basilicata e Calábria 

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Beber, Comer e Amar na Wine Weekend


No último dia 08, o Beber, Comer e Amar esteve presente na Wine Weekend Sp, realizada no Prédio Da Bienal - Parque do Ibirapuera.
O evento estava lotado, como tem acontecido em todas as edições que participamos. Logo na entrada você recebe uma taça para degustar os vinhos da feira, que para mim foi um dos pontos negativos do evento, pois a taça além de ser de vidro grosso, era anatomicamente desajeitada, outro ponto fraco foi a falta de cuspideiras nos stands, coisa que me incomodou bastante.


Tirando isso, o evento estava muito bem organizado e diversificado referindo-se aos expositores e o vinhos apresentados.
Com mais de sessenta expositores entre produtores nacionais e internacionais, degustação e venda de produtos no local, o evento contou com palestras ministradas pelo jornalista especializado em vinhos e editor da Revista Vinho Magazine, Eduardo Viotti,que focou na Itália, o pais homenageado esse ano pela feira, pela primeira vez o evento contou com uma biblioteca e um sebo, além de uma Exposição de telas confeccionadas de rolhas pelo apresentador Gugu Liberato que faz parte da ação  Rolha Verde, e uma completa degustação de azeites portugueses e nacionais.






Separei alguns destaque da noite, vinhos que me surpreenderam, alguns por estarem muito bem vivificados, outros por terem um preço acessível e outros por serem de castas para mim ainda não degustadas até então.
Vinhos orgânicos e biodinâmicos alemães, vinhos da Eslovenia, Argentinos, Italianos, Portugueses dentre outros.















quarta-feira, 12 de julho de 2017

Participação na Avaliação do Guia de Vinhos Selo 7 Sommeliers - Vinhos da Espanha


O Beber, Comer e Amar teve a honra de ser convidado à conhecer e participar da Avaliação do Guia de Vinhos Selo 7 Sommeliers.
Daniella Romano nossa simpática anfitriã e idealizadora do projeto é uma entusiasta no assunto,  profissional altamente gabaritada que acumula títulos. Sommelière certificada pela FISAR, e pela SBAV SP, completando sua formação nas Universidades de Davis, Université du Vin de Suze-la-Rousse, Unicamp, Excell Iberica, B.I.V.B entre outras. É pioneira no Brasil no estudo e desenvolvimento das caixas de aromas, dirige o projeto Ver o Vinho, também criado por ela que trata da inclusão social capacitando deficientes visuais na degustação e avaliação de vinhos, escreve além de outras mídias para dois blogs o Aroma do Vinho e o Wine Diamonds and Lipstick.
O Selo 7 Sommeliers avalia vinhos de todas as partes do mundo, cada rotúlo selecionado é classificado e analisado em todos os aspectos importantes.
Uma garrafa que estampe o Selo 7 Sommeliers foi devidamente avaliada e aprovada pela equipe, a classificação é feita por taças de 05 a 01.
No site www.selo7s.com.br você encontra o Ranking dos vinhos avaliados (Espumantes, Brancos, Rosés, Tintos e de Sobremesa) é só clicar na categoria e conferir a ficha técnica do vinho, sua avaliação e local de compra.
Na sessão Pontuação em taças, você pode conferir todos os vinhos avaliados desde os que atingiram 5 taças (classificados como vinhos fantásticos e excepcionais) até vinhos que atingiram somente 01 taça (classificados como abaixo da média).
Ontem 11/07 participamos da Avaliação de Vinhos Espanhóis, a avaliação aconteceu na Casa da Travessa, um espaço de muito bom gosto, localizado no bairro das Perdizes (São Paulo), lugar aconchegante onde se "respira vinho!



A avaliação contou com dois painéis com 09 vinhos cada, degustação às cegas, com vinhos bem escolhidos, uma ficha de degustação bem detalhada e uma organização impecável.
E ainda fomos agraciados com um jantar preparado pelo Chef Cesar Adames fechando o evento com chave e ouro.


É preciso deixar aqui registrado o quão bem tratados fomos, o comprometimento e o engajamento com a cultura do vinho é tão inerente que salta aos olhos.
A Casa da Travessa conta também com outros eventos e cursos, sempre promovendo a gastronomia, bebidas, arte e cultura.

terça-feira, 11 de julho de 2017

Clairette



Clairette
Uva branca com  baixo rendimento, essa uva é extremamente fresca e aromática. É um componente comum na mistura de muitos vinhos brancos do sul da França, inclusive os da Provençe, de Chateauneuf-du-Pape e de Côtes-du-Rhône.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Termos alemães que você talvez não conheça Parte 3



Landwein: categoria de vinho de mesa simples, de qualidade acima do Tafelwein porém abaixo do Qualitatswein Bestimmter Anbaugebiete.

Lese: colheita, as datas de colheita variam de setembro a dezembro, conforme a variedade de cada uva, as condições de tempo e o tipo de vinho a ser produzido (Kabinete, Spatlese, Auslese, etc).

Oechsle: escala usada para indicar o grau de amadurecimento das uvas. Desenvolvida no século XIX pelo físico Ferdinand Oechsle, essa escala mede o peso do suco de uva, ou mosto. Como o conteúdo do mosto é principalmente aḉucar e àcido, o peso do mosto indica o grau de amadurecimento. De acordo com as leis alemãs, as categorias de amadurecimento se baseiam nos níveis Oechsle, que são especificados conforme a variedade de uva e a região vinícola. Por exemplo, para que um vinho Riesling da região de Mosela seja considerado um Spatlese, deve ter 76 Oech; na região Rhengau, para ser um Spatlese o Riesling precisa ter 85 graus Oechsle.

Pratikat: atributo especial de amadurecimento. Na Alemanha existem seis níveis de pratikat do Kabinett ao Trockenbeerenauslese.

Rotwein: vinho tinto, a Alemanha e a Àustria são famosas por seus vinhos brancos, mas boa quantidade de vinho tinto é produzida e consumida localmente.

Sekt: espumante

Selectio: termo que indica que o vinho contém menos de 1,2% de açúcar residual é por tanto é seco. A palavra seleção só pode ser usada em rótulos de vinhos alemães que mencionem a aldeia do vinhedo específico onde as uvas foram plantadas. No entanto, o uso do termo seleção fica a critério do produtor. Alguns produtores preferem o termo Trocken, que estipula ainda um percentual ainda mais baixo de açúcar residual permitido.

Sussreserve: suco de uvas poupadas da colheita, e que ficou sem ser fermentado para manter toda a doçura natural. Na Alemanha, pequenas quantidades de Sussreserve podem ser acrescentadas a vinhos muito ácidos para lhes dar equilíbrio.

Tafelwein: vinho de mesa, a categoria mais simples dos vinhos. Embora o teor de álcool, as variedades de uvas, bem como a origem dessas uvas sejam controladas por lei, o Tafelwein em geral é tão leve que fica apenas um degrau acima da água. Na Alemanha quando a palavra deutsche (alemão) aparece antes de Tafelwein, significa que as uvas foram plantadas na Alemanha. A ausência dessa designação indica que as uvas podem provir e outros países da Comunidade Econômica Europeia.

Trocken: seco. Vinhos rotulados trocken na Alemanha e na Áustria devem ter menos 0,9% de açúcar residual.

Weingut: propriedade vinícola.

Weinkellerei: vinícola que compra mosto ou vinho de um produtor e depois engarrafa e comercializa esse vinho.

Leia também Termos alemães que você talvez não conheça Parte 2


sexta-feira, 7 de julho de 2017

Os principais vinhos da Itália - Campânia, Apúlia, Basilicata e Calábria



As quatro regiões da península sul ( a ponta, o salto e o tornozelo da bota italiana), Campânia, Apúlia, Basilicata e Calábria produzem poucos vinhos de alta qualidade, e apenas um verdadeiramente famoso.
Praticamente a maioria dos vinhos é produzida por cooperativas e boa parte do vinho da região nem chega a ser engarrafada, e é vendida diretamente do tonel aos consumidores locais.
Porém, já existem indícios de uma maior preocupação com a qualidade nessa direção e cada vez mais o sul da Itália exporta vinhos bons, alguns com preços excelentes.

Campânia
Foi nessa região que os gregos introduziram três das mais importantes variedades do sul: Aglianico, Fiano e Greco. No final da década de 90, a família Mastroberardino junto a arqueólogos italianos, desenvolveu um projeto para replantar as encostas do monte Vesúvio com vinhedos dedicados a essas três castas, exatamente como os vinhedos  que devem ter existido na Antiguidade.
A Aglianico, variedade tinta, é a base do mais famoso vinho tinto do sul, o Taurasi, vinho de cor negra, potente e aromático, o único das quatro regiões a obter a DOCG.
A Fiano e a Greco dão origem respectivamente  a dois vinhos brancos, o Fiano di Avellino e o Greco di Tufo, também produzidos pela família Mastroberardino.

Apúlia
Nessa região existem alguns vinhos tintos triviais muito bons. As principais castas são Negroamaro, Uva di Tróia e Primitivo.
A Negroamaro é a uva principal do mais famoso distrito vinícola de Apúlia, a península de Salento.

Basilicata
Basicamente só tem um vinho importante, o tinto Aglianico del Vulture.

Calábria
O vinho mais importante da região é o Cirò, produzido de uma antiga casta, a Gaglioppo.
A longíqua cidade marítima de Bianco é o berço de outro vinho notável da Calábria, o Greco di Bianco, um vinho de sobremesa feito com uvas Greco parcialmente secas, com um fascinante sabor e ervas e frutas cítricas.

Fonte: Karen MacNell

Veja também: Os principais vinhos da Itália  Abruzzi

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Produtores de vinho de Portugal Parte 14


Herdade do Mouchão
Para a Região do Alentejo no início do século XIX Thomas Reynolds migrou, tendo como o objetivo o negócio de cortiça.
Três gerações depois, seu neto John Reynolds adquiriu uma propriedade de 900 hectares, denominada Herdade do Mochão, onde a atividade corticeira acabou por incentivar a produção de vinhos.
Plantaram várias vinhas em 1901. Pensa-se que foi também por iniciativa de Jonh que as primeiras plantas da casta Alicante Bouchet foram trazidas da França.
Após a revolução de 1974 a herdade foi expropriada e só foi devolvida à família em 1985. Hoje a Herdade do Mouchão continua a ser gerida e trabalhada pelos descendentes da família original.
Pouco, muito pouco mudou na Herdade do Mouchão, desde a sua fundação. Faz-se vinho tal como os os antepassados elaboravam, produzindo vinhos com o carinho e a convicção que basta respeitar as tradições e a excelente qualidade das uvas e de um terroir único.
Todo o processo de vinificação se mantém praticamente intocável, preservando a tradicional vindima à mão e a fermentação das uvas em lagares de pedra com pisa a pés.
A Alicante Bouchet predomina e, juntamente com a casta Trincadeira, empresta o perfil de sempre à casa.

Portfolio:

Vinhos Tranquilos
Mouchão Tinto
Ponte das Canas Tinto
Dom Rafael Tinto
Dom Rafael Branco
Mouchão Colheits Antigas
Herdade do Mouchão Tonel 3-4

Vinhos Fortificados:
Mouchão Licoroso
Mouchão Abafado

Ainda contam com a produção de Aguardente (Aguardente Bagaceira Branca e Aguardente Bagaceira Velha), Azeites extra virgem (Azeite Clássico e Azeite Galega) e mel.

Leia tambem - Produtores de vinho de Portugal Parte 13

terça-feira, 4 de julho de 2017

Canaiolo



Apresenta ótimos aromas, coloração escura e densa, por isso , é propícia para cortes, adicionando aos vinhos taninos suaves e aromas elegantes.
Importante uva para cortes na Toscana e na parte central da Itália. Entre outros vinhos, a Canaiolo é usada como parte da mistura do Chianti e responsável por ressaltar seus sabores herbáceos e garantir um bom envelhecimento.
É raramente encontrada em varietais.
Uma sub-variedade dessa uva, a Canaiolo Bianco (variedade branca rara) cultivada principalmente na Umbria, é usada muitas vezes no preparo do vinho Orvieto.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Termos alemães que você talvez não conheça Parte 2



Einzellage: nome oficial de determinado vinhedo. Existem mais de 2500 na Alemanha. As treze regiões vinícolas da Alemanha são oficialmente divididas em 40 Beereiche. que por sua vez se dividem em 163 Grosslagen, que por sua vez se dividem em Einzellagen, plural de Einzellage.

Eiswein: Vinho de sobremesa raro e especialmente intenso produzido pela prensagem de uvas congeladas que ficaram nas videiras até a metade do inverno (às vezes, Fevereiro). Essas uvas são prensadas enquanto congeladas, de modo que a água da uva congelada se separa do mosto, que permanece concentrado, muito doce e com elevado teor de ácido. Devido à acidez, os Eiswein são em geral menos untuosos e mais vibrantes do que os Beerenauslesen e Trockenbeerenauslesen. Os Eiswein envelhecem durante décadas.

Erstes Gewachs: primeira safra. Designação usada em Rheingau (mas não em outras regiões vinícolas da Alemanha) para vinhedos considerados exemplares. Só vinhedos plantados com Riesling ou Spatburgunder podem ser classificados como Erstes Gewachs. Para a expressão aparecer no rótulo do vinho, este deve ser feito de modo a atender a todos os padrões e passar por um exame rigoroso.

Erzeugeabfullung: vinhos produzidos e engarrafados por um produtor ou uma cooperativa. Não se vê essa palavra nos rótulos de propriedades famosas.

Federspiel: termo usado exclusivamente na região de Wachau, na baixa Austria, para indicar vinhos naturais, não chapitalizados, com menos de 11,9% de álcool. Vinhos Federspiel são mais ou menos equivalentes aos que em outras regiões da Austria são conhecidos como Kabinetts.

Flasche: frasco ou garrafa, a palavra inglesa Flask deriva de Flasche.

Gutsabfullung: engarrafado na propriedade.

Halbtrocken: literalmente, meio seco este termo é usado na Alemanha mas raramente na Austria, onde a maioria dos vinhos são muito secos. Vinhos rotulados Halbtrocken em geral tem um sabor extremamente seco, devido a elevada acidez dos vinhos alemães. O nível de amadurecimento de um vinho Kabinett, Spatlese ou Auslese pode ser Halbtrocken ou Trocken

Leia também  Termos alemães que você talvez não conheça