segunda-feira, 29 de junho de 2020

Galeto recheado que vinho escolher?


A dica rápida da semana é Frango!
O que você harmonizaria com esse galeto assado?
Mais do que qualquer outra carne, o frango é um camaleão do vinho, já que se adapta a um enorme leque de possibilidades.
Aqui no BCA sempre falamos: "Leve em conta os sabores dominantes do prato e escolha um vinho que combine com eles, mas acima de tudo, aventure-se na escolha do rótulo".
O galeto assado combina com qualquer vinho que não tenha excessiva madeira, nem taninos. Entre os tintos você pode optar por um Pinot Noir, entre os brancos um Chardonnay aveludado e suave.
Mas se o seu galeto for recheado com uma suculenta farofa de bacon defumado como o nosso, você pode abrir seu leque e desfrutar de um Sémillon de Hunter Valley e do defumado sem necessidade de envelhecimento em barril; um dos tesouros vinícolas da Austrália.

Galeto recheado com farofa de bacon
Ingredientes:
1 galeto
100 gramas de bacon
1/2 cebola picada
1 1/2 xícara de farinha de mandioca crua
Sal, pimenta-do-reino, molho inglês e azeite q.b
Pedaços de manteiga sem sal
Preparo:
1. Desosse o galeto e tempere com sal, pimenta-do-reino, molho inglês e azeite a gosto.
2. Enquanto marina na geladeira, faça a farofa.
3. Em uma frigideira frite o bacon picado com um fio de azeite, acrescente a cebola picada e deixe murchar até que fique transparente, acrescente a farinha de mandioca aos poucos, corrija o sal.
4. Recheie o galeto com a farofa, e costure as aberturas, amarrando também as coxas e asas.
5. Disponha em uma assadeira, coloque pedaços de manteiga sobre o galeto e leve para assar em forno médio por 1 hora ou até dourar (não precisa cobrir).


Você sabia...
O Semillon de Hunter Valley é uma das grandes maravilhas do mundo do vinho, capaz de se transformar com o passar do tempo de um jovem entusiasmado e crocante em um velho dourado, com nozes e mel.
Dizem ser a vinificação a chave para esses vinhos. As uvas são colhidas com baixo teor de baune (geralmente em torno de 10 a 11% álcool), manuseadas com cuidado na vinícola, esmagadas com o mínimo de extrato de pele e sementes; o suco é fermentado a baixas temperaturas em aço inoxidável e transferido para a garrafa assim que a fermentação para.
Quando engarrafado pela primeira vez, o Hunter Valley Sémillon tem uma aparência quase branca como água, com aromas de frutas cítricas, grama, palha, lanolina e sutis ervas verdes. É fresco e delicado, com uma mineralidade calcária. A paciência paga grandes dividendos, no entanto, e os melhores exemplares com alta acidez e baixo teor de álcool se transformam após apenas cinco anos em garrafa, revelando caraterísticas de nozes com mel, tostados e grelhados- quase como se o vinho tivesse passado algum tempo no carvalho, só que não passou!
São esses vinhos que fazem de Hunter Valley Sémillon uma das grandes maravilhas colecionáveis do mundo do vinho.

Leia também: Dica da semana - Confort Food

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Dica da semana -Confort Food



A Dica da Semana vem sempre com comidinhas fáceis e rápidas de preparar, acompanhadas com sugestões de vinhos para harmonizar.
Inaugurando a sessão, o Marcelo preparou um Confort Food para trazer aconchego e aquecer esta sexta-feira fria.
Essa polenta é um absurdo de gostosa com os Cogumelos Paris inteiros salteados no caldo do cozimento da escarola.
Para completar a orgia gastronômica sugerimos um vinho Merlot que costuma ser redondo e frutado na boca, com taninos amigáveis, o que o torna mais fácil e prazeroso de beber, que vai combinar perfeitamente com os cogumelo e a escarola.



Polenta com cogumelos e escarola salteados
Polenta
9 xícaras de água
2 caldos de legumes
2 xícaras de polenta instantânea
100 gramas de queijo parmesão ralado na hora
Sal e pimenta a gosto
Preparo:
1. Aqueça a água com os caldos.
2. Assim que ferver, vá acrescentando a polenta instantânea num fio constante, mexendo sempre.
3. Cozinhe por 5 minutos. acrescente o queijo e mexa bem.
Escarola
1 maço de escarola lavada e fatiada
1/2 cebola picada
4 dentes de alho picados
azeite q.b
sal e pimenta-do-reino a gosto
Preparo:
1. Refogue a cebola e o alho no azeite, acescente a escarola, tempere com sal e pimenta.
2. Assim que murchar desligue o fogo (ela soltara bastante líquido na panela), reserve separadamente esse líquido do cozimento e a escarola refogada.
Cogumelos Paris
200 gramas de cogumelos Paris grandes
azeite q.b
1 colher (sobremesa ) farinha de trigo
1 colher (sobremesa) molho inglês
caldo da escarola
sal e pimenta caso necessário
preparo:
1.Limpe os cogumelos com papel toalha (não lave em água)
2. Retire os talos conservando os chapéus
3. Pique os talos em pedaços pequenos
4. Em uma frigideira coloque um fio de azeite e salteie os chapéus até que fiquem dourados, acrescente os talos picados, salteie mais um pouco e acrescente o caldo da escarola e o molho inglês,  assim que ferver acrescente a farinha de trigo, mexa para engrossar,  e tempere com sal e pimenta se necessário.
Monte o prato com a polenta fumegando por baixo, a escarola reservada e o cogumelo paris.


Merlot
Segundo o Portal Embrapa
"A Merlot pode ser considerada uma variedade originária do Médoc, França, onde já era cultivada em 1850. Dai  expandiu-se para outras regiões da França e para muitos outros países vitícolas, tornando-se uma variedade cosmopolita.
Os registros da estação Experimental de Caxias do Sul informam que na década de 1920 a Merlot já era cultivada no município por viticultores pioneiros no plantio de castas finas.
Foi uma das cultivares básicas para a Campanha Vinícola Riograndense firmar o conceito dos seus vinhos finos varietais em meados do século passado. Tornou-se, a partir da década de 1970, uma das principais viníferas tintas do Rio Grande do Sul. Nos últimos anos cresceu em conceito, sendo, juntamente com a Cabernet Sauvignon, uma das viníferas tintas mais plantadas no mundo. É uma cultivar muito bem adaptada às condições do sul do Brasil, sendo cultivada também em Santa Catarina. Proporciona colheitas abundantes de uvas que podem atingir 20 graus Brix, porém, é bastante susceptível ao míldio. Origina vinhos de alta qualidade, consagrado como varietal e também muito usada em corte com vinhos de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e outras castas de renome."









segunda-feira, 22 de junho de 2020

Como combinar comida mexicana e vinho


Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Totopos (chips de tortilla) acompanhados de Pico de Galo e Guacamole. O verdadeiro petisco mexicano!
Totopos são triângulos de tortilla com consistência crocante e textura áspera. As tortillas são cortadas em triângulos e depois fritas ou assadas para torná-las mais crocantes e saborosas.
As tortillas são um dos alimentos mais consumidos no México e são servidas como guarnição, juntamente com molhos, feijões e carnes.
Vale lembrar que os Totopos (chips de tortilla) não devem ser confundidos com os nachos. Embora os nachos tenham sido inventados no México (na ocasião consistia em um prato de tortillas de milho e queijo branco, criado de última hora por Inácio "Nacho" Anaya em 1943)
Desde então, os nachos mudaram muito, agora são banhados por queijo amarelo derretido e acompanhados de feijão, carne, maionese e tudo que você possa imaginar.
Os nachos como conhecemos hoje não são considerados uma comida mexicana e sim uma comida Tex-Mex que é a fusão entre a comida mexicana e a americana, principalmente como resultado da cultura Tejano.
Na comida Tex-Mex incluí-se ingredientes que não têm nada a ver com a herança culinária do México, que existe há milhares de anos começando nas comunidades indígenas e passando por influências espanholas, africanas e até asiáticas.
Quando o assunto é vinho...
Os Totopos acompanham Pico de Galo e Guacamole, ambos os molhos foram acrescidos de pimenta, mas com parcimônia.
Mesmo usada com parcimônia a pimenta aquece o paladar. É importante ressaltar que Vinho Branco, ao contrário da lenda que diz aliviar o ardor da pimenta, não alivia viu! podendo até esquentar mais o fogo da pimenta caso seja escolhido errado.
Por isso, é um verdadeiro desafio combinar comida mexicana apimentada com vinho.
O picante pede vinhos jovens, frescos pode até ser aromático, mas nunca tânico.
Aposte em vinhos Brancos e Rosés secos, também evite vinhos amadurecidos em barris com notas amadeiradas.
Prefira um vinho animado, vinhos jovens com boa frescura.
Escolhi um vinho de entrada do João Portugal Ramos, um vinho para se beber jovem, que refresca o paladar com sua acidez, muito agradável na boca, que ajudou também a combater a gordura do abacate.


Loios - Vinho Regional Alentejano - João Portugal Ramos
Castas: Arinto, Rabo de Ovelha e Roupeiro.

Que tal prepara está maravilha de petisco?
Eu como sempre, contribuo com a receita.
Totopos ingredientes:
350 gramas de farinha de milho
1 colher (sopa) farinha de trigo
350 gramas de água
3 gramas de sal
Preparo:
1.Em uma tigela adicione todos os ingredientes.
2.Misture tudo com as mãos até obter uma massa homogênea formando uma bola, disponha a bola de massa entre dois papeis manteiga, ou dois plásticos e abra a massa com ajuda de um rolo.
3.Molde no formato circular (como tortillas) e fure toda a superfície com um garfo.
4. Com o auxilio do plástico ou do papel manteiga leve a tortilla para uma chapa quente, coloque delicadamente para não quebrar, deslisando pelo plástico cuidadosamente, asse a tortilla , virando-a dos dois lados.
5. Deixe esfriar coberta por um pano para não ressecar.
6. Corte a tortilla ao meio, depois em quatro partes e por fim em 8 triângulos.
7. Frite os triângulos em óleo quente abundante.
8. Escorra com uma escumadeira e deixe descansar no prato com papel absorvente para retirar o excesso de óleo.

Você sabia...
Diferença entre DOC e Vinho Regional Alentejano
As terras situadas à margem direita do rio Tejo pertencem a esta região, a mais extensa e menos povoada de Portugal.
Segundo a Comissão Vitivinícola regional Alentejana - CVRA, criada em 1989, para um vinho ser considerado DOC, 75% de sua composição deverá ser baseada em algumas das castas abaixo:
Brancas obrigatórias: Antão Vaz, Arinto, Roupeiro, Fernão Pires, Perrum, Rabo de Ovelha, Tamarez.
os demais 25% devem ser compostos por: Alicante Branco, Alvarinho, Bical, Chardonnay, Chasselas, Diagalves, Encruzado, Gewürztraminer, Gouveio, Larião, Malvasia Fina, Malvasia Rei, Moscatel Graúdo, Mourisco Branco, Pinot gris, Riesling, sauvignon, Semillon, Sercial, talia, Verdelho, Viognier, Viosinho.
Tintas obrigatórias: Trincadeira, Aragonez, Alicante Bouchet, Syrah, Cabernet Sauvignon, Castelão, Alfrocheiro.
Os demais 25% devem ser compostos pelas castas Baga, Caladoc, Carignan, Cinsault, Corropio, Grand Noir, Grenache, Tinta Grossa, Manteúdo Preto, Merlot, Moreto, Petit Verdot, Pinot Noir, Tannat, Tinta Barroca, Tinta Caiada, Tinta Carvalha, Tinta Miúda, Tinta Cão, Touriga Franca, Zinfandel.
Se o vinho não segue a regra acima, mas só utiliza as castas acima, poderá ser considerado com Regional Alentejano.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Linguini al pesto - Harmonização - Sauvignon Blanc


Beber, Come e Amar...
Má na cozinha preparando Linguine al Pesto.
No meio da semana não há nada melhor do que uma receita prática e saborosa acompanhada de um vinho para relaxar.
O Linguine é a massa ideal para acompanhar o molho pesto, um molho italiano, cujo o nome vem do verbo pestare que significa "socar".
O molho Pesto é um molho servido cru, o ideal é preparar e servir na hora, assim ele não perde a cor e a textura.
No preparo opte por sal grosso, ele não escurece as folhas, deixando o molho mais vivo.
Escolhemos para harmonizar um branco do terroir missioneiro, um Sauvignon Blanc da Vinícola Fin. Vinho versátil que apresenta boa relação qualidade-preço.


Sauvignon Blanc do produtor - elaborado nas Missões Jesuíticas do Rio Grande do Sul - Paralelo 30 da Campanha Gaúcha.
Aroma intenso lembrando abacaxi, o nariz apresenta também notas cítricas.
Vinho extremamente leve, harmônico e refrescante.
Um vinho que com sua intensidade de aromas e agradável acidez equilibrou a massa, que também possui uma grande complexidade aromática.
Um daqueles vinhos fáceis de beber onde a garrafa se esvazia num piscar de olhos!
Que tal preparar essa maravilha de massa?
Eu como sempre, contribuo com a receita
Linguine al pesto
Ingredientes do molho pesto
2 xícaras (chá) de folhas de manjericão fresco
100 ml de azeite extra-virgem
3 colheres (sopa) pinoli (usei  nozes)
2 dentes de alho (sem a parte verde de dentro)
50 gramas de queijo parmesão ralado na hora
50 gramas de queijo pecorino ralado na hora
Sal grosso q.b
Coloque o alho e uma pitada de sal grosso no pilão e soque até formar uma pasta grossa.
Faça movimentos circulares, esfregando os ingredientes contra as laterais do pilão.
Separe as folhas de manjericão lave e seque bem, junte-as a pasta de alho amassando-as devagar até que formem uma polpa, junte as nozes e os queijos, esmagando e incorporando bem, sempre com movimentos circulares contra as laterais das paredes.
Vá acrescentando azeite pouco a pouco.
Preparo do prato
Cozinhe o Linguine al dente, separando uma xícara da água do cozimento
Adicione a massa cozida o molho pesto e vá acrescentando colheres da água do cozimento para dar cremosidade, mexendo vigorosamente.
Sirva em seguida.

Você sabia...
Sauvignon Blanc
De origem francesa é uma das variedades brancas de maior prestígio no mundo dos vinhos, tratando-se de uma variedade adaptável a muitos climas e que está presente em quatro continentes (exceto Ásia), Seu nome vem da palavra "sauvage", que significa selvagem.
As curvas de maturidade da Sauvignon Blanc são diferentes, de acordo com o microclima e a geografia onde ela é plantada, o que garante sabores e características diferentes.
França - a Sauvignon Blanc destaca-se em Bordeaux e no Vale do Loire.
Em Bordeaux, as regiões de Graves e Pessac-Léognan produzem brancos secos, geralmente fermentados e envelhecidos em madeira, podendo ou não conter Semillon em sua composição.
Os Sauvignon Blanc de Sancerre são provavelmente os mais finos brancos produzidos no Vale, são elegantes, aromáticos e acompanhados de acidez refrescante, notas minerais, frutas cítricas e herbáceo. Localizada na margem oposta do Loire, Pouilly-Fumé produz brancos mais frutados e com notas herbáceas menos intensas.
Nova Zelândia - O reconhecimento da Nova Zelândia como país produtor de vinhos de qualidade deve-se muito a Sauvignon Blanc.
Os brancos distintos e de toques herbáceos de Marlborough são uma referência mundial para a Sauvignon Blanc.
E.U.A - A Califórnia é o principal produtor de Sauvignon Blanc da América do Norte mas também há plantações nos estados de Oregon e Washington. Os Sauvignon Blancs californianos (também conhecidos como Fumé-Blanc) podem variar entre dois estilos distintos: os de influência neozelandesa, com nuances de frutos tropicais, notas cítricas e de maracujá: e os Fumé-Blanc de influência francesa, particularmente da região de Pouilly-Fumé, que são mais redondos e marcados por notas de frutas brancas.
Chile - A situação da Sauvignon Blanc no Chile é peculiar. Isso porque parte do que vinha  sendo comercializado como Sauvignon Blanc, na verdade, era feito a partir de Sauvignonasse, cepa que gera vinhos com menos distinção. Á medida que novos vinhedos de verdadeira Sauvignon Blanc foram plantados, a qualidade dos brancos elaborados no país têm melhorado de qualidade. Destaque para as regiões de Casablanca- San Antonio.
África do Sul - Encontra-se Sauvignon Blanc em diferentes estilos. Alguns dos vinhos são leves, frescos e apresentam toques herbáceos. Outros, tendo passado por madeira, ganham estrutura e complexidade e acabam por desenvolverem toques vegetais e de frutos secos.
Brasil - A Sauvignon Blanc está em fase de expansão. A variedade vem sendo cultivada principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, e Santa Catarina. vale ressaltar que a cepa Sauvignon Blanc de Santa Catarina apresenta nuances raras, notas minerais e aroma de polpa branca, apresentando também potência na boca.


sexta-feira, 12 de junho de 2020

Dia dos Namorados com Dicas de Risotos e Vinhos



Que tal preparar um risoto para comemorar o Dia dos Namorados?
O BCA dá a dica do preparo e a dica do vinho, para sua noite ficar mais do que especial.
Um prato simples de fazer como o risoto, pede vinhos simples! Os brancos e tintos italianos são a escolha natural mas existem muitas opções, além destas.
Algumas de nossas favoritas:

Básico: experimente um Pinot Grigio, um Soave, um Macabeu ou um Chardonnay pouco envelhecido.
De Aspargos: opte por um Sauvignon Blanc do Loire, de Rueda, do Penedés, da Califórnia, da Nova Zelândia, do Chile ou por um Pinot Blanc.
De Ervilhas ou Abobrinhas: os mesmos que os de aspargos, mas com um leque maior de opções. Some á lista os Chardonnay leves e os cortes Chardonnay-Sauvignon.
De Abobrinha ou Abóbora: acompanhe o gosto adocicado com um saboroso Verdicchio, um Verdejo, um Côtes-du-Rhône branco, ou um Viognier.
De Marisco: um Frascati, leve e delicado, um Pinot Grigio, ou Chardonnay não envelhecido.
De Frango: caso prefira vinho branco, qualquer vinho suave e moderado. Caso tenha de ser tinto, um Docetto d'Alba, um Chianti.
De Champignons: o Pinot Noir seja de Borgonha ou do Novo Mundo, os tintos monovarietais do Sul da Itália, como o Nero d'Avola, um Mencia  do Bierzo são também apropriadamente terrosos.
De Trufa:  Deixe de modéstia e sirva-o com um tesouro italiano como o Barolo, o Barbaresco, o Amarone, ou com um Super Toscano, também um Sangiovese ou Nebbiolo.
Ao Vinho Tinto: o risoto preparado com vinho tinto deve ser servido com vinho tinto.

Preparar um bom risoto é simples, basta saber como fazer...
Comecemos pelos ingredientes para uma preparação básica para 2 pessoas:
180 gr de arroz para risoto
1 cebola grande
2 litros de caldo de legumes caseiro
1 copo de vinho branco
30 gramas de manteiga
azeite a gosto
parmesão ralado na hora
Agora, vamos ao preparo:
1. Faça o caldo de legumes com 2 cenouras, 2 hastes de aipo, 1 cebola grande, sal e um pouco mais de 2 litros de água. Deixe ferver, depois de pronto deixe a panela em fogo baixo para manter o caldo quente.
2. Corte a cebola em cubinhos, coloque um pouco de azeite no fundo da panela, quando estiver quente adicione a cebola picada, adicione uma pitada de sal frite até ficar transparente.
Em seguida adicione o arroz, misture e refogue por alguns minutos, até ouvir os grãos chiarem. esta fase é fundamental para a cocção do grão e para a cremosidade final.
Refogado o arroz adicione o copo de vinho, depois que evaporar, adicione uma concha de caldo de legumes somente para cobrir o arroz. A partir de agora, o risoto deve cozinhar cerca de 18 minutos, mexa frequentemente, mantendo o fogo médio e adicionando 1 concha de caldo de legumes á medida que ele tende a secar.
Depois de cozido, adicione a manteiga e o queijo parmesão ralado na hora, misture vigorosamente com uma colher de pau.




domingo, 7 de junho de 2020

Vinícola Fin - Ancellotta Premiado - Vinho Brasileiro - Harmonização - Cordeiro



Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Carré d'Agnello in umido (Carré de cordeiro ensopado), receita escolhida para acompanhar nossa recente descoberta: Um Ancellotta produzido no sul do Brasil.
Ancellotta Gran Reserva do Produtor - Safra 2012 - Medalha de Ouro no Festival São Paulo de Vinhos 2016.
Produzido pela Vinícola Fin - Localizada nas Missões Jesuíticas do Rio Grande do  Sul, elaborado pelas mãos do vitivinicultor Jorge Fin.


Com o intuito de homenagear a familia Fin, de origem italiana, que elabora vinhos há mais de 140 anos e em especial Jorge Fin, terceira geração dos Fin no Brasil que faz questão de manter vivas suas raízes e a tradição familiar, escolhemos preparar este cordeiro, receita muito presente em dias de celebrações cristãs como Natal e Páscoa na maioria das mesas italianas.
Italiana também é a origem da Ancellotta, nativa da região de Emiglia Romagna que se aclimatou muito bem na região das Missões, inclusive, a Vinicola Fin foi uma das pioneiras no Rio Grande do Sul a importar mudas da Itália há mais de 25 anos.
Aproprio-me da frase de Matt Skinner "Quanto mais aprendo sobre vinho, mais percebo o tanto que não sei", para explicar minha total ignorância à respeito da região das Missões Jesuíticas do Rio Grande do Sul, seu valor histórico, e sua produção de vinhos. Visto que no Rio Grande do Sul, a videira chega em 1626, trazida por jesuítas que plantaram videiras europeias em Sete Povos das Missões para fazer o vinho que seria utilizado em missas.
O problema que acredito não ser só meu, e sim da maioria dos brasileiros, é o total desconhecimento quando se trata de vinho da sua própria terra, do seu próprio terroir e produtores.
A Vinícola Fin é uma vinícola familiar, focada na elaboração de vinhos Premium, que tem como filosofia qualidade na uva e no vinho. Seus vinhedos são cultivados através de uma agricultura onde se utiliza compostos orgânicos naturais, produzidos em sua propriedade.
A região das Missões jesuíticas do Rio Grande do Sul, onde a vinícola está localizada, possui um clima no qual as quatro estações são bem definidas, chuvas regulares de março a dezembro, altas temperaturas no verão com clima estritamente seco, nos meses de colheita da uva: janeiro e fevereiro.
Com vendas direta ao consumidor o proprietário Jorge Fin, de uma simpatia ímpar, é muito solícito no atendimento, cordial e preciso na apresentação do seu portifólio, que além do Ancellotta conta também com exemplares de Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, O Desbravador (Blend), Sauvignon Blanc, Vinho Moscatel Espumante e Porto das Missões (fortificado), este último, vinho histórico, sendo um marco na vitivinicultura do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Como o próprio Jorge Fin diz: "São vinhos de qualidade, vinhos Premium, que você não encontra em lojas ou supermercados, pois o nosso objetivo é o consumidor final."
Isso, só o pequeno produtor pode oferecer, esse é o grande diferencial das vinícolas boutique como a Vinícola Fin, a paixão e o cuidado diário, resultando em vinhos genuínos que são a pura expressão do terroir.
Nosso país produz muitos vinhos de qualidade, vinhos que cada vez mais estão sendo premiados nacional e internacionalmente.
Cabe a nós consumidores prová-los e entender que a grande beleza do vinho está na diversidade.
Vamos à harmonização!
A combinação de vinho e cordeiro está intimamente ligada ao tipo de preparo. No prato de hoje, o longo cozimento concedeu aromaticidade, maciez e sabor. Precisamos então, de um tinto de bom corpo e boa estrutura para se ligar à suculência da carne.
Ancellotta Gran Reserva do Produtor - 2012 - um vinho de coloração rubi intensa, límpido e brilhante, aromas frutados (a princípio fechado, recomendo mínimo uma hora de decanter), frutas vermelhas e frutas negras (ameixa e amora),  sutil café torrado, boa acidez, bom corpo, taninos maduros, equilibrado, boa persistência gustativa e bom potencial de guarda, muito gastronômico, aprimorou todos os sabores e aromas do prato sem encobri-los.


Para elaborar o  Ancellotta Gran Reserva do Produtor, a Vinícola Fin usou o critério de ensacamento dos cachos, na fase de coloração da uva, que se deu em momentos que antecederam a colheita. Clima seco, sol escaldante, mormacento, sensação térmica acima de 50 graus, proporcionando grau brix acima de 27 graus, constituindo um vinho único, num solo único.
Que tal preparar esta iguaria e acompanhá-la com esse maravilhoso Ancellota premiado?
Eu, como sempre, contribuo com a receita:

Cárre d'Agnello in umido
Ingredientes:
1 kg de carré de cordeiro
100 ml de azeite
2 cebolas (médias)
1 colher (sopa) de manjerona
2 xícara de molho de tomate caseiro bem reduzido
Vinho tinto q.b
Sal e pimenta a gosto
1 litro de caldo de carne caseiro
Preparo:
Lave o cordeiro em vinho, escorrendo a carne sem secá-la.
Em uma panela de barro, frite a cebola picada com o azeite e a manjerona, adicione a carne (temperada com sal e pimenta), misture tudo para dourar uniformemente.
Quando estiver dourado, adicione o molho de tomate e uma concha de caldo de carne, cozinhe por cerca de 25- 30 minutos, adicionando caldo de carne quando necessário (vigiando sempre para não secar).
Sirva com purê de batatas

Você sabia...
A Vinícola Fin está localizada no município de Entre-Ijuís, situado no noroeste do Rio Grande do Sul, em sua sede, promove o turismo enogastronomico com visitações guiadas de grupos com até 20 pessoas com visitas pré-agendadas.
O município de Entre-Ijuís, faz parte da região das Missões e insere-se em vários destinos turísticos como a Rota das Missões, Caminho das Missões (roteiro de peregrinação), e demais roteiros que integram as antigas reduções Jesuíticas Guarani do Brasil.
"A Região das Missões constitui-se em um espaço transfronteiriço integrados por territórios que pertencem, hoje, ao Brasil, à Argentina e ao Paraguai.
Sua particularidade é dada pelo conjunto de remanescentes materiais dos "Trinta Povos das Missões".
Esse conjunto de remanescentes é resultado das Missões Jesuíticas, uma iniciativa da igreja católica no mundo, com o objetivo de disseminar o catolicismo e assegurar a expansão e posse das terras pela coroa espanhola.
O conjunto patrimonial das Missões encontra-se hoje, localizado: a noroeste do Rio Grande do Sul, no Brasil, Sete Povos povoados, na província de Misiones, na Argentina, quinze povoados e no departamento de Itapúa, no Paraguai, oito povoados.
400 anos atrás entre 1626-1706 no atual estado do Rio Grande do Sul, foram criadas sete reduções missioneiras que ficaram conhecidas como os Sete Povos das Missões: sete regiões - São Francisco Borja, São Luis Gonzaga, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São João Batista e Santo Angelo Custódio. As reduções  reuniram diversos povos indígenas, Guaraní em sua maioria.
Em 1759, os jesuítas foram expulsos da América, porém os sinais deixados pelos Sete Povos das Missões permanecem em forma de ruínas, marcas arquitetônicas, costumes, fronteiras e lendas. Suas relíquias podem ser vistas nos sítios arqueológicos e nos museus da região.
Vale lembrar que pela magnitude de seu significado São Miguel das Missões foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade em 1983.

                                 
Sitio Arqueológico São Miguel das Missões




Sede -  Vinícola Fin


Rodovia BR 285, KM 508 - Entre-Ijuís/ Rio Grande do Sul
Whatsapp: 55-99961-8722
E-mail: vinicolafin@terra.com.br