quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Produtores de vinhos de Portugal - Parte 21



Paulo Laureano
É um dos enólogos mais conceituados do Alentejo, colaborou com mais de trinta produtores, assinando muitos de seus vinhos.
Em 1999, passou de consultor a produtor, decidiu criar seu próprio vinho, na sub-região de Vidigueira, que é uma região totalmente diferente do restante do Alentejo, com vinhos frescos, apesar do calor, e uvas autóctones que só estão disponíveis por lá.
Paulo Laureano desde o início defende as castas portuguesas, fato que fica notório em seus vinhos, jogando com o habitual trio de castas tintas Aragonês, Trincadeira e Alicante Bouschet , e o trio das castas brancas Antão Vaz, Arinto e Roupeiro.
Também é responsável por recuperar uma casta autóctone antiga que promete vir a transformar-se em estrela futura do Alentejo, a Tinta Grossa; sua vinícola é a única do mundo que produz um vinho à base da casta Tinta Grossa.

Porfolio:
Paulo Laureano Dolium Reserva Tinto
Paulo Laureano Dolium Escolha Branco
Paulo Laureano Reserve Tinto
Paulo Laureano Reserve Branco
Paulo Laureano Premium Tinto
Paulo Laureano Premium Branco
Paulo Laureano Clássico Tinto
Paulo Laureano Clássico Branco
Paulo Laureano Tinta Grossa

Leia também: Produtores de vinhos  Portugal - Parte 20

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Queijos e vinhos pelo mundo - Aisy Cendre



Aisy Cendre
Queijo francês feito a partir de leite de vaca não pasteurizado. O queijo semi-macio, de casca natural é produzido na região de Montbard, na Borgonha.
Para obter esse queijo, normalmente um queijo local, mais comumente um Époisses, é salgado e lavado em Marc de Bourgogne (destilado de vinho). Depois de lavado, o queijo é enterrado em cinzas de carvalho, o que aprimora sua textura e sabor.
Também conhecida como Cendre d'Aisy, a cinza ou cendre em francês, dá o nome ao queijo.
O Aisy Cendre leva mais tempo para amadurecer do que os queijos normais, pelo menos um mês.
Seu aroma é forte lembra terra, noz e cinzas e seu sabor é picante, muito rico e cremoso. O centro do queijo é salgado, quase branco. A medida que se chega em direção à casca coberta de cinzas, o queijo assume um sabor esfumaçado e uma textura mais suave que derrete a boca,.
Antes de servi-lo as cinzas devem ser removidas (escovadas).
Quando o assunto é vinho , nada melhor que um tinto da Borgonha para esse emparelhamento.

Você sabia...
O queijo Aisy Cendre foi feito pela primeira vez em 1991 em Époisses, na França. Essa cidade tem uma reputação altíssima na fabricação de queijos, e foi produzido pela Fromagerie Berthaust, ficando muito popular entre os produtores de vinhos durante a época da colheita. Desde então, o queijo cresceu em popularidade.

Veja também: Vinhos pelo mundo - Abondance



terça-feira, 29 de agosto de 2017

Graciano

Uva tinta espanhola de alta qualidade mas não muito plantada, de sabores delicados e levemente condimentados. É usada principalmente em Rioja como parte das misturas dos Riojas tradicionais. Também é encontrada em pequena extensão na região do Languedoc-Roussillon, onde é chamada de morrastel.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Principais vinhos da Espanha - Rias Baixas




Rías Baixas
Rías Baixas está localizada na província de Galícia (Terra do meu avô materno).
Embora seja uma pequena Denominação de Origem, Rías Baixas se espalha por três áreas não contínuas. A zona mais ao norte é Val do Salnés; a mais interior e mais montanhosa é o Condado de Tea; e o Rosal, área assim denominada em razão das rosas que crescem por toda parte, fica na fronteira com Portugal. Cada uma dessas 4 zonas tem a sua cota de vinhos muito bons e de importantes produtores.
Mas nem sempre foi assim, as estatísticas retratam melhor a transformação ocorrida. Em 1986 havia apenas cinco vinícolas comerciais em Rías Baixas. Dois anos depois havia oitenta e oito. Esse crescimento foi provocado por uma classe emergente de galelos ricos e bem-educados, dotados de profundo senso de orgulho nacional. Formaram-se pequenos consórcios de advogados, médicos e empresários, que compravam e replantavam vinhedos familiares, construindo vinícolas modelares, investindo enormes somas em equipamentos modernos e, mais importante, contratando enólogos jovens e bem treinados em escolas de enologia da Europa.
Os melhores vinhedos têm solo bem drenado, arenoso/granítico, alguns com mistura de argila e calcário. São plantados nas encostas voltadas para o sudeste, de modo a garantirem para o amadurecimento das uvas o máximo de horas de sol.
A região é conhecida exclusivamente pelos vinhos brancos, as uvas plantadas são:
Albariño: principal uva, extremamente aromática e saborosa.
Loureira: uva menor. Ás vezes participa dos cortes para acrescentar aroma.
Treixadura: uva menor. Ás vezes acrescentada aos cortes para dar corpo e aroma.
Os melhores vinhos de Rías Baixas são produzidos principalmente com a uva branca Albariño.
A Albarinõ é cheia de personalidade, bem aromática (com muitas frutas cítricas), baunilha, pêssego, mel e kiwi. Os sabores variam desde amêndoas e baunilha até gengibre picante. Para sublinhar o frescor desses sabores, os produtores manuseiam as uvas o mínimo possível. E como os vinhos Albariño quase nunca são fermentados em barris, os sabores permanecem puros e vibrantes.
Praticamente todas as bodegas de Rías Baixas produzem apenas um tipo de Albariño. Não existem as categorias Reserva ou Gran Reserva.
A palavra Albariño aparece em todas as garrafas, em compensação, muitos outros vinhos espanhóis são citados pela região geográfica.
Em Rías Baixas há umas poucas plantações de uvas tintas, mas ali não se produzem vinhos tintos superiores.

Você sabia...
Os galegos como são chamados as pessoas da Galícia, bebem mais vinhos e comem mais frutos do mar do que qualquer outro espanhol.
Assim como os bascos e os catalães, os galegos reforçam a separação e a individualidade falando a própria língua, o galego, uma espécie de casamento, de sonoridade celta, entre o espanhol e o português.
A antiga herança celta da Galícia fica aparente na música. O tradicional instrumento local é a gaita, de aparência e som semelhantes à gaita de fole escocesa.
Os amantes de frutos do mar enlouquecem na Galícia, que fragmenta-se entre dois estuários profundos (Rías Altas e Rías Baixas respectivamente). Esses canais atuam como enormes funis para peixes, ali a apanha de frutos do mar é uma das maiores da Europa.
Os frutos do mar estão presentes praticamente em todos os aspectos da cozinha da Galícia, por sua abundância e variedade, não parece coincidência que a Galícia se especializasse num vinho considerado um dos mais compatíveis do mundo para acompanhar frutos do mar, e o Albariño é exatamente isso.
Outra especialidade da região são as empanadas, recheadas em geral com vieiras, enguias, sardinhas, atum ou carne de porco. O recheio é salteado em azeite, com pimentões, tomate, cebola e alho.
A Galícia também é célebre por uma das comidas mais feias e deliciosas que se pode imaginar: os perceves - cracas cinzentas, de pescoço longo, do tamanho de um polegar humano.
Macio e tenro , o pulpo (polvo) é outra especialidade da região.
Finalmente, a culinária da Galícia também foi influenciada pelas raízes celtas da região. A batata é reverenciada.
O caldo gallego, o mais famoso cozido de lá, é uma combinação de batatas com couve, feijão, pedaços de porco (orelha, rabo), linguiças condimentadas e às vezes vitela e frango.

Veja também: Principais vinhos da Espanha - Penedés

Fonte: Karen MacNeil
Atlas Mundial do Vinho

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Produtores de vinhos de Portugal - Parte 20



Niepoort
A Niepoort é uma empresa familiar desde 1842 foi fundada por Franciscus Marius Niepoort estando hoje na quinta geração, com Eduard Dirk Niepoort e sua irmã Verena Niepoort a frente da empresa.
A paixão de Dirk pelos vinhos e a curiosidade pelo terroir do Douro definiu o espírito da Niepoort nas duas últimas décadas.
Os vinhos do Porto e do Douro convivem em perfeita harmonia, conjugando a tradição secular com a inovação. Com o crescimento da empresa esta conjunção passou a incluir os vinhos de duas outras regiões, que contribuíram para delinear o triângulo Douro- Bairrada - Dão.
Vinho do Porto
São mais de 150 anos dedicados à produção de vinho do Porto, dentre o portfólio um estilo de Porto que é único, o Garrafeira, um Porto singular, difícil de enquadrar na legislação atual.
Moscatel do Douro
Portugal tem uma longa tradição na produção de Moscatéis nas regiões de Setúbal e Douro. Em 2000 a Niepoort decidiu recuperar a produção de Moscatel, seu estilo caracteriza-se por um Moscatel encorpado, de boa estrutura, com acidez alta, permitindo obter um vinho leve e fresco.
Portfolio:
Espumante Olo (Minho)
Espumante Água Viva ( Bairrada)
Rótulo Branco (Dão)
Teppo Peixe Branco (Vinhos Verdes)
Olo (Vinhos Verdes)
Wana Bi (Vinhos Verdes)
Riesling Dócil (Douro)
Redoma Branco(Douro)
Moscatèl Dócil (Douro)
Tiara (Douro)
Conciso Branco (Dão)
Redoma Reserva Branco (Douro)
W Vinhas Velhas Branco (Bairrada)
Gonçalves Faria Branco (Bairrada)
Coche (Douro)
Redoma Rosé (Douro)
Rótulo (Douro)
Vertete (Douro)
Lagar de Baixo (Bairrada)
Bioma Tinto (Douro)
Redoma Tinto (Douro)
Poeirinho (Bairrada)
Syrah (Bairrada)
Merlot (Bairrada)
Conciso (Dão)
Batuta (Douro)
Charme (Douro)
Poeirinho Garrafeira (Bairrada)
Robustos (Douro)
Turris (Douro)

Leia também: Produtores de vinho de Portugal - Parte - 19

Fontes: Vinhos de Portugal
Niepport

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Queijos e vinhos pelo mundo - Abondance



Abondance
Queijo produzido na região de Haute Savoie na França, nos Rhône - Alpes.
Feito a partir de leite não pasteurizado, proveniente da raça abondance de gado, que se alimenta apenas de gramíneas naturais regionais.
O queijo é prensado e, é no momento da prensagem que assume sua característica forma côncava; depois é curado por pelo menos 90 dias onde é repetidamente lavado com salmoura  para que assim desenvolva sua casca natural (dura, lisa e de cor acastanhada).
O primeiro registro escrito de abondance é do século XII. Os monges do Vale de Abondance começaram a produzir o queijo como meio de gerar renda para seus mosteiros. No século XIV já era aclamado em toda a Europa, e em 1381 foi servido no Conclave de Avignon.
Devido a sua longa história, em 1990 recebeu sua AOC.
Quanto ao queijo, a massa é mais ou menos amarela, dependendo da época em que foi fabricada, é muito densa com pequenos buracos redondos de fermentação e, por vezes, apresenta pequenas fissuras chamadas "fendas".
Firme mas flexível é ligeiramente granulado, textura cremosa. Tem cheiro forte e um sabor intensamente frutado, amanteigado e aveludado, com equilíbrio de acidez e doçura.
É salgado sem ser excessivo, com um toque de amargor, retrogosto persistente e um intenso aroma de noz.
Pode ser consumido sozinho, em fondue ou derretido sobre vegetais de raiz.
Quando o assunto é vinho, a harmonização regional é uma boa pedida, os vinhos brancos secos de Savoie como o Apremont e o Roussette de Savoie, valorizam os aromas e o intenso sabor frutado desse queijo. Seguindo a linha dos brancos você pode optar por um Chardonnay sem barrica ou por um Riesling, se preferir um tinto, opte por tintos leves ou mesmo um rosé.
Dica: É interessante notar que os queijos abondance de fazenda têm um rótulo oval azul no calcanhar, enquanto os industrializados possuem um rótulo quadrado.
Ao consumir qualquer um deles, a casca deve ser removida incluindo a camada cinza abaixo.
E como todo queijo, deve ser retirado uma hora antes da geladeira para recuperar sua textura, aroma e sabor.

Leia também: Queijos e vinhos pelo mundo

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Bourboulenc


Antiga uva branca para misturas, de gosto simples e hoje relativamente rara, usada principalmente no sul da França, em particular em certos vinhos brancos como o Châteauneuf-du-Pape e Côtes-du-Rhône.

domingo, 20 de agosto de 2017

Vinhos Espumantes e regiões produtoras - Champagne Millésime



O Champagne Millésime (de safra), deve ser preparado exclusivamente com as uvas de um único ano, ao contrário de muitos vinhos espumantes com reserva que podem ser preparados com um mínimo de 85% de uvas de um mesmo ano. Os champagnes millésime devem ter um mínimo de três anos antes de ser postos à venda, mas muitos produtores não o fazem antes de cinco ou seis anos.
Há uma categoria especial de champagne muito caro que é mantida com seu sedimento por mais tempo e que é degolado pouco antes de ser distribuído. O exemplo mais conhecido é o Bollinger RD (recentemente degolado). Mesmo quando muito velhos, esses vinhos são de um frescor surpreendente, mas não possuem a capacidade de conservação dos vinhos engarrafados antes.
Em teoria, os champagnes de safra somente são distribuídos se são de safras excepcionais, o que, na prática, representa duas ou três vezes a cada década. Em geral, os produtores tendem a comercializar os anos que são melhores que a média, o que significa uns quatro ou cinco anos de cada dez. Os melhores anos das últimas décadas foram:
2002 (não foi distribuída antes de 2007/2008)
1999
1998
1996
1995
1990
1989
1988
1985
1982
Leia taambém: Vinhos Espumantes e regiões produtoras - Como é feito o Champagne

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Principais vinhos da Espanha - Penedés


A região vinícola de Penedés fica na Catalunha e é uma das várias Denominacíones de Origen existentes por lá.
Penedés tem uma ampla diversidade de condições climáticas e também uma variedade de castas de uvas diferenciadas, somando-se a isso o solo de argila, pedra calcária e areia resulta em uma gama de vinhos de qualidade, feitos com técnicas modernas e tratados em carvalho.
Em 1872 foi produzido o primeiro Cava, a partir dai a trajetória dos vinhos de Penedés mudou para sempre. No início do século XX, muitas bodegas familiares começaram a se especializar nessa bebida, hoje o Cava é a especialidade mais apreciada de Penedés com cerca de 175 produtores.
Por lei, o Cava pode ser feito em qualquer uma das seis regiões vinícolas da Espanha, no entanto 95% de todos os Cavas, e os melhores, são feitos em Penedés.
Para ser chamado de Cava, o espumante espanhol deve ser elaborado pelo mesmo processo empregado na produção do Champagne francês (segunda fermentação em garrafa). E deve ser produzido de uma ou mais dentre cinco variedades de uvas: Parellada, Xarel-lo, Macabeo e mais, Chardonnay e Malvasia; sendo as três primeiras mais comumente usadas.
Além do Cava, uma ampla variedade de vinhos tranquilos provém de Penedés. As bodegas que hoje se especializam em vinhos tranquilos têm a reputação de criatividade e rapidamente abraçaram as variedades internacionais como a Chardonnay e a Cabernet Sauvignon, que são plantadas em maior quantidade em Penedés do que em ouras partes da Espanha.
Muitos destes produtores produzem vinhos de estilo bastante moderno, cheios de fruta.
O produtor Miguel Torres é a figura central da história de sucesso dos vinhos tranquilos de Penedés, a vinícola Torres foi fundada em 1870 e hoje, produz dois milhões de caixas por ano.

Leia também: Principais vinhos da Espanha - Ribera del Duero

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Produtores de vinhos de Portugal - Parte 19



Jorge Serôdio Borges

Com seu projeto pessoal a Wine & Soul ao lado de sua esposa e também enóloga Sandra Tavares da Silva, Jorge Serôdio Borges alcançou uma nova e impressionante dimensão, projetando o cobiçado Pintas, no início um vinho de garagem e hoje a imagem da história e tradição durienses, fazendo uso de uvas de vinhas velhas com mais de 30 castas misturadas, conquistando reconhecimento nacional e internacional quase instantâneo.
Mais tarde chegaram o Pintas Character, o branco Guru, o Porto Vintage Pintas e o extraordinário Vinho do Porto 5G. Este último resulta de um lote de vinhos muito velhos, alguns dos quais com mais de 100 anos de idade.
Depois de fechadas as partilhas familiares, herdou a Quinta da Manoella e em 2009 nasce o vinho Quinta da Manoela Vinhas Velhas que afirmou-se de imediato como um dos grandes vinhos do Douro.
A Wine & Soul e seus vinhos são a prova viva de que as vinhas tradicionais de onde nascem os grandes Vintage são igualmente capazes de produzir grandes vinhos do Douro.

Leia também: Produtores de vinhos de Portugal - Parte 18


Fonte: Vinhos de Portugal
Wine & Soul


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Brachetto





Uva tinta encontrada basicamente no Piemonte, Itália, onde é usada para preparar o brachetto d'Acqui, delicioso espumante tinto escuro, embora parecido com soda.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Vinhos Espumantes e Regioes Produtoras - Como e feito o Champagne



Como é preparado o Champagne sem safra

O método como é produzido o Champagne consiste em deixar que a segunda fermentação ocorra na garrafa (méthode champenoise). Mas o modo como ele é preparado tem algumas características distintas que o diferenciam do modo convencional de produção de vinho.
Em primeiro lugar, as uvas são colhidas a mão para evitar que sejam esmagadas. Depois são prensadas com suavidade para que o mosto não se tinja com a cascas das uvas mais escuras. Cada remessa de prensado é conservada em cubas separadas e deixada fermentar até alcançar um grau alcoólico dentre 10,5 e 11%. Normalmente, isto ocorre em tanques de aço inoxidável, embora alguns viticultores utilizem também grandes tonéis de carvalho.
Na primeira primavera seguinte à colheita, são tiradas amostras de cada lote para realizar a montagem do vinho. Este pode incluir até 40 ou 50 componentes, assim como vinhos de safras anteriores. A maestria reside em criar um vinho espumante que mantenha a consistência do estilo próprio de cada viticultor. Para obter um champagne rosé, acrescenta-se vinho tinto.
A seguir, acrescenta-se uma mistura de levedura, açúcar e vinho e introduz-se em garrafas reforçadas, que são fechadas com uma tampa coroa e deixadas fermentar novamente.
Assim que haja ocoriido a segunda fermentação, deixa-se o vinho repousando em adegas profundas e escuras durante pelo menos 15 meses; embora muitas vezes esse tempo seja ampliado para 18 meses ou três anos. Ao chegar a esse ponto, a levedura deixou de ser ativa e o resíduo (ou sedimento) proporciona ao vinho um sabor rico e cremoso.
Para tornar o vinho claro, é preciso extrair esse sedimento. As garrafas são gradualmente removidas e colocadas de boca para baixo para que o sedimento se deposite no gargalo de cada uma dela. Este processo era feito à mão em estantes de madeira construídas especialmente para isso e levava uns 25 dias. Hoje, as máquinas obtêm o mesmo resultado em pouco mais de uma semana, embora os champanhes mais caros sejam obtidos seguindo o método manual.
Em seguida, o gargalo da garrafa é submergido num líquido congelante para solidificar os vestígios de levedura, que são eliminados na operação de degola (degorgement). Depois, a garrafa é preenchida com uma mistura de vinho e açúcar, que varia segundo a doçura do tipo de champagne que se deseja obter. Finalmente, é fechada com a tampa característica, fixada com um arame. A maioria dos viticultores de qualidade deixa que o champagne amadureça outros três ou seis meses antes de realizar a rotulação e distribuição.

Leia também: Vinhos Espumantes e Regiões produtoras - Champagne


sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Principais vinhos da Espanha - Ribera del Duero




Ribera Del Duero

A região recebe esse nome em homenagem ao rio Duero, que cruza os elevados planaltos da parte centro-norte da Espanha e desce em direção a Portugal, onde passa a se chamar Douro, desaguando no Atlântico.
Ribera del Duero tem cerca de 30 mil acres de vinhedo. Denominação de Origem desde 1982 que engloba quatro distritos de Castela e Leão: Burgos, com a maior parte dos vinhedos; Soria, Segóvia e Valladolid, onde estão localizadas muitas das principais propriedades.
Com verões onde as temperaturas muitas vezes passam dos 38 graus e invernos frequentemente abaixo de zero, a região é chamada pelos proprietários das Bodegas de "Terra dos extremos". No mesmo dia, durante o ciclo do amadurecimento das uvas a temperatura passa do calor escaldante da tarde a noites com bastante frio.
Porém, os vinhedos beneficiam-se dessa grande diferença de temperatura ganhando em acidez e em equilíbrio.
Os solos são extremamente variados em Ribera, o melhor é entremeado de areia, calcário e cascalho, e boa parte é recoberto com velhas pedras de rios.
A uva Tinto Fino é a mais importante da região, representa 85% das plantações, ela é uma variação genética da Tempranillo, que depois de séculos de adaptação ao clima severo e rigoroso de Ribera del Duero, produz vinhos de textura mais espessa e audaciosa e de sabor mais rústico do que a Tempranillo plantada em Rioja.
Todos os principais vinhos são feitos exclusivamente dessa uva, porém ela não é necessariamente a única, alguns vinhos incluem uma fração de uva branca Albillo.
A região também produz uma pequena quantidade de vinho branco e rosé, mas ele é raramente exportado.
Os vinhos de Ribera del Dero são classificados em três categorias (segundo a qualidade das uvas e amadurecimento)
Crianza: o mais jovem, provém de bons vinhedos mas não excepcionais e amadurecem por no mínimo dois anos antes de serem liberados.
Reservas: produzidos com uvas superiores plantadas em melhores locais,amadurecem por no mínimo três anos antes de serem liberados.
Gran Reserva: provenientes dos melhores vinhedos, amadurecem por no mínimo 5 anos antes de serem liberados.
Em Ribera del Duero, o rótulo frontal da garrafa não indica se o vinho é crianza, reserva ou gran reserva. Um selo do Consejo, aposto no rótulo posterior ou no gargalo da garrafa, indica a designação..
Na década de 1980 uma enorme reviravolta aconteceu na região que até então era conhecida por seus vinhos tintos baratos e grosseiros. O sucesso de duas vinícolas excepcionais a Vega Sicilia e a Pesquera, inspirou um influxo de capital e de habilidades técnicas, além de uma nova paixão por qualidade, sendo a Vega Sicilia a primeira vinícola na região a receber reconhecimento internacional pela excelência de seus vinhos. Atualmente, algumas das melhores vinícolas da região estão seguindo o mesmo caminho e produzindo vinho com a Tinto Fino em assemblage com as variedades internacionais Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec.
Dica: Produtores de qualidade para procurar: Além do Vega Sicilia e Pesquera, Bodegas Ismael Arroyo e Dominio de Pingus

Leia também: Principais vinhos da Espanha - Rioja

Fontes: Atlas Mundial do Vinho
Biblia do Vinho
Segredos do Vinho


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Produtores de vinhos de Portugal - Parte 18




Quinta dos Roques

Localizada entre Mangualde e Nelas, no Dão. A Quinta tem um percurso de mais de duas décadas, no início da década de oitenta começou a ser construído m projeto que visava a produção de vinho do Dão da mais alta qualidade. A primeira etapa deu prioridade as vinhas, quando a produção das vinhas começou a ser consistente, foi construída a nova adega, nela se procurou conciliar o moderno com a tradição.
Atualmente a Quinta dos Roques dispõe de 40 hectares de vinhas, que se distinguem dos demais pela racionalidade dos sistemas de condução e pela quantidade das uvas produzidas. Cerca de 75% da área é ocupada por tintas, onde domina a Touriga Nacional (40%), Tinta Roriz, Alfrocheiro Preto, Jaen, Tinto Cão e Tinta Pinheira, os restantes 25% são de castas brancas, onde prevalece o Encruzado (40%), Malvasia Fina, Bical e Cercial.
"Os vinhos da Quinta dos Roques nunca são fáceis ou imediatos. Sao antes vinhos sérios e, por vezes, sisudos, que representam o caráter beirão de vinhos sóbrios, sólids, prontos para uma vida longa em garrafa.
A aposta nos varietais sempre foi a imagem de marca da casa, com um detaque muito particular a Touriga Nacional que nos Roques já se tornou lendária."

Leia Também: Produtores de Portugal - Parte 17

Fonte: Quinta dos Roques
Vinhos de Portugal

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Degustação de um Cabernet Franc de 15 anos!



Sábado passado o Beber, Comer e Amar esteve presente no Wine Day Casa da Travessa. Onde além de degustarmos inúmeros rótulos apresentados por importadoras e produtores de renome; tivemos o privilégio de participar de uma degustação exclusiva coordenada por Sõnia Denicol (Madame do Vinho) do Cabernet Franc Don Giovanni Safra 2002. Um exemplar de 15 anos de idade, produzido em Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha, com uma tiragem na época de 5 mil garrafas das quais atualmente, restam menos de 100.

Uma delas aberta nesta noite, nos deu a oportunidade de constatar que, os vinhos brasileiros podem sim, envelhecer bem e com qualidade.
Durante a prova, a cor do halo quase um vermelho tijolo, indicava seu envelhecimento, seus aromas terciários (couro, animal) eram inerentes e a grande maciez no paladar mostrava as virtudes da maturidade.



O vinho é resultado da excelente safra de 2002 verificada na região do Rio Grande do Sul, onde as uvas encontraram condições ideais para um excelente índice de maturação e acidez equilibrada.


Você sabia...
A produção de Cabernet Franc no Brasil se deu em 1900 mas somente nas décadas de 1970 e 1980 é que houve a grande difusão da casta, tornando-se a base dos vinhos tintos finos brasileiros.
Porém, a partir dai a casta foi sendo gradualmente substituída pela Cabernet Sauvignon e pela Merlot.
Hoje, existem produtores que continuam apostando nesta variedade, uma cultivar de média maturação, que floresce e amadurece mais cedo do que as outras variedades, que se adapta bem a solos calcários e que está bem adaptada às condições ambientais do Rio Grande do Sul.
Bento Gonçalves é, no momento, o município com maior área plantada seguido por Garibaldi, Monte Belo do Sul e Farroupilha, na Serra Gaúcha, e Santana do Livramento, na Campanha.
O destino da produção é para a elaboração de vinho tinto jovem, embora como vimos no texto acima, apresenta aptidão para envelhecer..
Um pequeno volume de uva é utilizada também para elaboração de vinho branco e para espumante.


terça-feira, 8 de agosto de 2017

Auxerrois


Auxerrois
Uva branca relativamente comum na Alsácia, França, onde muitas vezes é misturada à Pinot Blanc. Para confundir, também existe uma variedade de tinta chamada Auxerrois, que é a mesma variedade Malbec de Bordeaux

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Vinhos Espumantes e Regiões produtoras - Champagne

França - Champagne
O champagne só pode ser produzido em uma região específica da França chamada Champagne, centralizada entre Reims e Épernay.
O que torna o champagne algo especial é o terroir, essa região desfruta de um clima no qual as clássicas variedades de uva para vinho espumante, a Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, dão seus melhores resultados.
O clima frio intensifica o sabor e mantém a acidez e o frescor. As adegas frias, úmidas e escuras, algumas delas com muitos séculos de idade, contribuem para a conservação destas qualidades. E acima de tudo, está o característico chão calcário, que mantém a umidade e concede elegante e peculiar caráter mineral á uva.
Na região de Champagne encontra-se milhares de pequenos produtores (mais de 19.000), muitos deles com somente um ou dois hectares de terra. Estes pequenos agricultores produzem as uvas que os grandes produtores necessitam para criar seus vinhos complexos.
Os dezessete melhores lotes de cultivo estão agrupados sob a denominação Grand Cru e produzem somente Chardonnay e Pinot Noir. Há também 43 lugares classificados como Premier Cru, que fornecem quase um quarto da produção de Champagne. Em alguns lugares, há vinhedos classificados ao mesmo tempo como Grand e Premier Cru, porque cultivam diferentes variedades de uvas.No entanto, há também uma quantidade admirável de champagne que não têm um renome especial. Muitos são produzidos por cooperativas e por viticultores individuais que cultivam os próprios vinhedos. Há portanto, milhares de marcas divesras. Muitas delas comercializadas com seu próprio rótulo por comerciantes, supermercados e restaurantes.
Pode-se encontrar champagne barato, mas muitos são ruins. Uma dica para economizar dinheiro e adquirir um champagne, sem comprometer a qualidade é procurar pelas letras RM no rótulo (abreviação de Récoltant - manipulant, que significa, em francês, colhido e elaborado). Esses champagnes são produzidos por estes produtores, possuem preço baixo porque não tem o mesmo cachê, como as grandes marcas.
Semana que vem veremos como é feito o champagne.
Espero vocês.
Leia também Vinhos Espumantes e Regiões Produtoras

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Principais vinhos da Espanha - Rioja





Rioja
Localizada no norte da Espanha, Rioja fica num amplo platô elevado a mais de 500 metros. Possui três sub-regiões: Rioja Alta, Rioja Alavesa e Rioja Baja.
As melhores uvas provém de Rioja Alta e Rioja Alavesa, que por serem mais altas e situadas mais ao norte e a oeste em relação ao Atlântico têm clima mais frio. Em Rioja Baja, por sr mais quente, mais baixa e mais seca, se produz uvas que resultam em vinhos de alto teor alcoólico, baixa acidez e em geral com caráter mais grosseiro.
Normalmente os Riojas são elaborados com uvas dessas três áreas, porém os melhores vinhos de Rioja raramente contém um percentual significativo de uvas de Rioja Baja.
Embora, hoje se produza um número crescente de vinhos feitos exclusivamente de Tempranillo, tradicionalmente os Riojas tem sido produzidos a partir de cortes. Sendo a Tempranillo a uva principal, que representa a parte mais importante do corte podendo ser acrescido de Garnacha, Mazuelo (Carignan), Graciano e ainda Cabernet Sauvignon (um fenômeno novo, mais ainda raro em Rioja, resultando um sabor completamente diferente de um Rioja clássico).
Os tintos de Rioja geralmente são maturados em carvalho americano, o resultado é um vinho de sabor acentuado de frutas vermelhas, carvalho tostado e baunilha.
Embora muitas bodegas considerem o pronunciado sabor de baunilha do carvalho americano como o complemento perfeito para o sabor intrínseco dos vinhos de Rioja, outras bodegas estão se voltando
para o carvalho francês, ou até amadurecendo seus vinhos por um período de tempo em cada tipo de barril.
No conjunto, os vinhos de Rioja amadurecem por mais tempo do que os outros vinhos, antes de serem liberados.
Vinhos destinados a longos períodos em madeira são elaborados exclusivamente com Tempranillo.
Abaixo veja a legislação mínima para os vinhos de Rioja:
Crianzas
Tintos: precisam amadurecer pelo menos dois anos, um dos quais em barril de carvalho.
Brancos: precisam amadurecer seis meses em barril de carvalho
Reservas
Tintos: precisam amadurecer pelo menos três anos, um dos quais necessariamente em barris de carvalho.
Brancos: precisam amadurecer por um ano, sendo seis meses em barris de carvalho.
Gran Reservas
Tintos: precisam amadurecer pelo menos cinco anos, dois dos quais necessariamente em barris de carvalho, e envelhecer em garrafa pelos três anos remanescentes.
Brancos: precisam amadurecer quatro anos, sendo seis meses necessariamente em barris de carvalho.
Os vinhos brancos tradicionais de Rioja são difíceis de serem encontrados, possuem um caráter ligeiramente oxidado, que é intencional, e podem envelhecer por décadas.
A principal uva branca de Rioja é a Viura (Macabeu) uva de boa acidez , conferi ao vinho capacidade para o envelhecimento. Constitui a maior proporção no corte de qualquer vinho branco. Ela às vezes é misturada a Malvásia, que acrescenta aroma e frescor, e a Garnacha Blanca que dá corpo ao vinho.


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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Produtores de vinhos de Portugal - Parte 17





Quinta do Ameal
A Quinta do Ameal comandada por Pedro Araújo (bisneto de Adriano Ramos Pinto) é uma pequena propriedade onde são criados e produzidos vinhos brancos de excelência feitos a partir da casta Loureiro, que atinge a sua maior expressão aromática e gustativa no Vale do Lima - Região do Vinho Verde, onde está situada.
Vinhos produzidos organicamente, frescos, jovens, alegres e prazerosos.
São vinhos que retratam de forma primorosa o Vinho Verde, com um perfil acentuado mineral, elegantes e refrescantes. E curiosamente envelhecem com dignidade, melhores com pelo menos um ano de idade.
A Quinta exporta para mais de 15 países.


Portfolio:
Quinta do Ameal - Loureiro
Quinta do Ameal - Escolha
Quinta do Ameal - Espumante
Quinta do Ameal - Special Harvest
Quinta do Ameal - Solo


Lei também: Produtores de vinhos de Portugal - Parte 16


Fonte: Vinhos de Portugal - Quinta do Ameal

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Durif







Durif
Casta tinta, cruzamento da região do Ródano, de Syrah com a hoje obscura Peloursin. Embora a Durif tenha praticamente desaparecido na França, sobrevive na Califórnia, onde é a base de muitos vinhos conhecidos como Petite Sirah.