domingo, 19 de dezembro de 2021

Stollen e a história do Papai Noel



Ao longo do ano o Beber, Comer e Amar combinou comida, vinho e história. Com a proximidade do Natal não poderia deixar de relembrar esta deliciosa receita de Stollen, combinada com a história do nosso bom velhinho, Papai Noel!
Má na cozinha preparando Stollen.
Stollen é um bolo de frutas em forma de pão, geralmente feito com frutas cristalizadas e frutos secos. Um bolo alemão tradicional, apreciado durante a temporada de Natal.
Possui história própria e significado cristão.
O Stollen mais famoso é o Dresden Stollen, produzido manualmente na cidade de Dresden, na Alemanha,  por apenas 130 padarias locais, é distinguido por um selo especial de qualidade, com Indicação Geográfica Protegida desde 2010.
A receita de Dresden é muito antiga, e remete a 1450. Curiosamente naquela época, procurava se dar diferentes significados religiosos no preparo de receitas. Assim temos as panquecas que simbolizavam a esponja encharcada que ajudava a diminuir o suplício de Jesus; e o pão pretzel, que simbolizava as amarras que Jesus teve que suportar no caminho do seu calvário.
O Stollen seu formato lembra Jesus envolto em pano.
Quando me perguntam que vinho harmonizar com stollen, ou mesmo com panetone, sugiro sempre os vinhos feitos com Moscatel.
O stollen combina bem por exemplo com um Moscato d'Asti, ele possui um teor alcoólico baixo.
Ainda dá tempo de preparar o seu Stollen! Eu como sempre, contribuo com a receita:
Ingredientes:
750 g de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de fermento biológico instantâneo para pães
125 g de açúcar
1 colher (chá) de casca de limão ralada
1 colher (chá) rasa de sal
375 ml de leite
250 g de manteiga sem sal
175 g de amêndoas (acrescentado de 1 colher (café) de essência de amêndoas)
70 g de limão e laranja cristalizadas picadas
150 g de uvas passas pretas
3 colheres (sopa) de rum
150 g de cerejas glaceadas cortadas ao meio ou em 4 pedaços (pode ser cereja em calda, drenadas e secas em papel toalha) Devem ser colocadas somente no momento final de abrir a massa, antes de dobrar o Stollen, para que não fiquem amassadas
Para Cobertura
50 g de manteiga sem sal
100 g de açúcar de confeiteiro
Preparo:
Deixe as uvas passas macerando no rum.
Aqueça um pouco no forno de microondas ou em uma panela.
Peneire a farinha, o açúcar e o fermento, juntos. Misture a manteiga levemente amolecida, o leite morno, as raspas de limão e o sal. Amasse bem, por 15 minutos
Coloque a massa dentro de um saco plástico e deixe crescer em local protegido de vento, por 40 minutos.
Abra a massa espalhe as uvas-passas, as amêndoa, as frutas cristalizadas e as cerejas glaceadas.
Enrole a massa e amasse até envolver o recheio o máximo possível.
Divida a massa em 2 ou 3 partes e abra cada uma delas, espessura mais ou menos 3cm, formato oval.
No sentido do comprimento, dobre uma pate menor sobre a outra.
As frutas que forem caindo, empurre-as para dentro da massa.
Coloque em formas untadas grandes, lembrando que a massa vai crescer uma vez.
Deixe crescer 40 minutos, em local protegido de vento.
Asse em forno pré-aquecido, 180 graus, por mais ou menos 50 minutos, dependendo da altura do Stollen e formato.
Depois de assados, ainda quentes, passe a manteiga com auxílio de um pincel e polvilhe o açúcar de confeiteiro, utilizando uma peneira bem fina.


Você sabia...
Existem muitas versões para a origem do Papai Noel, a maioria bem fantasiosa. Mas, segundo historiadores, ele existiu de fato, dando origem ao mito que conhecemos hoje.
No século IV, na Ásia Menor, na cidade de Myra, havia uma família muito humilde, com três moças.
Vendo a situação miserável em que se encontravam, as três irmãs resolveram se tornar prostitutas.
Então, durante três noites seguidas, um homem jogou um saquinho de ouro pela janela (há quem diga que foi pela chaminé).
Assim, cada uma das moças pode pagar os dotes de casamento e não precisaram se prostituir. O benfeitor era ninguém menos que o bispo da cidade, Nicolau de Myra.
O bispo Nicolau era uma pessoa muito rica e generosa, que gostava de presentear os pobres. Atribuíram a ele muitos milagres e um século após sua morte ele foi canonizado pela igreja.
São Nicolau tornou-se padroeiro das crianças, dos marinheiros e dos mercadores, ganhou o mundo e logo sua imagem de bom velhinho foi incorporada às tradições natalinas. Na Holanda o santo teve o nome abreviado para SinterKlaas.
Os imigrantes holandeses que se fixaram onde hoje é a cidade de Nova York levaram pra lá o culto, com tudo o que tinha direito, e lá ele virou Santa Claus. Em meados do século XIX, com a Revolução Industrial no auge e com a produção em massa de toda a sorte de "presentes" era preciso um bom garoto-propaganda. Eis que surge o nosso bom velhinho novamente.
Com nova "roupagem", mais gordinho e sem referências religiosas, o desenhista Thomas Nast criou o Papai Noel com as feições que conhecemos hoje. E porque o Pólo Norte como residência oficial? Porque assim o Papai Noel não pertenceria a país nenhum, seria de todos.
Na década de 30  a Coca-Cola criou uma série de anúncios para uma campanha publicitária usando o "Santa Claus" como modelo com uma nova roupa, nas cores vermelha e branca  e com um gorro vermelho com um pompom branco.
A campanha publicitária fez um grande sucesso e a nova imagem do Papai Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo.

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