Beber, Comer e Amar...
Vamos de queijo e vinho?
Se acreditarmos nos arqueólogos, a invenção do queijo remonta ao período Neolítico, uma história que remonta a mais de 10.000 anos. Os pastores nômades transportavam o leite em bolsas de peles feitas de estômagos de animais naturalmente contendo coalho, uma enzima que permite que o leite coagule rapidamente, assim nasceu a coalhada: Foi mais tarde, e sem dúvida por acaso, que o homem compreendeu que o leite coalhado e o soro, depois de escorridos e secos, transformavam-se em alimento (queijo), fácil de manusear e conservar.
Mas é sobretudo na Idade Média que se dá a "revolução do queijo" e que seu fabrico se desenvolve graças aos monges.
A história do queijo dá uma guinada com a descoberta da pasteurização, que obviamente devemos a Pasteur. Este descobre que os microrganismos têm propriedade de causar a fermentação de certos alimentos, como o leite.
Desde o Neolítico até aos nossos dias, a evolução do queijo é uma viagem fascinante onde se unem inovação e tradição, artesanato e progresso científico e técnico, gastronomia, cultura e prazer.
Partindo para a enogastronomia, o queijo e o vinho transmitem a imagem de convívio. Quem nunca participou de uma noite de queijos e vinhos?
Queijo e vinho, confortam, aquecem...
Quando pensamos em harmonização de queijos, o vinho é a primeira bebida que nos vem à mente, mas não se deixe levar! Juntar queijo e vinho não é tarefa fácil, o queijo contém características complexas como: sabor intenso, untuosidade, sal, aromas fortes, um verdadeiro desafio para qualquer vinho.
Em geral, aqui no Brasil o queijo toma o lugar de uma refeição seja em reuniões com amigos, um jantar romântico etc.
Aqui em casa, preferimos comê-lo após a refeição antes da sobremesa, para realçar todos os aromas, servimos numa tábua à temperatura ambiente e acompanhado pelo seu fiel amigo, o vinho.
O escolhido da vez foi o Marmoratto da Queijaria Martina Artesanal @qjomartina.
Martina Sgarbi há alguns anos, aprendeu a produzir queijos para consumo próprio, se aperfeiçoou fazendo cursos dentro e fora do país (França e Itália) e nunca mais parou.
Em seu catálogo, há 9 variedades dentre eles o Marmoratto ( medalha de bronze no Mundial de Queijos no Brasil 2022).
O queijo é lavado delicadamente em cachaça artesanal com urucum natural.
Em sua casca existem mofos vivos e leveduras do bem.
Quando o assunto é vinho...
O queijo de casca lavada é untuoso, com aroma forte, salgado e com notas de nozes. Textura macia, lisa e que derrete na boca.
Escolhemos para harmonizar um vinho brasileiro da @vinicolafinoficial
Vinho Licoroso Rosado Doce Porto Das Missões.
O vinho traz doçura, um pouco de fruta, acidez e caráter amaciador.
"Vinho semelhante a este foi elaborado em 1626 pelo Padre Jesuíta Roque Gonzales, para utilização em celebrações, na primeira redução dos 7 povos missioneiros. São Nicolau. Sendo o primeiro vinho elaborado no Rio Grande do Sul".
Vamos valorizar não somente o produto regional brasileiro como também os produtores e seus modos de vida, conhecimento e práticas associadas.
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Saúde sempre!
Beijos no coração.
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