quarta-feira, 30 de novembro de 2016

10 dos vinhos mais caros do mundo



Uma listinha dos 10 vinhos franceses mais aclamados por críticos do mundo todo, feitos por produtores renomados e custando uma pequena fortuna.
Cinco deles são Premiéres Grand Cru de Bordeaux, classificação por qualidade feita em 1855, a pedido de Napoleão III e que foi reexaminada só uma vez em 1973 com a inclusão do Mouton Rothschild.

1. CHÂTEAU HAUT-BRION
Vinho tinto produzido em uma das mais antigas vinícolas de Bordeaux, na região de Graves, com cerca de 50% Cabernet Sauvignon, 30% Merlot e 20% Cabernet Franc.
Um Premier Cru, considerado por muitos críticos o melhor vinho dentre os cinco Premier Cru.


2. CHÂTEAU LAFITE ROTHSCHILD
Vinho tinto produzido em Pauillac (Médoc), o centro da agitação na região de Bordeaux, três dos cinco Premiers Cru nasceram nesse solo.
Quase todos os vinhos do Médoc tem como uva dominante a Cabernet Sauvignon (60% a 70%), seguida da Merlot e o restante de uma ou mais das três outras uvas tintas de Bordeaux.
Classificado como o primeiro dos Premières Grand Cru, é conhecido por sua notável longevidade.
Uma garrafa de Château Lafite Rothschild da safra de 1787 alcançou em um leilão US$ 160 mil.


3. CHÂTEAU LATOUR
Vinho tinto também da região de Pauillac (Médoc), Premier Grand Cru é considerado por muitos o mais potente dos cinco grandes,
Uma garrafa Magnun da safra de 1961 foi vendida por US$ 62 mil.
4. CHÂTEAU MARGAUX
Vinho tinto produzido em Margaux, mais ao sul e maior comuna de Médoc.
Um dos mais estilosos e aristocráticos dos Premières Grand Cru, poderoso e elegante.

5. CHÂTEAU MOUTON ROTHSCHILD
Vinho tinto também de Pauillac (Médoc), uma curiosidade os rótulos desse Premier Grand Cru são marcacados por obras originais de artistas contemporâneos convidados especialmente pela vinícola, como Salvador Dalí (1958), Miró (1969), Pablo Picasso (1973) e outros que já adornaram suas garrafas.

6. PÉTRUS
Vinho tinto produzido em Pomerol, a menor de todas as importantes regiões vinícolas de Bordeaux.
A cada ano Pétrus é um dos vinhos de Bordeaux mais caros e procurados.
Produzido com a 100% Merlot, se tornou conhecido depois que a rainha Elisabeth II se encantou com o vinho e ele foi servido em seu casamento e em sua coroação.

7. CHÂTEAU CHEVAL BLANC
Vinho tinto produzido em Saint-Émilion, com a maior percentagem de Cabernet Franc de todas as propriedades famosas de Bordeaux, quase 70% e o restante do corte é constituído pela Merlot.
Uma garrafa de 6 litros já foi vendida por mais de US$ 300 mil.


8. CHÂTEAU D"YQUEM
Vinho doce produzido na sub-região de Sauternes em Bordeaux, um Premier Cru Supérieur Classé com safras muito diminutas.

9. ROMANÉE-CONTI
Vinho tinto produzido na Borgonha com Pinot Noir, produção minúscula e preços astronômicos , um dos vinhos mais procurados do mundo.
Um Romanée-Conti de 1998 custava US$ 1.100 a garrafa.


10. LOUIS ROEDERER CRISTAL BRUT (CHAMPAGNE)
Hoje apreciado por celebridades, o Cristal Brut foi desenvolvido especialmente para o Czar Alexandre II em 1876.




Fonte: Almanaque do Vinho

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Macabeu



 Esta uva parece ser originária da Espanha onde é conhecida com diversos nomes segundo a região de produção. Os nomes mais comuns são Macabeu e Viúva, embora também receba o nome de Lloza, Subirats ou Blanca de Daroca.
A Macabeu é parte principal do corte do espumante cava, junto com a Parellada e o Xarello e proporciona elegância e acidez para os Gran Reserva, espumantes Cava com mais de 30 meses de maturação.
Aromas principais: Cítricos, maçã, abacaxi, flores brancas.
Caráter: Vinhos com boa acidez e boa graduação alcoólica. Sua excelente estrutura constitui a espinha dorsal dos vinhos que são combinados com outras variedades. É possível encontrar exemplos de vinhos varietais, mas geralmente é vinificado em corte com outras uvas.
Regiões Chave: Espanha (Conca Barberá, Costers del Segre, Navarra, Penedés, Rioja, Somontano, Terra Alta); França ( Lanquedoc-Roussillon, onde é empregada na produção de Vinhos Doces Naturais de Banyuls, Maury e Riversaltes.
Os vinhos a base de Macabeu são ideais para pratos de peixe de carne branca, grelhados e caldeiradas de frutos do mar.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Viticultura orgânica (Vinhos orgânicos)


A viticultura orgânica surgiu nos anos 60, na Califórnia com vinicultores naturalistas. Na viticultura orgânica os vinhos são produzidos com uvas cultivadas sem uso de fertilizantes industriais, herbicidas, fungicidas, pesticidas e sem aditivos sintéticos , que são substituídos por compostos orgânicos e por predadores naturais de insetos e pragas.
Tem o intuito de manter o ecossistema e proteger o meio ambiente com o uso responsável de recursos naturais (solo, água ,ar), fauna e flora.
Portanto não é o vinho que é orgânico, e sim os métodos de plantio biológico, onde o vinhedo fica livre de agentes químicos, no máximo usa-se a Cada Bordalesa (sulfato de cobre e cal) para pulverizar as vinhas.
Uma prática natural e responsável, por meio da qual muitos dos melhores vinhos do mundo são, há muito tempo produzidos.
Para que o produtor seja qualificado como orgânico, ele deve seguir uma lista específica de critérios. Cada país possui uma regulamentação quanto a vinhos orgânicos.
Uma vez que o vinho chega à vinícola sua manipulação também é limitada.
Muitos vinicultores orgânicos também preferem incorporar leveduras selvagens no lugar de leveduras cultivadas para a fermentação.
No entanto, a maior controvérsia é o uso de dióxido de enxofre , um aditivo sintético que ajuda a estabilizar o vinho durante sua produção, cada país tem um limite de sulfitagem, para ser considerado orgânico geralmente em torno de 150mg/litro para tintos.
Muitos rótulos praticam o conceito de vinho orgânico,  um dos mais conhecidos é a Romanée-Conti.
Hoje 5% da produção mundial é de vinhos orgânicos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Vinhos no Brasil - Parte 2

Dando continuidade ao post Vinhos no Brasil falarei no decorrer das semanas, um pouco a respeito das vinícolas do nosso país.
Citarei por ordem alfabética e destacarei os vinhos mais difundidos. Espero que ao final estejamos mais familiarizados com nossos vinhos, nossos produtores e regiões.
Existem centenas de vinhos nacionais, com diversas variedades de uvas para serem descobertos, precisamos incentivar os bons produtores a continuar uma produção séria e de qualidade.
Para isso precisamos conhecer, degustar e entender mais os vinhos do Brasil.


Vinícola Abreu Garcia
Localizada em Campo Belo do Sul - Santa Catarina a 950 metros acima do mar.
Produção: 100% própria.
Produz: Cabernet/Merlot, Chardonnay, Chardonnay com carvalho, Pinot Noir, Malbec Rosé, Sauvignon Blanc e Espumantes.
Destaque: Espumante Abreu Garcia Festividad - elaborado com Chardonnay e Pinot Noir pelo método tradicional.


Vinícola Adolfo Lona
Localizada na Serra Gaúcha - Garibaldi (RS)
Produção: Não possui vinhedos próprios, vinificação própria.
Produz: Espumantes
Destaque: Espumante Orus Adolfo Lona Pas Dosé Rosé - 12 meses de autólise, 12 meses de envelhecimento em garrafa. Feito em pequena produçaõ com Chardonnay, Pinot Noir e Merlot.
Espumante Adolfo Lona Brut tradicional - elaborado pelo método Champenoise.


Vinícola Almadén (Miolo Wine Group)
Localizada na Campanha Gaúcha - Santana do Livamento (RS)
Produção: Vinhedos próprios, vinificação própria.
Produz: Tannat, Shiraz, Cabernet Sauvignon, Riesling, Pinotage, Merlot, Ugni Blanc, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Gewurztraminer, Rosés e Espumantes.
Destaque: Vinho Vinhas Velhas Tannat, esse tannat advém de vinhas plantadas em 1976.


Vinícola Almaúnica
Localizada no Vale dos Vinhedos - Bento Gonçalves (RS)
Produção: Vinhedos próprios, vinificação própria.
Produz: Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot, Pinot Noir, Malbec, Sauvignon Blanc, Chardonnay e Espumantes.
Destaque: Espumante Almaúnica Reserva Brut 100% Chardonnay (um belo Blanc de Blancs).
Vinho Almaúnica Reserva Syrah.
Vinho Almaúnica Super Premium Quatro Castas (Merlot, Syrah, Malbec e Cabernet Sauvignon).


Vinícola Antonio Dias
Construída em pedra de basalto, que mantêm a temperatura interna e constante, a vinícola é uma das pioneiras na região, faz uso da vinificação por gravidade.
Localizada em Alto Uruguai - Três Palmeiras (RS)
Produção: 100% própria.
Produz: Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot, Pinot Noir, Tannat, Touriga Nacional, Rosés e Espumantes.
Destaque: Espumante Antonio Dias Brut produzido pelo método tradicional.


Vinícola Aracuri
Localizada em Campos de Cima da Serra - Vacaria (RS) a cerca de 960 metros acima do nível do mar.
Produção: Vinhedos próprios, não possui vinícola própria.
Produz: Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Noir, Cabernet/Merlot e Espumantes.
Destaque: Espumante Aracuri Brut Chardonnay produzido pelo método Charmat com 100% Chardonnay.


Vinícola A.R.M.M
Localizada na Campanha Gaúcha - Campos de Cima da Serra e Vale dos Vinhedos (RS)
Produção: Não possui vinhedos próprios, vinícola própria não (compram uvas à granel de três regiões gaúchas e vinificam com a ajuda de Flávio Pizzato).
Destaque: A.R.M.M Pinot a la Gamay

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Vinhos Varietais e Vinhos de Corte



Um vinho de corte é um vinho proveniente da mistura de mostos fermentados de diferentes variedades de uva. O Châteauneuf-du-Pape, por exemplo, pode ser composto por até 13 variedades diferentes.
Um corte pode abranger também diferentes colheitas, como no caso dos vinhos do Porto.
Já um varietal é um vinho preparado com uvas de uma só variedade. No entanto, as normas variam de uma região para outra e, na verdade, um vinho varietal pode conter uma pequena quantidade de vinho de outra variedade de uva.
Um varietal por lei exige pelo menos 75% da variedade declarada.
Há boas razões para se beber tanto os cortes como os varietais, uns preferem a pureza e intensidade dos varietais, outros preferem um corte cuidadoso que permite uma maior sutileza e delicadeza ao vinho.
Porém tenha em mente que nenhum modo de elaborar vinho é melhor que o outro, são apenas diferentes.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Pinot Noir



A uva Pinot Noir vem sendo cultivada faz séculos na Borgonha. Com ela são preparados os varietais tintos da região, famosos no mundo inteiro, como Clos de Vougeot, Corton, Beaune, Gevrey-Chambertin, Nuits-St Georges, Pommard e Romanée-Conti. Tem também uma grande importância na produção champagne, embora essa já seja outra historia.
Aromas principais: Violetas, cerejas, curral ( depois de envelhecido), terrosos.
Caráter: Textura sedosa, proporciona excelentes vinhos monovarietais, aceita bem o barril de carvalho, boa capacidade de envelhecimento, dá um vinho de cor clara devido sua casca ser fina, delicada e de poucos taninos, alta acidez.
Regiões Chave: Borgonha, Champagne ( em cortes com a Chardonnay e Pinot Meunier), no Novo Mundo são produzidos alguns surpreendentes Pinot Noir. Ao contrário da Cabernet Sauvignon, um vinho que tem sabor igual em quase todos os lugares, o Pinot Noir pode ter um gosto muito diferente conforme o lugar onde foi produzido, o clima frio de lugares como Oregon (EUA) e Victória e Tasmânia (Austrália), propicia a produção de vinhos robustos com um forte sabor de framboesa; na Nova Zelândia (Martinborough) são obtidos vinhos com intenso aroma de cereja; na Espanha (Somontano e Penedès) áreas com clima mais fresco também encontramos ótimos Pinot Noir.
Os tintos da Borgonha harmonizam bem com o Coq au vin e com o Boeuf bourguignon; o Pinot Noir da Alsácia, com Quiche; os Pinot Noir da Califórnia e do Oregon, com Salmão e Bonito grelhado.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Deve ser bom pois é "Reserva"


Ontem olhando os vinhos no mercado, um senhor aproximou-se e perguntou se conhecia determinado vinho, disse que não, e ele indagou: Deve ser bom pois é "Reserva".
Escuto isso com frequência mas na realidade a expressão Reserva só tem sentindo mesmo se os vinhos forem de países onde o termo é regulamentado.
Na Espanha e na Itália, por exemplo, o termo Reserva nos rótulos indica que o vinho foi envelhecido em barrica de carvalho e ou, garrafa.
Nos demais países não existe uma regulamentação quanto ao termo, podendo ser usado para indicar passagem por carvalho, safra especial, qualidade superior quando comparados a outros da mesma vinícola, ou mesmo uma estratégia de vendas.
Na minha opinião, hoje em dia o termo Reserva vem sendo utilizado de maneira mais consciente , mas o bom mesmo é degustar o seu vinho de forma despretensiosa e tentar descobrir bebendo, se esse é mesmo um vinho especial.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Como celebrar as festas de fim de ano sem estourar seu orçamento



Com a proximidade das festas de fim de ano é cada vez mais comum as confraternizações regadas a vinho.
Pensando nisso, minha cunhada Monica, sugeriu o post de hoje, pedindo dicas de vinhos para o Natal e Ano Novo onde o custo-benefício seja o ponto alto.
Achar vinhos bem-feitos, com qualidade, a preços baixos nessa época do ano, é uma tarefa desafiadora.
Os tais "custo-benefício" são aqueles vinhos honestos, que podem surpreender, frente ao valor de custo, ou seja, vinhos que não apresentem defeitos e que mostrem qualidades que façam valer, muitas vezes mais do que custam.
Porém, não podemos esquecer que a relação preço/qualidade é subjetiva. Tudo vai depender do seu poder aquisitivo e do seu gosto pessoal.
Listei alguns vinhos que considero um bom custo-benefício para brindar os gostosos encontros com amigos e familiares.
Então, para atravessar as festas de fim de ano e o calor que vem junto, separei três espumantes, três vinhos brancos, três tintos delicados e um de sobremesa. Todos reúnem frescor,  versatilidade e alegria, que é tudo o que precisamos para fechar com chave de ouro o nosso ano!

Espumante Hermann Lírica Brut - Método Clássico - Brasil
R$64,00 - Importadora Decanter
Espumante Charlotte Brut - Método Tradicional - Pizzato - Brasil
R$78,00 - Loja Specialitá bebidas - São Paulo
Espumante Filipa Pato 3B Rosé- Método tradicional - Portugal
R$79,00 -  Site da Wine.com.br
Vinho Branco Aurora Reserva Chardonnay - Brassil
R$41,75 -  Facilmente encontrado em grandes supermercados
Vinho Branco Verde Quinta do Aveleda - Portugal
R$62,90 - Supermercados Extra e Pão de Açúcar
Vinho Branco Emiliana Novas Gran Reserva Chardonnay - Chile
R$78,00 - Importadora La Pastina
Vinho Tinto Yealands Way Pinot Noir - Nova Zelândia
R$89,90 - Pão de açúcar e Extra supermercados
Vinho Tinto Humberto Canale Pinot Noir - Argentina - Patagônia
R$90,00 importadora Grand Cru
Vinho Tinto Volpi Pinot Noir - Brasil
R$80,00 - Empório Santa Luzia - São Paulo
Vinho de Sobremesa Aurora Colheita Tardia
R$28,00 Encontrado facilmente em grandes supermercados
Os preços variam pra mais ou pra menos dependendo da oferta da loja ou site.


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Você sabia que temos um Icewine brasileiro?


A vinícola Pericó lançou em outubro de 2010, numa delicada garrafa de 175ml, com o rótulo da artista plástica Tereza Martorano (gravura Vindima na Neve) o primeiro Icewine brasileiro. Mostrando ser possível fazer vinho do gelo na Serra Catarinense.
O processo de elaboração de um Icewine consiste em colher uvas perfeitamente maduras e com temperatura inferior a - 6ºC. Nessa condição a água que se encontra no interior das bagas congela e o gelo é separado do suco rico em açúcar pelo processo de prensagem das uvas, ficando retido dentro da prensa pneumática juntamente com a casca, as sementes, e o engaço.
O mosto de uva rico em açúcares é então fermentado a 10ºC por 60 dias, e posteriormente é estabilizado e colocado em barricas de carvalho francês.
O Icewine da Pericó, diferentemente dos produzidos na Alemanha, Áustria e Canadá, os quais são elaborados com uvas brancas, é feito a partir das uvas congeladas da tinta Cabernet Sauvignon que é cultivada a 1300 metros de altitude, no município de São Joaquim.


Segundo o produtor o vinho tem cor rosa granada com reflexos castanhos.
Aroma intenso e muito complexo com forte presença de frutas como uva passa, figo seco, tâmaras secas, ameixa seca e um discreto aroma de goiaba, apresenta também aroma floral lembrando rosas.
Na boca o ataque inicial é doce, mas em virtude da ótima acidez o vinho é equilibrado, persistente e denso, no retro olfato destacam-se as frutas secas que se percebem no aroma, lembra marmelada bem cozida.
Percebe-se nitidamente aromas de especiarias como baunilha e o chocolate.
Álcool 15%, consumo ideal 10ºC.
Harmonização: Queijos azuis, queijos de fungo branco e com ou após as sobremesas á base de peras, maças e frutas secas. Como um vinho de meditação pode ser apreciado sem nenhum tipo de alimento.
Sua primeira safra foi em 2009 apresentada em 2010
Sua segunda safra foi em 2010 apresentada em 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Diferentes tipos de taças



Este post foi sugerido por minha sobrinha Carina, recém casada montou seu apartamento.
Uma fase super gostosa pois a gente faz tudo do nosso jeito. Ela, como apreciadora de vinhos, tem um espaço dedicado à eles, investiu numa adega, em bons vinhos e como uma anfitriã cuidadosa se preocupou em que tipo de taça servi-los.
Foi daí que surgiu a ideia do post, pois ela se viu em meio a tantas formas e tamanhos de taças que adquiriu.
Será que é realmente necessário investir tempo e dinheiro comprando uma taça específica para cada tipo de vinho?
Há enófilos, sommeliers e fabricantes de taças que digam que sim.
Eu, particularmente acho três tipos o suficiente.
Aqui em casa tenho uma de bojo grande e boca estreita que uso para todos os tintos leves e brancos, pois esse formato concentra melhor os aromas e evita muito contato com o ar, já que tintos leves e vinhos brancos costumam perder seus aromas mais rápido.


Uso uma de bojo grande e boca larga para tintos mais encorpados, esse formato permite que o vinho entre mais em contato com ar desenvolvendo assim seus aromas (vinhos potentes melhoram com o contato com o ar).

E uma flûte para Espumantes.


Minha dica para quem for adquirir suas primeiras taças de vinho é sempre optar por uma taça transparente, lisa e fina para que você possa ver o que está degustando, em segundo lugar escolha uma taça que não seja pequena, de haste longa e que você se sinta confortável ao segura-la e seguro para girar o vinho pois aqui no blog já vimos como é importante girar o vinho a fim de liberar seus aromas,  e por último que seu bojo seja amplo para dar espaço para os sabores do vinho evoluírem.
E para quem já as têm, cuide delas lavando-as como já postei aqui: Limpando taças para vinho
Ficou curioso para saber quais os outros tipos de taças existentes no mercado?
Em outra oportunidade te conto!

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Nebbiolo



Na Itália região noroeste do Piemonte com a variedade Nebbiolo são obtidos os robustos, escuros e adstringentes vinhos de Barolo e Barbaresco.
O Barolo é o mais robusto e o de melhor conservação desses dois vinhos de categoria, enquanto o Barbaresco é apreciado como o mais elegante e refinado dos dois. Nenhum deles é barato.
Além do Barolo e do Barbaresco, com a Nebbiolo são também produzidos os Gattinara e Ghemme.
Aromas principais: violetas, morango, ameixa, chocolate, alcatrão (depois de envelhecido).
Caráter: os vinhos produzidos com Nebbiolo são fortes, densos e adstringentes. De cor intensa, são vinhos consistentes e complexos, normalmente precisam de um bom envelhecimento, são invariavelmente de alta graduação alcoólica 13% ou mais.
Regiões chave: Piemonte (especialmente Barolo e Barbaresco) fora da Itália quase não é cultivada, embora alguns viticultores californianos arrojados estejam tentando cultivá-la em suas terras.
Harmonizam muito bem com pratos de caça.

sábado, 12 de novembro de 2016

Espumante Lírica Brut harmonizado com Risoto de Socol e Peras



O Beber, Comer e Amar de hoje vai falar um pouco de amizade. Não vou lembrar a data, pois pra gente, essa amizade parece ter décadas.
Falo de uma amizade com um cara Capixaba, gente boa pra caramba, que temos em alta conta.
Júlio Godoi, nos recebeu de braços abertos em seu grupo de WhatsApp que tem como tema vinhos. As conversas que tem com o Marcelo (meu marido) foi o empurrãozinho que faltava para por meu blog no ar.
É um apaixonado pela vida, pela família, pelos amigos, por vinhos e pelo Espírito Santo. E é de lá que vem o protagonista do nosso prato de hoje: Risoto de Socol e Peras.




Essa amizade que tanto prezamos foi selada com uma bela peça de Socol e muitos outros produtos típicos da região. Na época ficamos maravilhados com o embutido que lembra um presunto cru.
Socol é um embutido de carne de porco, produzido em Venda Nova - Espírito Santo de forma totalmente artesanal, é feito com o lombo do porco temperado com sal, pimenta e alho, depois de temperado, o lombo é envolvido no próprio peritônio do suíno (membrana que reveste a barriga) e enrolado numa rede elástica. Para finalizar a carne é passada na pimenta-do-reino, que serve como repelente natural, depois disso, fica na cura por seis a oito meses.
O INPI concedeu o registro de Indicação Geográfica (IG), na especie  Indicação de Procedência (IP), para o produto Socol, sendo utilização do nome exclusiva para os produtores desta região, gerando reconhecimento internacional e valorizando a área produtora.
A área a ser considerada como IP está localizada na parte nordeste do município de Venda Nova, localizado no Estado do Espírito Sato abrangendo as regiões de: Alto Bananeiras, Bananeiras, Laurinhos, Sede, Tapera, Alto Tapaca, Santo Antonio da Serra e Providência.
Das 49 áreas certificadas com o selo IG no Brasil, três são capixabas: Cacau em amêndoas, de Linhares; as Paneleiras de Goiabeiras, de Vitória; e o Mármore, de Cachoeiro de Itapemirim.
Voltando ao Socol vale a pena conhecê-lo, caso esteja em visita ao Espírito Santo no mês de maio, uma boa oportunidade é a Festa do Socol que é realizada na comunidade de Alto Bananeiras, em Venda Nova do Imigrante, cerca de 400 quilos de Socol são consumidos durante a festa.
Deu água na boca!? Então se prepare pois se o Socol já é essa maravilha, fatiado bem fininho acompanhando um Jerez Fino, que foi a harmonização que fizemos assim que abrimos a peça. Imagine um Risoto de Socol e Peras harmonizado com um belo Espumante nacional! Ficou dos Deuses!



Harmonizei como o Espumante Lírica Brut da vinícola Hermann, feito com 75% Chardonnay e 25% Gouveio, produzido na Serra Gaúcha pelo método Clássico.
Aromas florais e de frutas cítricas é refrescante, cremoso com uma perlage fina e consistente, nada de amargor no final.
O Brasil tem maravilhas gastronômicas que são pouco divulgadas a harmonização de hoje prova isso.


terça-feira, 8 de novembro de 2016

Alvarinho



Uma variedade originária do Nordeste da Península Ibérica, com fragrâncias intensas e poderosas. A Galícia é a principal região de produção, na Denominação de Origem Rías Baixas os vinhos geralmente são monovarietais mas algumas vezes são misturados com as uvas Treixadura e Loureira. Em Portugal na Região do Minho com Denominação de Origem Vinhos Verde a Alvarinho é a única que é vinificada sozinha.
Aromas Principais: Frutas tropicais (banana, manga), flor de laranjeira, erva doce, cítricos (limão e maracujá) e matizes de uva.
Caráter: É uma variedade com grande potencial aromático, boa acidez. Evolui bem na maturação em garrafa nas boas safras, embora geralmente seja consumida jovem.
Região Chave: Espanha (Rías Baixas e outras regiões galegas), Portugal (Minho (Monções e Melgaço)), EUA, Uruguai, Chile, Argentina e Brasil.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Como o Carvalho influência o vinho



Alguns vinhos são engarrafados de imediato, outros passam por um amadurecimento em barris de carvalho.
Sem o carvalho muitos vinhos não existiriam como os conhecemos, não teriam o mesmo sabor, o mesmo aroma nem a mesma textura.
Durante o amadurecimento em carvalho os vinhos se modificam na vivacidade e intensidade da cor, na sua estrutura e adstringência, e nos seus aromas.
O carvalho transforma e influência o vinho dando-lhe profundidade e complexidade, pois é composto de várias classes de complexos compostos químicos, sendo os mais notáveis os fenóis, alguns dos quais transmitem sabores semelhantes à baunilha, toques de chá, tabaco e impressões de doçura. O produtor pode controlar esses sabores especificando o país de origem do carvalho usado e seu nível de tosta (tosta leve, média ou forte).
Outra importante classe de fenóis é a das sustâncias comumente chamadas de tanino. A quantidade de tanino liberada pela madeira também depende da sua origem, secagem, tosta e idade.
A entrada de oxigênio também é responsável pela transformação do vinho, nas barricas o contato do oxigênio ocorre de uma forma natural através da porosidade existente, ajudando a combinar os elementos do vinho e dando-lhe mais maciez.
E por fim a evaporação tanto da água quanto do álcool que escapam para o exterior do barril fechado através das aduelas.
O produtor pode decidir colocar o vinho em barris novos, usados, ou numa combinação dos dois.
Quanto mais velho o barril, menor o sabor de carvalho que ele vai transmitir; muitos barris conferem pouco sabor depois de quatro a seis anos de uso. São 400 espécies de carvalho pelo mundo afora mas os dois principais usado são o carvalho americano e o francês.
Não existe um período de tempo perfeito para que o vinho passe no barril isso ficará a critério do enólogo que, levará em conta a variedade da uva, a intensidade e força do próprio vinho.
Preferências culturais de sabor também ditam a duração do amadurecimento do vinho em carvalho.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Vinho Toro Loco - 2013 harmonizado com Nhoque ao sugo


Essa harmonização foi feita há dois anos, quando o vinho Toro Loco da safra 2013 repetiu o feito de 2011 ganhando fama internacional ao conquistar medalha de prata no teste cego na tradicional International Wine and Spirit Competition se consagrando como um dos melhores e mais baratos vinhos do momento.
O vinho é feito de 100% Tempranillo, da região de Utiel - Requena - Espanha, não passa por barrica de carvalho é vendido por 3,59 libras. Aqui o site da Wine (distribuidora que tem exclusividade de vendas) vende por R$ 33,00.
Na época a notícia correu os quatro cantos e ficamos curiosos e literalmente sedentos para degustá-lo.
O Má foi pra cozinha e preparou um Nhoque ao sugo para harmonizar.
Degustamos uma taça do vinho antes para analisá-lo (como fazemos sempre), o vinho se mostrou fresco, frutado, senti cerejas e ameixa, um pouco magro porém bem feito, mas foi perdendo suas características.
Na hora da harmonização o vinho que sozinho prometia, combinado com a comida sumiu, os aromas foram se dissipando e os sabores cada vez ficando menos presentes.
Na hora pensei: O vinho é bom, mas como ele não evoluiu na taça melhor que seja consumido logo, sendo prefeito para uma reunião de amigos, pois a garrafa serviria à todos, não havendo tempo para perceber as tais discrepâncias.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Cheirando o vinho



É preciso cheirar para aproveitar mais o vinho, para que se entenda mais suas sutilezas pois o aroma é a parte essencial da bebida.
Para isso precisamos reconhecer os aromas , a nossa memória olfativa precisa ser treinada e estimulada.
Alguns aromas já estão na nossa memórias afetiva, por exemplo, o cheiro da comida que gostamos, cheiro de carro novo. Outros precisamos prestar atenção e treinar o nosso olfato para memoriza-los. Sabe como?
Sentindo mais o cheiro das coisas que estão em nossa volta, do tempero usado em uma comida, das inúmeras frutas das gôndolas dos supermercados.
Os temperos, ervas frescas e secas, frutas, compostas, chocolates, grãos tostados, café, nozes todos esses aromas e tantos outros são associados ao vinho, por isso temos que tê-los em nossa memória olfativa.
Uma vez treinado o olfato,vamos cheirar o vinho. Com o vinho na taça cheire primeiro ele parado para perceber quais são os aromas do vinho em repouso. Depois agite a taça e cheire novamente para perceber como a mistura do ar no vinho é capaz de modificá-lo, mas nada de inalar profundamente, senão tudo que perceberá será o álcool.
Cheire seu vinho, perceba sua gama de aromas não só no início da degustação mas durante, passado alguns minutos e com a mudança de temperatura, vá buscando seus aromas na taça.
Quer saber mais sobre aromas? Leia  Aromas - exercite o seu olfato

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Gamay



Embora a região de Beaujolais, no Sul da Borgonha, seja o lar da variedade Gamay, a cepa também é cultivada no Vale do Loire, onde elaboram com elas vinhos como o Rosé de Anjou e o Anjou Gamay. Na Suíça é cultivada extensamente, utilizando seu vinho em misturas com a Pinot Noir.
Aromas principais: Quando varietal apresenta aromas e sabores de morango, cereja, framboesa e floral.
Dependendo do processo de vinificação apresenta aromas e sabores de banana e chiclete (quando vinificada com a técnica de maceração carbônica). Raramente o Gamay passa por carvalho, mas quando passa apresenta aromas e sabores de baunilha, coco e tostado.
Caráter: Proporciona vinhos tintos leves, frescos e frutados, seus vinhos normalmente ácidos com pouco tanino, e às vezes, carente de estrutura, são sempre fáceis de beber, um dos poucos vinhos tintos que melhoram quando servidos um pouco gelados, o que os torna ideais para o verão.
O Gamay está no seu melhor ponto quando é bebido jovem; apenas o melhor Beaujolais das safras excepcionais são exceção.
Regiões chave: França (Beaujolais e Vale do Loire) e Suíça mas também é encontrada nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, África do Sul, Nova Zelândia, Croácia, Itália, Espanha, Portugal e Brasil (Miolo e Salton com bons exemplares).