terça-feira, 8 de janeiro de 2019
Estilos de Espumantes, qual é o seu? Especial Férias!
Espumantes combinam e muito com verão.
Mas você sabia que da mesma maneira que um produtor de vinhos tranquilos pode criar uma gama de vinhos de diversos preços a partir de diferentes variedades de uva, o produtor de vinhos Espumantes pode criar várias cuvées (misturas) que podem ter diferenças entre si.
Todos nós temos um paladar diferente, descubra aqui no Especial Férias do BCA qual estilo de espumante que mais lhe agrada.
Leve e refrescante
O tipo de vinho espumante que a maioria dos viticultores inclui em sua oferta é o espumante refrescante e fácil de beber, que pode ser servido sozinho, sem acompanhamento de comida.
Normalmente, os aromas predominantes serão frutados: limão e maça, talvez com um toque de pêssego e baunilha. A maior parte dos vinhos espumantes, como um Cava Reserva ou um Champagne sem safra, estará nessa categoria. Os denominados Blanc de Noir costumam ter mais corpo.
Há também viticultores conhecidos por produzir um Champagne desse tipo: Henrie Abelé, Laurent Perrier, Perrier-Jouét, Pommery e Taittinger, por exemplo, embora com o passar do tempo costumem adquirir mais corpo. Em alguns casos, suas misturas de prestígio também exibem este caráter, especialmente quando são bebidos jovens. Um exemplo é o Cuvée Louise de Pommery.
Os Champagnes sem safras e os Espumantes preparados unicamente com uva Chardonnay, conhecidos como Blanc de Blancs, costumam também ter um retrogosto cremoso de baunilha que os coloca claramente no campo dos Espumantes de corpo leve, tal como alguns Crémant franceses, entre os quais se incluem vários Chardonnay.
Os Cavas deste estilo são elaborados exclusivamente com as uvas tradicionais Macabeu, Xarello e Parellada. Adegas como Llopart, Torelló, Bertha, Agusti Torelló Mata, Oriol Rossell ou Castell de Sant Antoni apresentam estas características em seus Cavas mais jovens.
Finalmente, qualquer vinho branco espumante seco preparado propositalmente para que não se pareça com o Champagne cai dentro dessa leve e fresca categoria; por exemplo, vinhos preparados com variedades aromáticas de uva como Riesling (alguns Sekts) ou o suave Espumante mais famoso da Itália, o Prosecco.
Clássico, de corpo médio
São vinhos preparados para que tenham um estilo um pouco mais completo ou que tenham envelhecido algum tempo em garrafa. Em geral, são misturas equilibradas de variedades clássicas e não costumam ser monovarietais Chardonnay ou vinhos dominados pela variedade de uva tinta como a Pinot Noir ou a Pinot Meunier. É possível apreciar reminiscências de levedura, pão torrado e mel, embora esses sabores não sejam tão acentuados como em vinhos de grande corpo.
Entre os Champagnes que se encaixam nesta descrição estão Moét et Chandon e o Veuve Clicquot.
Tradicionalmente, o Cava adota esse estilo quando aumentamos a maturação (Gran Reserva), embora apresente cada vez mais um sabor mais cremoso e leve.
Os vinhos espumantes neozelandeses também lembram o estilo do Champagne como o Lindauer e o Pelorus, com um caráter com traços de levedura e biscuit. Acompanham bem a comida, embora não sejam tão versáteis neste aspecto quanto os vinhos de mais corpo.
Deliciosos e com corpo
Há três modos principais de proporcionar corpo a um vinho espumante. O primeiro é a seleção de uvas. Os vinhos preparados com uvas tintas como a Pinot Noir e a Pinot Meunier geralmente serão mais redondos e deliciosos que os preparados com Chardonnay ou outras uvas brancas. Em Champagne, os vinhos preparados com uvas de casca mais escura recebem o nome de de Blanc de Noir.
O segundo é envelhecimento depois da segunda fermentação a maturação sobre sedimento. Quanto mais tempo permanece o sedimento (os resíduos da levedura depois da fermentação) num vinho, mais caráter este adquire. Os sabores dominantes são de pão torrado, mel e, com o passar do tempo, champignon e trufa. Os Champagnes envelhecidos tendem a ter um grande corpo devido simplesmente ao tempo que permaneceram na adega, embora algumas safras, com a de 1990 e a de 1996, sejam mais ricas que as outras.
A terceira maneira de conseguir um vinho com corpo é através do envelhecimento em tonéis de carvalho. Os produtores que fermentam os vinhos deste modo , como Alfred Gratien, Krug e Vilmart, obtêm vinhos de maior corpo que aqueles que utilizam tonéis de aço inoxidável.
Assim como alguns produtores de Champagne preparam seus vinhos não envelhecidos para que sejam mais leves, outros como Bollinger, Gosset e Louis Roederer, os tornam mais delicados e com maior complexidade. Os cortes de prestígio como o Dom Pérignon e o Cristal de Roederer, estão obviamente dentro da mesma categoria, especialmente suas safras mais antigas.
Os Cavas Gran Reserva com mais de quatro anos de maturação entram nesta categoria. Em geral, contêm algo de Chardonnay em sua montagem e, algumas vezes, uma parte de vinho fermentado em tonel.
Assim, podemos destacar Cavas como o Llopart, Parisad, Mestres Mas Via, Huguet e Recaredo. É melhor reservar vinhos assim para uma refeição especial.
Envelhecidos e suaves
Refiro-me ao que há dentro da garrafa, não a quem bebe. No entanto, é verdade que este é o tipo de vinho espumante (e de Champagne em particular) que atrai o consumidos com uma boa carteira.
Este consumidor compra o melhor e deixa que envelheça para que desenvolva o sabor de cogumelos selvagens e trufas, e para que adquira a cor de ouro velho. Não é do gosto de todo o mundo, mas faz parte de história. Se alguém lhes oferece compartilhar uma garrafa assim, digam que sim sem pensar.
Fonte: Fiona Beckett
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Com tanto conhecimento agora da vontade de provar todos.
ResponderExcluirProva sim!Sempre digo que vinho se conhece bebendo!
ExcluirObrigada pelo carinho.