Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Tempurá de vegetais.
Tempurá é uma mistura de vegetais e frutos do mar fritos.
Um prato muito popular na culinária japonesa, que é tipicamente originário de Portugal.
Foi introduzido no Japão pelos portugueses que foram para Nagasaki em Kyushu levando armas e o Cristianismo em meados do século XVI.
A palavra tempura deriva do latim "tempora", e se refere aos tempos em que os católicos praticantes não comem carne (quaresma).
Quando chegou ao Japão, o tempurá era um alimento muito caro, pois usava muito óleo para sua cocção, um item escasso e caro na época.
Devido ao aumento da produção de óleo vegetal e de gergelim na Era Edo (1603 - 1867), o tempurá se tornou acessível para o japonês comum.
Era comido como lanche, só mais tarde foram agrupados como Edo Zanmai ( três pratos do período Edo).
No meio da Era Meiji surgiu um novo estilo de tempurá chamado ozashiki tempura, no qual o chefe preparava o tempurá na frente dos comensais, surgiu também o Tendon (tempurá em cima de uma tigela de arroz) e tempurá soba (soba quente coberto com tempurá).
Quando o assunto é vinho, você já deve ter escutado que as ditas comidas japonesas (e o tempurá se inclui nelas) harmonizam muito bem com Espumantes.
Mas hoje, sugiro a você que tente algo novo, harmonize seu tempurá com um Chablis mais leve, sem passagem por madeira, os chamados Chablis AOC, ou Chablis básicos.
O Escolhido de hoje foi o Chablis Pierre Ponnelle, de paladar leve, boa acidez, aromas de frutas brancas, notas cítricas, florais e minerais.
O resultado foi o fim da garrafa e o fim do prato, não sobrou ninguém pra contar história.
Que tal preparar um tempurá de vegetais para seu fim de semana?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
Tempurá de vegetais( receita adaptada)
Cenoura
Vagem
Batata monalisa
Batata doce roxa
Repolho
Obs: Todos cortados em palitinhos como na foto abaixo
Para a massa:
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de amido de milho
1 xícara de água bem gelada
1 colher (café) de fermento em pó para bolos
1 colher (café) pimenta do reino branca
1 colher (chá) de sal
Óleo de canola ou girassol para fritura.
Preparo:
Misture todos os ingredientes da massa em uma tigela, em seguida despeje a massa sobre os vegetais cortados, mexa para incorporar toda a mistura nos vegetais como na foto abaixo.
Frite em óleo quente, com auxilio de uma colher para dar o formato característico.
Sirva quente.
Você sabia...
A uva predominante em Chablis é a Chardonnay, única que tem autorização para ser usada na produção de vinhos brancos na região: em solo calcário, ela alcança um equilíbrio também único - embora frágil ela dá origem a vinhos elegantes e minerais, de grande pureza.
Os vinhedos de Chablis se dividem em 4 categorias:
1. Chablis Grand Cru
Essa denominação pode ser seguida pelo nome de um dos seguintes climats: Blanchot, Bougros, Les Clos, Grenouilles, Preuses, Valmur e Vaudésir.
É a classificação de maior prestígio e ocupa o topo da pirâmide das denominações, representa apenas 2% da produção total dos vinhos de Chablis.
2. Chablis Premier Cru
Com aproximadamente 800 hectares, essa denominação é composta por 40 climats.
No rótulos de seus vinhos, ela é identificada pela expressão Premier Cru, seguida ou não do nome do climat de origem.
3. Chablis AOC Village
Situa-se às margens do rio Serein, representando pouco menos de 1/3 da produção de vinhos brancos de toda a Borgonha.
4. Petit Chablis
De menor prestígio entre as 4 AOCs, essa área foi implantada principalmente no topo das colinas, nos dois lados do vale do rio Serein.
Fonte: Vinhos da Borgonha, história, tradição e cultura