terça-feira, 31 de agosto de 2021

Tagliatelle com vieiras - Espumante Maria Valduga


Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Tagliatelle com vieiras grelladas.
Somos apaixonados por vieira, um molusco saboroso com uma textura carnuda e firme, bem temperada derrete na boca, numa avalanche de sabor.
Aqui deu conta do molho amanteigado, e com sucesso acompanhou o Tagliatelle al dente.
Para harmonizar este jantar 'festivo" escolhi um Espumante brasileiro da Casa Valduga - Vale dos Vinhedos - Brasil.
Maria Valduga

60 meses de autólise em cave, elaborado com 80% Chardonnay e 20% Pinot Noir.
De cor amarelho palha, perlage fino e persistente com formação de colarinho.
Nariz intenso, fruta em compota (pera, maça), aromas de panificção.
Em boca é cremoso, com ótima acidez , final longo e persistente.
A frescura e os aromas de brioches e tostados completam na perfeição a delicadeza da vieira combinada do molho amanteigado do tagliatelle.
Que tal preparar essa maravilha?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
Ingredientes:
200 gramas de vieiras 
200 gramas de tagliatelle
150 gramas de manteiga
100 ml de vinho branco seco de boa qualidade
100 gramas de nata
2 colheres (sopa) de azeite
Raspas de 1 limão siciliano
Sal e pimenta a goto
Preparo:
Tempere as vieiras com sal e pimenta a gosto.
Em uma frigideira quente acrescente o azeite e doure as vieiras (2 minutos de cada lado) Reserve.
Abaixe o fogo, na mesma frigideira, coloque a manteiga e deixe derreter raspando o fundo  até soltar os grumos deixados pelas vieiras, quando a manteiga estiver levemente dourada, acrescente o vinho, deixe evaporar e logo em seguida, acrescente a nata fresca, tempere com sal e pimenta e finalize o molho com raspas de limão siciliano.
Despeje o tagliatelle já cozido sobre o molho, mexa e acrescente 1 concha da água do cozimento da massa incorporando tudo delicadamente.
Acrescente as vieiras reservadas e sirva em seguida




sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Manta de muçarela - Pedrucci Brut Rosé




Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Manta de Muçarela recheada com rúcula, presunto cru e tomate seco.
A muçarela de búfala, com sua superfície elástica, macia e sua consistência gustativa vai muito bem em muitos pratos, das entradas aos primeiros.
Com seu sabor salgadinho e ligeiramente ácido mas fresco e leve, fica muito bem em pratos frios, como essa entrada que o Marcelo preparou hoje.
Este prato se prepara com muita facilidade, fica pronto em minutos e o resultado final impressiona bela beleza e sabor.
Quando o assunto é vinho, o sabor lácteo da muçarela, a boa persistência e doçura do tomate seco e as notas de gordura do presunto cru, sem dúvida, requerem a combinação com vinhos Rosés.
Escolhi um Espumante brasileiro da Casa Pedrucci - Garibaldi/RS - Brasil
Elaborado pelo Método Tradicional - 12 meses de garrafa com as variedades Pinot Noir, Merlot e Gamay.



Cor brilhante com perlage em abundância e formação de colarinho.
Aroma de frutas vermelhas (morango, cassis e amoras).
Em boca, excelente cidez, frescor intenso, frutado e de final persistente.
Que tal preparar essa maravilha para seu final de seman?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
Ingredientes
1 manta de muçarela de búfala
1 maço de rúcula higienizado
tomate seco q.b
presunto cru q.b
Preparo:
Coloque a manta sobre uma tábua mantendo o plástico protetor de baixo. Abra -a e distribua primeiro fatias finas de presunto cru, depois as folhas de rúcula e por fim os tomates secos (como na foto).
Com cuidado para a manta não quebrar, enrole como se fosse um rocambole, retire o plático, corte em fatias não muito finas e nem muito grossas e sirva a seguir.







terça-feira, 24 de agosto de 2021

Ceviche de salmão - Vinho de altitude




Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Ceviche de Salmão.
A base de um bom ceviche peruano é o peixe, que deve ser extremamente fresco, é "cozido" pela acidez do limão, outros ingredientes trazem profundidade ao prato: cebola roxa, pimenta vermelha e coentro picado para aumentar a sensação de frescor.
O tempo da marinada depende da região, embora a idéia é que o peixe não cozinhe demais. O suco gerado é chamado de leite de tigre.
Na hora de harmonizar, o vinho escolhido deve apresentar boa acidez para resistir à marinada e também se opor à gordura do salmão cru.
Escolhi um Sauvignon Blanc de terroir de altitude de Santa Catariana - Bom Retiro


Thera Sauvignon Blanc 2020
Intenso no nariz com maracujá, toque herbáceo e notas minerais que se confirmam em boca.
Acidez marcante, refrescante com final persistente.
Que tal prepara essa maravilha?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
500 gramas de salmão cru
1 cebola roxa cortada em juliene
1 pimenta vermelha sem sementes
suco de 1 limão 
Sal a gosto
Preparo:
Corte a cebola roxa em juliene e deixe-a de molho em água com gelo por 10 minutos.
Enquanto isso, limpe a posta de salmão retirando a pele e os espinhos, corte-o em cubos pequenos como os da foto acima.
Em uma tigela coloque o salmão em cubos tempere com sal , acrescente a pimenta vermelha picada, a cebola roxa (drenada) e o suco de limão, mexa bem.
Leve a geladeira por 15 minutos.
Na hora de servir salpique com coentro picado.
Batata chips é uma ótima sugestão de acompanhamento.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Comfort food português - Arroz de Feijão




Beber, Comer e Amar..
Má na cozinha preparando Arroz de feijão, um verdadeiro Comfort food português, uma cozinha apurada por décadas de tradição.
Décadas também tem minha amizade com Cris Alves, amiga de infância que me ensinou essa receita.
Hoje, encontra-se além-mar, vivendo no Norte de Portugal onde o prato teve sua origem, pois as versões mais conhecidas localizam-se na zona litoral que vem do Minho até o final da costa da Beira Litoral.
O tempo passou, com ele as brincadeiras de infância, os descobrimentos da adolescência, a vida adulta...
Além do afeto que nos une, a paixão pela enogastronomia rende horas e horas de conversas diárias.
Delicioso é a palavra que, de certo, melhor descreve este arroz. Seu diferencial é o saboroso caldo apurado e rico em sabor.
O arroz pode ser servido seco, mais  molhado, ou malandrinho, ou seja, com o caldo do cozimento ainda muito líquido (segundo minha amiga Cris "malandrinho" pois corre do prato, fugindo da água caldosa).
O arroz genuínamente português, o Carolino das Lezírias Ribatejanas é primordial, o feijão é o encarnado (feijão vermelho), após se juntarem, são cozidos lentamente com a panela tampada.
O Marcelo optou por cozinhar o feijão em casa, aproveitando a água do cozimento para o arroz na proporção cinco xícaras para 250 gramas de arroz cru.
Mas você pode recorrer ao feijão já cozido comprado em latas nos supermercados que resulta igualmente bem (só não esqueça de drená-lo antes).
Colocamos também chouriço de carne e toucinho defumado, transformando o Arroz de feijão em prato principal.
Mas se você preferir servi-lo como acompanhamento de pataniscas, bolinho de bacalhau ou peixe frito (como manda a tradição) pode omitir o chouriço de carne e o toucinho defumado.
Um prato que acalanta a alma, cheio de sentimentos, cheio de saudade! Que nos fez sentir,  em Vila do Conde á mesa com nossos amigos Cris e Abel e que certamente fará parte do nosso cotidiano, pois é de fácil preparo e muito saboroso.
Quando o assunto é vinho, um prato cremoso, caldoso, apurado e rico em sabor, pede um vinho branco fresco, para exibir ainda mais suas facetas.
Nada melhor, neste caso, do que um vinho regional, um Vinho Verde Branco, para compor esta sinfonia de sabores.
Escolhi o Covela  Edição Nacional - Avesso 2017 - Região dos Vinhos Verdes - Sub-região Baião
Aromas cítricos, flores brancas com um leve toque mineral.
Em boca é seco, lembra pêssego branco, confirma o cítrico do nariz, acidez crocante bem postada, corpo médio e final persistente.



Com seu caráter jovial fez um bom contraponto com o arroz caldoso de sabor marcante.
Que tal preparar essa iguaria?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
Receita adaptada de Arroz de Feijão português
Ingredientes:
200 gr de feijão encarnado (feijão vermelho)
1 chouriço de carne (substituição = linguiça portuguesa)
500 gr de toucinho defumado
250 gr de arroz Carolino ( substituição = arroz cateto)
5 tomates maduros picados sem sementes
1 cebola grande picada
2 dentes de alho picados
Azeite q.b
Salsa ou coentro fresco 
Sal e pimenta a gosto
Preparo:
1. Enquanto o feijão cozinha, faça um refogado bem apurado com o azeite, cebola, alho e tomates.
2. Ao meio da cocção do feijão acrescente-lhe o chouriço e o toucinho e acabe de cozinhar.
3. Junte o refogado ao feijão já cozido, acerte o sal e a pimenta.
4. Verifique a quantidade de caldo resultante do cozimento do feijão e adicione, se precisar, água que seja necessária para cozinhar o arroz (na proporção 5 xícaras de caldo para 250 gramas de arroz cru).
5. Acrescente o arroz cru, mexa e deixe cozinhar com a panela tampada, caso necessário acrescente ainda mais água ao preparo, á medida que o caldo seca, pois lembre-se o arroz deve ficar bem caldoso.

Você sabia...
Vinhos Verdes 
Baião, sub-região situada na zona de transição entre Vinhos Verdes e os Vinhos do Douro.
É o berço da Casta Avesso.
A região é conhecida (não oficialmente) como Douro Verde pois situa-se na região dos Vinhos Verdes porém está longe do mar, a cinco quilômetros, por rio, da fronteira com a região do Douro.
Consequentemente, possui mais horas de sol e menos chuvas, resultando numa maturação diferente das uvas.
Solos graníticos que obrigam as raízes das vinhas a procurar água e minerais nas profundezas.


sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Tortilla de Batatas - Clássico espanhol


Beber, Comer e Amar...

Dia cheio, repleto de afazeres, batemos pernas a tarde toda, chegamos famintos.
Decidimos abrir um vinho despretensioso e preparar algo fácil e saboroso.
Má na cozinha preparando Tortilla de Patatas, receita que aprendeu com minha mãe e que certamente é uma das mais famosas da cozinha tradicional espanhola.
A tortilla original é feita apenas com batata frita em azeite e ovos, tem que ser dourada por fora e úmida por dentro e sempre redonda.
Como a tortilla contém ovos, na harmonização passei longe dos vinhos tintos, é sempre bom evitá-los, pois os taninos dos tintos juntamente com o ovo deixa um sabor amargo e desagradável.
Prefira um branco frutado e aromático.


Escolhi um 100% Chenin Blanc - Cape Elephant Chenin BLanc - Western Cape - África do Sul.

Amarelo com tons dourados, aromas de abacaxi e laranja.

Em boca é fresco, frutado,  muito fácil de beber.
Em um piscar de olhos lá se foi toda a garrafa e a tortilla também.

A título de curiosidade, a tortilla possui inúmeras variações pode levar cebola, pimentão, aspargos verdes, feijões ou ervilhas (esta, se combinada com ovo, pimentão e chouriço, denomina-se paisana), legumes frescos ( a chamada murciana), ervas aromáticas, cogumelos ( à caçadora), caracóis, figado de frango, chouriço butifarra com feijões cozidos (catalana), frutos do mar e peixes, sobretudo filhotes de enguias, bem como sadinha e atum.
Outra modalidade é a tortilla de patata que substitui o ovo por uma mistura de água e farinha.

Receita:
Ingredientes:
6 batatas médias
8 ovos
azeite q.b
Sal e pimenta a gosto
Preparo:
1. Lave e descasque as batatas, corte-as em rodelas de espessura média para fina.
2. Frite-as em bastante azeite e escorra antes de pegarem cor. Reserve
3.Em uma vasilha coloque os ovos, acrescente sal e pimenta, bata bem para misturar.
4. Junte a batata reservada
5. Despeje a mistura na frigideira que fritou as batatas, tomando cuidado para deixar a quantidade de azeite suficiente para a tortilla ( 2 colheres).
6. Leve ao fogo baixo até começar a borbulhar nas bordas.
7. Vire a tortilla com a ajuda de um prato, despeje-a de volta á frigideira e deixe cozinhar por mais 1 ou 2 minutos.
8. Transfira para um prato de servir.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Cozinhando com vinho



Você sabia que em toda parte onde se faz vinho ele é amplamente usado na cozinha?
O vinho aumenta o sabor e a riqueza do prato e usado nas doses indicadas, torna-se um outro tempero.
Aqui o Má usa em marinadas, ás vezes direto na panela  e outras, como um toque final de sabor em molhos e em vários pratos.
Costumo dizer sempre que me  perguntam sobre qual vinho escolher quando a receita pede vinho na sua composição que, o  vinho quando não é bom para beber não é bom para cozinhar!
Então, na hora de escolher o vinho para sua receita, um vinho de boa qualidade e com um bom custo-benefício é o mais indicado para o sucesso da mesma. A menos que a receita explicite o inho que deverá ser usado.
O Marcelo recomenda que se utilize vinhos secos frutados e jovens, pois os que estagiam em madeira e os cheios de especiarias podem, quando "cozidos" deixar sabores amargos no preparo.
Outra dica bacana é nunca utilizar panelas de alumínio, cobre ou ferro quando for cozinhar com vinho, tais materiais podem reagir com o ácido do vinho e trazer mais acidez ao preparo.
Fique atento ao tempo de cocção, se o vinho não evaporar uma quantidade suficiente de  álcool, ele não vai realçar a comida.
A sabedoria convencional do passado dizia que depois de alguns minutos de cozimento o álcool  do vinho evapora e portanto é eliminado. Não é exatamente assim. A pesquisa conduzida pelo Departamento de agricultura dos Estados Unidos em meados de 1990 demonstrou que 85% do álcool permaneciam quando o álcool era acrescentado a um líquido fervente que fora retirado do calor. Contudo, quanto mais tempo o alimento for cozido, menos álcool permanecerá. Se uma comida for assada ou fervida durante 15 minutos, cerca de 40% do álcool permanecerão. Depois de uma hora, só 25% permanecerão, e depois de duas horas e meia estarão presentes apenas 5%. Lembre-se, os vinhos não têm enormes quantidades de álcool - a maioria contém entre 12% e 14% de álcool por volume- e portanto a quantidade final de álcool que permanece no prato em geral não é um problema.
Para você se animar a cozinhar mais com vinho, vou te passar uma receita que faz sucesso aqui em casa.
Peito de frango em escabeche
"Tradicionalmente destinado a peixes como a sardinha ou a cavala, a chamada preparação "escabeche" pode adaptar-se a muitos outros produtos. Cozido em uma caçarola com cebola roxa, alho, ervas, vinho branco e um toque de açafrão, em seguida servido frio, o frango irá revelar aqui todos os seus sabores e sua suavidade."
Ingredientes (serve 6 pessoas)
3 peitos de frango
2 cebolas roxas
1 cenoura
2 folhas de louro
2 dentes de alho
2 doses de açafrão
300 ml de vinho branco
100 ml de vinagre branco
10 colheres de sopa de azeite
Salsa fresca
Sal e pimenta a gosto
Preparo:
1. Descasque e corte o alho e as cebolas. Descasque a cenoura, corte em palitos finos (Juliene).
2. Aqueça 2 colheres de sopa de azeite em uma caçarola. Adicione o alho e as cebolas refogue, em seguida, adicione açafrão, louro, cenoura, vinho, vinagre e o azeite restante. Tempere com sal, pimenta e deixe ferver por 10 minutos.
3. Coloque os peitos de frango e deixe ferver por mais 10 minutos, em seguida, desligue o fogo. Cubra e deixe esfriar.
4. Sirva os peitos de frango frios, em fatias grossas, cobertas com o molho e polvilhadas com salsa picada.





sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Ragu Napoletano (receita atualizada) - Vinho Negroamaro




Beber, Comer e Amar...
Hoje chegamos em casa cedo e fizemos diferente, resolvemos pegar um vinho na adega e a partir dele, elaborar o menu.
Má na cozinha preparando um Ragu Napoletano.
Na panela dois tipos de carne, a de boi e a de porco, azeite, cebola, aipo, cenoura,extrato e purê de tomate, manjericão, vinho tinto e água, cozinhando horas e concentrando todos os sabores.
Enquanto isso a garrafa de vinho que havia escolhido para harmonizar já estava no fim. Também seis horas de cozimento! Não há enófila que resista.
Mas a espera valeu a pena, resultou num molho muito saboroso e cheio de complexidade.



San Marzano ll Pumo Negroamaro Salento IGP
Logo optei por um vinho feito com a Negroamaro que produz vinhos com boa persistência.
Cor profunda, aromas frutados e toques de especiarias doces, alcoólico e espesso.
Tem textura compatível com o Ragu e força suficiente para o prato.
Curiosamente na Itália quando se faz o Ragu Napoletano, as carnes são retiradas na hora de servir e saboreadas à parte.
Cometemos um pequeno sacrilégio ,hoje esse Ragu não acompanhou nenhuma massa, acompanhou um pão italiano bem quentinho que o Marcelo assava enquanto o Ragu apurava na panela.
Mangia che te fa bene!
A título de curiosidade, a palavra Ragu não é italiana, ela deriva da francesa Ragoût. Além disso, designa preparações bastante diversas entre si, mas apresentando em comum o uso de carne cozida em molhos destinados a temperar a massa.
Na Itália existem dois tipos fundamentais de Ragu, o primeiro é denominado  Napoletano e, obviamente, surgiu no sul do país. Carnes diferentes cozinham durante horas em fogo médio, do jeito e com os ingredientes que preparamos o nosso. O Ragu vai à mesa sobre Rigatoni ou Fusilli, polvilhados com parmesão.
Como citei, a carne é retirada antes e servida à parte, em porções com o nome de "Braciole al Ragu".
O segundo é o Bolognese ou Emiliano, leva carne moída, picada ou desfiada, misturada com tomate. Harmoniza-se com Fettuccine ou Pappardelle.
Outros Ragus assemelhados são o Sardo, Piamontese (também servido com risoto), Alla Potentina, Abruzzese, Del Macellaio.
Aqui em São Paulo, os imigrantes que deixaram, a Calábria difundiram a receita do Alla Calabrese. Enfim, cada região da Itália tem uma receita.

Vamos a receita:
1 kg de músculo bovino em cubos
1 kg de pernil suíno em cubos
Azeite q.b
1 cebola grande picada
1 talo de aipo picado
1 cenoura picada
2 litros de purê de tomates (polpa)
1 colher (sopa) de extrato de tomate
1 copo de vinho tinto
Manjericão fresco q.b
Sal q.b
Preparo:
Cubra o fundo de uma panela com azeite, acrescente a cebola, o aipo, a cenoura e por último as carnes.
Doure as carnes, virando de todos os lados.
Assim que estiverem douradas e tiver formado uma crosta no fundo da panela, acrescente o vinho e desgrude essa crosta.
Adicione o extrato e mexa bem.
Adicione o purê, o sal e o manjericão, deixe ferver e, nesse ponto, reduza o fogo e tampe parcialmente a panela.
O ragu deve cozinhar por no mínimo 6 horas, adiquirindo uma cor intensa e marrom.
Se for saboreá-lo com massa como manda a tradição, o rigatoni é a mais indicada.
Quando estiver al dente, escorra e coloque de volta na panela sem água, acrescente algumas conchas de molho e mexa bem.
Arrume em pratos e despeje mais molho. Se quiser pode colocar a carne no prato, mas como dito antes, o tradicional é comê-la depois acompanhada de batas fritas.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Queijos- Queijos e vinhos pelo mundo - Petit-Morin


Petit- Morin
Queijo francës produzico com leite de vaca com casca recoberta de mofo branco.
O pequeno Morin é feito nas margens do rio que lhe dá o nome, em Seine-et-Marne.
Seu sabor é semelhante ao Brie, porém mais suave, devido à adição de creme de leite à massa. Seu amadurecimento dura entre 2 e 3 semanas. 
Quando o assunto é vinho opte por vinhos espumantes da Champagne, espumantes brasileiros elaborados pelo Método Clássico também são um boa pedida.

Voce sabia...
" O champagne apresenta cores e sabores diferentes. A cor varia do branco a nuanças de rosado, tanto pela mistura de vinho branco e tinto quanto pelo tingimento do suco pelas cascas de uvas tintas. Quanto à doçura, a escala vai do agressivamente bem seco Brut Sauvage, Ultra Brut ou Brut  Zéro, ao doce Doux"
A maioria dos champagnes, os rosés entre eles, é corte de Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay, mas há também Chardonnay puros (blancs des blancs) e alguns sem cepa branca (blancs des noirs). Há champagnes vintage, feitos com as frutas de apenas uma colheita, que o produtor julgou não precisar de aprimoramento por adição de vinhos mais velhos, e um número muito maior de cortes non-vintage, há tambem os champagnes vintage "recém-degolados", os cuvées de prestige etc.
Todos esses tipos podem ser produzidos por propriedades particulares de Champagne, cooperativas ou comerciantes."
"Por tras do charme de uma grande atividade empresarial agrícola, encontram-se milhares de pequenos produtores (mais de 19.000, segundo um senso recente), muitos deles com somente um ou dois hectares de terra. Estes pequenos agricultores produzem as variedades de uvas que od grandes produtores necessitam para criar seus vinhos complexos. Em toda a região, de Reims, no norte, até Aube, a sudeste de Troyes, esses pequenos cultivadores são encontrados.
Algumas regiões são famosas por uma uva em especial.  Cote des Blancs, por exemplo, é famosa pela Chardonnay, enquanto algumas das melhores Pinot Noir provêm da Montagne de Reims. Os dezessete melhores lotes de cultivo estão agrupados sob a denominação Grand Cru e produzem somente Chardonnay e Pinot Noir, não a menos valorizada (embora de grande importância) Pinot Meunier. Há também 43 lugares classificados como Premier Cru, que fornecem quase um quarto da produção de Champagne. Em alguns lugares, há vinhedos classificados ao mesmo tempo com Grand e Premier Cru, porque cultivam diferentes variedades de uvas."
Fonte: Vinhos Francese - Robert Joseph
Fonte: O Champagne e os espumantes - Fiona Beckett

Leia também: Queijos e Vinhos pelo Mundo - Queijo Peñamellera

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Tortelli de abóbora - clássico e apaixonante

 
Um dos pratos que o Má sempre faz é Tortelli.
Vamos rever o maravilhoso Tortelli de abóbora, que é sucesso garantido aqui em casa.
Má na cozinha preparando Tortelli di zucca alla Mantovana.
A origem do Tortelli de abóbora cuja a variante mais famosa é a da comuna italiana Mantova - Lombardia, remota ao ano 1500 e faz parte da tradição culinária antiga e popular de massas recheadas do norte da Itália.
O prato consiste numa massa recheada com uma mistura de abóbora cozida, amaretti, mostarda italiana, queijo grana padano e noz moscada, que é salteada na manteiga com sálvia.
Apesar de ser um símbolo da tradição Mantovana, o Tortelli di zucca se espalhou pelo território de Parma, Cremona, Ferrara e Reggio Emília, as diferenças na preparação são mínimas, os nomes mudam, às vezes a forma ou algum ingrediente.
Nas províncias de Mantova, Piacenza e Reggio Emília, sobrevive a antiga tradição de preparar o Tortelli di zucca como prato principal do jantar de véspera de Natal, nascido do preceito religioso católico, que naquele dia, proibia o consumo de carne.
Vale lembrar que a mostarda italiana usada na receita, também chamada mostarda di frutta, é a Mostarda Mantovana, um tipo de conserva feita de maças, caracterizada por um sabor doce completado por um sabor picante devido a essência de mostarda.
Bom, diante de uma combinação tão inusitada, massa, mostarda, amaretti e abóbora unidos ao queijo Grana Padano que complementa tudo, criando um perfeito equilíbrio entre doçura e sabor.
Escolhi para harmonizar um Espumante brasileiro Nature Rosé - Chardonnay e Pinot Noir
Romano Cadetto _ Vinícola santa Bárbara






A doçura delicada do prato foi incrivelmente reforçada pelo sabor e pela efervescência deste Espumante, que apresentou uma linda cor rosé, aromas de leveduras, frutas maduras, perlage fino, delicado e persistente. Em boca é agradável, ligeiramente  picante e com um final cítrico.
Que tal preparar esta iguaria para seu fim de semana?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
Como a Mostarda Mantovana é difícil de ser encontrada aqui no Brasil, o Marcelo a preparou 4 dias antes, que é o tempo que ela precisa para estar pronta para o uso.
Comecemos pela receita da Mostarda Mantovana:
Mostarda Mantovana Ingredientes:
800 gramas de maças fuji
400 gramas de açúcar
2 colheres de sopa de mostarda em pó
1/2 copo de vinho branco seco
2 colheres (sopa) de mel
Preparo:
Lave bem as maças, retire caroço, casca, corte-as em pedaços médios e reserve em uma vasilha. Polvilhe 400 gramas de açúcar sobre as maças e deixe descansar por 24 horas dentro da geladeira tampado.
Transcorridas as 24 horas, trasfira tudo para uma panela e leve ao fogo baixo, tomando cuidado para que depois de entrar em leve ebulição, não ultrapasse 5 minutos. Desligue o fogo, deixe esfriar sem tampar, assim que estiver em temperatura ambiente, leve à geladeira novamente por 24 horas tampado.
Repita essa operação por mais dois dias.
Transcorrida esta etapa, aqueça uma panela com 1/2 copo de vinho branco seco e 2 colheres (sopa) de mel, sempre em fogo baixo, assim que o líquido reduzir um pouco, adicione as 2 colheres de mostarda em pó.
Junte a "marinada" das maças e deixe por 20 minutos, sempre em fogo baixo.
Desligue o fogo, deixe amornar.
Acomode agora, as maças dentro de um recipiente de vidro e com tampa, tomando cuidado para não amassar a fruta.
Adicione o líquido.
(A Mostarda di frutta italiana é muito consumida por lá  junto com carnes e queijos.)

Tortelli di zucca (abóbora)
Ingredientes para o recheio:
1,2 kg de polpa de abóbora cozida
150 gramas de amaretti
150 gramas de mostarda mantovana
150 gramas de queijo grana padano
Casca (ralada) de 1/2 limão
Se necessário, um punhado de pão ralado, o mínimo possível para dar consistência ao recheio.
Noz moscada
Sal e pimenta a gosto.
Ingredientes para a massa:
400 gramas de farinha 00
4 ovos e 1 gema
25 gramas de azeite extra-virgem
Molho para 1 porção:
25 gramas de manteiga
5 folhas de sálvia
Preparo do recheio:
Prepare o recheio pelo menos no dia anterior.
Lave e seque a abóbora, corte-as em cubos médios, enrole totalmente cada cubo individualmente em papel alumínio, disponha em uma assadeira e asse por 40 minutos (160 graus) ou até que fiquem macias e secas. Teste a consistência com um grafo. Importante que ela fique bem seca, caso contrário o recheio ficará muito úmido e precisa-rá de pão ralado para absorver.
Espere até que a abóbora esfrie para amassa-la com espremedor de batatas, enquanto isso, esmague e pique a mostarda e o amaretti (tomando cuidado para não pulverizar as bolachinhas).
Depois de espremida coloque a abóbora em uma tigela com o amaretti picadinho, a mostarda, o queijo grana padano ralado, a casca ralada de 1/2 limão, misture bem.
Tempere com noz moscada, sal e pimenta. Verifique a consistência do recheio, passando-o entre os dedos, se estiver muito molhado, adicione o punhado de pão ralado.
Preparo da massa:
Coloque a farinha no mármore, abra um buraco no centro, quebre os ovos neste centro, adicione o azeite e o sal a gosto e comece a amassar com um garfo.
Quando a massa engrossar um pouco, comece a amassar com as mãos, até formar uma bola lisa.
Cubra com um pano e deixe repousar à temperatura ambiente por 2 horas.
Abra a massa, para Tortelli faça quadrados de 5 cm de lado, coloque o recheio e feche.
Cozinhe o Tortelli por 6 minutos em água salgada (abundante).



Para o molho:
Derreta a manteiga até obter um cor de nozes e acrescente as folhas de sálvia.
Salteie os Tortelli  (no máximo 10 unidades) e sirva imediatamente polvilhado com queijo grana padano ralado.