quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Queijos - Queijos e vinhos pelo mundo - Queijo Fontina


Fontina é um queijo italiano produzido exclusivamente no Valle d'Aosta, protegido pelo selo DOP, que garante sua origem e autenticidade.
É um queijo semi-cozido e prensado, elaborado com leite cru de vaca da região.
Apresenta casca fina de cor marrom-alaranjada, sua massa varia de marfim a amarelo palha, é elástica, untuosa, com buracos de tamanho médio, distribuídos irregularmente.
Seu sabor é muito característico devido à grama e feno local que as vacas consomem. Varia de doce a mais intenso dependendo da cura.
A maturação mínima é 80 dias.
Nos primeiros 30 dias o Fontina é salgado e escovado. Isso favorece a típica coloração de sua crosta.
Amadurecem alinhados numa mesa de abeto, em ambientes naturais (cavernas escavadas nas rochas).
Dizem que a origem do nome Fontina, deriva de um pasto de produção chamado Fontin, outros ligam-no à aldeia de Fontinaz. Mas o nome pode derivar do termo francês  "fontis" que indica a capacidade específica deste queijo de derreter com o calor.
Originalmente, o queijo Fontina era produzido localmente por pequenos criadores de vacas.
Em 1957 foi fundada a Associação de fabricantes e Proteção DOP, que supervisiona a produção e comercialização do Fontina.
Hoje existem cerca de 300 membros entre empresas privadas e cooperativas de lacticínios.
Todos os anos são produzidos cerca de 400.000 formas de Fontina DOP, com um peso médio entre 7,5 e 12 kg.
Quando o assunto é vinho, este queijo tem aromas delicados e amanteigados quando jovem e assume tons mais frutados à medida que amadurece, com ligeira nuance de nozes.
Então, opte por brancos macios e não muito pesados.
Se tiver oportunidade combine com um branco local do Valle d'Aosta.

Você sabia...
Valle d'Aosta
Esta região alpina no extremo noroeste da Itália tem a menor produção de vinho do país. A paisagem é dominada pelos picos e glaciares do Mont Blanc e numerosos rios, o mais importante é o Dora Baltea
A DOC Valle d'Aosta abrange toda a região e é bastante ampla, engloba as margens esquerda e direita do rio Dora Baltea.
Blanc de Morgex e de La Salle (altitude 900-1300 metros acima do nível do mar)
Vinhas não enxertadas, o território é ligado exclusivamente à casta Priè Blanc.
Torrette ( Quart, Saint-Christophe, Aosta, Sarre, São Pedro, Charvensod, Gressan, Jovecan, Aymavilles e Villenenuve). Maior DOC do Valle d'Aosta, seus vinhos foram famosos no início do século passado, combinando uvas nativas como Fumin e Vien de Nus com as francesas Gamay e Pinot Noir.
Chambave (Chambave, Pontey, Verrayes, Saint-Denis, Châtillon e Saint-Vicent), a casta principal da área é a Moscato Bianco.
A versão flétri (murcha) deste vinho DOC é uma preciosidade (Muscat Flétri).
Donnas
(área mais baixa do vale)
A vinificação em Donnas tem tradições antigas.
As vinhas são caracterizadas pelo seu pequeno tamanho. A colheita começa em setembro com a Pinot Grigio, continua no início do outono com o famoso Vien de Nus, na segunda metade do outono com a Nebbiolo lá chamada Picotendro e termina em meados de novembro com a colheita tardia da Nebbiolo.
Enfer Arvier (área ao redor de Arvier)
Enfer obtèm-se usando pelo menos 85% de uvas Petit Rouge, além de Vien de Nus, Neyret, Dolcetto, Pinot Noir e Gamay.
A produção do vinho do Valle d'Aosta é quase totalmente consumida dentro da própria região, portanto, rótulos como "Donnas" ou Enfer d'Arvier estão destinados a permanecer obscuros. Até 1985 estes nomes eram os únicos DOCs da região, mas agora foram incorporados na denominação "Valle d'Aosta" que como vimos tem várias sub zonas.
O orgulho e a alegria do Valle é o Donnas, um vinho tinto suave que melhora substancialmente com a idade. Alega-se que suas origens remotam à Idade Média, quando um vinho similar foi produzido lá. Um branco notável, Blanc de Mongex La Salle, é outra das raridades da região, produzido a partir de alguns dos mais altos vinhedos da Europa e é maravilhoso acompanhado de Fondue de Fontina.

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