segunda-feira, 1 de julho de 2019
Dicas de harmonização
Harmonizar é combinar os sabores dos alimentos com as características do vinho, um deve ressaltar as virtudes do outro, ou pelo menos não se prejudicarem.
Existem 4 sabores básicos: doce, salgado, azedo e amargo.
Em uma sobremesa, por exemplo, o sabor dominante é o doce e vinhos que se casam melhor com sobremesa são vinhos doces!
Se você incorporou um suco de limão em um molho, é muito provável que um vinho branco com uma certa acidez se case melhor do que um vinho tinto.
As mesmas regras aplicam-se ao nível aromático:
Em um bolo de chocolate, misture um Banyuls ou Riversaltes com sabores de cacau.
Em um prato aromatizado com trufas, opte por um vinho tinto envelhecido com aromas de vegetação rasteira.
E com frutos do mar, salgados e iodados?
A acidez vai bem com o sabor salgado, por isso prefira vinho brancos vivos.
Alguns vinhos tintos podem ser harmonizados com peixes, mas evite vinhos com alto teor de tanino.
Outra dica legal e que sempre funciona é combinar um vinho regional com um prato regional. Na costa leste da Itália, por exemplo, costuma-se servir peixe fresco e frutos do mar com Verdicchio, um vinho branco de produção local.
No caso da massa é o molho que define o vinho, por exemplo: Molho de manteiga opte por um branco seco e vivo; Molho ao sugo opte por um tinto leve; Molho a bolonhesa opte por um tinto médio corpo.
Lembre-se de nunca temperar sua salada com vinagre a menos que você queira acabar com seu vinho.
Um cozinheiro pode alterar seu prato até o último minuto antes de servi-lo.
O vinho é tomado como é; só intervimos elevando-o a certa temperatura e aerando-o mais ou menos.
Por isso, é mais fácil adaptar o seu prato a um vinho do que o contrário. Para isso, podemos adicionar um tempero, que vai na direção do vinho.
Por exemplo, um pouco de tomilho e alecrim em um molho vai melhorar a harmonia com um vinho Languedoc, no qual você encontrará as mesmas famílias aromáticas.
A pimenta realça esta nuance aromática em um tinto da variedade Syrah.
Alguns grãos de erva-doce em um peixe irão sublimar os aromas de anis de um Côtes du Rhône ou um Côtes de Provence branco.
Companheiro em alguns pratos, o pão também pode fazer parte de um acordo, especialmente se sua crosta estiver bem cozida; Ele então trará seus aromas de torrefação.
Uma outra coisa importante é respeitar uma ordem de degustação de vinhos. Durante a refeição, devemos começar com os vinhos mais simples para ir aos mais poderosos.
Brancos antes dos Rosés e os Tintos, os vinhos secos antes dos vinhos doces, os vinhos jovens antes dos vinhos envelhecidos. A ordem dos pratos deve corresponder a essa progressão.
E por ai vai, o fato é que existem muitas combinações que foram estudadas para chegar a uma harmonização perfeita, mas acho que nada deve ser definitivo em se tratando de comida e vinho.
Aqui sugeri algumas combinações, mas o prazer é subjetivo. Todo mundo tem suas percepções e gostos, muitas vezes influenciados por hábitos familiares ou regionais, mas também por sua psicologia.
Então,divirta-se!
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Oi, tem pratos que não podem ser servidos com vinhos?
ResponderExcluirEmbora seja possível desfrutar do vinho com a maior parte dos pratos, alguns são mais fáceis de harmonizar que outros. Os pratos difíceis são os que levam ovos principalmente que contenham gemas cruas, pratos muito condimentados e muito picantes como os da culinária indiana por exemplo, o sorvetes pois o frio anestesia as papilas gustativas, o amendoim, pratos com raiz-forte ou wasabi.
ExcluirPorém não desista do vinho na hora de comer tais pratos, tudo é questão de escolher o vinho adequado.