Beber, Come e Amar...
Má na cozinha preparando Farofa de Cuscuz acompanhada de anchova assada.
Uma das regiões mais ricas do Brasil tanto em belezas naturais quanto em cultura. Sua gastronomia é diversificada, pois cada estado possuí seu prato típico com diferentes modos de preparo. Porém, o cuscuz é encontrado em toda região, seja no café da manhã, consumido quente com leite ou como preparamos hoje, como farofa consumido nas principais refeições onde substitui o arroz.
Sua base é a farinha de milho que acrescida de sal e água é cozida no vapor, em uma panela especial chamada cuscuzeira.
Esta farofa acompanhada de anchova assada recheada com espinafre, ficou dos deuses! Um prato leve, delicado e com um sutil dulçor do leite de coco adicionado na preparação da farofa.
É claro que na hora de escolher o vinho para harmonizar , agarramos a oportunidade de escolher um Vinho do Sertão - vinho produzido no Vale do São Francisco, na região do Submédio que segue de Remanso (BA) até Paulo Afonso (BA), passando pelas cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA); onde o clima é semiárido e a vegetação predominante é a Caatinga.
"A vitivinicultura do Semiárido brasileiro é uma excepcionalidade no mundo, uma vez que está localizada entre os paralelos 8° e 9° S e produz, com escalonamento produtivo, uvas o ano todo, totalizando duas safras e meia em condições ambientais adversas com alta luminosidade, temperatura média anual de 26°C, pluviosidade aproximadamente 500 mm, a 330 m de altitude, em solo pedregoso."
O vinho escolhido foi um Espumante Brut Rosé - Terranova - Bahia
O primeiro espumante brasileiro elaborado com uva Grenache pelo Método Charmat, fresco e muito aromático, lembrando frutas vermelhas principalmente morango e cereja.
Que tal preparar essa iguaria para seu fim de semana?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
Farofa de Cuscuz
Ingredientes:
2 xícaras de chá de flocos de milho
1 xícara de chá de água fria
1 colher chá de sal
1 xícara chá de leite de coco
2 ovos
1 cebola picada 1 tomate picado
1/4 xícara chá de coentro e cebolinha picados
Preparo:
Em uma tigela, misture os flocos de milho, a água, o sal e deixe descansar por 10 minutos. Em uma cuscuzeira, coloque água para ferver, acomode a mistura de flocos na parte superior da cuscuzeira, sem apertar. tampe e cozinhe por 10 minutos. retire o cuscuz com cuidado e coloque em um recipiente com tampa. reserve. Aqueça o leite de coco, despeje-o sobre o cuscuz e tampe. Reserve.
Em uma panela,frite os ovos, mexendo bem, e acrescente a cebola, o tomate,o coentro e a cebolinha, junte o cuscuz a esse refogado e misture bem, esfarelando. Sirva em seguida.
Você sabia...
Produção de uvas no Vale do São Francisco
Com suas temperaturas elevadas o ano inteiro, média, máxima e minimas de, respectivamente 26,7° C, 32,0° C e 20,8° C e a baixa umidade relativa do ar, aliadas á disponibilidade de água para irrigação favorecem o desenvolvimento de uma viticultura com características peculiares, em relação às demais regiões produtoras de uvas do país. A ocorrência de doenças é reduzida, os frutos podem ser colhidos com alto teor de sólidos solúveis totais durante todo o ano, e as plantas apresentam redução na duração do ciclo fenológico de 50 a 30 dias em relação a outras regiões produtoras do país.
Em condições tropicais, a videira apresenta crescimento vegetativo contínuo, isto é, não paralisa sua atividade fotossintética e pode ser colhida em qualquer época do ano, obtendo-se geralmente 5 safras a cada dois anos. A poda e o controle de irrigação são os principais fatores que permite, regular o ciclo de produção. As colheitas de um vinhedo podem ser escalonadas.
Porém devido as alterações no clima ao longo dos meses, as mesmas uvas apresentam características distintas quando colhidas em diferentes épocas, em outros locais, safras possuem diferenças de um ano para o outro. no Vale , as variações são intra-anuais .
Segundo os especialistas, uvas colhidas entre fevereiro e abril tendem a produzir vinhos jovens e brancos. De maio a agosto quando as temperaturas ficam mais amenas e há uma amplitude térmica maior, vinhos têm um amadurecimento mais lento e apresentam maior equilíbrio entre acidez e açúcares. É nessa fase do ano em que as empresas apostam na produção de vinhos de guarda, principalmente tintos. E entre outubro e dezembro, há bastante sol, é um meio-termo bastante aromático, excelente para complementar a produção de espumantes."
As castas que mais se destacam são Syrah, Tempranillo, Alicante Bouchet e castas portuguesas como Touriga nacional e Castelão para tintos e Chenin Blanc, Sauvignon Blanc e Moscato Cânelli para brancos.
Fonte: Embrapa Uva e Vinho
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