De acordo com Câmara Cascudo maior referência quando se trata em estudo da alimentação no Brasil, a verdadeira feijoada teria surgido com os portugueses que já tinham o costume de cozinhar alimentos, além de comer as partes salgadas do porco. O prato era consumido principalmente pelas elites da época.
A referência mais antiga que temos aqui no Brasil, está no Diário de Pernambuco de agosto de 1833, quando o hotel Théâtre, informa que às quintas-feiras, seria servido "feijoada brasileira".
Combinar feijoada com vinho é um desafio, temos o sal, a gordura, o amargor do feijão preto, o defumado das carnes, a couve, a textura e o complexo sabor do prato.
Um combinação que se tem falado muito é a com Espumante Brut.
Fizemos o teste, e na nossa humilde opinião, não dá para legitimar essa união. O casamento não foi tão harmônico assim, é claro que o espumante serviu para limpar a boca entre uma garfada e outra, porém, não conseguiu dar suporte para o alto nível de sabor do prato.
Uma outra coisa que nos incomodou foi o gás do espumante, que tornou a digestão de uma prato que já é pesado, ainda mais difícil.
Como diria Vinicius de Moraes em seu poema " Feijoada a Minha Moda", retratando ao final a cena de difícil digestão do prato:
Que prazer mais um corpo pede/ Após comido um tal feijão?/ Evidentemente uma rede! E um gato pra passar a mão..."
Muitos têm uma opinião formada como,por exemplo, Tannat uruguaio, tintos português, até os brancos entram no jogo.
Nós ainda não temos a nossa, então, vamos continuar testando.
Temos inúmeros rótulos, inclusive brasileiros, com diversas variedades de uvas, cortes ou varietais para testar com esse prato ícone.
A graça da harmonização entre vinho e comida é essa, tentativa e erro, sempre é claro, respeitando as preferências pessoais.
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