quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Panetone e Vinho como harmonizar


Ganhou muito panetone no Natal? 
Então, que tal combiná-lo com vinho?
Sim! Panetone e vinho combinam.
Bom, o panetone não é de uma doçura tão expressiva, mas mesmo assim, precisamos de um vinho com uma certa doçura para aproveitar ambos.
Fique longe de vinhos tintos, com alto teor alcóolico e ótimo corpo, eles dificilmente podem ser combinados com panetone.
Seguindo o mesmo raciocínio, eu particularmente, não gosto de combinar panetone e vinhos fortificados como  Porto, Marsala etc.
Ai você me pergunta: E brancos de colheita tardia e alguns passificados? 
Estes vinhos onde o teor alcoólico é ainda moderado, a combinação pode ser estabelecida entre a fruta seca usada no panetone e os aromas do vinho, que lembra precisamente amêndoas, avelãs, mas também frutas cristalizadas e frutas doces. Porém, a combinação é possível somente do ponto de vista olfativo, pois  na boca a baixa acidez desses vinhos, vai amplificar em vez de equilibrar as notas amanteigadas do panetone.
Então, qual vinho podemos degustar com o panetone?
Todos aqueles de uvas Moscatel (em suas diversas formas).
Os Moscatéis espumantes, na minha opinião, são o melhor emparelhamento. A razão é simples: as bolhas juntamente com a acidez certa de um Moscatel espumante, contrastam com a "gordura" do panetone (dada principalmente pelas notas amanteigadas) e mantém o paladar limpo que continua pronto para receber uma nova fatia.
Nem preciso dizer que quando se trata de Moscatel Espumante o Brasil sai na frente com ótimos exemplares, produzindo verdadeiras maravilhas, que vem ganhando a cada ano destaque pela qualidade e volume de comercialização. 
Uma taça de Moscatel Espumante e uma fatia de panetone é uma combinação prazerosa que você precisa experimentar!!
 
Você sabia...

Como toda receita clássica, o panetone é cercado de lendas.
Uma delas, remota a invenção do panetone na corte de Ludovico il Moro. Toni um jovem aprendiz de cozinha, que para remediar a bagunça feita pelo cozinheiro , que havia queimado o bolo do banquete de Natal, propôs servir aos nobres convidados um pão preparado por ele, uma mistura de farinha, ovos, açúcar, passas e frutas cristalizadas.
O experimento culinário de Toni alcança um sucesso sem paralelos e cria, quase por acaso, uma sobremesa que Ludovico il Moro chama de Pan de Toni em sua homenagem.
Na realidade, a receita do panetone remota a Idade Média: alguns manuscritos do século XV falam do costume, difundido sob a família Sforza ( importante família de Milão, que adquiriu considerável poder na capital lombarda), de celebrar o natal, permitindo que todos comam, pelo menos por um dia, um pão mais rico e doce. De fato, os padeiros da época eram proibidos de usar farinhas finas para amassar pão para o povo, mas no dia de Natal todos eram autorizados a deliciar-se com uma mistura de farinha, manteiga e ovos: uma fatia dessa sobremesa extraordinária era guardada para o ano seguinte, como sinal de desejo e esperança de abundância.
A tradição de que o panetone nasceu em Paiva, e não em Milão, também é evidenciada em alguns registros do Borromeo College: em uma folha de 1599 historiadores encontraram notas relacionadas ás despesas do almoço de natal, entre os quais esse particular aparece tipo "pão", lemos que para tornar o ancestral do panetone moderno 3 quilos de manteiga, eram necessária passas e duas onças de especiarias, obtendo 13 pães  grandes para dar às crianças em idade escolar no dia de Natal.


quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Rabanadas com calda de vinho


 

Má na cozinha preparando Fatias  Parida, Fatias Douradas ou simplesmente Rabanadas.
Segundo o escritor Raul Lody, "O nome Fatias Parida deve-se possivelmente ao fato de que a mulher após o parto deve se alimentar com comidas substanciais.
Assim, acredita-se que a mistura de ingredientes como pão, ovos, leite, açúcar e canela, sejam nutritivos e possibilitem um bom aleitamento materno. O nome Fatia Dourada por sua vez, remete à questão visual da comida, a cor dourada que a fatia de pão deve apresentar após a fritura. Já o nome Rabanada tem origem pelo fato de a comida nascer a partir da forma em que é cortada a fatia de pão, em rabanada, que em espanhol rabanar significa cortar. E, segundo a tradição, o pão deve ser cortado na diagonal (em forma de amêndoas) e isto também caracteriza a receita.
Alguns acréscimos nas Rabanadas ampliam o seu sabor, tais como generosas doses de Vinho do Porto, Tinto ou Moscatel, e, para finalizar a Rabanada, logo após a fritura deve ser pulverizada com uma mistura de açúcar e canela, uma invenção da cozinha Magrebe, cozinha afro-islâmica."
Para harmonizar escolhi um Porto Tawny, o envelhecimento em madeira proporcionou um toque bem adocicado as rabanadas.





Eu como sempre, contribuo com a receita.
Ingredientes:
1 pão de véspera (cacete ou filão)
3 xícaras de leite
4 ovos
300 gramas de açúcar
Canela q.b
1 casca de limão
Óleo para fritar
preparo:
Leva-se o leite a ferver com duas colheres de sopa de açúcar e a casca de limão;
Batem-se os ovos muito bem, de modo que a clara fique imperceptível.
Corta-se o pão em fatias com cerca de 1,5 cm e passa-se primeiro pelo leite e depois pelos ovos.
 Fritam-se em óleo bem quente e escorrem-se sobre papel absorvente.
Servem-se polvilhadas com açúcar e canela ou com a calda de Vinho do Porto.

Obs. O Marcelo optou por canela e açúcar mas deixo aqui a receita da calda de Vinho do Porto:
Calda de Vinho do Porto
150 ml de água
250 gramas de açúcar
Casca de 1/2 limão
1 pau de canela
50 ml de Vinho do Porto
preparo:
Colocar a água numa panela. Adicionar o açúcar, a casca de limão e o pau de canela.
levar ao fogo e deixar ferver durante 3 a 4 minutos, sem mexer, Juntar o Vinho do Porto e deixar ferver mais 1 a 2 minutos. Deixar esfriar.
Caso opte em harmonizar suas rabanadas com Porto Tawny como fizemos e degusta-las com a calda, lembre-se de usar o mesmo Vinho na confecção da calda.

Você sabia...
Porto Tawny
O Vinho do Porto Tawny é mantido em barris de madeira por mais tempo, variam de 3 a 8 anos, e nos casos especiais, ultrapassam décadas.
Possuem aromas que lembram frutos secos e madeira.
Apresentam cores como tinto-alourado, alourado ou alourado claro.
Categorias por tempo de envelhecimento em madeira
Porto Tawny Reserva
Porto Tawny 10 anos
Porto Tawny 20 anos
Porto Tawnt 30 anos
Porto tawny 40 anos
Porto Tawny Colheita


quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Polvo cozido em vinho - Retsina



Que tal preparar um Oktapodi Krasato para as Festas de Fim de Ano?
Calma! o nome pode ser complicado mas o prato grego em questão nada mais é do que polvo cozido em vinho, um clássico das tabernas gregas.
Fácil de fazer e muito saboroso, sem contar que esteticamente ele arrasa e vai deixar seus comensais boquiabertos, literalmente.
Quando o assunto é vinho...
Uma boa harmonização é com o famoso vinho grego Retsina (o vinho mais conhecido e consumido por lá) um vinho branco, que é acrescido de uma pequena quantidade de resina retirada do pinheiro Alepo que é adicionada no início da fermentação e removida assim que libera seus sabores.


Você também pode harmonizar seu polvo com vinhos tintos, já que a maioria opta por eles nas Festas de Final de Ano, e pode ficar tranquilo quanto aos taninos! 
O polvo possui baixíssimo teor de iodo, sendo assim, não vai metalizar seu vinho tinto. 
Tente um Shiraz ou um Ancellotta você irá se surpreender.
Vamos a receita:
Ingredientes:
1 polvo grande limpo
1 xícara de azeite extravirgem
2 cebolas médias picadas
3 dentes de alho picados
375 ml de vinho tinto seco
2 folhas de louro
1 colher (chá) tomilho seco
5 bagas de pimenta da Jamaica
1 colher (sopa) extrato de tomate
1/2 colher (chá) sal
Pimenta preta moída na hora q.b
Preparo:
Despeje o azeite em uma panela grande e leve ao fogo médio.
Adicione as cebolas e refogue-as até amolecerem.
Adicione o alho e refogue por mais 1 minuto.
Reduza o fogo para médio-baixo e adicione o polvo inteiro, o vinho, o louro, o tomilho, sal e as pimentas.
Cubra e deixe aquecer por 10 minutos.
Abaixe o fogo para o mínimo e cozinhe por 40 minutos ou até que  o polvo fique macio, mas não totalmente cozido.
Nesta fase, misture o extrato de tomate e cozinhe por 20 minutos.
Saúde Sempre!
b
Beijo no coração de vocês.
Estamos tambm, no instagram! passa lá.


sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Cordeiro ensopado



No decorrer do ano o BCA deu a volta ao mundo com pratos e harmonizações de diversos lugares. 
Para fechar com chave de ouro, nas semanas que antecedem as Festas de Fim de Ano traremos sugestões de pratos e vinhos para tornar sua comemoração ainda mais gostosa. 
E como cada região do mundo possui hábitos diferentes em relação ao que é servido no Natal e Ano Novo vamos deixar o convencional Peru de lado e explorar algumas receitas diferentes. 
Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Carré de cordeiro ensopado.
O sucesso deste prato reside certamente na carne tenra e de sabor intenso,  envolvida num molho aromático, enriquecido e encorpado. 
Quando o assunto é vinho...
Deve-se procurar um vinho que realce os sabores do prato sem no entanto cobri-lo.
No final da cozedura a carne estará úmida, deliciosa, opte por vinhos estruturados com bons taninos, que ajuda a limpar o paladar. 
Como estamos comemorando, escolha um Brunello di Montalcino, Taurasi ou mesmo um Barbaresco e seja feliz!
Que tal preparar essa iguaria para suas festas de fim de ano?
Eu, como sempre contribuo com a receita. 
Ingredientes:
1 kg de carré de cordeiro 
100 ml de azeite 
2 cebolas 
1 colher sopa de manjerona fresca
2 xícaras de molho de tomate encorpado caseiro.
Vinho tinto seco q.b
Sal e pimenta a gosto 
1 litro de caldo de carne caseiro 
Preparo:
Lave o cordeiro no vinho, escorrendo a carne sem secá-la.
Em uma panela de ferro ou barro, frite a cebola picada com azeite e a manjerona, adicione a carne (temperada com sal e pimenta) e doure dos dois lados.
Quando estiver dourada, adicione o molho de tomate e uma concha de caldo caseiro de carne, cozinhe cerca de 25-30 minutos adicionando caldo quando necessário. 
Vijiando sempre para não secar (lembre-se que é uma carne ensopada).
Sirva com purê de batatas.
Estamos também no Instagram. 
Passa lá. 
Saúde sempre!
Beijos no coração de vocês. 

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Cuscuz Paulista - pior comida?


Aqui no BCA cuscuz-paulista encabeça a lista é de comida boa!
Se você é como a gente, ama cuscuz-paulista e ficou sem entender a tal lista da plataforma. 
Bora fazer essa receita maravilhosa e bem gostosa de cuscuz-paulista. 
Aqui em casa não tem hora para degustar um lindo e delicioso cuscuz-paulista. Ora é prato principal, ora é acompanhamento, isso quando não comemos no finalzinho da tarde acompanhado de uma boa taça de vinho e uma série na tv.
Beber, Comere Amar ...
Má na cozinha preparando cuscuz-paulista. 
O cuscuz-paulista é um tipo de "bolo salgado" á base de farinha de milho preparado em forma redonda de pudim.
Hoje em dia encontramos algumas variações ao de camarão como sardinha, frango podendo levar peixe, cebola, tomate, ovo cozido, azeitona, ervilha, palmito e salsinha.
Porém, nem sempre foi assim. Ocílio Ferraz, escritor, sociólogo e especialista em costumes e tradicões da região do Vale do Paraíba onde nasceu a iguaria, afirmou que o cuscuz-paulista na origem era apenas farinha, sal e pimenta, colorido com urucum.
A respeito de sua origem uns dizem que surgiu em meados do século XVIII no farnel dos Bandeirantes, um tipo de saco que se colocavam provisões para uma jornada. Dessamarrando o grande pano, estava tudo misturado e convertido no que viria a ser o cuscuz-paulista.
Outros, dizem que a iguaria nasceu na cozinha dos povoadores do Vale do Paraíba. Teria descendido do prato dos berberes (povo originário da África Setentrional), colonizadores lusitanos e brasileiros de primeira geração chegaram no Vale entre os séculos XVI e XVII, praticando a cultura do milho e da mandioca que ajudaria a criar a identidade da cozinha brasileira.
Falando em brasilidade que tal harmonizar esse belíssimo cuscuz-paulista com um rosé brasileiro?
Vamos de Pinot Noir Rosé Pedras da Quinta - Eu+Eu



Fresco, aromático e elegante, convidou-nos para outra garfada.
A harmonização de vinho e comida não precisa ser complicada, pode sim ser despretensiosa e prazerosa.  Um prato gostoso, um vinho bem feito e uma boa companhia pode te surpreender.
Vamos a receita.
Ingredientes:
1/3 de xícara de azeite extravirgem
1 cebola grande picada
2 xícaras de tomates sem pele e sem semente picados
5 tabletes de caldo de camarão diluídos em 1,5 litros de água
1/2 kg de camarões limpos e sem casca
1 vidro de palmito em conserva 
1/2 xícara de azeitonas verdes
1 lata de ervilha ou 1 xícara das frescas congeladas
4 xícaras de farinha de milho
1 maço de salsa picada
sal a agosto
pimenta dedo-de moça a gosto
Òleo para untar a forma
4 camarões grandes e cozidos para a decoração
Ovos cozidos em rodelas para decoração
Preparo:
1. Aqueça o azeite em uma panela grande  junte a cebola refogue até ficar transparente.
Incorpore os tomates e refogue por 3 minutos. 
Separadamente dilua os tabletes de caldo de camarão em 1,5 litros de água ou use caldo de camarão feito em casa. Adicione o caldo á panela e cozinhe por mais 3 minutos.
2. Acrescente os camarões, o palmito picado, as azeitonas picadas, as ervilhas e misture tudo.
3. Por fim, em fogo baixo, coloque a salsinha, a dedo de moça e tempere com sal se necessário.
Quando começar a ferver, acrescente a farinha de milho aos poucos, cozinhe até desgrudar da panela e desligue o fogo.
4. Unte com óleo uma forma de pudim decore com os camarões grandes, intercalando com as rodelas de ovo.
5. Coloque toda a massa do cuscuz com o auxilio de uma concha fazendo uma leve pressão.
6. Deixe-o esfriar completamente dentro da forma antes de desenforma-lo.
Dica: Não cozinhe muito a farinha na panela. 
Bom apetite!


Estamos também no instagram, passa lá!
Saúde sempre!
Saúde sempre!
Estamos também no instagram, passa lá.

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Ripasso e Polpettone



Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Polpettone al sugo.
Polpettone é uma bola de carne enrolada. 
A receita é simples e muito rápida, a massa é a clássica das polpettas (almôndegas) com molho, muito querida e feita por todos! Você simplesmente dobra as quantidades e recheia com queijo!
Com mais de 600 anos de história, séculos e séculos de mudanças nas formas, sabores e apresentações. O termo polpetta aparece pela primeira vez num livro de receitas italiano do século XV, escrito por Mastro Martino, que desta forma estabeleceu a paternidade italiana desta preparação.
Quando o assunto é vinho...
Para harmonizar, como se trata de um prato com carne, queijo e envolto com muito molho de tomate, pensei em um vinho com uma boa acidez para combater a acidez do molho, pois se o vinho não tiver acidez suficiente para enfrentar a acidez do molho ele perderá força, e corremos o risco do vinho ficar insosso.
Optei por um Valpolicella, porém um Valpolicella Ripasso que com a acidez ainda em evidência combinou perfeitamente com o prato.


Ripasso Valpolicella Classic Superior Soraighe
Elaborado com Corvina, Rondinella e Molinara. De cor rubi intensa, aromas de frutas vermelhas maduras, compota , com notas picantes, em boca é sedoso, suave, redondo e com bom equilíbrio.
Que tal preparar esse delicioso Polpettone, fácil, prático e muito gostoso, eu como sempre contribuo com a receita.
Ingredientes Polpettone
1 kg de carne moída (Patinho)
250 gramas de pão de forma (sem casca) umedecido no leite e levemente espremido.
100 gramas de queijo parmesão ralado na hora
2 ovos inteiros
1 cebola média ralada
2 dentes de alho amassados
Sal e pimenta-do-reino a gosto
200 gramas de mussarela cortada em cubos
Preparo
Misture todos os ingredientes menos a mussarela.
Divida em porções de 250 gramas.
Molde uma bola (achatando)
Com o dedo, abra no centro e preencha com cerca de 100 gramas de mussarela cada bola.
Feche o polpettone , coloque em um refratário e cubra totalmente com molho de tomate.
Leve para assar no forno por 20 minutos.

Molho de tomate (a qualidade do molho vai interferir muito na preparação do prato, portanto não use molho pronto.
Ingredientes para o molho
8 tomates italianos maduros
2 cebolas médias
1 colher (sopa) de açúcar
Azeite o quanto baste
Sal, pimenta e manjericão a gosto
Preparo
Lave e corte os tomates ao meio e retire as sementes, corte também as cebolas ao meio e distribua ambos em uma assadeira.
Polvilhe o açúcar sobre os tomates e as cebolas, tempere com sal e pimenta e regue tudo com azeite.
Distribua uma folha de manjericão por cima de cada tomate e asse tudo em forno baixo por aproximadamente 1 hora.
Retire da assadeira e bata tudo no liquidificador.
Obs: Caso queira acelerar o processo, troque o tomate in natura por duas latas de tomates pelados e proceda conforme a receita.

Você sabia...
A técnica Ripasso tornou-se uma Denominação de Origem Controlada em 2010.
Ela consiste em fermentar o Valpolicella DOC uma segunda vez usando o bagaço de Amarone.
Após 35/40 dias de maceração, o Amarone é separado das peles, que são deixadas embebidas em vinho ainda fermentando dentro das cubas.
Neste ponto, começa a técnica Ripasso.
As cubas com o bagaço dentro são preenchidas com vinho Valpolicella, o bagaço, embebido na fermentação do Amarone, inicia uma segunda fermentação que aumenta o teor alcoólico, enquanto a nova maceração agrega cor, estrutura e aromas.
No final podemos dizer que nasceu um novo Valpolicella Ripasso DOC.
Antes de ser vendido, no entatanto, exige pelo menos um ano de envelhecimento em madeira.
Porém, hoje em dia cada produtor tem sua própria fórmula, que consiste em 4 variáveis principais.
- a escolha do bagaço para realizar a técnica Ripasso ( Amarone, Recioto ou ambos os vinhos)
- o tempo de contato que o vinho fica com as peles.
- a porcentagem de uvas a serem adotadas.
- a escolha de adicionar ou não uma pequena quantidade de uvas completamente secas.





sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Pâté Lorrain



Um tesouro da culinária de Lorraine - França.
É herdeiro dos Pâté que já foram feitos na região no início do século XIV, mais precisamente em Baccarat onde nomeado de "Petit Pâté Lorrain" aparece no primeiro livro de receitas francês escrito por Guillaume Tirel, natural desta cidade.
Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Patê Lorrain que consiste em um Pâté-Croûte feito com carne de vitela e carne de porco (marinadas por 12 horas numa mistura de vinho branco, cebola, alho, salsa, tomilho e louro) cozido em massa folhada.
De formato retangular e decorado com formas geométricas.
É servido tanto como entrada como também como prato principal, apreciado quente e acompanhado de salada verde.
De tão apreciado, todos os anos, no início de setembro, há a Fête du Pâté Lorrain em Baccarrat.
Uma iguaria saborosa, untuosa e com um aroma maravilhoso.
Para harmonizar o mesmo vinho que usamos na marinada, um Riesling da Alsace, seco, atrevido, frutado, floral e mineral, onde a acidez neutralizou a gordura do prato.
Alsace Riesling P.E Dopff & Fils


Que tal preparar esta iguaria para seu fim de semana?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
Ingredientes para 4 pessoas
400 gramas de copa de lombo de porco
400 gramas de carne de vitela
2 cebolas médias
1 dente de alho
1 ramo de tomilho
1 ramo de salsa
4 folhas de louro fresco
Vinho branco seco Riesling q,b
1 ovo
Sal e pimenta a gosto
1 rolo grande de massa folhada

Preparo: (no dia anterior)
Marinada
Corte as carnes em pedaços bem pequenos.
Coloque em uma tigela e adicione o alho, a cebola, salsa, tomilho, louro tudo bem picado, tempere com sal e pimenta, adicione vinho branco seco até cobrir as carnes.
Cubra com filme plástico. leve à geladeira 12 horas.


No dia seguinte
Drene totalmente a carne com o auxilio de uma peneira grande, vá apertando delicadamente a carne com as costas de uma colher contra a peneira para tirar totalmente o liquido d a carne.
Preaqueça o forno a 200 graus.
Abra o rolo de massa folhada em cima de um papel manteiga. Coloque na assadeira.
Organize o recheio no centro da massa, deixando alguns centímetros livres nos quatro cantos.
Dobre os quatro lados começando pelas extremidades, de modo que a dobra fique por baixo.
Pincele com gema de ovo batida. faça um buraco no centro para formar uma chaminé.
Decore com a ponta da faca como na foto . Asse por 45 minutos, verifique o cozimento e retorne 10 a 15 minutos, se necessário.





Você sabia...
Os vinhos AOC Alsace, vêm das 7 únicas variedades autorizadas na região, nomeadamente: Sylvaner, Pinot Blanc, Riesling, Muscat d'Alsace, Pinot Gris, Gewurztraminer e Pinot Noir.
A particularidade da Alsácia é que cada variedade dá o seu nome ao vinho elaborado.
Cerca de 90% da produção refere-se a vinhos brancos.
De forma típica e esbelta, a garrafa de vinho da Alsácia é facilmente reconhecível.
Alsace Riesling
Uva do reno por excelência , a Riesling teria sido cultivada na época em que as legiões romanas ocupavam a Alsácia, O clima do Vale do Reno combina perfeitamente com ela.
Esta variedade tardia é encontrada na maioria das formações geológicas, particularmente em solos de granito ou arenito, mas também nos terrenos sedimentares das Colinas de Vosges e nos solos com cascalho formados pelos cones aluviais dos vales. Muito regular na produção, a Riesling produz vinhos apreciados pela sua fineza aromática, a sua grande elegância e, muitas vezes, pela sua capacidade de envelhecer.
Ela desenvolve aromas de frutas cítricas (limão, grapefruit..) e flores, dependendo do solo, desenvolve aromas minerais como sílex.


Você sabia...
Na Idade Média, as Terrines já eram diferenciadas dos Pâtés pelo seu método de cozimento. Elas eram cozidas em recipientes de barro, dai o seu nome, enquanto os Pâtés eram assados em uma crosta ( que na época não era necessariamente comestível) como as dos Pâtés-croute de hoje
Esta crosta muito espessa, foi na verdade destinada a proteger o "recheio" durante o cozimento e o transporte.
Se você se interessou pela Terrine também, aqui neste post Terrine harmonizada com vinho Late Harvest tem uma receita imperdível de Terrine de fígado de galinha , passa lá e confere.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Rolinho primavera Vietnamita - Goi Cûon



Beber, Comer e Amar...
Provavelmente o prato vietnamita mais conhecido em todo o mundo.
Má na cozinha preparando Goi Cûon - rolinho primavera vietinamita.
Goi Cûon é comida de rua, pode ser consumido como entrada, lanche ou refeição.
Fresco, delicioso e barato, foi listado como uma das melhores comidas de rua do mundo, e vale a pena entrar na sua lista de comidinhas fácéis e deliciosas.
O tradicional é feito com barriga de porco, camarões e vegetais, embrulhados em papel de arroz e servidos em temperatura ambiente com molho de amendoim ou, alternativamente, com molho de peixe.
Goi Cûon significa rolinho de salada. Assim, em vez de serem misturados em uma tigela, os ingredientes da "salada" são embrulhados em papel de arroz e somem com duas ou três mordidas, dependendo da sua fome.
Depois que o Má fez em casa ,virou um vício tremendo, uma das nossas alegrias é rechear o rolinho vietnamita com o que temos na geladeira.
O de hoje levou cogumelos, Kani, cenoura, cebola roxa,  pepino, ovos e manga.
O que mais adoro no Goi Cûon é que ele não deixa aquela sensação de untuosidade na boca. Diferente dos rolinhos primaveras fritos.
De textura sedosa, flexível e visual translúcido é gostoso de fazer e de comer!
Quando o assunto é vinho...
A culinária vietnamita é tipicamente mais fresca e menos picante do que muitos pratos asiáticos, sendo a escolha do vinho mais fácil.
Normalmente brancos leves e frescos, espumantes e rosés casam bem com a maioria dos pratos.
Mas é importante considerar os sabores do prato e, caso penda para a escoha de um tinto, só tome cuidado com o molho de peixe (que é acrescido em muitas preparações ) pois ele em excesso combinado com os taninos do vinho tinto pode resultar num sabor metálico.
No caso dos nossos rolinhos vietnamitas um rosé agradável e fácil de beber ajudará a realçar todos os sabores dessa mistura de ingredientes.
Escolhi o Lóla Rosé da Vinícola Larentis Reserva 2022
Cabernet Franc e Merlot - Vale dos Vinhedos - Brasil


Onde a acidez, as notas de frutas vermelhas e florais casaram perfeitamente com os sabores do prato.
O molho que o Marcelo preparou, não ficou tão forte a ponto de mascarar o estilo refrescante deste vinho.
Que tal preparar essa iguaria?
Eu, contribuo com a receita:

Molho
Ingredientes
1 colheres (sopa) gengibre ralado
3 colheres (sopa) açúcar mascavo
suco de 1 limão
2 colheres (sopa) shoyu
1 colher (sopa) óleo de gergelim
1 dente de alho picado
1 pimenta dedo-de-moça picada
cebolinha picada
Preparo:
Misturar todos os ingredientes

Recheios
cebola roxa crua em juliene
pepino cru em tiras finas
kani em tiras finas
manga em tiras finas
cenoura em tiras finas (salteadas em óleo de gergelim para ficarem macias)
cogumelos salteados em óleo de gergelim
ovos mexidos

Montagem papel de arroz

Modo de fazer
Coloque água em um travessa  funda redonda e mergulhe o papel de arroz.
Deixe por 1 minuto e escorra o excesso.
Para fazer os rolinhos, apoie o papel hidratado numa tábua ou prato grande.
No centro coloque os recheios (como na foto).
Enrole, dobrando as pontas para dentro para que os rolinhos não se desfaçam. 










quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Salada Caesar - a verdadeira



A temporada de primavera está aberta! O BCA abre caminho para pratos leves, frescos e divertidos...E para acompanhar tudo num dia de sol, ou numa noite quente, o que poderia ser melhor que vinho?
A proposta das saladas continua. Viaje por estas receitas famosas (em 3 posts) e descubra a delícia de harmonizá-las com vinho.
Má na cozinha preparando Salada Caesar.
Não aceite imitações das chamadas "Saladas Caesar"
A verdadeira salada Caesar é mexicana. Não contém frango ou anchovas.
Foi criada no final da década de 1930, no Hotel Caesar's, na cidade de Tijuana, no norte do México.
Conta a lenda que alguns aviadores americanos estavam hospedados neste local, um dia eles voltaram muito tarde e queriam jantar no restaurante, os funcionários do hotel explicaram que a cozinha já estava fechada e havia apenas alface.
Eles pediram para preparar uma salada simples.
O chefe Livo Santini escolheu uma velha receita familiar do sul da Itália que sua mãe fazia. O resultado foi uma verdadeira iguaria que os pilotos desfrutaram.
O prato foi então chamado de salada de aviador.
Com o tempo, Césare Cardini, proprietário do hotel, registrou o prato como Salada Caesar. Ele só não sabia que se tornaria um clássico da gastronomia mundial.
Composta por alface romana, croutons de alho, parmesão e um molho emulsionado, neste prato você encontrará  características fascinantes; a maneira como um único elemento consegue misturar diferentes consistências, texturas, sabores fortes com sabores suaves. É um jogo interessante na boca, mas que pode ser complicado na hora de harmonizar com o vinho.
Escolhi um Chablis, vinho que é conhecido por sua mineralidade, que formou um acordo adequado, compensando a gordura dos ingredientes.



Chablis Louis Latour
De cor amarelo pálido com aromas florais muito expressivo. Na boca são complementados com notas de mineralidade como pederneira. Este vinho tem um aroma intenso, com um bom final de boca longo.
Que tal preparar a salada Caesar para seu fim de semana?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
Salada Caesar
Ingredientes para 2 pessoas
10 folhas de alface romana
4 colheres (sopa) de azeite extra virgem
50 gramas de parmesão ralado na hora
1 ovo grande
1 colher (sopa) de suco de limão
1 colher (sopa) de molho inglês
1 dente de alho
sal e pimenta preta moída na hora q,b
Para os croutons
100 gramas de pão duro em fatias
1 dente de alho
azeite q,b
sal
pimenta
tomilho
pitada de páprica doce
Preparo
1. Prepare primeiro os croutons
Aqueça o forno 180 graus. Esfregue levemente o alho descascado nas fatias de pão e corte as fatias em pequenos cubos.
2. Misture em uma tigela o azeite, sal, pimenta preta, tomilho e páprica (pitada). Coloque os cubos de pão dentro e misture uniformemente.
Coloque os croutons em uma assadeira, e asse por 5 minutos ou até dourar. Reserve.
3. Lave e seque as folhas de alface romana.
4. Cozinhe o ovo em água fervente por apenas 1 minuto e transfira-o imediatamente para uma tigela de água fria.
5. Esfregue o fundo da saladeira com o dente de alho descascado (o mesmo que você usou no croutons) e disponha a alface, salgando a gosto.
6. Adicione o suco de limão, o molho inglês e mexa delicadamente. Descasque o ovo e coloque somente a gema dentro da saladeira (que tem que estar líquida).
Adicione o queijo parmesão ralado na hora, o azeite e mexa com duas colheres, fazendo movimentos repetitivos para envolver o molho sobre a alface e obter um vinagrete emulsionado.
7. Adicione os croutons e sirva com lascas de queijo parmesão.

Você sabia...
Os vinhedos de Chablis se dividem em 4 categorias
1. Chablis Grand Cru
AOC Grand Cru
É a classificação de maior prestígio e que ocupa o topo da pirâmide das denominações, atualmente representa 2% da produção total dos vinhos de Chablis.
Essa denominação pode ser seguida pelo nome de um dos seus seguintes climats:
Blanchot, Bougros, Les Clos, Grenouilles, Preuses, Valmur e Vaudésir.
Localização: Chablis e vilarejos de Fyé.
Os vinhos dessa categoria provém de vinhedos localizados à margem direita do rio Serein, nas áreas mais altas, entre 100 e 250 metros. Os setes climats da denominação Chablis Grand Cru se encontram em uma única colina, em microvales de muita exposição solar. Eles se beneficiam da exposição sul-sudeste e da luminosidade bastante favorável à evolução e maturação da Chardonnay.
Para a denominação Chablis Grand Cru, os vinhos permanecem maturando, no minimo, até o dia 15 de março do ano seguinte ao da colheita, que normalmente ocorre em setembro.
2. Chablis Premier Cru
AOC Village
Com aproximadamente 800 hectares, essa denominação é composta por 40 climats. No rótulo de seus vinhos, ela é identificada pela expressão Premier Cru, seguida ou não do nome do climat de origem. Além disso, nessa AOC é possível encontrar o conceito de climat porte-drapeau, que é equivalente a um climat de destaque, subdividido em outros suclimats. Neste caso, o vinho levaria no rótulo o nome do climat principal ou da sua subdivisão.
Localização: Vilarejos de Beines, Béru, Chablis, Fyé, Milly, Poinchy, La Chapelle-Vaupelteige, Chemilly-sur-Serein, Chichèe, Collan, Courgis, Fleys, Fontenay-Prés-Chablis, Lignorelles, Ligny-le-Chatel, Maligny, Poilly-sur-Serein, Préhy, Villy e Viviers.
3. Chablis
AOC Village
Situa-se às margens do rio Serein, representando pouco menos de um terço da produção de vinhos brancos de toda a Borgonha.
4. Petit-Chablis
AOC Village
De menor prestígio entre as quatro AOCs, essa área foi implantada principalmente no topo das colinas, nos dois lados do vale do rio Serein;

Fontes: National Geographic
            El Comidista
            Vinhos da Borgonha - Jean Claude Cara / Lígia Maria Salomão Cara

Estamos também no instagram.
Esperamos você lá.
Saúde sempre!
Beijos no coração.

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Harmonização - Saladas á base de frutas


Ainda no tema  saladas á base de frutas, para um prato rico em frutas cítrics, escolh um vinho que resista à acidez dessas frutas.
Má na cozinha preparando...
Ensalada Malagueña, gastronomia da província de Málaga - Andaluzia - Espanha.
Provar pratos diferentes, mesmo que não seja in loco, é uma forma de aproximar-se da vida e costumes dos habitantes destes lugares e, ao mesmo tempo, aprender e desfrutar do seu conhecimento gastronômico.
Essa salada é muito popular em Málaga, em muitos lugares é também chamada de "salada cateta" é fácil de preparar, gostosa e muito versátil.
A combinação de sabores é um espetáculo e não vai deixar ninguém indiferente.
Escolhi para harmonizar um Gewurtraminer brasileiro.
Gewurztraminer Boleadeira Vinícola Fin - Terroir Missioneiro - RS  



Coleção Clássicos do Sul, sendo Boleadeira uma espécie de funda, arma utilizada pelo gaúcho para caçar nas grandes pradarias do pampa Riograndense, Argentino e Uruguaio.
Vinho seco, gastronômico com boa acidez que somou-se a acidez frutada, doce e carnuda da laranja presente no prato.
Em boca, notamos rapidamente o vivo contraste entre os sabores frutados, ácidos e especiados (canela, gengibre, manga e laranja) com a carne ligeiramente salgada e firme do bacalhau.
O prato evolui ao mesclar-se com o vinho na boca, notamos o perfume floral (pétala de rosas) que se associa sem problemas as notas ligeiramente picantes das azeitonas pretas e das cebolas.
Um encontro persistente, penetrante de sensações aromáticas e sápidas, em que o vinho reforça os sabores do prato.
Que tal preparar essa iguaria para sua Sexta Santa?
Eu como sempre, contribuo com a receita.
Salada Málaga
Ingredientes
500 gramas de batatas 
250 gramas de lombo de bacalhau
1 cebola
3 laranjas
4 ovos
Azeitonas
Cebolinha verde
Azeite
Vinagre
Sal
Pimenta
Preparo
24 horas antes dessalgar o bacalhau.
Uma vez dessalgado, cozinhe em água, drene e faça lascas grandes.
Cozinhe as batatas inteiras e com casca até ficarem macias, depois de frias, descasque-as e corte-as em rodelas.
Cozinhe os ovos (10 minutos após levantar ferfura) descasque-os e corte-os em quatro.
Descasque as laranjas, eliminando qualquer parte branca, pois pode amargar sua salada, corte em rodelas.
Pique a cebolas em juliene.
Pique a cebolinha.
Drene as azeitonas.
Montagem
No fundo de uma saladeira ou refratário disponha as batatas em rodelas.
Adicionar a cebola, a cebolinha, misturar tudo delicadamente e temperar com sal, pimenta, azeite e vinagre.
Adicionar o bacalhau, os ovos, as laranjas e as azeitonas.
Cubra com mais azeite e acerte o sal e a pimenta.



Estamos também no Instagram!!!!
Passa lá!
Saúde Sempre!
Beijos no coração de vocês.


quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Que vinho escolher com saladas



Que tal uma saladinha?
Coloridas e saborosa são uma ótima pedida para dias quentes.
Mas para além do sabor, apresentam inúmeros desafios para nós amantes do vinho. Sempre bate aquela dúvida que vinho escolher para acompanhar a potência da rúcula, o picante do rabanete e a acidez do vinagrete.
A resposta é simples. Tudo é questão de equilíbrio! A interação entre o vinho e a salada deve ser complementar, um não deve prevalecer sobre o outro. 
Nos próximos posts iremos reunir nossas melhores receitas de saladas juntamente com dicas de harmonização.
Então, bora embarcar nesta viagem crocante e refrescante?
Hoje, vamos falar sobre saladas à base de frutas.
Uma salada à base de frutas oferece uma paleta de sabores surpreendente, combinando doura, acidez e às vezes um toque de amargor. Estas misturas de sabores, por mais deliciosas que sejam, podem representar um verdadeiro desafio na hora da escolha do vinho.
Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Salada de morangos, manjericão e queijo Feta.
Visualmente encantadora, perfumada e levemente picante.
Quando o assunto é vinho...
 Frutas vermelhas pedem vinhos frutados e vivos como um Rosé.
Neste prato a acidez do morango encontra a cremosidade do Feta e combinado com o manjericão forma um casamento perfeito.
A frescura de um Rosé vai contrabalançar a gordura do queijo e do azeite. Além disso, as pequenas notas de morango que podem ser encontradas em muitos Rosés vão muito bem com o próprio morango e melhor ainda com o manjericão.
Que tal preparar essa iguaria?
Eu, como sempre contribuo com a receita.
Ingredientes:
500 gramas de morangos lavados sem a rama e cortados ao meio
200 gramas de queijo Feta
1 maço grande de basílico (manjericão de folhas largas) lavado e desfolhado.
Azeite q,b
Sal q.b
Pimenta-do-reino q.b
Preparo 
Disponha os morangos cortados ao meio e as folhas de manjericão em uma saladeira.
Tempere com azeite, sal e pimenta-do-reino a gosto.
Esfarele queijo Feta por cima.
Sirva com croutons.
Ainda na semana, o Má entra na cozinha novamente para preparar uma salada de laranja com bacalhau.
Não percam.
Saúde sempre!
Beijos no coração de vocês.
Estamos tambem no instagram
@bebercomereamar passa lá!





quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Massa recheada com salmão


Se você é como a gente, adora salmão e o aprecia de diversas formas. Vamos lhe contar alguns segredos para uma boa harmonização.
Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando ravioli de salmão.
Sabemos que vinho branco seco e jovem acompanha muito bem o salmão em geral, há uma observação em ter em conta nesta combinação de vinho e peixe. Sendo o salmão um peixe rico em ácidos graxos, não é aconselhável acompanhá-lo com um vinho branco com as mesmas características para não pesar o paladar.
A textura tenra, carnuda e gordurosa do salmão será compensada com brancos dotados de uma boa dose de acidez e aromas frutados.
Vai muito bem com rosé, pois o vinho rosé tem o nível certo de corpo e sabor para fazer frente ao salmão.
Sim, acompanha um vinho tinto desde que você se atente a essa dica simples. Se ao provar os taninos de um tinto ganham intensidade na carne, o mesmo não acontece com o peixe, onde os taninos tenderão inversamente a fechar.
Então, escolha um tinto com taninos finos e aromas marcantes para harmonizar seu salmão.
Salmão e espumante é uma combinação refinada e delicada, a acidez e a frescura do espumante trazem uma bela vivacidade á gordura do peixe.
Dito isso, o modo de preparo e a cocção vão te guiar na escolha do vinho.
Aqui no BCA já combinamos Gravilax de salmão com Champagne - Terrine de salmão com Vinho Verde da casta Alvarinho - Salmão envolto em massa folhada com Brut brasileiro - Ceviche de salmão com Sauvignon Blanc - Pain de saumon com Brut Chardonnay - Salmão e Beurre Blanc com Muscadet. Todas as receitas você encontra aqui no blog ou no instagram.



Escolhi um rosé brasileiro da vinícola Larentis- Lóla Rosé 2022 um corte de Cabernet Franc e Merlot para acompanhar essa massa caseira que foi guarnecida com molho bechamel e tomilho.
Sabores ousados junto a notas de frutas vermelhas silvestres e florais do vinho adicionaram uma camada de sabor exótico, a acidez do mesmo contrastou com a natureza mais pesada tanto do peixe como do molho.
Vamos a receita:
Massa fresca (para 2 pessoas)
150 g de farinha de trigo
150 g de semolina
3 ovos e 1 gema
2 colheres (sopa) azeite
sal q.b
Preparo:
Em uma bancada coloque as farinhas, faça um buraco no meio e disponha os ovos e a gema, azeite e sal.
Mexa até obter uma massa homogênea e lisa.
Embrulhe em papel filme e deixe descansar em temperatura ambiente por 30 minutos.
Recheio:
400 g de salmão
suco de 1 limão
azeite q.b
200 g de ricota de búfala
sal e pimenta q.b
Preparo:
Tempere o salmão com sal e pimenta a gosto e suco de 1 limão
Regue com azeite e leve para assar.
Depois de assado e frio, esfarele o salmão com o auxílio de um garfo e misture a ricota até obter uma massa, acerte o sal e  pimenta e faça pequenas bolinhas, reserve.
Montagem:
Abra a massa com a máquina ou rolo de macarão na espessura de 0,5 mm .
Coloque as bolinhas de recheio na massa e deixe  mais ou menos 2 dedos de distância entre uma bolinha e outra. (Na nossa tira de massa cabem 4 bolinhas)
Pincele uma pequena quantidade de água ao redor do recheio para facilitar o fechamento.
Cubra a massa  das bolinhas com outra tira de massa.
Pressione levemente a massa sobre o recheio para que o recheio fique um pouco achatado e com os dedos, pressione todas as laterais do ravioli até que um lado esteja bem grudado ao outro. Pressione de forma a eliminar todo o ar que envolve o recheio do ravioli.
Molde e corte com um cortador de pizza no formato desejado.
Cozinhe os raviolis em água fervente salgada por cerca de 4 a 5 minutos.
Sirva com molho bechamel e tomilho limão fresco.
Bom aptite!
Saúde sempre!
Estamos também no instagram passa lá.
Beijos no coração.







quarta-feira, 6 de setembro de 2023

7 anos do blog

Queremos agradecer o carinho, a companhia, os feedbacks e a parceria. 
Mais um ano compartilhando nossas experiências enogastronomicas, conquistas e alegrias.
Que continuemos bebendo, comendo e amando. 
Beijos no coração de cada um de vocês. 














terça-feira, 29 de agosto de 2023

Combine ervas aromáticas e vinho



Até que ponto as ervas aromáticas influenciam no gosto do vinho? 
Essa é uma pergunta recorrente aqui no blog. Escrevi diversos posts a respeito mas sempre é bom lembrar que, no que diz respeito aos vinhos a presença das ervas aromáticas nas várias preparações influencia enormemente o perfil gosto-olfação e acentua a aromaticidade.
Se, no entato, você ainda não se atentou que aquele amargor no vinho pode ter sido causado por uma erva aromática que não foi bem usada, tenha em mente que, tanto brancos, tintos ou rosés são bem-vindos desde que sejam bem combinados, seja por analogia, onde pratos aromáticos, exigem intensidade olfativa e alta persistência no vinho; seja por contraste em caso de presença de sensações verdes, amargas ou pungentes do prato, favorecendo a suavidade do vinho.
Alguns exemplos:
Manjericão: com ele o Marcelo faz muita coisa boa ( todas as receitas também estão lá no insta) aquele molho com tomates assados, salada de morangos e manjericão e o pesto, que é figurinha carimbada aqui em casa e que, combinado com um branco fresco, alegra qualquer refeição.
Salsa: Nunca falta! E em ocasiões especiais é o ingrediente primordial para o cordeiro na salsa, um prato maravilhoso que combinado com um tinto macio, como um Merlot, fica de comer de joelhos!
Para prepará-lo pique 4 dentes de alho, junte pão ralado e salsa na mesma proporcão. 
Em seguida adicione sal, manteiga e misture até formar uma pasta.
Deixe na geladeira coberta com filme plástico.
Enquanto isso, coloque o carré de cordeiro numa assadeira e tempere com azeite, sal e pimenta, distribua na assadeira alguns dentes de alho com casca e ramos de tomilho, asse a 220 graus por 15 minuto.
Assim que sair do forno, espalhe a pasta gelada de salsa sobre a carne quente, que vai derreter lentamente.
Sirve em seguida e apaixone-se.
Sálvia: Aqui em casa vai para a frigideira com manteiga para saltear massas e são um deleite combinadas com as bolhas de um Espumante Brut.
Alecrim: Essa é clássica, versátil e confesso que quebra um galho nos dias de preguiça total!
Batatas rústicas ao forno com alegrim, sal grosso e azeite, ai você abre um branco com boa prsistência aromática e, em minutos se depara com um manjar dos Deuses.
Lembre-se a maioria das ervas devem ser usadas frescas, com parcimônia, para não se tornarem, em excesso, inimigas do seu vinnho.
Uma ótima semana.
Saúde sempre!
Estamos te esperando lá no instagram.
Passa lá!                               


quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Galette de trigo-sarraceno



Na gastronomia, você nunca deixará de descobrir novas receitas, sensações e novos prazeres. Você já provou Galette de Sarrasin? São deliciosas, principalmente acompanhadas de um bom vinho.
Beber, Comer e Amar... 
Má na cozinha preparando Galette.
Essa panqueca foi inventada na Bretagne no século XVIII, graças ao cultivo de trigo-mourisco (trigo-sarraceno) trazido durante as Cruzadas na Ásia.
Feitas a base de água, trigo-sarraceno e sal, estas galettes têm uma boninta cor escura e um sabor muito característico.
A tradicional que por lá leva o nome de Galette Complète leva ovo, presunto  e queijo emmental ralado.
Anteriormente, as galettes de sarrasin eram harmonizadas com cidra, pois as maças são a riqueza da Bretagne e a região as tinha em abundância. Hoje, as galettes de trigo-sarraceno são apreciadas com uma variedade de vinhos e são feitas com diversos recheios oferecendo uma grande variedade de sabores, texturas e sensaões em boca.
As características do vinho, como acidez, tanino e corpo, podem influenciar o sabor de toda galette dependendo do seu recheio.
Como a nossa contém ovo e queijo, optamos por um Espumante Brut.
A frescura e o lado vivo do vinho permitem equilibrar o sabor e realçam a crocância da panqueca.
O escolhido da vez foi o Brut da vinícola Larentis.



Vamos a receita:
Para a massa (6 pessoas)
500 gramas de farinha de trigo-sarraceno
20 gramas de sal ou a gosto
2 ovos
1 litro de água ( a proporção será sempre uma medida de farinha para duas de água)
Modo de preparo da massa
Em uma tigela grande, despeje a farinha, adicione o sal e misture.
Cave um buraco e despeje os ovos ligeiramente batidos, misture, incorporando aos poucos a água até obter a consistência de massa de panqueca. 
Bata a massa com o auxílio de um fouet longa e vigorosamente para aerá-la bem.
Cubra a tigela com filme plástico e deixe descansar na geladeira por 24 horas.
Para o recheio
Ovos
Presunto cozido
Queijo emmental ralado
Pimenta-do-reino
Manteiga
Preparo da galette (chapa ou frigideira antiaderente)
Aqueça a frigideira e pincele com manteiga.
Coloque 1 concha da massa e espalhe por toda a superfície até formar a panqueca. Faça discos até acabar a massa e reserve.
Em uma frigideira antiaderente coloque 1 colher de chá de manteiga e espalhe com o auxílio de um pincel.
Coloque 1 disco de panqueca, no centro uma fatia de presunto, vá adicionando queijo emmental em volta de toda a panqueca,  deixando um buraco no centro.
Quebre um ovo no centro da panqueca e com o auxílio das costas de uma colher, espalhe a clara de modo uniforme por toda a panqueca (isso irá permitir que ela cozinhe por igual) deixando a gema íntegra.
Tempere com pimenta-do-reino.
Assim que o queijo começar a derreter, feche os 4 lados da galette formando um quadrado deixando a gema aparente (ver foto).
Deixe por alguns minutinhos para acabar de derreter o queijo e dar crocância na massa.
Sirva quente.
Dica: Como optamos acompanhar esta galette com espumante, sugiro que a façam num domingo preguiçoso, ela tem todos os ingredientes para um brunch e, no brunch o espumante está liberado, pelo menos aqui em casa a partir da 11:00h!!!
Saúde sempre!
Beijos no coração
Estamos também no instagram passa lá!.
No instagram tem reels explicando passo a passo.