quarta-feira, 16 de outubro de 2024
quarta-feira, 9 de outubro de 2024
Macarrão Cacio e Pepe
quarta-feira, 22 de maio de 2024
Dia do Pudim - Melhor pudim do mundo
Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Pudim de Leite Condensado.
A receita e o nome pudim são originários da Inglaterra. Na sua forma original, a consistência era cremosa, semelhante à um bolo com massa solada.
Saindo da Inglaterra, o pudim ganha o mundo e inúmeras variações. Coube aos franceses a criação do popular pudim de leite. Os portugueses também possuem uma receita semelhante, o creme caramelo. Aqui no Brasil, no começo da República, o pudim era um dos grandes sucessos e abrilhantava as festas e reuniões fazendo as honras da casa. O Pudim Republicano mesclava o marcante sabor das amêndoas importadas e a cremosa maciez dos ovos e açúcar bem batidos, lenta e carinhosamente acrescentados ao leite. Só então assado em prolongado banho-maria.
Em 22 de janeiro de 1890 o leite condensado chega ao Brasil. O Jornal Estado de São Paulo, nos seus classificados, anunciava a chegada de um ótimo alimento para as crianças, que era comercializado na Drogaria São Paulo, à Rua São Bento, vendido em latas para ser diluído em água antes de ser bebido. A Nestlé industrializava o fabrico e trazia na legenda: Milkmaid brand. O mais interessante é que a lata apresentava a estampa de uma singela mocinha em trajes suíços, conhecida como La Laitière ou vendedora de leite, carregando uma lata de leite na cabeça. Esta imagem ganhou o mundo e adquiriu tamanha popularidade que no Brasil, o leite condensado passou a ser conhecido como "Leite Moça".
Na época, o emprego do leite condensado no Pudim de Leite, enquanto para alguns provocava frenesi, devido à grande procura da "Lata da Mocinha", para outros sugeria-se comprometimento da delicadeza da sobremesa, acusando-o de padronizar o sabor de antigos doces brasileiros.
Mas e na hora de harmonizar o nosso tão amado Pudim de Leite Condensado?
Quem acompanha o BCA sabe que o peso e a doçura do vinho de sobremesa escolhido, precisam harmonizar com o peso e a doçura do pudim.
Pode parecer impossível, se tratando de uma sobremesa tão doce, mas se você escolher um vinho de sobremesa realmente rico e doce como um Tokaj Aszú, você perceberá que o pudim de leite pode sim, ser realçado.
Portanto, sobremesas com este nível de doçura dificilmente irão harmonizar com um vinho leve e perfumado, é fácil imaginar que os sabores de um iriam destruir os sabores do outro.
Escolhi um o Tokaj Aszú Oremus
Que tal preparar essa delícia para seu fim de semana?
Eu como sempre, contribuo com a receita.
Pudim de Leite Condensado
Ingredientes:
1 lata de leite condensado
A mesma medida de leite
3 ovos
1 xícara de açúcar (180g)
Modo de preparo:
1. Preaqueça o forno (180 graus)
2. Bata por 5 minutos no liquidificador o leite condensado, o leite e os ovos,
Reserve.
3. Coloque o açúcar em uma forma com furo no meio (capacidade para 2 1/2 litros). Leve ao fogo até o açúcar derreter e formar um caramelo. Retire do fogo, espalhe o caramelo por toda a forma e despeje a mistura batida.
Cubra com papel alumínio.
4. Leve ao forno em banho-maria por 1 hora e 40 minutos ou até o pudim ficar firme. Depois de 1 hora, elimine o papel alumínio.
Retire do forno, espere amonar e leve o pudim à geladeira por 3 horas antes de servir.
Você sabia...
Novas regras em Tokaj
Sempre ouvimos falar do Tokaj Aszú com seu número de puttonyos (3,4,5 e 6). Quanto mais puttonyos, maior é o teor de açúcar. Desde 2013, Tokaj simplificou a classificação de seus vinhos e, sem mais delongas removeu a indicação puttonyos.
Agora, o Aszú é medido pelo seu açúcar residual (que deve ter no mínimo 120 gramas por litro); portanto, somente os vinhos que anteriormente teriam 5 e 6 puttonyos são permitidos nessa categoria. As bagas são trituradas em uma pasta que eles chamam de "massa de Aszú", e um mosto de fermentação ou um vinho base é adicionado para que possa macerar por até dois dias. A mistura é então colocada em barris especiais de 136 litros - feitos de carvalho húngaro da floresta Zemplén - para terminar a fermentação e envelhecer por um período mínimo de dois anos ( pelo menos 18 meses em barris de carvalho).
Portanto:
O vinho mais doce dos Tokaj é o Eszencia. È mais doce do que a maioria no mundo do vinho, com pelo menos 450 gramas de açúcar residual por litro. O teor alcoólico é de no mínimo 1,2% e no máximo 8%. Nem seria considerado vinho sob regras normais, mas sem dúvida uma derrogação;
Segundo as novas regras, o segundo vinho mais doce é o Aszú, com pelo menos 120 gramas de açúcar residual e pelo menos 9% álcool.
Os Tokaj Szamorodni, Fórditás e Máslas permanecem nas versões seca e doce. O seco possui mais de 9 gramas de açúcar residual e o doce, pelo menos 45 gramas. Em Tokaj também se faz vinhos de colheita tardia e brancos secos.
terça-feira, 2 de abril de 2024
Sobrou chocolate? Molho chocolate para carnes
Sobrou chocolate ai?
Má na cozinha preparando Medalhões de filé mignon com molho de chocolate acompanhado de farofa de bacon.
O chocolate acrescido em pratos salgados vem conquistando cada vez mais os paladares, e está presente nos cardápios de grandes chefs que o utilizam principalmente em molhos que acompanham carnes tanto bovinas como suínas.
Nessa receita o chocolate utilizado foi o amargo, além de outros ingredientes para preparar o molho, que foi servido com um corte de carne vermelha. Nesse aspecto a harmonização já começa a tomar forma.
O molho em si ficou forte e marcante, logo pensei em um vinho tinto com características semelhantes e que também pudesse combinar com a carne vermelha e a farofa de bacon.
Escolhi então um Cabernet Sauvignon, mais estruturado com passagem por carvalho.
Ingredientes:
4 medalhões de filé mignon
1 colher (sopa) de manteiga
meia cebola
2 xícaras de vinho tinto seco
2 xícaras de caldo de carne
1 xícara (cafezinho) de molho de soja
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1 tablete de chocolate amargo (125 gramas)
2 colheres (sopa) de creme de leite fresco
Preparo:
Em uma panela, derreta a manteiga com um fio de azeite. Frite a cebola previamente picada.
Adicione a farinha de trigo e misture.
Coloque o vinho tinto, o caldo de carne e o molho de soja. Misture o chocolate e o creme de leite fresco.
Mexa bem. Deixe o molho cozinhar.
Enquanto o molho cozinha. Em uma frigideira, coloque um pouco de azeite e frite cada um dos medalhões. Para que a carne fique mal passada, frite 2 minutos de cada lado. Se preferir no ponto, frite 4 minutos de cada lado. Tempere com sal e pimenta á gosto e sirva-os cobertos pelo molho de chocolate.
Farofa de bacon
Ingredientes:
250 gramas de farinha de mandioca
100 gramas de manteiga sem sal
1 cebola média
Bacon a gosto
Sal e pimenta a gosto
Preparo:
Pique o bacon e cubos pequenos, frite sem nada, coloque num papel toalha para tirar o excesso de gordura e reserve. Escorra a maior parte da gordura da frigideira e crescente a manteiga com a cebola picadinha. Deixe dourar e acrescente a farinha. Misture bem até a farinha incorporar com a manteiga, apenas até dourar. Junte o bacon e acerte o sal e a pimenta.
Você sabia...
Chocolate
Séculos antes de os espanhóis chegarem à América, os astecas já conheciam as favas de cacau. Com elas, faziam um líquido escuro que chamavam de tchocolatl.
Em 1502, a ilha de Guanaja, habitada pelos astecas povo místico e religioso, recebeu a esquadra de Colombo. O navegador foi um dos primeiros europeus a provar o sabor do chocolate.
O cacau começou a ganhar o mundo a partir de 1520, quando remessas da amêndoa foram levadas da América para a Europa.
Os espanhóis abriram as primeiras chocolaterias do mundo no fim do século 16, a expansão do chocolate pelo continente teve início com o casamento do rei francês Luís XIII e a infanta Ana, da Áustria, em 1615, porque a futura rainha não queria deixar a Espanha sem levar as sementes de cacau para Paris.
Em 1659, Luís XIV, concedeu a David Chaliou, oficial da realeza, o privilégio de "fabricar e vender, por 19 anos, uma composição que se chamava chocolate". Nascia, assim, a primeira fábrica francesa de chocolate, que utilizava métodos artesanais de produção.
O chocolate só passou a ser produzido por meio de processos mecânicos em 1765, com a fundação da fábrica de chocolate Cia Baker, nos Estados Unidos, considerada a primeira industria de chocolate.
Na Suíça, a industria de leite condensado deu novo impulso ao chocolate. Em 1870, em Vevey, o laboratório de Henri Nestlé ganhou um vizinho, Daniel Peter, que ali se instalara com uma pequena fábrica de chocolate. A recente descoberta de Henri Nestlé que associara leite à farinha, deu a Peter a ideia de juntar leite ao chocolate, que então, compunha-se unicamente de cacau e açúcar.
Em 1903, Milton Snavely Hershey, depois de vender sua empresa de caramelo, dedicou-se a produzir barras de chocolate ao leite. Nascia, no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, a Hershey's uma das marcas mais consumidas na época.
O chocolate branco surgiu em 1913, também nos Estados Unidos, os chamados "tabletes de baunilha" que era composto por manteiga de cacau, açúcar, leite e baunilha.
O chocolate tornou-se alimento de primeira necessidade, fazendo parte da ração de emergência dos soldados na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e na Segunda (1939-1945). Denominado Ração D.
Também durante a Segunda Guerra, os norte-americanos lançaram, com base em alimentos utilizados por soldados na Guerra Civil espanhola, as pastihas de chocolate MSM's, cobertas por açúcar colorido.
Aqui no Brasil o cacau chegou em 1746 pelas mãos do francês Frederic Warneaux. Antonio Dias Ribeiro recebeu sementes do colonizador francês e começou a cultivar a amêndoa em Ilhéus e Itabuna. Na metade do século 19 já eramos o maior exportador de cacau do mundo.
No fim do século 19 e início do século 20 a indústria de chocolate começou a surgir.
Neugebauer foi a primeira, fundada em Porto Alegre no ano de 1891. Seguidas por Lacta (1912 - SP);
Kopenhagem (1928); Garoto (1929- Vila Velha- Espírito Santo).
Fonte: Marcelo Duarte - Guia dos Curiosos
ABICAB
sexta-feira, 22 de março de 2024
Bacalhau como você nunca viu
Um prato para fugir da rotina na forma de preparo do bacalhau da Sexta santa e também na harmonização pois escolhemos um espumante nature da casa Valsuga para acompanhá-lo.
Morue à la Lyonnaise
Ingredientes
3 postas de bacalhau
800 gramas de batatas
300 gramas de cebolas
azeite, sal, pimenta, vinagre e manteiga a gosto.
Preparo
1. Coloque as postas de bacalhau em água fervendo, durante alguns segundos. Retire-as e desfie-as em lascas grandes.
2. Descasque as batatas, corte em rodelas finas, corte as cebolas em juliene, disponha harmoniosamente as batatas e as cebolas numa assadeira e leve para assar regando com azeite até ficarem douradas.
3. Montagem: Disponha uma camada de cebola, uma de batatas assadas, uma de bacalhau e outra de batatas, e assim por mais duas ou três vezes. Termine com uma camada de cebolas. Tempere cada camada com sal e pimenta.
4. Na forma onde assou as batatas e as cebolas, coloque um pouco de vinagre. Incorpore um pouco de manteiga e agite de modo a formar um molho.
Regue o preparado com este molho e sirva.
"Os meus romances, no fundo, são franceses, como eu sou, em quase tudo, um francês - exceto num certo fundo sincero de tristeza lírica que é uma característica portuguesa, num gosto depravado pelo fadinho, e no justo amor do bacalhau de cebolada"!
segunda-feira, 18 de março de 2024
Páscoa com Salada Niçoise