sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Sauvignon Blanc Zanotto - Talharim Verde



Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando massa.
Hoje, o Marcelo colocou literalmente a mão na massa e preparou um talharim verde, usando basílico (manjericão de folhas largas e levemente enrugado).
Existem diferentes formas de temperar a massa e cada uma delas tem inúmeras variações, a massa de hoje, levou um "susto" no alho e azeite e já ficou no jeito para saborear.
Por isso, escolhi para harmonizar um vinho branco fresco da uva Sauvignon Blanc, para realçar os sabores do prato.
O escolhido foi o  Zanotto da Vinícola Campestre.


100% Sauvignon Blanc safra 2021
No nariz notas de frutas cítricas, toques minerais. 
Em boca boa acidez, repeti o frutado do nariz.
E como o Dia Mundial da Massa foi terça-feira 25 de Outubro, o BCA separou quatro sugestões para você comemorar em grande estilo.
1. Molho de tomate e manjericão ( um clássico mediterrâneo)
O amido presente na massa dá uma certa tendência adocicada, atenua ligeiramente a acidez do tomate e realça o aroma do manjericão. Combinar essa massa com vinhos brancos jovens e secos, frescos, macios e de estrutura média, vai realçar os aromas do prato e deixar sua experiência mais saborosa.
2. Massa com manteiga e queijo ralado ( um clássico, quando a dispensa aqui de casa está vazia).
Muitas vezes aromatizada com sálvia nessa massa a untuosidade e a doçura são bastante perceptíveis e, por tanto, um branco jovem, frutado, quente e fresco irá elevar seu prato.
3. Molho de carne (molho rico em sabores).
Seja leve ou potene como o ragu de cozimento longo ou até um molho de carne de caça mais robusto. O sabor dessa massa será cheio e generoso.
Aos molhos mais leves como o bolonhesa opte por tintos jovens, de aromas pouco intensos, encorpados e possivelmente vivos ou vá de espumante, fica divino!
Para molhos mais ricos, indico sempre os tintos de aromas mais intensos, macios e quentes, encorpados e com uma persistência aromática mais perceptível, e por fim, para molhos à base de caça, tintos com aromas mais evoluídos, encorpados com a mesma robustez da carne de caça e de persistência aromática intensa.
4. Massas com sabores do mar .
Como um espaguete com mariscos...
Se for sem a presença do tomate, o sabor do marisco é reforçado pelo aroma do alho e da salsa: um branco jovem, de aroma intenso, fresco cai como uma luva.
Já se o prato for preparado com tomate, a tendenência ácida do mesmo, faz com que o vinho seja igualmente perfumado, mais macio e com notas de frescura menos acentuadas.
Que tal uma massa para o fim de semana?
Eu como sempre, contribuo com a receita:
Massa verde fresca de basílico
Ingredientes:
250 gramas de farinha de trigo 00
250 gramas de semolina
5 ovos inteiros
2 xícaras de basílico triturado (usei o mixer)
Preparo
1.Junte todos os ingredientes e sove até fomar uma massa homogenêa, faça uma bola, envolva em filme plástico e deixe descansar em temperatura ambiente por 1 hora.
2. Divida a massa em porções, na hora de estender a massa na máquina começe com um pedaço pequeno, passe pela máquina regulada para a abertura mais grossa e vá passando, dobrando e enfarinhando.
3. Quando a massa estiver lisa, firme ajuste a máquina para a espessura de talharim.
4. Cozinhe em água salgada.
5. Salteie no azeite e alho.
6. Sirva com parmesão ralado na hora e um bom vinho.
Saúde Sempre|

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Espumante na cozinha - Panceta de Porco Crocante


Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Panceta de Porco com espumante.
Cozinhar com espumante pode parecer algo extravagante, sobretudo porque as bolhas se evaporam num par de minutos de cozimento, mas é algo que sem dúvida é interessante. Se a intenção é seduzir alguém há poucas maneiras mais espetaculares de fazer isso.
Sem contar a harmonização, mais fácil impossível, usar o mesmo Espumante à mesa.
Uma pele incrivelmente crocante, que derrete na boca, que gostosura!!! O Marcelo te conta o segredo desta panceta assada no forno que seduz ao mais alto grau. Além de ser super fácil de fazer.
Não vou indicar um espumante específico como sempre faço, por um motivo, o  Brasil tem inúmeros exemplares de altíssima qualidade, o único ponto para a receita e harmonização da mesma é que o espumante seja seco.
Voltando aos espumantes brasileiros e sua diversidade, ele ainda é enormemente subestimado para acompanhar a comida e não falo apenas de canapés, mas de todo o tipo de pratos como sempre mostramos aqui no BCA: frutos do mar, saladas, carnes brancas, pratos levemente condimentados e por ai vai.
O espumante é uma bebida tão versátil quanto o vinho branco. Se você considerar os vinhos espumantes da mesma maneira que os tranquilos (sem gás) e se levar em conta a qualidade e a demanda dos exemplares brasileiros, obterá um prazer imenso ao degustá-lo e combiná-lo com comida.
Que tal preparar essa iguaria?
Eu como sempre, contribuo com a receita:

Panceta com espumante
ingredientes:
1 kg de panceta de porco
4 colheres (sopa) de mel
375 ml de espumante seco
1 cebola
2 colheres (sopa) azeite
Sal e pimenta a gosto
Preparo:
Em uma tigela  misture o mel, o espumante, o azeite, a cebola picada, sal e pimenta.
Regue a panceta com a marinada.
Refrigere por 1 hora.
Preaqueça o forno 180 graus e asse por 45 minutos coberto com papel alumíno. Regue regularmente com o molho da cozedura.
Abaixe a temperatura para 150 graus e asse por mais 1 hora ou até ficar dourado.
Sirva com batatas e um espumante é claro!!!!
Saúde sempre!!!
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terça-feira, 6 de setembro de 2022

Aniversário 6 anos!!!

 


O Beber, Comer e Amar completa 6 anos!
Agradecemos a todos a amizade, a companhia, curtidas e incentivos. Sem vocês nada seria possível!
Que continuemos Bebendo, Comendo e Amando...
Beijos no coração de cada um de vocês. 
Saúde sempre!
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segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Vinho branco na cozinha - Tarte de carne

 

Beber, Comer e Amar ...
Quando o prato exige certa leveza, o vinho branco é o ingrediente ideal.
Em geral, ao cozinhar, é recomendável  usar um vinho branco seco, jovem e leve, para que os aromas sejam sentidos em seu prato sem mascarar completamente os de outros alimentos. 
O vinho branco é frequentemente usado em diferentes receitas para dar acidez, deglaçar, dar mais sabor a diferentes tipos de carnes, etc. É um potenciador de sabor!
Brancos como Riesling e Sauvignon Blanc dão um toque fresco aos pratos de peixes, mariscos, aves e vegetais.
Um branco com um pouco menos de acidez como um Chardonnay fica perfeito em molhos cremosos.
Experimente preparar um risoto de frutos do mar e acrescentar um pouco de Chardonnay jovem (sem barrica) ao preparo, é de comer de joelhos.
Vinho Branco pode ser usado todos os dias, em pratos tão simples como saborosos... desde que saiba escolher e combinar.
Tente assar batatas acrescentando a elas vinho branco seco, pode ser um Pinot Gris, ficará com um sabor único, você vai amá-las tanto que não será capaz de viver sem elas.
600 g de batatas em cubos
500 ml de vinho branco seco de qualidade
Alecrim, orégano, sal, azeite q.b
Coloque as batatas numa assadeira, tempere com as ervas, sal e azeite. Asse por 20 min a 200°C. Após 20 minutos acrescente o vinho branco, retorne a assadeira ao forno por mais 20 minutos ou até dourar.
Hoje o BCA está farto, não temos uma mas duas receitas com vinho branco,  essa leva carne, é uma torta fácil e gostosa de fazer.
Ingredientes para Tarte de Carne 
2 rolos de massa folhada 
Recheio
500 g de carne moida 
1 cebola picada 
2 tomates sem sementes e picados 
1 cenoura picada em cubos pequenos 
2 dentes de alho picados
Sal e pimenta a gosto 
Azeite q.b
1 colher (sopa) de farinha
1 gema de ovo para pincelar
Salsa e cebolinha q b
Preparo
Numa frigideira, refogue a cebola e o alho no azeite, acrescente o tomate e a cenoura e refogue mais um pouco, acrescente a carne e misture, cozinhe até mudar de cor, acrescente a farinha e mexa bem.
Acrescente o vinho branco seco mexa e cozinhe até que o líquido evapore completamente.
No final da cozedura, adicione salsa e cebolinha picada, sal e pimenta. Deixe esfriar.
Coloque a massa folhada em uma forna redonda funda, despeje o recheio frio. Cubra-a completamente com o outro disco de massa.  Feche bem apertando as bordas. Filme e leve a geladeira por 40 minutos. 
Pincele a massa com gema e leve ao forno preaquecido a 180°C por cerca de 50 minutos ou até dourar. 



Sirva a tarte acompanhada de salada verde e com o mesmo vinho que você usou na preparação. 
Usamos o Chardonnay 2021 da Zanella
As notas amanteigadas do vinho junto a mineralidade combinaram em perfeição com a massa folhada, apoiadas no frescor e vivacidade do mesmo.
Zanella - Antônio Prado - Serra Gaúcha- Brasil


Aromas de abacaxi maduro, maçãs e frutas cítricas. 
Combina frescor e untuosidade.
Uma otima semana!
Saúde sempre!

 

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Vinho Tinto na cozinha - Ovos Meurette

 

Beber, Comer e Amar...
Os vinhos ocupam há muito um lugar importante nas nossas mesas, mas está pouco presente em nossas cozinhas. 
Você pode e deve usar Brancos, Tintos e Espumantes em uma receita, mas fique longe dos Rosés e dos Vinhos Doces.
Os Rosés, não resistem ao cozimento, assim como os Doces, que perdem suas características uma vez aquecidos.
Não deixe aquela garrafa de vinho só para usar numa receita especial, use-a em seu dia a dia, o sabor do vinho e seus aromas terão um impacto real no prato final. 
Nos próximos posts o BCA trará dicas e receitas para você adicionar vinho em suas preparações e "levantar" até aquela comida mais simples.
Hoje, vamos de Vinho Tinto!
Frutado, leve, complexo ou encorpado as muitas características do vinho tinto trazem variedade as nossas taças, mas também aos nossos pratos.
Vinhos como Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir, Sangiovese,  Nebbiolo e Tempranillo, desenvolvem aromas complexos à medida que envelhecem. Notas picantes de canela, cravo, anis, noz-moscada, baunilha, caramelo, tabaco ou cacau (caso de vinhos com barrica por exemplo) complementam muito bem marinadas com carnes vermelhas e de caça. 
Vinhos frutados como um Rioja jovem, combinam bem com carne de porco e aves exóticas. 
É importante notar aqui que os vinhos com notas amadeiradas e alto teor de taninos, como um Barolo, devem ser cuidadosamente usados, pois as  notas amadeiradas podem prevalecer no prato. 
O Má está na cozinha preparando Ovos ao estilo Meurette  - Um ovo pochê em molho de vinho. Uma receita clássica da Borgonha, criada para aproveitar o molho que sobrava do Beef Bourguignon.
Cometemos uma heresia e trocamos o tradicional Vinho Borgonha (Pinot Noir) por um italiano da região da Puglia.
Quando o assunto é vinho,  a harmonização dá preferência neste caso ao molho cheio de caráter... A redondeza e a doçura discreta do ovo pochê combinou bem com o exemplar italiano Apassimento Rosso IGT Puglia que também foi adicionado ao preparo do molho. 


Que tal preparar essa iguaria para seu fim de semana?
Eu, como sempre contribuindo com a receita. 
Ingredientes (2 pessoas)
4 ovos frescos
750 ml vinho tinto Borgonha (usamos o Rosso Apassimento)
650 ml de caldo caseiro de carne (vitela)
20 ml de vinagre balsâmico 
250 g de cogumelo paris 
150 g de bacon (sem pele)
1 cebola
Azeite q.b
20 g de manteiga
4 fatias de pão torrado
Cebolinha
Sal e pimenta a gosto 
Preparo
1. Reduza o vinho em fogo baixo para 250 ml
2. Corte os cogumelos e fatie-os
3. Descasque e pique a cebola 
4. Pique o bacon em cubos
5. Em uma frigideira, refogue a cebola, o bacon picado e os cogumelos no azeite e na manteiga. Desengordurar , juntar o vinho tinto reduzido e o caldo de carne. Cozinhar em fogo baixo por 30 minutos acertar o sal e a pimenta no final.
Para o ovo pochê 
Leve ao fogo uma panela com 2 litros de água e o balsâmico. 
Quebre cada ovo em um ramekin .
Após a água ferver, use uma escumadeira para criar um redemoinho na água.  Em seguida, coloque delicadamente o ovo no centro do redemoinho  e cozinhe por 2-3 minutos. 
O branco deve ficar firme.
Faça o mesmo para cada ovo.
Montagem do prato 
Coloque uma fatia de pão torrado no fundo do prato, coloque o ovo no pão e regue generosamente com o molho quente.
Polvilhe cebolinha e sirva .
Um ótimo final de semana. 
Saúde sempre!

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Deliciosa terrine de peixe

 


Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Terrine de peixe.
Adoramos terrines, pâtés e rilletes, aqui no BCA  já postamos pelo menos uma receita de cada.
Se você é como a gente, ama terrines e sempre sonhou fazer as suas próprias, aqui vai uma receita simples com salmão e bacalhau. Espalhada sobre uma fatia de pão quentinho ou com uma salada, não tem como não sucumbir!
É ótima opção para um prato "gourmet " de última hora, bem como para pessoas que amam receber e preparar seus pratos com antecedência. 
A mistura de dois peixes, um toque de creme de leite fresco e vinho irão deixar esta terrine simplesmente deliciosa.
Quando o assunto é vinho.
O salmão embora extremamente saboroso e indispensável na preparação, é um peixe gorduroso. Dando mais densidade à textura desta terrine. Para uma harmonização equilibrada, recorra a vinhos com acidez pronunciada e frescos.
Escolhi um vinho verde elaborado com Alvarinho e Trajadura Torre de Lapela - Monção e Melgaço que limpou o paladar deixando a experiência ainda mais gostosa.




Antes da receita, algumas dicas do Má:
Use o mesmo vinho escolhido para a harmonização na preparação da receita.
Aposte no cozimento lento da terrine, paciência será, portando, necessária. 
No entanto, ao longo do cozimento, verifique o ponto de sua terrine, mergulhando a ponta da faca na mesma. Quando  sair um pouco úmido, isso indica que sua terrine está pronta.
Ao desenformar tivemos um pouco de dificuldade, então,  demos uma pequena esquentada no fundo da forma. 
Se for acompanhá-la de molho. Preste atenção! Não é qualquer molho  que combina. Seu sabor deve casar com todo o preparo e também com o vinho escolhido para harmonização.  Um molho de iogurte e endro vai bem.
Vamos a receita:
Ingredientes 
300 g de bacalhau desalgado (sem pele e sem espinho).
400 de salmão (sem pele e sem espinho)
1 maço  de cebolinha
3 ovos grandes
150 ml de creme de leite fresco
50 ml de vinho branco
1 colher (chá) cúrcuma
Sal e pimenta q.b
Preparo
Préaqueca o forno a 180 °C
Corte os peixes em pedaços pequenos.  Misture-os e reserve.
Em uma tigela, com auxílio de um garfo, bata os ovos, o creme de leite, o vinho, a cúrcuma, a cebolinha o sal e a pimenta. 
Despeje a mistura no liquidificador, acrescente os peixes e bata tudo muito bem.
Despeje em uma forma de bolo inglês e leve ao banho-maria  em uma travessa cheia de água. 
Cubra com papel alumínio e asse por 40 minutos. 
Retire o papel alumínio  e asse por mais 5 minutos.
Deixe esfriar e leve à geladeira coberta com filme plástico por pelo menos 4 horas antes de desenformar e servir. 
Uma ótima semana!
Saúde sempre!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Nem carne, nem frango... Legumes assados

 


Beber, Comer e Amar...
Os legumes têm uma imagem de requinte, delicadeza, são conhecidos por seus sabores doces ou ácidos, e por isso, são sempre associados ao vinho branco quando pensamos em harmonização. Mas, de forma mais ampla, deve-se reconhecer que os legumes estão em grande parte ausentes dos livros e cursos de degustação. Eles figuram muitas vezes na categoria de acompanhamento e, por tanto, ocupam um lugar secundário no acordo.
Hoje, o Má está na cozinha preparando Legumes Assados que serão a vedete do nosso jantar!
E qual vinho? Branco ou Tinto?
Bem, acima de tudo, vamos considerar o método de cozimento, bem como as ervas e especiarias que o enriquecerão. 
De fato, cozinhar muda o sabor dos alimentos e permite novas possibilidades  de acordo. Mas nem todos os métodos de cozimento têm o mesmo impacto.
Por exemplo, se o Marcelo tivesse cozido os legumes em água ou à vapor, eles mudariam de textura, porém, preservariam os sabores "crus". Mas, eles foram assados em azeite, especiarias e ervas como açafrão, páprica e alecrim; mudaram de cor e desenvolveram sabores novos, mais profundos e ricos que abriram caminho para uma harmonização com um vinho tinto, como um Merlot ou até mesmo um Syrah. 
Escolhemos um Merlot brasileiro da Vinícola Don Affonso.
Merlot Silenzio - 2018


Vamos a receita:
2 cebolas grandes cortadas em cubos grandes
6 dentes de alho com casca
3 cenouras cortadas em rodelas
2 abobrinhas cortadas em meia lua
1 batata doce grande cortada em cubos 
2 batatas inglesas cortadas em cubos
1 colher (sopa) sal
2 colheres (sopa) páprica defumada
1 colher (sopa) alho em pó 
1 colher (chá) açafrão 
1 colher (chá) pimenta calabresa 
1 ramo pequeno de alecrim fresco
Azeite q.b
Pimenta-do-reino q.b
Preparo
Distribua os legumes higienizados e cortados numa travessa ou assadeira.
Coloque as especiarias e o ramo de alecrim, tempere com sal e as pimentas, regue tudo com azeite abundante.
Mexa bem para que todos os legumes fiquem envoltos no azeite. 
Leve para assar em forno preaquecido por 40 minutos - virando no meio do tempo para que todos cozinhem até ficarem dourados e macios. 
Um ótimo começo de semana.
Saúde sempre!

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Puchero da Cristina


 
Beber, Comer e Amar...
Juntamente com o cozido madrileño, o puchero é um dos pratos mais tradicionais da Espanha.
Existem muitas variantes desta receita em toda a Península Ibérica e em partes da América Latina.
Cada lugar têm a sua forma de fazer este cozido modificando alguns ingredientes, e mesmo dentro das mesmas regiões é comum que cada família tenha sua própria receita ou que a forma de servir seja diferente. Hoje vamos contar como fazemos o nosso puchero.
Para começar o Má não foi pra cozinha, foi a Cristina, minha irmã, que durante a pandemia aprendeu a cozinhar sendo guiada por nossa mãe. (que saudade de você mãe!).
Nossa mãe era paciente, doce, porém exigente. Com paladar apurado ensinou tudo que sabia, detalhe por detalhe, segredo por segredo.
Era uma cozinheira de mão cheia e a Cristina herdou o dom. Fez pra gente o puchero, a colaboração da minha outra irmã Mary tem que ficar aqui registrada! Lutou como uma guerreira para tirar as peles dos grãos de bico, uma por uma sob a fisalização atenta da Chefe.
Falar de vinho e comida, é falar do que realmente gostamos, nossa família gosta de conversar, beber, comer e amar.
Para acompanhar o puchero, que ficou um pouco picante a sugestão é equilibrar os sabores com vinhos tintos de estrutura média como um Merlot, escolha um exemplar brasileiro que vai dar caldo!
Que tal preparar essa maravilha para esquentar as noites frias de inverno?
Eu como sempre contribuo com a receita:
Ingredientes
500 g de grão de bico 
500 g de costelinha suina 
150 g bacon
1  linguiça calabresa
1 linguiça portuguesa
1 paio
2 tomates
1 cebola grande
2 dentes de alho
3 folhas de louro
2 colheres (chá) colorau
2 colheres (chá) páprica defumada
Azeite q.b
Sal e pimenta a gosto
3 batatas
3 cenouras
Preparo:
Deixe o grão de bico de molho por 24 horas. Escorra e cozinhe na pressão por 5 minutos, retire da panela, escorra e reserve.
Na panela de pressão vazia, adicione o azeite e espere ficar bem quente.
Adicione a costelinha suína e deixe dar uma leve selada.
Adicione 1/2 cebola picada, o alho amassado e refogue por 2 minutos.
Adicione os tomates cortados em cubos, as folhas de louro e misture.
Adicione o colorau, a páprica , a pimenta o sal e misture.
Coloque água até passar um pouco do nível da carne.
Tampe a panela coloque em fogo médio e cozinhe após pegar a pressão por aproximadamente 15 min.
Em outra panela adicione o azeite e o bacon e dê uma leve fritada.
Adicione as linguiças e o paio e frite-os também.
Adicione 1/2 cebola picada e refogue tudo.
Adicione as batatas cortadas em cubos, as cenouras e o grão de bico escorrido, e misture.
Adicione a costelinha já cozida com o caldo do cozimento e misture.
Se precisar, adicione água fervendo até o nível das carnes.
Cozinhe por 20 minutos, prove para ajustar o sal, se necessário.





terça-feira, 28 de junho de 2022

Barriga de porco caramelizada- Hong Shao Rou


Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Hong Shao Rou.
"Hong Shao" é um método de cozimento chinês no qual cozinha-se a carne em molho de soja até obter uma caramelização.
Originário de Xangai e Hunan, é considerado um prato caseiro e normalmente a carne usada na preparação é a barriga de porco.
As versões diferem de acordo com as regiões, o famoso estilo Hunan, estilo favorito do presidente Mao, tem o açúcar mascavo derretido em óleo quente até obter a cor caramelo. Outra variante a de Xangai envolve o molho de soja escuro, que desempenha papel fundamental na cor do prato, ambos possuem uma cor vermelha caramelizada capaz de conquistar os olhos mais resistentes.
Uma iguaria doce, salgada, gelatinosa que servida com arroz cozido à vapor, seduz com seus sabores exóticos.
É exatamente esta amplitude de sabores, especiarias e cores que nos direcionam para a escolha do vinho.
Um tinto aveludado pelas especiarias. Os blends dominados pela Syrah vão aguçar os taninos na caramelização do prato.
Vamos a receita:
Ingredientes:
500 gramas de barriga de porco
1 maço de cebolinha
2 colheres (sopa) molho de soja branco
1 colher (sopa) molho de soja preto
20 gramas de açúcar mascavo
2 anis estrelado
10 gramas de gengibre fresco cortados em rodelas
2 folhas de louro
1 colher (sopa) vinagre de arroz
150 ml de vinho amarelo Shaoxing (com pouco sal 0,08 g por 100 ml)
250 ml da  água coada do cozimento. 
Preparo:
Cortar a barriga em cubos de 2-3 cm
Colocar os cubos em uma panela, adicionar  a cebolinha, cobrir com água fria e levar ao fogo alto.
Assim que começar a ferver e formar uma espuma na surperfície, retire essa espuma com o auxílio de uma colher. Em seguida, escorra (reservando a água do cozimento devidamente coada) e lave a carne em água corrente.
Coloque a carne em uma wok pequena e deseje o vinho de arroz Shaoxing e água coada do cozimento  (mal cubra a carne). Adicione o molho de soja claro, o molho de soja escuro, o vinagre de arroz, o gengibre, o anis e o louro.
Leve ao fogo para que tudo ferva completamente. Cubra com uma tampa e abaixe o fogo. Cozinhe por 50 minutos. Teste um pedaço da carne com um garfo para verificar a maciez. Se passar sem muita resistência, você está pronto para a próxima estapa.
Durante este processo, lembre-se de mexer a carne 1 ou 2 vezes. Se notar que o líquido está secando muito, adicione uma pequena quantidade de água do cozimento quente para evitar que queime.
Após essa etapa, retire os aromáticos,  aumente o fogo, adicine o açúcar mascavo ao líquido do cozimento e deixe ferver bem. Á medida que o açúcar derrete e a água evapora, o caldo reduzirá drasticamente seu volume e ficará espesso.
Durante o processo mexa os cubos de carne de vez em quando para garantir que cada um ganhe cor e brilho.
Retire do fogo quando o caldo for apenas  o suficiente para cobrir o fundo da panela ( o excesso de cozimento pode queimar o moho).
Sirva com arroz branco cozido á vapor e cebolinhas para decorar o prato.
Bom apetite
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domingo, 19 de junho de 2022

Famoso cozido de polvo grego - Oktapodi Krasato



Beber, Comer e Amar...
Sabe aquelas noites, frias de outono que pede aconchego, quando tudo que você quer é sentar e beber uma boa taça de vinho? E que tal melhorar este cenário com um inebriante aroma espalhando-se no ar de um cozido de polvo?
Hoje, o Má está na cozinha preparando Oktapodi Krasato,  polvo cozido em vinho, um clássico das tabernas gregas.
Um prato simples de fazer e muito saboroso.
Na taça, não temos o famoso vinho grego Retsina (o vinho mais conhecido e consumido por lá) um vinho branco, que é acrescido de uma pequena quantidade de resina retirada do pinheiro Alepo que é adicionada no início da fermentação e removida assim que libera seus sabores.
Porém, temos um vinho dos Deuses!!!! (desculpe o trocadilho).
Vinho este produzido nas Missões - Entre - Ijuís - RS
Devido ao paladar e ao seu molho, o cozido de polvo pede vinhos ricos, tanto em termos de aroma quanto de sabor, taninos não muito firmes e acidez equilibrada que vai  realçar a delicadeza do prato.
Nada melhor  que esse Cabernet Franc elaborado por Jorge Fin - Vinícola Fin
Cabernet Franc Gran Reserva 2020 - Safra Histórica
Aromas de frutas e especiarias, taninos macios, quantidade perfeita de álcool e acidez que apoiou lindamente a combinação entre o molho e o polvo.
Esse Cabernet Franc faz parte da coleção Safra Histórica - um kit com 4 vinhos - Ancellotta Gran Reserva, Marselan Gran Reserva, Tannat Gran Reserva e  o Cabernet Franc que degustamos hoje, uma oportunidade maravilhosa para você conhecer um pouco mais do terroir missioneiro e o belíssimo trabalho de Jorge Fin.


Vamos a receita:
Ingredientes:
1 xícara de azeite extravirgem
2 cebolas médias bem picadas
3 dentes de alho bem picados
1 polvo grande (limpo)
375 ml de vinho tinto seco
2 folhas de louro
1 colher (chá) tomilho seco
5 bagas de pimenta da jamáica
1 colher (sopa) de extrato de tomate
1/2 colher (chá) de sal
Pimenta preta moída na hora q.b
Preparo:
Despeje o azeite em uma panela grande e leve ao fogo médio.
Adicione as cebolas e refogue até amolecerem - cerca de 5 minutos.
Adicione o alho e refogue por mais 1 minuto.
Reduza o fogo para médio-baixo e adicione o polvo, o vinho, o louro, o tomilho, sal e as pimentas. 
Cubra e deixe aquecer por 10 minutos. Abaixe o fogo e cozinhe por 40 minutos, ou até que o polvo fique macio, mas não totalmente cozido.
Nesta fase. misture o extrato de tomate e cozinhe por mais 20 minutos.



  

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Chanfana! Uma iguaria portuguesa que vale a pena conhecer.


Beber, Comer e Amar...
A comida e o vinho de uma determinada região representam a identidade cultural da mesma facilitando o conhecimento das tradições, história e costumes do seu povo.
É por isso, que aqui no BCA a gente não se restringe somente a harmonização, junto a ela estão o prazer de Beber, Comer e Amar e outros tantos prazeres a esses relacionados.
Hoje, o Má está na cozinha preparando Chanfana.
Prato típico da Região Centro de Portugal dos concelhos de Miranda do Corvo e Lousã, pertencentes ao distrito de Coimbra.
Um prato histórico cuja a receita é transmitida de geração em geração, elaborado com cabra velha e vinha d'alhos, assada dentro de panelas de barro preto.
Conta a lenda que o prato surgiu no Convento de Semide, as monjas recebiam como forma de pagamento vários gêneros alimentícios e animais entre os quais o vinho, o azeite e a cabra velha. Abatiam a cabra velha, assavam-na em vinha d'alhos - uma marinada deliciosa, de sabor acentuado, estratégia ora para conservar, ora para amaciar, ora para tornar mais saborosa.
Quando o assunto é vinho, você pode optar por uma harmonização regional pois tanto Miranda do Corvo como Lousã possuem uma forte e rica tradição enogastronômica. Apesar de não serem consideradas regiões vitivinícolas, apresentam duas freguesias produtoras:
Freguesia de Lamas do concelho de Miranda do Corvo - Vinho de Lamas
E o vinho da Quinta de Foz do Arouce do concelho de Lousã na região das Beiras - Vinho de Beiras.
Nós optamos tanto para vinha d'alhos como para a harmonização um vinho da Bairrada, outra região que tem a casta Baga como estrela.
Rica em acidez para retirar um pouco da untuosidade do prato, concentrada em aromas e com boa estrutura combinou por similaridade com esse prato tão robusto.



A carne de cabra velha não achamos (risos) mas compramos um cabrito fresquinho lá no Mercado Municipal de São Paulo - Rei do Cabrito - Rua E - Box 27
A Chanfana ficou assando por três horas e meia no forno, uma dica super boa é vedar a panela de barro com papel alumínio para uma cocção melhor.
Vamos a receita:
Ingredientes:
1 kg de carne de cabra
1 garrafa (750 ml) vinho tinto de boa qualidade
4 dentes de alho amassados
1 colher (sopa) sal
1 colher (sopa) colorau
100 ml de azeite extravirgem
2 folhas de louro

Preparo:
Distribua a carne na panela de barro, tempere com sal, alho, colorau, azeite e louro.
Por fim, regue tudo com o vinho, misture e deixe marinando com a panela tampada (geladeira) por 24 horas.
No dia seguinte, envolva a panela de barro tampada com papel alumínio para total vedaçao.
Asse em forno preaquecido a 180 graus por 3 horas ou 3 horas e meia dependendo do seu forno.
Sirva acompanhada de batatas cozidas para aproveitar o rico molho que se forna do cozimento.







quarta-feira, 25 de maio de 2022

Harmonizando café e comida


Aqui no BCA harmonizar vinho e comida é coisa corriqueira. Mas você sabia que também podemos combinar com o mesmo prazer gustativo café e algumas comidinhas! Pois assim como no vinho, é cientificamente comprovado que o café tem centenas de sabores.
Então, ainda no ritmo de comemoração do dia Nacional do Café que foi ontem, 24 de maio vamos embarcar nesta viagem cheia de energia!
Mas antes de embarcar nos emparelhamentos, é preciso primeiro entender que cada grão tem um sabor particular. Assim como as regiões vinícolas, é possível categorizar os sabores do café de acordo com os países que o produzem, e aqui dentro do Brasil de acordo com as regiões.
É preciso estar atento à origem do grão, mas também à torra (clara-média-escura) e ao modo de preparo. Um café de filtro, por exemplo, terá menos força na boca do que um café passado por uma cafeteira italiana.
Sempre lembrando que no café há um lado ácido, um lado amargo e um lado frutado e doce.
Algumas possibilidades:
Se você consome frutas no café da manhã. Um café muito ácido com uma fruta cítrica pode dar um resultado excessivo na boca.
Mamão, melão e banana se beneficiam de um cafe de torra média, com mais doçura e redondeza.
Não abre mão de um croissant ou brioche. Prefira um café forte, mas levemente torrado, com notas de melaço e cacau, para realçar a gordura dos pães.
Vai de bolo no lanche da tarde. O café aveludado se presta bem, pois é composto de muitos aromas, mas não é muito forte na boca.
Agora o queijo!!! É uma das coisas que combinam melhor com café, mas para uma combinação bem-sucedida, lembre-se de uma coisa: um queijo forte pede um café encorpado.
Para queijos mais frescos, opte por um café com sabor menos intenso, mas com uma leve acidez próxima à do queijo degustado.
O café também pode ser usado na cozinha para enriquecer os sabores.
Aviso aos amantes do churrasco!!!! Você que está acostumado a marinar carnes em azeite, limão e vinho, aqui vai uma sugestão de marinada com café para carne bovina que vai te surpreender.
Basta misturar alho, cebola, café forte, vinagre balsâmico, mostarda, açúcar mascavo, sal e pimenta as quantidades ficam ao seu critério dependendo do peso e corte de carne, uma dica é ir experimentando até que fique do seu gosto.
Adicione os bifes e deixe marinar por 1 hora em temperatura ambiente.
Agora é só grelhar e terá um agradável sabor de café.
Dizem que deglaçar um refogado de cogumelos com cafe fica divino, mas essa receita ainda não tentamos.
O que também faz sucesso aqui em casa é o bom cafezinho coado, aí você saboreia um pedacinho de cocada queimada, e vai à loucura com a combinação de sabores.

sábado, 21 de maio de 2022

A melhor torta de cebola do mundo!

 



 
Beber, Comer e Amar...
Torta de Cebola
Um clássico na França, essa torta tinha que estar no nosso blog, pois é uma de nossas preferidas.
Como entrada ou como prato principal para uma refeição rápida, é muito simples e prática. Requer só cortar as cebolas em fatias sem se debulhar em lágrimas, massa quebradiça, um toque de creme para dar liga, manteiga pois ninguém é de ferro, noz-moscada para apimentar e, acima de tudo, um sabor tão poderoso quanto irresistível que compensa as poucas lágrimas derramadas ao cortar as cebolas.
Quando o assunto é vinho, você pode optar por vinhos brancos aromáticos, com notas frutadas e florais, e boa acidez.
Um branco cítrico, vivo e delicado também é ideal para contrabalançar o lado doce da cebola.
Ou um branco com mais mineralidade e alguma especiaria que pode trazer dimensão ao prato.
E porque não um Espumante? Com espumante todo prato fica mais leve!
Ainda mais se tiver bolhas finas, persistentes e notas de avelã que harmonizam lindamente com a cremosidade desta  torta de cebola.
São tantas as possibilidades, você só precisa encontrar vinhos com estrutura suficiente para se destacar contra o sabor forte da cebola.
Então, como a gente sempre diz:
Se joga, deguste um vinho diferente, faça uma receita diferente e desperte todos os seus sentidos.
Saúde sempre!



Vamos a receita:
Torta de cebola

Recheio
2 colheres sopa de óleo
2 colheres sopa de manteiga
2 latas de creme de leite
2 kg de cebolas cortadas em rodelas
6 ovos
Sal e noz-moscada q.b
Preparo
Frite as cebolas no óleo até que fiquem transparentes tempere com sal e noz-moscada.
Deixe esfriar e acrescente os ovos batidos e o creme de leite, reserve.

Massa
300 g de manteiga
6 gemas
Farinha de trigo o suficiente para a massa (massa podre)
Queijo parmesão ralado na hora
Preparo
Amassar todos os ingredientes colocar em forma de aro removível, furando com o garfo o fundo e os lados da massa.
Colocar o recheio e polvilhar por cima queijo ralado.
Levar para assar em forno preaquecido a 180 graus.



 

 

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Falta inspiração para sua próxima refeiçao?

 


Beber, Comer e Amar...
Falta inspiração para a sua próxima refeição?
A combinação certa de comida e vinho pode criar uma experiência gastronômica emocionante, um todo delicioso que é realmente maior que a soma de suas partes.
A combinação de vinho e massa é uma delas, com uma infinita variedade de molhos e diferentes preparos.
Hoje, o Má está na cozinha preparando Linguine com cogumelos paris acompanhado de medalões de cordeiro.
Os cogumelos, compostos por mais de 90% de água, possuem notas amargas e o famoso sabor "umami", que pode ser traduzido como "saboroso", descoberto em 1908 pelo pesquisador japonês Kikunae Ikeda. Para harmonizar a dica é escolher o seu vinho de acordo com o tipo de prato e o tipo de cogumelo.
Por serem ricos em umami, isso faz com que eles combinem melhor com vinhos de baixo teor alcoólico, que sejam frutados e com boa acidez.
O Pinot é conhecido por seu aroma de "chão molhado" e é complemento perfeito para os cogumelos de todos os tipos.
Seu corpo mais leve evita dominar os outros sabores, e as notas de frutas vermelhas iluminam toda a experiência com seu frutado.
Considere um Pinot de uma região fria (como o que escolhemos hoje - Patagônia - Argentina) ele entregará vinhos com aromas de frutas vermelhas ( morango, framboesa, cereja) com notas vegetais ( folhas molhadas, cogumelos) sendo também um bom acompanhante para o medalhão de cordeiro.




A receita é simples.
1. Cozinhe o linguine em água com sal até ficar al dente.
2. Reserve 1 xícara da água do cozimento.
3. Escorra o macarrão.
4. Em uma frigideira refogue 2 dentes de alho e 1 cebola picada com azeite, assim que a cebola murchar acrescente os cogumelos cortados, refogue ate que fiquem macios, tempere com sal e pimenta.
5. Acrescente o linguine (já escorrido) mexa e vá acrescentando aos poucos a água reservada do cozimento, até obter a cremosidade desejada.
Obs: os medalhões foram comprados prontos, foram selados na frigideira por 1 minuto de cada lado e depois finalizados no forno.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Salmão de um jeito que você nunca viu - Espumante Salvattore



Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Salmão envolto em massa folhada.
Você provavelmente conhece aquela máxima, carne vermelha com vinho tinto e peixe com vinho branco. No entanto, com a grande variedade de carnes, grande variedade de peixes e várias maneiras de prepará-los, essa máxima não é tão preto no branco quanto você imagina.
Ainda mais quando se trata do salmão, um peixe com o qual as pessoas tem mais dúvida na hora de harmonizar.
Se um vinho branco seco e jovem acompanha muito bem o salmão em geral, há uma preocupação em conta nesta combinação. Sendo o salmão um peixe rico e gorduroso, não é aconselhável acompanhá-lo com um branco com as mesmas características para não pesar no paladar.
Quando pensamos em tintos, melhor um tinto leve com taninos finos. Na linha dos rosés, prefira os com notas de cerejas e especiarias que irão adicionar mais uma camada de sabor ao prato, e sua acidez contrastará com a natureza desse peixe em particular.
Já os espumantes, uma combinação delicada, que em especial para esse prato, cujo salmão foi envolto com massa folhada e ainda recebeu camadas de duxelles de cogumelos e alho-poró. A acidez e a frescura do espumante trouxeram uma bela vivacidade à gordura do salmão.
A delicadeza e a aromaticidade deste Brut destacaram ainda mais a beleza do prato.



Salvattore Espumante Brut
Serra Gaúcha - Flores da Cunha - RS - Brasil
Uva: Chardonnay - 11,0 % álcool
Método Charmat - açúcar residual 11,2 g/l
Perlage fina e consistênte, frutado (frutas cítricas, maça verde), floral e notas de pão tostado.
Ótima acidez, seco, refrescante.
Viram como as combinações são infinitas? É por isoo que todas as dicas que postamos aqui no BCA são o resultado do desejo de compartilhar, oferecendo a você uma variedade de combinações entre vinho e comida que convida à descoberta e à experimentação.
Vamos a receita:
1 posta de 500 gramas de salmão (sem a pele e sem espinhos)
3 alhos-porós picados (só a parte branca)
200 gramas de cogumelos shitake picados
1 colher (sopa) manteiga
1 rolo de massa folhada
Farinha q.b
Sal e pimenta a gosto
gema de ovo para pincelar
Preparo:
1. Aqueça uma frigideira e acrecente a manteiga, deixe derreter, acrescente o alho-poró e o shitake, refogue até ficar al dente, acerte o sal e a pimenta e reserve.
2. Coloque o refogado na geladeira para esfriar mais rápido.
3. Em uma bancada, abra a massa folhada , passe um pouco de farinha,
4. Coloque a posta de salamão bem seca no centro da massa e tempere com sal e pimenta, coloque o refogado já frio (drenado) por cima do salmão e feche a massa folhada, para fechá-la pincele as extremidades com gema.
5. Corte o que não for usar da massa e descarte.
 6. Pincele também a massa folhada por fora com a gema e leve ao forno preaquecido a 180 graus por 15 minutos ou até dourar a massa.

sábado, 30 de abril de 2022

Beirute - O sanduíche original




Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Beirute.
Aqui em casa tem sempre espaço para um bom vinho e um belo sanduíche.
Carla, pode harmonizar sanduíche com vinho?
Não só pode como deve! 
Os sanduíches como qualquer prato, provocam diferentes reações na boca, dependendo do recheio temos untuosidade, condimentação, suculência, acidez, amargor, e até mesmo o peso do sanduíche como um todo (se ele é mais digerível, ou de difícil digestão) vai nos direcionar para as combinaçôes com o vinho, sendo assim, o corpo do vinho deve estar equilibrado com o peso do sanduíche.
Então, se joga no fim de semana e desfrute desta experiência gustativa deliciosa.
Se a lenda diz que Lorde Montagu, o quarto Conde de Sandwich - Inglaterra, foi a primeira pessoa  do mundo a intercalar um recheio entre duas fatias de pão. É fato, que o Beirute foi criado em Sâo Paulo.
Sim! o sanduíche nascido Beiruth, surgiu no restaurante Bambi, da Alameda Santos, em 1950. Resume-se a pão árabe aberto, recheado com fatias finas de rosbife, rodelas de tomate, lâminas de muçarela e orégano, cortado em quatro partes.
Seu criador Fares Sader, imigrante libanês, proprietário do Bambi deu o nome Beirute para homenagear sua cidade natal.
Nosso Beirute "original" é um sanduíche com um certo peso na boca, pois leva carne e muçarela, também tem uma boa intensidade de sabores o que nos leva a escolher um vinho tinto seco de médio a bom corpo.



Optei por um exemplar brasileiro de Minas Gerais - Colheita de Inverno
Maria Maria Eva Syrah 2018
Boa Esperança - Minas Gerais - Brasil
100% Syrah - 14,3 álcool
Aromas de frutas vermelhas, cereja, couro e louro.
Em boca taninos macios, boa acidez, corpo médio, fácil de beber.
Que tal preparar esse delicioso Beirute?
Eu como sempre, contribuo com a receita.

Ingredientes (rende 1 sanduíche )
1/2 kg de largato limpo, sem gordura (essa quantidade de carne dá para uns 6 sanduíches)
4 rodelas finas de tomate com casca
1 pão árabe
5 fatias finas de muçarela
Orégano para salpicar
Sal a gosto
Preparo
1. Em uma panela (pode ser de pressão), cozinhe a carne em água com sal, até ficar macia. Evite que passe demais, para não perder o suco.
2. Depois de fria, corte a carne em finas fatias. Para um beirute serão utilizadas de quatro a cinco fatias. 
3. Salpique as rodelas de tomate com sal.
4. Abra o pão árabe ao meio. De um lado do pão, coloque de 4 a 5 fatias de rosbife e, em cima, as rodelas de tomate. Do outro lado, disponha as fatias de muçarela e salpique um pouco de orégano.
5. Leve as duas metades (abertas) ao forno bem quente (preaquecido a 250 graus), por cerca de 5 minutos. Retire, feche o beirute e retorne-o ao forno por mais 5 minutos.
6. Sirva o sanduíche imediatamente, cortado em quatro partes.

(Reeceita de Fares Sader, o criador do sanduíche, em São Paulo, SP)
Fontes: J.A.Dias Lopes - Sanduíches
ABIP 


terça-feira, 12 de abril de 2022

Delicioso Arroz de Polvo - Vinho Shiraz

 


Beber, Comer e Amar...
Má na cozinha preparando Arroz de Polvo.
Sabe aquele prato único, de sabor marcante e visual magnífico?
A receita de hoje é assim, apetitosa, completa e de encher os olhos dos comensais.
Seja ao estilo português tipo "malandrinho" ( que segundo aprendi com uma amiga de nacionalidade portuguesa) é cozido em maior volume de caldo; seja ao estilo espanhol, muito apreciado na Galícia (terra dos meus avós), ou ao estilo baiano, sim!!!! o arroz de polvo também é um prato típico em Salvador, muito comum no litoral baiano, principalmente em botecos.
Hoje, o Marcelo contou com a ajuda mais do que especial de seu afilhado Victor, juntos prepararam essa iguaria de comer de joelhos.
O prato é uma adaptação da receita disponibilizada na internet do chefe Claude Troisgos, que usa vinho Shiraz na cocção.
Para harmonizar escolhi o mesmo Shiraz.
Mas Carla, o tanino do vinho combinado com o iodo presente nos frutos do mar, não vai causar a tal sensação metálica na boca?
É aí que está o pulo do gato! O polvo possui baixíssimo teor de iodo, sendo assim, não vai metalizar o seu vinho.
É claro que alguns vinhos tintos harmonizam melhor com a carne de polvo, ira depender da receita, dos ingredientes e do modo de cocção do mesmo.
Mas garanto que polvo e vinho tinto formam um casal perfeito.
Quanto ao vinho, além de ter sido acrescido no preparo do prato, dando um plus na harmonização, o Shiraz de hoje caiu como uma luva, a garrafa foi num piscar de olhos, e os comensais beneficiados pela acidez do mesmo, repetiram a iguaria.


Amitié Colheitas Shiraz 2020  - 14% álcool
Colheita de Inverno por meio de dupla poda
Terroir Serra da Mantiqueira - Minas Gerais
Estágio: 6 meses de barrica de carvalho frances
Elaborado com uvas colhidas em tempo seco na região de Andradas - Sul de Minas
Cor rubi intensa, aromas de frutas maduras vermelhas e negras, chocolate, especiarias doces, toque de pimenta preta e defumado.
Corpo médio, boa acidez, tanino redondo, álcool bem integrado.
Que tal preparar essa iguaria?
Eu como sempre, contribuo com a receita.
Ingredientes do polvo
1,5 kg de tentáculos de polvo congelados
2 mãos de sal grosso
azeite q.b
1 cabeça de alho cortada ao meio
1 cebola em cubos grandes
1 cenoura cortada em cubos grandes
1 ramo de alecrim
1 ramo de tomilho
2 folhas de louro
Água fervente q.b
Preparo;
1. Descongele o polvo
2. Disponha os tentáculos do polvo em uma tigela, acrescente sal grosso e massageie os tentáculos imprimido força, por 5 minutos.
3. Lave bem em água corrente.
4. Em uma panela de pressão coloque azeite até cobrir o fundo, deixe esquentar e acrescente o alho, a cenoura, a cebola e as ervas, mexa bem.
5. Junte os tentáculos inteiros e refogue-os até ficarem vermelhos.
6. Cubra com água fervente e feche a panela de pressão.
7. A partir do momento em que o vapor começar a sair, conte 10 minutos de cozimento.
8. Retire a pressão da panela e abra a tampa.
9. Retire o polvo e reserve o caldo.
10. Corte os tentáculos em pedaços médios e reserve.

Ingredientes do arroz
2 colheres de azeite extra virgem
200 gramas de chorizo espanhol (ou linguiça calabresa) em rodelas
200 gramas de bacon em cubos
2 cebolas roxas picadas
1/4 de pimenta dedo-de-moça picada
20 azeitonas pretas sem caroço
100 ml de cachaça
200 ml de vinho shiraz
400 gramas de arroz
150 ml de tomate pelati em cubos
Caldo coado do polvo (fervente)
Sal, pimenta-do-reino e azeite q.b
Preparo:
1. Em uma panela refogue no azeite o chorizo e o bacon.
2. Adicione o polvo cortado e caramelize bem.
3. Junte a cebola, a pimenta dedo-de-moça, as azeitonas e refogue.
4. Flambe com cachaça.
5. Junte o vinho tinto e refogue bem
6. Acrescente o arroz e deixe suar mais um pouco.
7. Cubra com o caldo do polvo fervente.
8. Cozinhe semi tampado em fogo baixo, mexendo de vez em quando.
9. Quando estiver quase secando, vá adicionando mais caldo de polvo.
10. Com 8 minutos de cozimento, junte o tomate pelati e misture bem.
11. Acrescente mais caldo de polvo quando necessário, misturando bem.
12. Com 16 minutos de cozimento, acrescente sal e pimenta-do-reino, regue com azeite, misture, confira se o arroz está cozido, desligue o fogo e sirva a seguir.

O Beber, Comer e Amar deseja uma ótima Páscoa para todos.

" Por que Deus permite
que as mães vão se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não se apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenininho
feito grão de milho.:
(Carlos Drummond de Andrade)