Sábado passado o Beber, Comer e Amar esteve presente no Wine Day Casa da Travessa. Onde além de degustarmos inúmeros rótulos apresentados por importadoras e produtores de renome; tivemos o privilégio de participar de uma degustação exclusiva coordenada por Sõnia Denicol (Madame do Vinho) do Cabernet Franc Don Giovanni Safra 2002. Um exemplar de 15 anos de idade, produzido em Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha, com uma tiragem na época de 5 mil garrafas das quais atualmente, restam menos de 100.
Uma delas aberta nesta noite, nos deu a oportunidade de constatar que, os vinhos brasileiros podem sim, envelhecer bem e com qualidade.
Durante a prova, a cor do halo quase um vermelho tijolo, indicava seu envelhecimento, seus aromas terciários (couro, animal) eram inerentes e a grande maciez no paladar mostrava as virtudes da maturidade.
O vinho é resultado da excelente safra de 2002 verificada na região do Rio Grande do Sul, onde as uvas encontraram condições ideais para um excelente índice de maturação e acidez equilibrada.
Você sabia...
A produção de Cabernet Franc no Brasil se deu em 1900 mas somente nas décadas de 1970 e 1980 é que houve a grande difusão da casta, tornando-se a base dos vinhos tintos finos brasileiros.
Porém, a partir dai a casta foi sendo gradualmente substituída pela Cabernet Sauvignon e pela Merlot.
Hoje, existem produtores que continuam apostando nesta variedade, uma cultivar de média maturação, que floresce e amadurece mais cedo do que as outras variedades, que se adapta bem a solos calcários e que está bem adaptada às condições ambientais do Rio Grande do Sul.
Bento Gonçalves é, no momento, o município com maior área plantada seguido por Garibaldi, Monte Belo do Sul e Farroupilha, na Serra Gaúcha, e Santana do Livramento, na Campanha.
O destino da produção é para a elaboração de vinho tinto jovem, embora como vimos no texto acima, apresenta aptidão para envelhecer..
Um pequeno volume de uva é utilizada também para elaboração de vinho branco e para espumante.
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